E então, você chegou... escrita por MidorimaNailss


Capítulo 4
A primeira vez que nos beijamos


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu passei a noite com a bunda na cadeira, ou o dia, sei lá, e finalmente esse capítulo saiu! Vocês podem não acreditar, mas eu estou realmente suada depois de escrever isso AOSIJAIOSJASJIAJISOA.

Eu tive a ideia horrível de escrever a cena de uma festa, e olha, espero nunca mais ter que passar por isso, eu fiquei MUITO travada, pois tem muito personagem para trabalhar, muitas possibilidades de cena e eu já estava surtando que esse capítulo ainda não tinha saído! IAOJSOAJSJAISJIAJIOSJAISJIAOSA

Enfim, eu espero que possam apreciar algo. Ainda não ficou como eu queria (nunca fica, sempre penso que algo poderia ter sido melhor trabalhado, mas... tá aí, foi o que eu consegui).

A outra dificuldade é que... eu realmente não sei escrever cenas de beijo sem achar estranho, na moral, IJAOSJAIJSJASJAO, eu escrevo a palavra língua e já fico toda "oh my god, isso tá estranho", fico imaginando as coisas literalmente e... e... dá medo OIAJSIOJASOIAJSOA. Enfim, eu tô muito surtada. Não sei REALMENTE o que vão achar desse capítulo, mas é isso.

Boa leitura e muito amor no coração na hora de ler e comentar, viu, não me apedrejem!!!!!!!!!!!! Beijões!!!



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A primeira vez que nos beijamos

— Bom dia! — A primeira reação de Yaoyorozu foi levar um susto. Havia esquecido que tinha outra pessoa em sua casa, visto que não estava acostumada com tal situação. — Preparei um café para nós. Como forma de agradecimento. — Todoroki refletiu um pouco, antes de continuar. — Espero não ter sido intrometido, mas é que acordei um pouco cedo, e não queria te incomodar.

Momo abriu um doce sorriso.

— Sem problemas. Na verdade, não sei nem o que dizer. Positivamente falando. — Todoroki puxou uma cadeira para ela se sentar, enquanto a morena só conseguia pensar em como ele sempre a surpreendia. Era um homem incrivelmente gentil e habilidoso, além de atencioso.

— Dormiu bem? — Perguntou Momo, mordendo um pedaço do misto que estava em seu prato, saboreando-o.

— Com certeza! — Passou um pouco de geleia de amora no pão. — Na verdade, acho que foi a melhor cama em que eu já deitei em toda a minha vida. — Os dois riram brevemente. — Não ria! É verdade. — Deu um gole no chá de camomila que havia separado para ele.

Assim os dois permaneceram pela manhã, conversando e tomando o café matinal deles, para no fim, guardarem e lavarem tudo, com um ajudando o outro, mesmo com Momo insistindo para que ela cuidasse disso sozinha, já que Todoroki havia preparado o café.

No entanto, como ela previra, o rapaz negou veementemente, afirmando que ele que havia preparado aquela bagunça, então ele tinha o dever de limpar sozinho. Dessa maneira, tanto os protestos dela, quanto os dele, foram rejeitados, realizando a tarefa juntos no fim das contas.

— Vou indo agora. Já tomei bastante do seu tempo, certo? — Ele deu um beijo de despedida na bochecha dela, extremamente rápido e inesperado, deixando uma Yaoyorozu sem palavras. — Além disso, se eu continuar aqui, você não vai aguentar ver o meu rosto na festa.

— Sim.

— Sim? — Questionara Shouto, confuso.

— Sim, venha a festa. Foi o que eu quis dizer. — Todoroki sorriu, já Yaoyorozu permaneceu encabulada, repreendendo-se por dentro. Pela primeira vez, notou que o rosto dela estava corado, e que Momo parecia tão perdida quanto ele, sobre o que fazer ou falar. Isso fez com que se sentisse mais próximo.

— Até depois. — Estava indo embora, quando ela o chamou uma última vez.

— Esqueci de te falar, mas... se quiser chamar alguns amigos seus, fique à vontade. — Ele assentiu para ela, em seguida, acenou como forma de despedida.

Assim, enquanto Todoroki partia, Yaoyorozu ficou a observar as costas dele, até que sumisse por inteiro do cenário atual. Na ocasião, cogitou sobre como tudo nele era perfeitamente equilibrado e calmo, inclusive o jeito de falar. Era incrível como sempre que passava um tempo com ela, acabava descobrindo algo novo e admirável sobre Shouto Todoroki.

***

Tanto Todoroki quanto Momo começaram a se preparar para a festa. Na verdade, Yaoyorozu tinha começado muito antes, já que seria na sua casa, então tinha que organizar o local com alguns balões, além de abrir espaço na sala, para que todos os convidados ficassem bem confortáveis.

