Sim escrita por Tris Pond


Capítulo 15
Parte Quinze - The One




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SIM - PARTE QUINZE

Porque eu soube no primeiro dia que eu te conheci que eu nunca ia te deixar escapar. E eu ainda me lembro de me sentir nervoso, tentando encontrar as palavras para te trazer aqui hoje. (The One - Kodaline)

O plano de revelar que estavam namorando estava finalmente sendo posto em ação. Adrien e Marinette mal conseguiam conter o entusiasmo. Se tudo desse certo, em pouco tempo admitiriam para todos que estavam juntos e conseguiriam separar o tempo completamente em que Ladybug e Chat Noir começaram a namorar de quando Marinette e Adrien começaram a namorar.

Claro que não podiam simplesmente anunciar que estavam juntos, então o primeiro passo seria fazer com que um deles chamasse o outro para sair para o “primeiro” encontro deles. Eles tinham decidido que quem faria isso seria Adrien, porque faria mais acreditável que Marinette o chamando a sair, mesmo que isso tivesse causado uma pequena discussão.

Agora eles estavam na escola, numa sexta-feira, Alya e Marinette arrumavam o material para ir casa. Boa parte da turma tinha saído já e a que ficara não conseguiria ouvir.  

“Marinette, eu, hum, tem algo que eu queria perguntar” chamou Adrien, fingindo estar nervoso.

Ela olhou para ele curiosa, como se estivesse imaginando inocentemente o que ele pediria. Ela percebeu Alya parando e os observando atentamente, o que a fez ficar tensa. Teria que convencer a esperta amiga que estava surtando com o pedido dele.

“Pode falar, Adrien” disse gentilmente, num tom que usaria com qualquer amigo, fingindo que acreditava que ele estava em problemas.

“Você quer ir ao cinema comigo?” ele perguntou.

“Claro, Nino e Alya também vão?” no fundo, ela estava se divertindo em fazer ele anunciar diretamente que queria sair com ela.

“Não, eu…” ele respirou fundo e olhou para o chão, antes de levantar a cabeça. “Eu estou querendo sair com você em um encontro. Só nós dois” falou e ela se perguntou o que o fez ficar vermelho se sabia que ela diria sim. Ele realmente era um bom ator.

Ela esperou alguns segundos para responder, como se o cérebro dela estivesse em pane, que é o que sabia que teria acontecido se fosse real isso.

“Eu iria adorar” respondeu por fim.

Ele sorriu amplamente.

“Certo. Te mando os detalhes depois, tenho que ir” se despediu apressadamente como se estivesse nervoso. Ela não pode evitar pensar em como ele era adorável, atuação ou não.

“O que acabou de acontecer?” falou Alya, empolgada. Não era particularmente fã de Adrien no momento, mas ainda assim era o cara que sua melhor amiga gostava e que tinha a chamado para um encontro. Estava feliz por ela.

Marinette sorriu. Seu plano estava dando certo!

“Não tenho certeza, mas… acho que Adrien acabou de me convidar para sair” murmurou.

Alya deu gritinhos animados e arrastou para tomar um milk-shake, prometendo contar tudo sobre encontros que a pudesse ajudar.

***

Era um jantar tranquilo. Sabrina e Tom conversavam sobre o negócio e notícias que ouviram, contando com a opinião de Marinette de vez em quando. Nada fora do normal.

“Mãe, pai, posso sair com Adrien?” a mais nova perguntou de repente, meio nervosa, interrompendo a conversa dos pais.

Não sabia o que faria se eles dissessem não, até porque já tinha saído com ele. Mas agora que estava no caminho de admitir que estava namorando, queria que os pais soubessem soubessem também. Não queria esconder de mais ninguém, principalmente de pessoas tão importantes para ela. Também não esperava que seus pais fossem reclamar. Eles pareciam gostar de Adrien.

Sabine e Tom trocaram um olhar indecifrável para a filha, tendo uma conversa silenciosa. Ele se divertia com a ideia de aterrorizar um pouco a filha, enquanto ela tinha pena da pobre menina. Já imaginavam que isso fosse acontecer, especialmente depois de como ele estava a olhando quando viera visitar a casa deles.

“Tudo bem” Tom disse, por fim. “Mas eu quero que ele venha falar conosco antes de vocês saírem” ele avisou.

