Deus Salve a Rainha. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 5
Principe e Princesas.




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Afonso e Amália permaneciam em choque e Catarina se virava para sair.

—Espere! -Disse Amália, segurando no braço de Catarina. -Não vou deixar que me insulte e saia!

De fato, Catarina tinha ficado surpresa com a atitude da moça, surpresa e irritada.

—Não lhe ofendi, apenas expos fatos.

—Não pode sair falando essas coisas por...

—Por que?

—Acaso não sois uma plebeia?

—Estudei muito para entender como isso funciona e posso....

Isso? Isso significa a minha vida, a vida de todos aqui. Sua história e economia não lhe fazem entender o funcionamento do reino, lhe fazem ver o que está escrito. Há mais que isso. Agora, me solte, pois não me importo se é ou deixa de ser qualquer coisa a Afonso, eu sou a princesa de Artena, controle-se!

Catarina soltou-se e adentrou o castelo, logo encontrou Lucíola que a questionou pela irritação.

—Não é nada, Beatriz tem razão, essa plebeia é muito impertinente.

—A princesa Beatriz a espera nos jardins, disse que vai a procura do ouro.

Catarina sorriu, ansiosa e extremamente animada.

—Vamos, vamos logo Lucíola, tenho que me preparar e falar com meu pai e tenho que me troca!

A serva sorriu, contagiada pela animação da princesa.

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—Será que eles nunca vão me aceitar?

—Fala de Beatriz? Ela é apenas uma princesa mimada!

—Falo de todos, a rainha de Alfambres me ignorou, Catarina disse o que quis, provavelmente será assim com os demais... Isso mal começou e já estou cansada, Afonso. Cansada!

Ele se aproximou dela e a beijou carinhosamente, querendo passar segurança.

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Os grandes reis da Cália estavam reunidos no jardim, falavam sobre a economia das regiões, os problemas com o povo e as melhorias e deslizes de cada reino. Por falar em deslize, o vexame de Afonso era comentado por todos. As rainhas mentalmente culpavam a plebeia e os reis se questionavam até que ponto Afonso era melhor que Rodolfo.

—De fato, foi um ultraje.

—Sim, rei Augusto. Em todos os meus anos como monarca, tal situação nunca tinha acontecido, me senti... Desrespeitado.

—Será que foram problemas na educação?

—Acredito que não. Rodolfo e Afonso tiveram os mesmo prestígios, foram aos mesmos bailes e aulas que minha filha.

—Ah, a princesa Catarina, devo dizer que está muito bela. -Elogiou o rei de Lúngria.

—E extremamente educada. Beatriz contou-me da atitude da princesa.

—Atitude? -Questionou Augusto perguntando-se o que Catarina tinha aprontado.

—Sim, uma bela atitude. Ao ver que Afonso não apareceria ela juntou o príncipe Rodolfo, a princesa Lucrécia e minha menina, Beatriz e foram recepcionar alguns monarcas.

—Disse que Montemor não merecia pagar pelos erros do rei.

As rainhas murmuraram elogios a princesa.

—E como anda Rodolfo, majestade?

—Rodolfo cresceu muito nesses meses, aprendeu a ter responsabilidade e fidelidade a sua esposa.

—Ele me pareceu mais maduro. -Concordou o rei.

As rainhas e algumas princesas se reuniram em uma parte do castelo e conversavam. Quando Catarina apareceu com um longo vestido vermelho, simples para a ocasião.

—Catarina! -Chamou Gertrudes, a rainha de Alfambres.

—Majestade. -Reverenciou.

—Está muito bela minha querida, mesmo estando tão simples.

Catarina sorriu.

—Irei me ausentar por algumas horas, eu e alguns príncipes e princesas. Rainha Safira, por favor, pode avisar ao príncipe Ciro que iremos a procura do ouro.

A rainha sorriu e concordou assentindo.

Catarina reverenciou, novamente e saiu.

—Esses jovens. -Comentou Gertrudes, rindo.

A princesa foi até Augusto e o chamou.

—Meu pai, irei me ausentar por algumas horas.

—Onde vai Catarina?