Para a felicidade dela, uma de suas amigas se encarregaria das músicas que iriam tocar, tendo em vista que o gosto musical de Momo não combinava muito bem com esses eventos, então se não fosse por ela, já estaria muito, talvez extremamente, preocupada com isso.

“— Obrigada, Jirou”, agradeceu em pensamento, mas daria um enorme abraço nela quando a visse.

Além dessas coisas, ela também precisava receber os salgadinhos e docinhos que havia encomendado. Se tivesse tido tempo, com certeza os prepararia, porém ela precisava de muitos, o que provavelmente tomaria um dia inteiro dela, ou mais, considerando a possibilidade de errar nas receitas.

Assim, pelo menos nessa parte, decidiu que o mais adequado seria pedir, sendo que tinha uma loja que era a sua favorita, com os salgadinhos mais bem recheados do mundo, e os docinhos completamente na medida certo: nem tão doce, nem zero doce. Simplesmente no ponto! Impecável, ela diria, até mesmo no tamanho (não era gigante ou muito pequeno, mas o suficiente para se satisfazer).

Quando essas encomendas chegassem, ela teria ainda que dispor tudo na mesa, de uma maneira bonita e organizada, até mesmo fácil e acessível para todos. Realmente não queria que alguém ficasse sem experimentar algum desses, por isso comprou bastante, com o pensamento de que era melhor sobrar do que faltar.  

Por último, mas não menos importante, havia contratado um bartender e encomendado algumas bebidas alcoólicas para chegarem no horário da festa, como cerveja, vodca e até mesmo vinho. Outras ficariam a cargo do próprio bartender e da empresa a que ele estava associado, responsáveis por trazerem as mais diversas bebidas junto com vários produtos que propiciavam a criação de drinks inovadores para os convidados. Ele ficaria no espaço da cozinha, de modo que tanto os convidados quanto ele ficassem à vontade.

“Bom, é isso, vamos lá”, e o longo dia de Yaoyorozu começou.

Apesar de tudo, ela sabia que acabaria valendo a pena ter todo esse trabalho.

Por outro lado, Todoroki, quando chegou a sua casa, dando de cara com o sofá da sala, simplesmente voltou a se deitar. Ainda estava cansado do dia anterior, embora estivesse completamente satisfeito com ele: havia sido produtivo e feliz, sendo que estava muito bem acompanhado. Eram sensações novas, e também indescritíveis.

Sem perceber, um sorriso bobo e sincero escapou de seus lábios, confirmando todos os pensamentos dele.

Passou a mexer no celular, despretensiosamente. Não queria voltar a dormir, apenas precisava deitar e relaxar. Passar o resto do dia sem fazer absolutamente nada, ou seja, um momento tranquilo, que dispensasse qualquer tipo de esforço.

Assim, enquanto passava por algumas publicações do Instragram, bem como lia algumas mensagens no Whatsapp, passou a refletir se deveria levar alguém. Seria bom, no sentido de que teria certeza que não ficaria sozinho no evento, mas isso também significava que talvez não valesse a pena comparecer. Provavelmente Yaoyorozu terá que dar atenção para várias pessoas, e bom, ele só conhecia ela, certo?

E também, quem ele poderia chamar? Todos já deveriam ter algum plano, fora que não existiam muitos possíveis convidados na lista dele.

“O que fazer...”, um suspiro longo e pesado deu forma a sua atual preocupação. Teria que decidir o quanto antes, já que estava um tanto quanto em cima da hora.

— Bem, que seja... — Procurou pelo nome de seus amigos, e enviou mensagem para eles, tentando ignorar a ansiedade que sentia pela resposta de cada um. Dependendo, teria que desistir da festa, por não visualizar qualquer vantagem em ir completamente desacompanhado.

“Ih, cara, não vou poder ir, já tenho um compromisso, mas valeu”

“Hoje não dá para mim, mas obrigada pelo convite, Todoroki-san!”

“Vou para a casa da minha família nesse fim de semana, desculpa!”

“Uma festa? Não costumo ir, mas se você vai, então deve ser bem interessante. Chego aí na sua casa no horário em ponto!”

“Oh, adoraria ir, tudo bem se a Uraraka for comigo?”

Os olhos de Shouto soltaram uma breve faísca de felicidade. Poderia comparecer sem problemas: não iria sozinho. Respondeu à mensagem do Midoriya, dizendo que não havia problemas, além de agradecer tanto a ele quanto ao Iida pela companhia. Em relação às outras mensagens apenas disse que compreendia e desejou um ótimo fim de semana para Kirishima, Asui e Ojiro.