Marinette fez uma careta, que vergonha seria fazer Adrien conversar com seus pais antes de irem para o encontro deles. Será que eles fariam perguntas embaraçosas? Ai meu Deus e se resolvessem mostrar fotos dela de bebê?

Tinha sido uma péssima ideia. Ela devia cancelar tudo e dizer que era uma pegadinha. Eles tinham conseguido namorar escondido até agora, conseguiriam aguentar mais tempo e ela não enfrentaria essa humilhação.

***

Adrien escolheu a mesma noite para contar a Gabriel que estava saindo com alguém. Entretanto, nada na sua casa era tão simples quanto na casa dos Dupain-Cheng. Ele já esperava que o pai fosse se opor a ideia dele saindo com alguém tão comum quanto Marinette.

Quando ele descobriu que o pai realmente estava em casa para jantar, pela primeira vez em dias, caminhara até a mesa e ocupara o seu lugar de costume, comendo em silêncio depois de realizar um breve aceno para o pai.

“Pai, tem algo que eu preciso falar” disse Adrien e viu a mão do seu pai parar na metade do caminho de pegar o vinho.

“Diga” falou Gabriel em um tom frio. Algo que tinha aprendido com a vida era que raramente notícias eram positivas. Já imaginava mil confusões que o seu filho se metera e como resolver a situação.

“Eu estou gostando de uma menina e chamei ela para sair comigo” Adrien disse de uma vez, antes de perder a coragem, frente a atitude do pai.

Gabriel lançou um olhar calculista para ele, como se considerando qual era a melhor maneira de lidar com o problema. Podia ser uma menina que fosse ajudar a imagem da sua companhia, mas a probabilidade maior é que fosse ser alguém irresponsável, que prejudicasse a empresa.

“Quem é ela?” indagou.

Adrien sentiu-se tenso. Sabia que depois que falasse o nome de Marinette não teria volta. O pai com certeza iria querer conversa com ela para ver se ela era adequada aos padrões criado por ele.

Mas ele tinha fé na sua garota. Se ela conseguia ser tão destemida e confiante, ela conseguiria lidar com Gabriel Agreste. Ela passaria por qualquer teste colocado por ele. Além disso, ela entendia do mundo de moda o suficiente para impressionar ele.

“Marinette Dupain-Cheng” ele informou em uma voz firme. Não deixaria dúvida que a protegeria se preciso.

Ele sentiu o pai o encarando, seu rosto ilegível. Ele esperou pelo que pareceram minutos.

“Ela não é a menina que desenhou o chapéu do meu concurso?” perguntou Gabriel. Nunca se esqueceria do talento demonstrado muito além da idade da menina e nas outras poucas vezes que se encontrara com ela, também acabara por se surpreender.

Adrien assentiu e Gabriel pensou que podia ser alguém bem pior, como alguma menina gótica totalmente sem tato ou algum outro tipo de marginal. A primeira vista, Marinette passaria a impressão certa: de alguém doce, mas não dedicada demais a sua aparência.

“Você já a avisou de como ela terá que se comportar? Não podemos arriscar a imagem da companhia” falou ele.

“Se eu falei que ela terá que lidar com a imprensa? Sim” Adrien tinha de fato a avisado. Ele explicará que no primeiro mês seria um pouco complicado, mas que depois melhoraria. Sempre surgiria uma notícia mais impactante que um simples namoro de um modelo. Marinette somente tinha dito que estava acostumada a lidar com isso como Ladybug.

Ainda assim, ele tinha a alertado do fato que era diferente. Como Ladybug, ela só era alvo da atenção deles em poucos momentos e quase sempre positivamente. Como Marinette, ela seria vigiada 24 horas e estaria mais propensa a uma fofoca maldosa. Era o que acontecia com Adrien, como Agreste e Chat Noir. Ele não se importava nem um pouco com os jornais quando estava transformado, mas algumas horas se irritava com a atenção que recebia como modelo. Um pequeno comentário poderia virar uma polêmica enorme.

“Traga ela para almoçar aqui amanhã e podemos discutir como será divulgado o relacionamento de vocês” disse Gabriel, em um tom calculista.

Adrien assentiu e eles terminaram de comer em silêncio, nem mesmo se despedindo quando cada um retornou para o seu próprio quarto.