A procura do ouro.

Augusto sorriu.

—Tome cuidado, todo está preparado?

—Sim, Beatriz já está lá. Logo os demais chegaram.

O rei Augusto assentiu e se despediu de Catarina, voltando aos monarcas.

—Esses jovens. -Comentou. -Não acreditei quando contaram o que tinham feito.

—De fato, foi uma surpresa, meu filho demorou para contar-me. Ciro comportou-se estranho por um par de semanas.

—E tudo com a ajuda de Crisélia.

Falam da minha avó? -Questionou Afonso, surgindo ao lado de Amália.

—Sim, a rainha realizou grandes feitos.

—De fato.

A rainha Safira aproximou-se do marido e comunicou que o filho tinha chegado.

—Irei avisa-lo imediatamente, já mandei um servo. Ele não ira esperar para chegar lá.

—Sim, Beatriz partiu cedo.

—Assim como, Alexandra e Rômulo.

—Perdão, onde os príncipes e princesas estão indo? -Questionou Amália, curiosa e receosa.

—Divertir-se. -Foi a única resposta que recebeu.

Assentiu desgostosa, mas sorrindo.

Virou-se para Afonso e pediu licença para se retirar, afirmando ir à cozinha ver como andavam as coisas. Assim que colocou os pés no corredor ouviu vozes e se escondeu atrás de uma porta.

—Ciro, não deveria ter demorado tanto, tive que te esperar. -Disse Catarina.

—Ina, não reclame. Logo chegaremos.

—Estou tão ansiosa, meu amigo.

—Espero que esteja preparada para mim.

—Espero que não fuja como um porco ao abate. -Revidou arteira, o príncipe gargalhou.

Rapidamente Amália voltou a Afonso e o chamou dizendo ser urgente.

—O que ouve?

—Ouvi o príncipe Ciro e Catarina planejando algo, pode ser contra você.

—Como?

—Isso, se formos rápidos podemos segui-los e desmascara-los!

—Assim faremos.

Afonso chamou alguns guardas e pediu para um servo avisa aos monarcas reunidos no jardim que ele se ausentaria para acompanhar os príncipes e princesas.

E saiu.

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Catarina e Ciro cavalgavam por uma estrada calmamente.

—Você não consegue me pegar. -Disse rindo.

—Veremos!

Os cavalos corriam velozmente, eles riam e se divertiam tanto que não perceberam a comitiva que os seguia.

Foram diminuindo a velocidade assim que avistaram um grande palácio.

—Senti falta daqui. -Comentou Catarina.

—Eu também, minha cara.

Servos esperavam na entrada para pegar os cavalos, Catarina e Ciro desceram e entregaram, adentrando o local. O palácio estava silencioso, eles foram até os jardins e encontraram os amigos lá. Tudo estava preparado. Tinha tiro ao alvo, altas arvores para escalar, espadas e armas e diversas armadilhas pela floresta, está abrigada, em algum lugar, um grande baú cheio de ouro e joias, que eles mesmos tinham juntado e guardado. Os servos prepararam tudo.

—SEJA BEM-VINDA! -Gritou Beatriz ao vê-la.

—Onde estão os demais?

—Bom, alguns estão se arrumando, outros se alimentando.

—Resumindo: Lucrécia e Rodolfo estão juntos em alguma parte do castelo; Aurora, Júlio, Jade e Lídia estão se trocando; e Elisabeth, Henrique, Mary, Teobaldo, Bernardo e Vanessa estão se alimentando, já se trocaram, vieram direto para cá. E eu estou aqui lhe fazendo esse prevê resumo. -Disse o príncipe Felipe.

—Felipe! -Catarina o abraçou. -Continua galanteando Beatriz? -Questionou sorridente.

—Algum dia irei conseguir conquistar a princesinha mandona. -Respondeu sorrindo.

—O que tanto falam aí? -Questionou a princesa se aproximando.

—Nada, minha querida. -Disse sorridente.

—Não sou sua querida Felipe.

—Mas será, amor.

Beatriz suspirou irritada.

—Vamos começar logo com isso?

Catarina riu.

 


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