Com o horário da festa estando cada vez mais próximo, todos começaram a se arrumar em suas próprias casas, inclusive Momo, que já havia terminado a organização do local, embora ainda estivesse preocupada em começar a tomar banho e alguém chegar na mesma hora. Enfim, era o jeito, ela pretendia pelo menos conseguir ouvir a campainha para não deixar ninguém esperando ou ir embora achando que a mesma não estava em casa.

Assim, depois de banhos tomados, perfumes usados, maquiagens realizadas, penteados preparados, sapatos escolhidos e roupas trocadas e analisadas mais de uma vez, estavam todos prontos finalmente, só esperando os seus transportes: carona, ônibus, uber e demais meios de locomoção possíveis.

— Pontual como sempre, Iida! — Todoroki o cumprimentou com um aperto de mão. Quando se afastou, percebeu que atrás dele se encontravam o Midoriya e a Uraraka de mãos dadas, de modo que os cumprimentou com um sorriso e um aceno de cabeça. Haviam chegado todos juntos, com o Iida encarregado de ser o motorista da rodada.

— Vamos indo, então? — Todos concordaram e o seguiram até o carro, que estava estacionado um pouco mais para frente.

No carro, antes de dar a partida, Iida olhou para cada um dos passageiros, certificando-se sobre o cinto de segurança estarem atados ou não.

— Muito bem, estão todos seguros. Vou começar. — O carro começou a andar, tendo uma conversa se iniciado entre os presentes.

— Foi difícil achar uma roupa apropriada para essa festa. — Soltou Uraraka, pensativa. — Parece ser muito chique o lugar em que vamos. — Todoroki assentiu.

— Digamos que é o aniversário do amigo de uma pessoa um tanto quanto famosa. Consequentemente, rica, na medida do possível. Acho que a família já tinha muito dinheiro antes da profissão dela também, sabe?

— Quem diria. Você nunca sai, Todoroki, e quando nos convida, é justamente para uma ocasião rara dessas. Estou incrivelmente chocado. — Afirmara Iida, sem tirar os olhos do volante.

— Uma pessoa famosa, hm. — Deku começou a refletir em voz alta. — Famosa, mas não tanto e também rica. Eu me pergunto... como você foi chamado, Todoroki? Quero dizer, você não sai de casa. E ela é famosa. E rica. Porém, você... Oh. Entendi. Entendi. — O rosto de Izuku estava completamente iluminado com a descoberta.

— O que você descobriu, Deku-kun?

— Conta pra gente, Midoriya!

Shouto ficou encarando a janela, tentando fingir que nada daquilo estava acontecendo.

— Pensem comigo: um dos hobbies do Todoroki é ler, certo? Logo, ele deve ter conhecido uma escritora. A gente sabe que ele raramente fala da vida dele, mas em momentos especiais, únicos, e quase inexistentes, ele parece não desgrudar da televisão. Além disso, vez ou outra ele aparece nos corredores do trabalho lendo o mesmo livro. Mais de uma vez. E o nome que aparece em todos esses momentos é...

— Chegamos! — Exclamou Iida, enquanto estacionava, interrompendo Midoriya. Assim, Shouto fez questão de sair quase que de imediato do carro, porém Deku e Uraraka acompanharam o movimento, aproximando-se da casa junto dele, com Iida logo atrás.

— ... Yaoyorozu Momo. — Declarou o menino de cabelos esverdeados, quando a porta se abriu e eles deram de cara justo com ela, mas também com várias pessoas já organizadas gritando feliz aniversário em conjunto, enquanto soltavam serpentinas e batiam palmas.

— Oh. — Foi tudo que Shouto conseguiu dizer, enquanto retirava uma serpentina rosa de seu cabelo.

— Todoroki, é o seu aniversário e você não nos disse nada? — Questionou Iiida, completamente surpreso.

— Na verdade, acho que houve um engano. — Uma voz masculina surgiu atrás dos quatro. Quando olharam, viram que ele tinha um enorme sorriso no rosto, direcionado completamente para Yaoyorozu. — Cheguei muito cedo? — Ele abriu espaço entre Iida, Midoriya, Todoroki e Uraraka, até que chegou na Momo, dando um abraço incrivelmente apertado nela.

— Muito obrigado! — Levantou-a do chão, dando um giro rápido com ela nos braços. — Realmente não estava esperando por isso. Você é demais. — Quando a soltou, beijou uma de suas bochechas delicadamente. — Sério, obrigado!

— Mas... — Ele a interrompeu.

— Nada de mas, viu? Eu amei. — Continuou sorrindo enquanto conversava com ela, estando extremamente animado, e ainda assim, conseguindo demonstrar sua preocupação em não desanimá-la. — Sei que não cheguei na hora, mas eu vi e ouvi as comemorações do pessoal, então sei o que estava esperando por mim e achei demais.

— C-certo. — Uma felicidade sutil apareceu nos lábios de Momo, que pareceu ficar mais tranquila com o ocorrido.

