Deus Salve a Rainha. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 6
A procura do Tesouro




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Após alguns segundos, todos estavam, lado a lado, esperando o soar da trompa. O jogo iria começar.

—Está preparada para perder? -Perguntou Lídia.

—Você está? -Devolveu Catarina.

—CORRAM!

Todos corriam, seguindo por diferentes lados, Catarina pulou ao avistar uma armadinha, mas Bernardo não teve a mesma sorte, a princesa só ouviu o grito frustrado do príncipe. Pegou sua espada e se preparou, ouviu alguns passos se aproximando. Cortou a saia do vestido e escalou uma arvore. Era Felipe e Beatriz, eles se enfrentavam.

—Medo, querida?

—Jamais, meu amor. -Ele se distraiu e ela atacou.

—Isso foi golpe baixo. -Gritou, contra-atacando.

—Não se preocupe, irei me desculpar adequadamente.

O barulho dos pássaros a desconcentraram e ele aproveitou a situação.

—Irei cobrar.

Ele a amarrou em uma arvore e saiu dali, sem notar Catarina.

—Isso é tesão reprimido. -Disse descendo.

Beatriz arregalou os olhos.

—Estava aí esse tempo todo?

—Eu estava.

—Talvez seja... -Sorriu maliciosa.

Catarina sorriu e correu até o príncipe silenciosamente. Tão silenciosamente que ele só percebeu ao sentir uma adaga pressionando seu pescoço.

—Derrotado. -Sussurrou no ouvido dele.

—AH! CATARINA! Merda.

Ela riu, ao vê-lo voltar derrotado.

Andou até o meio da floresta e avistou o baú do ouro, sorriu sacana.

Ao mesmo tempo que ela tinha visto Lídia e Ciro, os últimos, também viram.

—Dessa vez você não ganhará, Catarina.

—Veremos.

Ela percebeu que, se ele não presta-se atenção iria cair em uma das armadilhas, o mesmo aconteceria com Lídia.

—Vocês não me venceram.

Eles empinaram o nariz.

—Acredita mesmo nisso?

—Oh, sim. Acredito!

—Oras...

Antes que Lídia pudesse dizer algo o chão faltou e ela caiu em um buraco.

—Menos uma. -Disse Ciro.

Idiota, pensou Catarina ao vê-lo pisar na armadinha.

—LIDIA, CIRO, O QUE DIZIAM?

Catarina riu ao ouvir as reclamações.

—GANHEI!

Após conferir o tesouro os ajudou a sair dali, juntos eles carregaram o baú de volta para o castelo. Catarina chegou sorrindo, contudo, esperou os gritos de animação dos outros, mas nada ouviu.

—O que está acontecendo? -Perguntou a Rodolfo, que estava completamente sujo de terra.

Antes que ele ou qualquer outro pudesse responde-la, outra voz falou.

Eu que pergunto, o que está acontecendo aqui?—Questionou Afonso. -Que circo é esse?

—Afonso. -Disse surpresa. -O que faz aqui?

—Perguntei primeiro, Catarina.

Ela, sinceramente, não sabia o que estava acontecendo.

—O que acha que está acontecendo? Estamos nos divertindo.

—Divertindo?

—Sim. -Pronunciou-se Aurora.

—Estamos nos divertindo. -Disse Felipe.

—Isso mais parece um quartel general, não um lugar de diversão. -Disse Amália.

Não Intrometa Plebeia. -Disse Ciro, com nojo.

NÃO FALE COM ELA ASSIM! -Disse Afonso raivoso.

POR QUE EU NÃO FALARIA? DISSE ALGUMA MENTIRA?

—Afonso, está tudo bem.

—Não, não está, eles têm que aprender a te respeitar.

Ciro gargalhou.

—Respeita-la? Por que iriamos respeita-la? Não passa de uma namoradinha que nem mesmo você conhece.

RESPEITE-A! VOCÊ ESTÁ NO MEU REINO E ME DEVE RESPEITO.

—VOCÊ QUER ALGO, VIEMOSATÉ AQUI POR CAUSA DE MONTEMOR E DE RODOLFO, ASSIM COMO, EM MEMORIA DA RAINHA. NÃO POR VOCÊ OU POR ESSA DAI.

