Sim escrita por Tris Pond


Capítulo 1
Parte Um - Atmosphere


Notas iniciais do capítulo

Na fanfic inteira, para ouvir qualquer música, é só clicar com no nome dela.



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SIM - PARTE UM

Não há amor suficiente na atmosfera para te manter aqui.

(Atmosphere  - Bebe Rexha).

Marinette refletia sobre o que diabos estava fazendo, tentando chamar Adrien para sair na frente do motorista dele. Sério, ela não planejou isso. Ela só queria fazer algo corajoso, uma vez na vida dela. Mas nem ao menos funcionou. Quando ele disse que tinha que ir, ela se sentiu tão despontada.

“Se você quiser, podemos te deixar em casa” Adrien ofereceu. Depois ele pensou como ele soava estúpido – ela tinha acabado de pedir para ele comer com ela, então ela devia estar com fome ou ao menos querendo comer algo diferente.

Ela pareceu surpresa com a oferta dele e por um momento ele imaginou que ela iria recusar, mas ela sorriu.

“Não em um problema, você está? Eu quero dizer, apenas se não for um problema para você” ela respondeu no seu jeito confuso usual.

Ele sorriu para ela. Honestamente, estava surpreso que ela tivesse aceitado, porque normalmente ela tentava ficar o mais longe o possível dele – ele não sabia por que, já que ele não havia feito nada para ela que ele conseguisse lembrar. Mas ela ter aceitado o deixou feliz, pois ele realmente queria passar mais tempo com ela e agora parecia uma boa oportunidade.

“De jeito nenhum” ele respondeu. “Vamos”.

Marinette andou até o carro, ainda mal acreditando no que estava acontecendo. Sim, isso não era a sua caminhada romântica no parque, entretanto, ela iria ficar sozinha com Adrien até que eles chegassem a casa dela – okay, não era muito longe de onde estavam, mas ainda era melhor que nada.

Ela parou na frente do carro, esperando que Adrien entrasse. Mas ele fez um sinal para mostra-la que ela deveria ir primeiro. Hesitantemente, ela entrou e ficou surpresa de vê-lo entrar e sentar logo ao seu lado. Ela esperava que ele fosse na frente.

A Dupain-Cheng sentia-se ansiosa vendo como ele estava perto dela. Ela pensou se deveria dizer a ele que gostava dele, afinal as amigas dela tinham passado o dia tentando ajudá-la a confessar e ela sentia que agora seria capaz de dizer. Ela não sabia se era porque ela tinha acabado de enfrentar um akuma ou se era outra coisa, mas ela percebeu que ela podia contá-lo o que queria. Ela era corajosa o suficiente.

Mas ainda assim, esse não era o tempo certo, ela sentia. Adrien parecia cansado e apesar da oferta dele de deixa-la em casa, ele não parecia que queria fazer alguma coisa com ela. E se ela contasse a ele agora e ele a rejeitasse, eles teriam que ficar juntos em um silêncio constrangedor até que eles chegassem a casa dela.

“Então, você estava desenhando?” Adrien perguntou, quebrando o silêncio.

Marinette decidiu que se ela conseguia se confessar para ele, ela poderia ter uma conversa sem soar uma idiota. Apenas finja que ele é Nino ou Chat Noir, ela disse para ela mesma, tentando relaxar.

“Sim, eu gosto de ir para o parque para conseguir alguma inspiração” ela falou. “Ás vezes, você precisa ver algo novo para ter uma ideia” ela contou e parabenizou a si mesma mentalmente. Ela tinha conseguido dizer frases inteiras na frente dele!

“O que você gosta de desenhar?” ele perguntou e olhou interessado para ela.

“Roupas, principalmente. Eu quero me tornar uma designer um dia” ela confessou.

Ele olhou surpreso para ela. Adrien não tinha ideia que a amiga queria isso. Claro, ele sabia que ela gostava dessas coisas, mas não que ela estava realmente pensando em se tornar uma profissional da área. Ele disse a si mesmo para prestar atenção para ver se ele conseguia ajudá-la de algum jeito. Talvez a convidá-la para ir a casa dele e a apresentar a Gabriel.

“Posso ver os seus desenhos?” ele perguntou.

Ela pensou por um momento. Era estúpido, mas o que ele estava pedindo muito pessoal. Não haviam sido muitas pessoas que haviam vistos os desenhos dela, porque ela era super protetora deles. Era apenas que eles eram tão importantes para ela que ela sentia medo das críticas.

Haviam apenas duas pessoas que ela realmente se sentia confortável mostrando o trabalho dela. A primeira era Alya, porque era a melhor amiga dela, que a suportava em um tudo e Marinette sabia que, mesmo que ela fizesse algo horrível, Alya apenas a ajudaria a fazer melhor.

A outra era Nathaniel. Ele e Marinette haviam conversado sobre desenhos desde o dia em que se conheceram. Então, era apenas natural que um dia ela quis a opinião dele e mostrou um desenho. Depois, ele mostrou um dos dele e virou um hábito.¹

De qualquer forma, ela ainda não havia mostrado o trabalho dela voluntariamente para Adrien ainda. Ele havia visto alguns desenhos, mas ela nunca havia tido a opção de não o mostrar. Agora, ela podia decidir, e ela estava com medo do que ele acharia, mas também animada.