— Foi mal, Momo. Tentamos segurar ele, mas sabe como fica animado no aniversário dele. — Um homem de cabelos cinzentos entrou na casa, também passando pelos demais, tendo cumprimentado a todos anteriormente, assim como uma garota ruiva que o acompanhava.

— Sem problemas! Tenho certeza que se esforçaram. — Deu dois beijos na bochecha dele e depois sorriu para a garota, abraçando-a, em seguida. — Kendo, quanto tempo! Como você está?

Enquanto conversavam, Awase passou por todos os convidados, agradecendo pela presença e também colocando a conversa em dia.

— Kirishima! Bakugo! — Gritou ele, empolgado ao avistar os dois. — Não acredito que vieram. Caramba, faz muito tempo desde que nos vimos, caras.

— É verdade, em? Você está nos devendo uma revanche no futebol! — Entregou uma cerveja para ele. — Eu e o Bakugo já começamos a aproveitar, junte-se a nós! — Ergueu o copo, momento em que os três brindaram pelo aniversário e pela amizade que persistia entre eles. 

— E aí, cara da faixa do cabelo. — Soltou o loiro.

— Vocês continuam exatamente iguais. — Tomou um gole da cerveja. Parecia já estar no clima da festa: empolgado e pronto para se soltar.

— É verdade, exceto por uma coisinha.

— Cala a boca, Kirishima... — Bakugo lançou um olhar furioso para o companheiro.

— Nós estamos namorando! — Infelizmente, o ruivo já estava acostumado com os ataques de raiva, bem como com os olhares de insatisfação, de modo que ignorou por completo a reclamação dele.

— Não acredito! — Olhou para a mão que o ruivo estava mostrando, dando de cara com um anel. — Manos, felicidades demais para vocês. Queria dizer que estou chocado, mas a verdade é que eu já imaginava. Vocês formam um belo casal! — Antes que Kirishima pudesse dizer “eu avisei”, Bakugo já tinha ido embora, deixando os dois conversarem a sós.

— O que está fazendo aqui, meio a meio idiota? — Estava xingando Todoroki para aliviar suas frustrações da conversa anterior. Francamente, ainda não tinha se acostumado com esse jeito do Kirishima, de sempre falar sobre os dois. Era fofo, mas ao mesmo tempo ele não conseguia lidar.

— Oh... então esse era o compromisso de vocês. Que coincidência! — Constatou Todoroki, observando-o. — De onde você conhece a Momo?

— Nós conhecemos o aniversariante, na verdade. Depois do trabalho, eu e o Kirishima costumamos jogar futebol com uns amigos, e vez ou outra ele aparece lá também. — Tanto Bakugo quanto Todoroki ficaram vendo Kirishima e Awase conversarem de longe, cada um com seus próprios pensamentos.

Shouto, por exemplo, não parava de pensar em como ele era próximo da Yaoyorozu. Estava se perguntando qual era o nível da relação deles: melhores amigos, amigos de infância, melhores amigos que estão apaixonados um pelo outro, mas não querem estragar a amizade, namorados? É verdade que ele estava tratando a todos com muita intimidade, mas... ainda assim, o jeito com que tratou Momo conseguia ser um pouco diferente. Também estava refletindo sobre como, de alguma maneira, havia estragado a surpresa e iria se desculpar por isso mais tarde, definitivamente.

Já, na cabeça do Bakugo, cenas dele dormindo ou em casa fazendo qualquer outra coisa eram uma constante, mas havia escolhido aparecer depois de o Kirishima ter insistido várias vezes, com a desculpa de que seria legal e tudo o mais.

— Ei, Bakugo. — Sussurrou Todoroki. — Eu não sei se você também percebeu isso, mas aquele cara de cabelo cinza é muito parecido com o Kirishima, não é?

— Oh... ele é... idêntico. — Tanto Todoroki quanto Bakugo tomaram um gole de seus drinks para afastarem a sensação estranha de arrepio que percorreu o corpo de ambos ao tomarem ciência desse estranho fato. — Idêntico... — Murmurou.

— Oi, pessoal, tudo certo aí? — Questionou Iida, preocupado com a forma estática em que os dois se encontravam, como se estivessem em outro mundo. Havia até passado a mão na frente deles para ver se acordavam, mas permaneceram no estado em questão. — Estranho...

Distante deles, estava um grupo de quatro pessoas, formado por dois casais, que aproveitaram para trocar algumas experiências de relacionamento entre si.

— Já faz uns dois anos que nós namoramos. — Deku disse isso olhando diretamente para Uraraka, que estava sentada ao lado dele no sofá. Ao mesmo tempo, apertou a mão dela um pouco mais forte, indicando que não queria soltá-la. — Tem sido ótimo na maior parte do tempo. Quase não discutimos.