—NÃO VOLTE A FALAR ISSO, CIRO. IRA PAGAR MUITO CARO.

Beatriz, que estava ao lado de Felipe, levantou as sobrancelhas.

—COMO IREI PAGAR? VOCÊ NÃO PODE ME AMEAÇAR, NÃO TEM ESSE PODER! SEU TOLO, CONTINUA LUTANDO POR UMA AMANTE E DEIXA O REINO AS MOSCAS!

—VOLTEM PARA O CASTELO! – Mandou revoltado.

Foi a vez de Catarina rir.

—Nos não vamos a lugar algum, Afonso. -Disse calmamente, enquanto limpava o vestido.

—Não me desobedeça, Catarina.

—Ainda não entendi o que ele faz aqui. -Disse Jade a seu irmão, Júlio.

—Muito bem colocado, Jade. O que faz aqui, Afonso? -Perguntou Henrique.

Afonso não respondeu.

—Diga-nos, acaso não achou eu estivéssemos preparando uma revolta, achou? -perguntou Catarina com ironia. 

Ao ver o rosto dela ela percebeu que sim, era isso que ele achava.

—Jura? Não acredito. -Colocou a mão na boca para controlar o riso.

Todos riram.

—Irmão, o que há contigo? -Questionou Rodolfo, rindo.

Respirando fundo, Catarina tomou a palavra.

—Essa é uma propriedade privada, doada pela rainha a nós. Temos documentos que provam o que digo, essa propriedade apenas está localizado em Montemor, mas não pertence a ao reino, ela pertence aos príncipes e princesas da Cália. Nos não vamos sair, muito menos acatar uma ordem sua, aqui você não reina!

—Trouxe soldados? Nos também temos, mas, não acredito que vá querer rivalidade conosco, quando precisa tanto do apoio dos nossos pais. -Disse Teobaldo.

—Se quiser ficar, mesmo após essa cena e as demais, é bem-vindo, contudo sem criar confusões. Sua namorada também pode ficar, não a trataremos mal, mas não seremos amigáveis nem fingiremos simpatia. -Disse Henrique.

—AGORA. -Gritou Catarina, sentindo a animação voltar. -VAMOS COMEMORAR, POIS, MAIS UMA VEZ, EU GANHEI!

Eles gritaram e bateram palmas. Afonso não pôde se pronunciar e se sentiu impotente. Amália sentia a humilhação e a raiva em suas veias, sentia-se burra por ter seguidos.

Eles foram aproveitar o que tinha ali, não se banharam, mas correram para pegar algumas armas, ou lutar corporalmente. Alguns apenas conversavam, ou se provocavam.

Jade pegou algumas flechas, Catarina e Amália também e foram para o local onde o tiro ao alvo estava posto.

Jade mirou e acertou em cheio.

—Boa! -Disse Catarina. 

—Obrigada, alteza. -Fez uma reverencia forçada, arrancando risos da princesa.

—Amália, pode ir.

—Tem habilidade com o arco e flecha? -Questionou Jade, tentando ser amigável.

—Meu irmão me ensinou algo.

—Vamos, tente.

Ela tentou e acertou bem perto do alvo.

—Parabéns. -Disse Catarina. -Com algumas aulas você será ótima.

—Sua vez, Catarina. -Disse.

—Ok.

Catarina mirou e acertou em cheio no alvo.

—Não vou me vangloriar, faço isso desde sempre. Acredite em mim, com algumas aulas você será ótima.

Amália assentiu, pegou mais flechas e continuou tentando.

Catarina observou Henrique transferir alguns golpes em Júlio.

—Vamos, Júlio.

Eles param.

—Injustiça, por que ele tem uma bela princesa torcendo por ele e eu não?

—Por que não luta com a bela princesa?

—Será que aguenta, Cat?

—Pode acreditar que sim.

Ela o olhou fixamente, como se o tivesse avaliando, foi lentamente até ele e então atacou.

Ela deu alguns socos em sua barriga, pegou a espada e a jogou longe, Henrique parecia ter acordado e transferiu um chute no meu rosto, ela o olhou irritada e ele se encolheu um pouco. Correu na direção em que o escudo estava e o pegou o jogando contra o príncipe que caiu no chão.

—Catarina é letal.

 

 

 


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