***

“Então, de que horas você quer que eu te pegue amanhã?” perguntou Adrien, em uma ligação com Marinette. Ela não gostava muito de falar por esse modo, preferindo mensagem, mas ele sempre a convencia a ficar conversando com ele. Não tinha culpa se era um cara antiquado e gostava desse tipo de comunicação; amava ouvir a voz dela e parecia mais natural que áudio.

E agora mais que nunca ele queria conversar com ela. O jantar com seu pai não tinha sido tão ruim quanto podia ter sido, mas também não fora nada divertido. Doía a forma como nem uma vez, o pai o parabenizou ou se preocupou com ele. Não, tudo que Gabriel Agreste via era trabalho. Ele não podia nem mesmo tentar participar um pouco da vida do filho, uma pergunta sobre ela teria sido o suficiente.

“Não sei, mas meus pais querem te conhecer” disse ela hesitante.

“Mas eles já não conhecem?” perguntou Adrien confuso, afinal tinha ido a casa dela recentemente, movendo o braço pelo lençol da cama. Como ele queria que ela estivesse ali com ele.

“Sim, não… Eles querem te conhecer como o menino que sai comigo” disse ela num fôlego só. Ele podia apostar que ela estava corando.

“Ah. Eu iria adorar” disse ele. “Você sabe que eu gosto dos seus pais, certo?” perguntou. Era verdade. Por incrível que pareça, ele sentia-se mais confortável lá do que na própria casa.

“Bom saber” ela falou e ele não sabia dizer se ela estava sendo irônica.

“Meu pai quer que você venha almoçar com a gente. Para discutir a publicidade do nosso relacionamento” ele falou, tentando a preparar  para o que estava por vir.

Se ela achou a situação esquisita, não comentou e somente confirmou que iria. Então eles começaram a falar de temas mais agradáveis e toda a tensão se dispersou de Adrien.

***

A família de Marinette o recebeu ainda melhor do que quando ele fora ali da última vez. Adrien só tinha planejado dar oi para o senhor Dupain e a senhora Cheng antes de buscar Marinette para falar com o pai dele e depois ter alguma diversão. Mas acabara ficando muito mais tempo, trocando histórias divertidas com eles. 

"Então, o que você e a minha filha são?" perguntou Tom Dupain quando Adrien tinha terminado de contar a história de como ela o salvara dos fãs dele quando fora ver o filme da mãe. Claro que ele resolveu omitir a parte que ele era Chat Noir e ela Ladybug. 

Adrien ficou vermelho. Não era como se tivesse vergonha de Marinette, mas ouvir essa pergunta tão diretamente do pai dela o deixava desconfortável. Além disso, não podia admitir já que estavam namorando.

"PAI" gritou Marinette, envergonhada. 

"Desculpe, rapaz. Não estou tentando te ameaçar" disse, o que Adrien era grato porque ele era enorme. "Só quero saber como estão".

Sabine Cheng mandou um olhar de aviso para ele. 

"Eu, bem, eu gosto muito da sua filha, senhor" admitiu Adrien. "Ela é especial para mim" falou e viu Marinette sorrir para ele. 

"Mas não estamos juntos, papa" ela falou, mesmo que deixado a perna dela encostar levemente na dele, para o tranquilizar. 

"Não ainda, pelo menos" disse Sabine, fazendo os dois adolescentes ficarem ainda mais vermelhos.

***

Marinette sentia-se numa reunião de negócios. Não tinha nada casual no jeito que Gabriel se referia a ela ou a fazia perguntas. Ele somente estava procurando o que poderia ser positivo e negativo para sua empresa.

Ela não se importava com isso de verdade, porque já tinha vindo preparada para isso. Não esperava que Gabriel a fosse receber de braços aberto. Entretanto, ficava triste, porque percebia em como essa atitude machucava Adrien.

Ele claramente estava tentando agir como se isso não importasse, mas ela conseguia ver uma dor no olhar, um resto de esperança morrendo. Ela queria desesperadamente consertar isso, mas não sabia o que podia fazer para Gabriel gostar dela e a aceitar como família.

“A senhorita já teve muitos namorados?” perguntou ele, como se num inquérito.

“Pai!” Adrien protestou. Aquela pergunta era ridícula.