— O quê? Isso é sério? Eu e a Jirou estamos juntos faz uns oito meses e a gente discute quase todo dia. — Kaminari recebeu um olhar de reprovação.

— Por que será, né? — Tomou o coquetel que estava sobre a mesa. — Alguém só sabe falar e pensar besteira.

— Como é que você sabe o que eu penso, em? E também, algumas vezes eu falo coisas pertinentes, tipo quando eu te elogio ou... hã... — Ela bufou e revirou os olhos, já sabendo que teriam outra discussão ali mesmo.

— Você é um idiota, Kaminari.

— E você é... — Ficou pensando no que dizer, mas nada que fosse bom o bastante apareceu em sua mente, então apenas concordou sem perceber.

— Eu já volto! — Jirou se levantou e foi falar com a Momo antes que arrancasse a cabeça dele.

— Vocês são... um ótimo casal. — Afirmou Uraraka, tentando disfarçar o ar de incredulidade existente em seu rosto.

— Obrigado! A gente sabe, apesar de tudo. — Ele se aproximou do ouvido do Deku e prosseguiu:

— Principalmente quando estamos a sós, se é que me entende. — O rosto de Midoriya adquiriu uma coloração vermelha quase de imediato, enquanto Uraraka ficou dividida entre saber o que estava acontecendo ou simplesmente ignorar, com um semblante que dizia “onde fomos nos meter, mas ei, olha, tem comida grátis e bebida também, das melhores, posso suportar isso, certo? Certo?”

Depois de um tempo, Uraraka e Deku decidiram dançar juntos, fazendo com que Kaminari aguardasse sozinho pelo retorno da Jirou. Nesse meio tempo, o loiro ficou se empanturrando de comida e bebida, enquanto mexia no celular.

Na cozinha, estavam TetsuTetsu e Kendo falando sobre a vida deles e dos outros, além de lembrarem um ao outro sobre como foi difícil manter segredo sobre a festa para o Awase, tendo em vista que ele suspeitava de cada passo deles. Ainda assim, ao final, as coisas deram errado.

— É realmente difícil preparar uma festa surpresa. — Reclamou a ruiva, ao receber o drink em suas mãos.

— Verdade, mas assim, poderia ter sido pior. Tipo ele descobrir dias antes.

— Eu não quis falar nada, mas eu já sabia, desde tipo, uns quatro dias atrás. — Awase surgiu do nada no meio da conversa, já distribuindo tapinhas de consolação nas costas dos dois. — Sinto muito, é que eu amo aniversários, especialmente o meu.

— Como você descobriu? — Awase balançou a cabeça de um lado para o outro, vagarosamente. — Um aniversariante nunca revela o seu segredo, jovem gafanhoto. — Kendo e TetsuTetsu, ao invés de admirarem a capacidade do amigo, passaram a ignorá-lo, retomando a conversa entre eles.

— Bem, pelo menos tentamos.

— Sim, é o que importa.

— Aqui está o seu drink, Old-fashioned! — Chamou a atenção de TetsuTetsu, para logo em seguida empurrar a bebida até ele, cuidadosamente.

—  Muito obrigado… — Leu uma plaquinha que tinha o nome dele escrito no uniforme. — ... Sero! As bebidas estão ótimas.

— Sim, uma melhor que a outra. Posso dizer tranquilamente que esse é o melhor Sex on the Beach que já tomei. — Acrescentou Kendo, com um entusiasmo evidente no rosto.

— Muito obrigado. Fico extremamente feliz! — Uma lembrança pareceu surgir em sua mente, pois começou a preparar outra bebida de repente, com energia e disposição. — Quase me esqueci! A Momo pediu para preparar algo especial para você. Só mais alguns instantes e fica pronto, aniversariante!

Awase agradeceu mentalmente. Por mais que gostasse de comemorar com os amigos, no melhor estilo possível, ficava se perguntando se merecia tudo aquilo. Também imaginava como Yaoyorozu tinha se esforçado para preparar tudo isso, sempre pensando nele e nas coisas que mais gostava. Era realmente... gratificante.

Sentiu vontade de chorar, mas se segurou ao máximo. A verdade é que não era a festa em si que o mantinha feliz e sim o fato de ter as pessoas que ele mais amava reunidas em um lugar só. Ver todos felizes, animados, deixando todos os problemas de lado. Gratificante...

— Aqui! Um Manhattan todinho só para você. — Felizmente, seus pensamentos foram interrompidos, e por uma ótima razão.

— Muito obrigado, cara! Parece que hoje tirei o dia para ser surpreendido! — Awase se despediu do pessoal da cozinha e voltou para a sala, tendo se juntado ao Kaminari quando percebeu que o mesmo estava sozinho. Quem via os dois, sentia claramente que estavam se divertindo bastante, tanto o moreno quanto o loiro não paravam de rir, além de sempre estarem com um copo de bebida na mão.