“Por favor?” ele pediu.

“Okay” ela concordou e o entregou o livro.

Marinette o olhou, nervosa, enquanto ele estava passando as páginas. Ela estava procurando por algum sinal de que ele não havia gostado do que ela fez, mas a expressão dele apenas mostrava satisfação.

“É realmente bom” ele falou, impressionado.

“Obrigado” ela falou, tentando controlar como ela estava ficando envergonhada. Ah não, ela estava indo tão bem! Por que a cara dela ficou toda vermelha?

“Eu queria ter um talento como esse” ele falou para ela, entretanto o tom dele era feliz.

“O que você quer dizer? Você tem vários talentos” ela protestou, sem pensar. Ela odiava quando as pessoas pensavam menos do que elas eram. “Primeiro de tudo, você é inteligente. Segundo, você é um modelo. Você sabe esgrima. Você até sabe como falar chinês! Não é todo mundo que pode fazer isso” ela o disse firmemente. Ela ainda estava vermelha, mas ela não iria deixar isso a parar de o ajudar.

O Agreste a olhou, sem palavras. Ele sempre pensou que Marinete não gostasse dele, ainda assim aqui estava ela o elogiando. Ele nunca havia ouvido ninguém falar dele com tanto respeito antes. Ela era realmente gentil.

“Obrigado” ele falou para ela. “Mas o que eu estou tentando falar é... Eu posso fazer todas essas coisas, talvez seja até bom nisso, mas eu não amo isso. Eu não tenho a mesma paixão que você tem” ele falou.

Adrien não tinha certeza do porque ele se sentia tão seguro para dizer isso a ela, já que ele não havia nem dito a Nino tudo isso. Mas no tempo em que conhecera Marinette, ela sempre foi bondosa. Ele sabia que ela constantemente ajudava os colegas de classe com os problemas deles e não iria dizer a ninguém o que ele falara.

“Se você não ama isso, por que você faz?” Marinette perguntou.

Adrien a olhou, incapaz de acreditar na linha de pensamento dela. Como ela podia pensar que ele tinha que gostar das coisas para fazê-las? Era apenas o trabalho dele.

“Eu…” ele começou a dizer e então parou. Dizer a ela que o seu pai o forçava não parecia bom. “Eu não sei”.

Eles ficaram quietos depois disso, incapazes de continuar a conversa e com a mente cheia de pensamentos. Mas não era um silêncio desconfortável, já que ambos se sentiam estranhamente relaxados.

Então Adrien começou a falar com ela sobre a escola e ela juntou-se a ele, expondo as opiniões dela. Ela até mesmo discordou dele, geralmente conseguindo fazer com que mudasse a mente dele. Ele estava surpreso ao quão diferente e similar ela pensava dele ao mesmo tempo.

“Nós chegamos, sr. Agreste” anunciou o motorista de Adrien, depois de certo tempo.

Movendo-se rápido, Adrien deixou o banco de trás e abriu sua porta, andando rápido para que ele conseguisse chegar ao outro lado do carro. Marinette piscou ao ver que ele já estava lá e abrindo a porta para ela antes mesmo que ela tivesse tempo de processar o que estava acontecendo.

“Pronto, Princesa” somente após ele dizer isso a ela, ele lembrou que ele não podia ter falado isso, pois era o apelido de Chat para Marinette, não de Adrien.

Marinette o olhou por um momento, pensando que era estranho que duas pessoas tão diferentes como Chat e Adrien a chamassem pela mesma coisa. Mas ela rapidamente decidiu que isso não importava, era só uma coincidência. Afinal, não era um apelido criativo, exatamente.

“Tchau, Adrien. Eu espero que você ache algo que você ama” ela falou, sorrindo para ele. Ela estava triste que teria que deixá-lo agora, mas ela estava feliz que ela conseguira algum tempo com ele, de qualquer jeito.

Vê-la preste a partir fez Adrien se sentir estranho. Como se ele estivesse perdendo algo. Ele não estava pronto para deixá-la ir embora já, depois de finalmente ter sucesso em ter uma conversa real com ela. E ela parecia tão... Adorável.

“Marinette!” ele gritou, impulsivo. “Desculpe de novo por não poder sair com você hoje. Mas talvez a gente possa ir a um lugar amanhã. Tem um filme que eu estive querendo ver” ele sugeriu.

“Sim...” ela falou como se ainda estivesse processando o que ela escutou. “Eu gostaria disso”.


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Notas finais do capítulo

~~> Eu gosto de pensar que Nathaniel e Marinette costumavam ser amigos próximos, mas acabaram por se distanciar um pouco. E quando ela descobriu que ele gostava dela, as coisas ficaram esquisitas e eles pararam de se falar. Eu sei que não é exatamente canon, mas acho que tem mais na história Mari/Nath do que aparece no cartoon. Eu vou seguir essa linha de pensamento pela história, mas não se preocupem, essa é uma fanfic Adrinette/Marichat/Ladynoir/Ladrien.



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