“Não, senhor” respondeu Marinette, controlando o impulso de gritar com o homem. Que pergunta horrível. Mas uma pequena parte de si sabia que ele estava perguntando isso para não ser surpreendido com um histórico longo de ex-namorados que podiam falar mal dela e Adrien, ou algo assim.

“Ótimo” ele deu um pequeno sorriso, o primeiro da noite. Ela quase suspirou aliviada. Porém, ele continuou a fazer milhões de perguntas.

Depois de quase uma hora, eles tinham passado várias vezes pelo quê devia ser divulgado da história dos dois e o quê não deveriam responder nem se perguntassem diretamente. Era meio confuso para a mente de Marinette ter que decorar mais uma história sobre como supostamente era o relacionamento dela e Adrien, mas valia a pena.

De qualquer forma, ela ficou feliz quando Gabriel se despediu deles e falou que era um prazer a conhecer oficialmente. Adrien a puxou para si no segundo que ficaram sozinhos e ela pode sentir o coração dele batendo rapidamente.

“Vamos sair daqui” ele propôs alguns segundos depois e ela rapidamente concordou, abandonando a mansão.

***

“Para onde estamos indo?” perguntou Marinette e Adrien sentiu-se vingado de quando ela o fizera fechar os olhos para ver o local do encontro deles.

“Você vai ver quando chegarmos” disse, apertando a mão dela, relaxado no banco de trás da limusine dele. “Já estamos perto”.

Ela olhou ao redor, tentando imaginar o que fariam. Porém, eles só estavam cercados de áreas verdes e já tinham deixado Paris (o que rendera uma reclamação dela para Adrien, mas ele prometera que não era muito longe).

“E se eu não tiver uma roupa boa?” ela tinha colocado um vestido, mas agora se arrependia dessa decisão.

“Não se preocupe, eu me preocupei com isso” ele a assegurou, a deixando mais confusa. Não via nada perto deles e não sentia que seu vestido era bom para o campo.

“Você nunca faz nada pequeno, não é, Chat? Paris não era o suficiente para você?” Marinette perguntou.

“Eu queria o melhor para uma mulher tão especial quanto você” ele disse, aproximando o rosto dela. Ela sentiu-se corando, por alguma razão que não entendia. “E olha quem fala. A senhorita fez um encontro lindo para mim. Eu só tinha que manter o nível” disse ele.

“Levar alguém para outra cidade numa limusine não é o que eu chamaria de manter o nível” brincou Marinette.

“Você está dizendo que eu exagerei?” falou Adrien subitamente preocupado. “Esse é o meu meio de transporte normal, então não achei que teria problemas e seus pais deixaram…”.

“Calma, gatinho. Estava só brincando. E claro que meus pais deixaram. Acho que eles querem te adotar” resmungou Marinette.

Os pais dela tinham realmente adorado Adrien e ele logo já estava conversando com eles como se sempre tivesse feito parte da minha família. Tinha sido algo até incrível de se ver. Uma pequena parte da garota estava com ciúme, mas a maior parte feliz que Adrien tivesse se encaixado tão bem. Deus sabe que ele precisava.

Adrien sorriu convencido.

“Isso é só porque sou adorável” disse.

“É, isso você é” falou Marinette e o beijou rapidamente.

O carro parou e eles se separaram. Adrien sorriu ao ver o lugar. Hoje nem parecia estar tão lotado quanto normalmente.  

“Chegamos” anunciou e abriu a porta, a fechando depois de Marinette passar. O motorista desceu também segurando duas bolsas pretas e se juntou a eles.

Marinette olhou maravilhada o lugar. Era um centro de atividades esportivas e parecia ter várias atividades. Ela conseguia ver uma parede de escalada, um tiro ao alvo, uma canoagem. Ela queria testar tudo.

“Eu achei que você ia gostar de um pouco de exercício que não envolvesse salvar Paris e eu gosto desse lugar, costumava vir com a minha mãe quando era pequeno…” disse Adrien.

“Eu adorei, Adrien. É incrível” falou irradiando felicidade.

Eles passaram por uma mulher com uma prancheta que viu o nome deles e que já estava pago. Elas o entregou as pulseiras de lá e apontou para um vestiário onde poderiam se trocar e nessa hora o motorista de Adrien os deu as bolsas. Com um olhar suspeito para Adrien, Marinette abriu e viu que tinha um conjunto completo de roupas suas que serviriam para exercício.