No outro canto da sala encontravam-se três mulheres: Momo, Jirou e Mina.

— Ah, eu também quero um abraço, venham, venham! — Anunciou Ashido, toda feliz por encontrá-las. Yaoyorozu, no exato momento em que a mulher de cabelos rosas apareceu, estava cumprindo a promessa que havia estabelecido consigo mesma, no sentido de abraçar Jirou como forma de agradecimento pelas músicas escolhidas (e não era surpresa nenhuma que estavam sendo do agrado de todos).

— Não precisa nem pedir duas vezes! — Disse a morena, já abrindo espaço para um abraço triplo entre elas. — Fico feliz que puderam vir! A festa não seria a mesma sem vocês.

— Até parece que eu perderia isso. Seus eventos são sempre os melhores, Momo. — Respondeu Jirou, tentando esconder a empolgação em sua voz.

— Pode apostar que sim!! — Concordou Mina, virando o copo de cerveja que carregava consigo. — Ahhhh, eu não poderia estar mais alegre! Uhuuuu!! — Antes que qualquer uma delas pudesse falar ou fazer algo a respeito da amiga, que se encontrava visivelmente bêbada, foram puxadas para o centro da sala, com o propósito de dançarem até não aguentarem mais. Pelo menos era essa a ideia de Ashido.

Kaminari, ao perceber que Jirou estava dançando, decidiu acompanhá-la. Os outros convidados presentes na festa, vendo que haviam pessoas na “pista de dança”, também acompanharam o embalo e se entregaram à música, sendo eles TetsuTetsu, Kendo, Awase. No entanto, depois de um tempo, Bakugo e Kirishima acabaram se juntando ao resto do pessoal, e obviamente a ideia tinha sido do ruivo.

— Você me faz passar por cada coisa, Kirishima. Juro que vou te matar um dia. — Como resposta, ele apenas indicou o ouvido, fingindo que não conseguia ouvir as palavras proferidas pelo loiro, de modo que ele apenas se rendeu, mas não sem antes soltar um suspiro pesado de indignação.

Dessa vez, as pessoas reunidas na cozinha eram Todoroki e Iida, somente observando o pessoal de longe. O único que dizia algo era o Todoroki, para pedir algum drink novo para o Sero.

— Você não acha que já bebeu demais?

— O quê? Claro que não. — Deixou um soluço escapar. — Eu tô ótimo, cara. Relaxa aí. — Iida não disse mais nada, mas sabia que estava certo, considerando que Shouto não costumava abreviar palavras ou soltar gírias aleatórias.

— Oh, Todoroki-san! E você é… — O rapaz cumprimentou Momo com um aperto de mãos.

— Meu nome é Iida, prazer! Sou amigo dele. — Ela assentiu, sorrindo para ele.

— Yaoyorozu... oi. — Ele se virou de costas para ela, com o intuito de pedir uma bebida como presente. A ideia era sussurrar, mas acabou saindo mais alto que o normal. — Ei, Sero... Prepara a melhor bebida que você tem aí, e entrega para ela. Mas não deixa... ok? Ela saber que foi eu. — Iida tentou ignorar o sentimento de vergonha alheia que parecia se apoderar de sua face, ao mesmo tempo em que Momo segurava o riso e o escondia com uma das mãos na frente da boca.

— Está tudo bem, Todoroki-san?

— Se tem uma coisa que estou, é bem. E você?

— Eu também. Aproveitei que estavam todos entretidos e fugi para buscar o bolo que preparamos. Você me ajuda a carregar?

— Claro! Claro... mas antes, você tem que esperar. Não é, Sero? — Deu uma piscadinha para ele, confirmando o plano secreto dos dois.

— E você pode me explicar o motivo? — Dissera ela, divertindo-se com a situação.

— Infelizmente... não. É segredo. Segredo. Nem mesmo o Iida sabe.

— Não acredito que fará essa desfeita comigo, Todoroki-san. — Ela riu. Ficou pensando sobre o dia anterior e também na manhã que tiveram juntos, sobre como ela estava certa quando refletiu que ele sempre tinha um lado novo a ser descoberto.

— Por acaso... você seria a Yayorozu Momo? — O bartender entrou na brincadeira.

— Oh, sou eu sim, por quê?

— Parece que encomendaram uma bebida para você, mas ele preferiu não revelar quem era. Bem, de qualquer maneira, aqui está! Um Bloody Mary fresquinho. — Momo agradeceu, olhando diretamente para Todoroki, que desviou o olhar para outro lugar, a fim de mostrar que não tinha nada a ver com ele.

Tanto Iida quanto Sero e Momo deixaram boas risadas escaparem com a presente situação. Iida por não estar acostumado a vê-lo assim, Sero por sempre lidar com pessoas nessa situação em festas e Momo por considerar tudo aquilo divertido e até mesmo fofo.

— Bem, eu vou indo, só vim buscar o bolo. Na verdade, se puderem me ajudar com isso... —Apontou para a bebida na mão dela. Iida se colocou a disposição e a acompanhou até a geladeira, retirando o bolo de lá e seguindo Yaoyorozu para o local dos parabéns. No caminho, ele chamou por Todoroki, que apesar de algumas dificuldades ao passar pelas pessoas dançando, também conseguiu encontrá-los e ajudar com as velas.

Yaoyorozu desligou o som (o que fez com que uma pessoa em especial soltasse vaias como resposta – Momo ignorou por se tratar da sua amiga Ashido, e por saber a condição atual dela) e chamou a atenção de todos, principalmente do Awase, que logo ficou em pé ao lado dela, atrás da mesa e, consequentemente, do bolo.

Assim, com todos posicionados, e devidamente ajeitados, passaram a cantar os parabéns. Awase acompanhou todo mundo, batendo palma e sorrindo, pensando em como era maneiro ter toda aquela atenção para ele, e ao mesmo tempo não sabendo muito como lidar com todo esse carinho.

Quando acabou, todos começaram a gritar “Discurso! Discurso! Discurso!”, e como o moreno não sabia a melhor forma de agradecer, prontamente deu esse “presente” para eles.

— Eu só queria agradecer. Pela presença, pelo esforço em manter segredo, pelas companhias diárias. Mas, principalmente, gostaria de agradecer a responsável por tudo isso, Yaoyorozu Momo! Ela sempre coloca o coração dela em tudo que faz, e serei eternamente grato por isso. — Antes de prosseguir, respirou um pouco, a fim de evitar que o choro viesse à tona. — Você é como uma irmã para mim. Sempre ficarei te devendo. — Vários aplausos eclodiram no recinto, e mais uma vez ele a abraçou com toda a força possível. — E agora, eu quero saber! Quem quer comer esse bolo?

Todo mundo ergueu as mãos, a música voltou a tocar e o clima de festa havia se instaurado novamente. Estavam todos gostando dos docinhos e salgados, mas pareciam amar, em particular, o bolo, de modo que todo mundo perguntava se era Momo quem tinha preparado, e então, quando ela respondia, a reação de todos era exatamente a mesma: uau, ele está de parabéns! Queria saber cozinhar que nem ele! Isso aqui está fantástico.

Depois de algum tempo, alguns claros sinais de que a festava estava chegando ao fim foram sendo percebidos pelos convidados, tendo em vista que estavam incrivelmente cansados e exaustos após dançarem até não aguentarem mais. Além disso, muitos já não aguentavam nem comer mais um docinho sequer, ou então, beber algo sem passar mal.

Assim, aos poucos, cada um foi indo embora. Primeiro, TetsuTetsu e Kendo. Depois, Bakugo e Kirishima, com Deku e Uraraka logo atrás. Kaminari e Jirou estavam quase indo também, mas ela pediu para o loiro esperar um pouco, pois ajudaria Momo com algumas coisas, além de precisar olhar a Ashido antes de ir embora – dariam carona para ela, mas a mesma estava um pouco mal.

Awase também estava quase de saída, porém ficou um pouco mais ali, conversando com quem tinha sobrado: Kaminari, Sero e Iida. Estava caindo de sono, no entanto não conseguia parar de pensar que gostaria de ajudar Momo de alguma maneira, então... acabou dando um empurrãozinho, e ficou segurando o restante dos convidados ali.

— Yaoyorozu? Está tudo bem? — Ela se virou na direção dele, surpresa.

— Achei que você estava aqui... — Aproximou-se de Shouto, preocupada. — Digo, disseram que você tinha vindo aqui, para tomar um ar fresco.

 — Não, eu... tô bem. Na verdade, me falaram que você estava passando mal também. — Todoroki não estava em condições de refletir muito sobre isso, mas Yaoyorozu havia entendido, de modo que depois, provavelmente, trataria de repreender um amigo em especial.

— Ah, que alívio então. Eu também estou bem, só vim para cá porque fiquei preocupada com você. — Ele sorriu. Havia tido a mesma reação que ela.

— Eu também. — Apoiou-se no parapeito da varanda, observando o céu lá fora. — Está quase amanhecendo. — Constatou, boquiaberto. — A gente te deu bastante trabalho, não é?

— Um pouco. — Ela ficou ao lado dele, olhando na mesma direção. — Mas eu gosto. E acho que me acostumei com você me dando trabalho. — Os dois riram, sem jeito.  