“Sua mãe me ajudou a separar uma roupa para você” admitiu. Ele tinha confessado para onde iam quando foram lavar os pratos e pedira a ajuda dela para pegar roupas sem que Marinette percebesse. Ela entregou diretamente para o Gorila.

Ele é perfeito, Marinette pensou.  

"Eu te amo" ela falou. 

"Eu também te amo" ele respondeu, sorrindo.

***

Horas mais tarde, Adrien e Marinette estavam cansados. Tinham passado o dia correndo de uma atividade para outra, sempre competindo com o outro e vendo quem era o melhor. Era fácil cair no papel de Chat Noir e Ladybug, mas dessa vez era mais agradável ainda, porque se falhassem não haveria nenhuma consequência. 

Adrien se perguntou se deveria ficar assustado com a facilidade que Marinette conseguia atirar com uma arma na lata que estava de alvo, mas decidiu que somente fazia sentido depois dela ter que mirar tantas vezes em lutas, mesmo que não fosse familiar com armas de verdade. Ela tinha se divertido bastante nessa parte.

Já ele gostara mais da hora em que jogaram toque com a bola de volêi um com o outro. Ele gostava bastante do esporte, mais do que basquete, e se tivesse opção treinaria isso. Mas seu pai sempre insistira que ele fizesse o outro.

De forma geral, eles tinham se divertido muito e não tinham se preocupado com nada. Na opinião de Marinette, fora melhor ainda que o último encontro. Não mudaria nada do que acontecera no dia inteiro, mesmo a parte chata de Gabriel.

Eles voltaram para casa sentados um do lado do outro na limusine e alguma hora do caminho, Marinette apoiara a cabeça no ombro de Adrien e dormira lá, exausta demais para ficar acordada. Ele sorriu.

***

“Então, como foi o encontro com Adrien?” Alya perguntou ansiosa assim que Marinette pisou na casa dela. Elas tinham combinado que iriam se encontrar ali depois que ela voltasse do encontro dela com Adrien. Juleka, Mylene e Rose foram também para a casa de Alya. 

“Foi ótimo!” falou Marinette empolgada.

Ela começou contando a verdade, de como tinha apresentado ele aos seus pais e como fora interrogada por Gabriel (para indignação delas). Mas depois mudou a história.

Eles decidiram que iam falar daquele primeiro dia que foram pro cinema sozinhos como se fosse o primeiro encontro deles, pois não conseguiriam explicar por que ela ia gostar tanto de exercício e como ele saberia disso. Também parecia menos exagerado.

“Tão romântico” suspirou Rose quando ela contou que ele não a deixou a pagar.

Marinette ficou com medo que Alya fosse notar como era semelhante ao dia que saíra sozinha com Adrien para o cinema de verdade, mas nunca tinha entrado em detalhes e pelo visto a amiga achava que as coisas que se repetiam era somente porque era o mesmo lugar.

“Ele me chamou de Princesa” falou e foi a vez de Mylene soltar um gritinho sonhador.

Agora seria a parte mais complicada, a totalmente inventada. Marinette usou as sensações que sentiu naquela primeira noite que ficou com Adrien para contar do nervosismo de ficar com ele, fingindo que se referia a sala de cinema. Por segurança, preferiu não falar demais. Mas fora algumas perguntas ou outras das amigas, principalmente Alya, não teve que dar detalhes. Ela ficou grata. Menos chance de se perder assim.

Eventualmente, mudaram de assunto, falando de coisas banais e dos colegas. Depois, o assunto virou séries e uma dada hora Mylene não aguentou mais de sono e se recolheu para dormir. As amigas começaram a seguir o exemplo e Marinette se aninhou no seu colchão.

Uma noite perfeita para terminar um dia perfeito, pensou e dormiu.


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Notas finais do capítulo

Ei galera, só avisando que esse é já é o penúltimo capítulo (fora o epílogo). Vou sentir falta disso aqui, mas planejo postar outra fanfic de Miraculous, porém com um estilo mais sério e meio UA, centrado em Adrien, Marinette, Nino, Kagami e alguns personagens novos. O que vocês acham?



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