— Fico pensando... se poderia te compensar de alguma forma. — Dessa vez, Momo passou a encará-lo. Olhava fixo nos olhos dele, como se uma compreensão do que estava por vir aparecesse em sua mente.

— Talvez. — Ele ajeitou uma mecha do cabelo dela, que havia caído em sua testa. — Acho que sim...

Os rostos dos dois estavam extremamente próximos dessa vez, com os olhos de cada um se fechando lentamente.

— Momo... — As palavras saíram naturalmente, como se a muito esperasse por dizê-las.

Do mesmo jeito havia sido o beijo deles, como se ambos esperassem fazia tempo por esse momento, e quando ele veio, havia surgido naturalmente. Simples, fácil, pronto. Talvez até necessário e urgente, como se durante toda a festa, a única coisa que Todoroki e Momo esperavam era por isso. Por essa chance.

E então, de maneira desajeitada, e até mesmo inesperada, a oportunidade surgiu, com Todoroki finalmente podendo segurar o rosto de Momo entre suas mãos, de maneira delicada, suave. Em contrapartida, Yaoyorozu permitiu que seus braços envolvessem o pescoço dele, puxando-o para mais perto, reafirmando a necessidade de tê-lo consigo, para, enfim, trocarem seu primeiro beijo.

Beijo esse que, num primeiro momento pareceu incerto, inseguro. Tanto ele quanto ela não sabiam como haviam parado ali, chegado até esse momento, mas de alguma maneira, com seus lábios se tocando, aos poucos, devagarzinho, a confirmação de que esse momento parecia correto, adequado, ficava cada vez mais claro e presente, mais... certo.

E então, repentinamente, as línguas de cada um deles foram abrindo espaço para um sentimento a mais. Desejo. Intensidade. Profundidade. Dessa vez, as mãos de Todoroki se encontravam apoiadas na cintura de Momo, permitindo que seu corpo ficasse colado ao dela. Permitindo e praticamente insistindo nessa constante, em que o mundo ao redor deles parecia não existir, e que desde a primeira vez em que se encontraram, era isso que o destino havia reservado para os dois.

Durante esse tempo, tanto Momo quanto Todoroki não haviam percebido, mas Jirou havia presenciado os dois, tendo saído de fininho para não incomodar. Outro que surgiu depois foi o Iida, mesmo com o Awase avisando que não seria necessário, pois provavelmente Todoroki iria embora só mais tarde, ou talvez nem fosse.

E é, ele estava certo desde o início. Awase observou a tensão existente entre eles. Notou que Momo ficava toda desajeitada perto dele – e Awase a conhecia fazia anos para não se ligar nessas mudanças nela.

E então, o xeque-mate: o próprio Todoroki. Notou como ele não parava de encará-lo do início ao fim da festa, tentando descobrir se ele e Momo tinham algo, além de... talvez ele não se lembre disso no outro dia, mas chegou a falar algumas várias vezes sobre como achava a Momo incrível e como seria legal namorar ela. Com todas essas pistas, ele tentou fazer a magia acontecer, sem imaginar, no entanto, que daria tão certo.

Assim, finalmente todos os convidados haviam ido embora, exceto Shouto Todoroki, com quem Yaoyorozu Momo permaneceria um bom tempo antes de finalmente ir dormir.

Nesse tempo, ele pediria desculpas por ter estragado a surpresa.

Também diria como a festa tinha sido incrível.

Revelaria que nunca havia bebido tanto – embora continuasse mantendo em segredo a razão disso (ciúmes, talvez, só talvez).

Diria que provavelmente estava fedendo a cerveja, e que o beijo não deveria ter sido um dos melhores.

E então, como resposta, ganharia outro beijo de Yaoyorozu Momo. Um selinho. No nariz, na testa, na boca.

Antes de apagar, ele ouviria a risada dela, e receberia mais um beijo de língua, extremamente apaixonado e intenso, com o objetivo de negar, total e completamente, a afirmação dele feita anteriormente.

Após todo esse momento, vendo Todoroki cair no sono, Momo ficaria sozinha, pensando em várias coisas, mas principalmente em como era bom ficar deitada ao lado dele, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.

— Parece que você ganhou uma fã, Shouto... — Acariciou os cabelos dele, com a certeza de que não iria acordá-lo. 


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Notas finais do capítulo

Dedico parte desse capítulo ao Tdavi, que tanto implorou pelo beijo dos dois! Finalmente aconteceu, depois de muito tempo de enrolação IAOJSIOAJSJASJAOIA. Espero que tenha gostado. ♥

E aí, pessoal, gostaram??? Não deixem de comentar!!! Falando em comentários, estou muito feliz com a recepção de todos em relação a essa fanfic, sério, muito obrigada por todo o carinho. ♥



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