Deus Salve a Rainha. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 4
Sono da Beleza.




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O povo estava agitado, diversas carruagens passavam pelas ruas, algumas tinham monarcas, outras apenas roupas e objetos reais. Agitado, mas intrigado, por que o rei estava fazendo uma festa sendo que o povo e o reino passavam por sérios apuros?

—O rei sabe o que faz! -Disse Ulisses, ao ver outra majestosa carruagem.

—Espero que saiba mesmo. -Concordou Saulo.

O castelo se encontrava dividido, a cozinho estava uma bagunça, mulheres iam para cima e para baixo, corriam para preparar o esplendoroso banquete. O salão de bailes estava sendo preparado para o grande evento que aconteceria em 5 dias, o brasão do reino, tapetes, tecidos, lugares específicos para cada coisa. Por outra lado, um outro lado do castelo estava silencioso, calmo. Lá o rei Afonso e Amália dormiam calmamente. Contudo, reis já chegavam e não havia ninguém para recepciona-los.

Cássio estava desesperado. Principalmente, após ver a primeira carruagem se aproximando, os reis de Lúngria. A rainha já comentava a falta da comitiva, contudo, ao desde se escandalizou ao perceber a ausência dos monarcas, a ausência de todos. Não havia ninguém ali.

—Onde está o príncipe Afonso?-Questionou o rei.

—Onde estão todos? -Perguntou Beatriz, a princesa de Lúngria.

Apressado, Cassio logo apareceu, desculpou-se pelo ausência do seu rei e os guiou para seus aposentos.

—Isso é mais que uma desfeita, é um ultraje. Onde se encontra Afonso? -Questionou a rainha.

Cassio abaixou a cabeça e apenas disse que ele estava ocupado.

Após cerca de 1 hora as carruagens de Artena pararam na frente do castelo. Rei Augusto teve a mesma reação dos monarcas de Lúngria, contido foi conduzido para seus aposentos. Catarina, Rodolfo e Lucrécia trocaram-se, tiraram as roupas pesadas que, por em Artena o clima for frio, por roupas mais leves. Encontraram-se com os monarcas de Artena e Lúngria na mesa de refeições.

—Um ultraje!

—De fato, não esperava tal atitude do príncipe. -Disse o rei de Lúngria, encarou Rodolfo. -Seu irmão costuma apresentar tal atitude constantemente?

—Faz algum tempo que não convivo com meu irmão, majestade.

Os mais velhos logo se retiraram para descansar da longa viajem.

Catarina suspirou.

—Concordo que a atitude não foi uma atitude que um rei deva ter, mas, pelo bem da Cália devemos fazer algo para amenizar a situação. -Olhou Beatriz, Rodolfo e Lucrécia. -Podemos recepcionar os demais monarcas, quando Afonso aparecer ele mesmo o faz.

—Por que faríamos isso? -Questionou Beatriz, a princesa de Lúngria. -Por que você faria isso, Catarina?

—Odeio as atitudes de Afonso, contudo, não desejo ver o povo parecer.

Beatriz assentiu, Catarina chamou Cassio.

—Por favor, procure juntar alguns ministros e pessoas, vamos preparar uma recepção aos próximos monarcas.

Confuso, Cassio assentiu. Beatriz se retirou, dizendo ir se arrumar, após fazer as tarefas Cassio retornou, quando dobrava o corredor ouviu Catarina falar com Rodolfo.

—Vamos receber os demais monarcas com uma imensa simpatia. O povo não merece pagar pelas atitudes inconsequentes de Afonso.

—Será influência da plebeia?

—A plebeia pode ter alguma culpa, contudo não a culpo por inteiro. O responsável pelo reino é Afonso! Não ela. Portanto, ele deveria está aqui, não ela.

Cassio assentiu, concordando silenciosamente com a princesa. Saiu do escuro e comunicou que tudo estava preparado. Assim que Beatriz voltou foi avisado da chegada de mais monarcas, os reis de Cordona.

Trombetas soaram anunciando a chegada deles. As princesas e o Rodolfo já estavam a postos.

—Seja bem-vinda a Montemor, Majestade. -Cumprimentou Rodolfo a rainha.

—Majestade. -As princesas fizeram uma breve referência. -É um prazer recebe-los.

Eles fizeram outra breve referência e adentraram o castelo sendo seguidos por servos e damas de companhia.

Assim que as trombetas soaram Afonso despertou atordoado sentindo Amália enroscada em si. Caminhou até a janela e observou a grande recepção montada. Demorou para entender o que estava acontecendo, mas entendeu e quase se bateu.

O que tinha acontecido? Vinho.

—Amália, vamos, acorde, vamos.

Amália abriu os olhos assustada.

—Afonso?

—Levante-se! Os reis estão chegando e estamos aqui.

Correndo eles se arrumaram, quando ouviram mais uma trombeta soar e anunciar a chegada de mais monarcas. Na entrada, Catarina, Lucrécia, Rodolfo e Beatriz.

—São os reis de Alfambres. -Comentou Beatriz.

—CATARINA. -Disse Afonsa em alto tom.

Todos se viraram.

—Afonso. Está cansado? -Alfinetou a princesa ao percebeu o rosto marcado pelo colchão.

—Deve ter sido realmente uma situação de extrema importância para que o príncipe deixa-se o reino com tanta urgência. -Beatriz cumprimento.

—Rei, Afonso é o rei de Montemor. -Disse Amália.

A princesa Beatriz a olhou com desdém.

—Perdão, rei Afonso. -Curvou-se, virou para Amália. -Plebeia. -Fez uma rápida referência.

Antes que Afonso dissesse algo, a carruagem parou. Ele abriu um sorriso. Carina, beatriz, Lucrécia e Rodolfo deram alguns passos para trás, discretamente. Os monarcas desceram da carruagem.

—Esse é o rei de Alfambres, presidente do conselho da Cália. -Disse Afonso a Amália. -Majestade. -Cumprimentou-o com um aperto de mãos.

—É um prazer revê-lo, Afonso.

—Majestade... -Amália começou a falar, contudo, foi interrompida pela própria rainha.

—Catarina, fazendo o que escondida aí atrás? Por que estão todos aí? Venham. O lugar da realeza é aqui na frente.

Catarina foi puxada pela rainha, e os demais a acompanharam. Amália sentiu a humilhação, contudo respirou fundo e foi apresentada, por Afonso, ao rei.

—A ultima vez que essa plebeia deve ter visto tantos reis deve ter sido em algum livro de histórias. -Comentou a rainha.

—Se é que ela sabe ler, majestade. -Disse Beatriz. -Ela já se mostrou impertinente.

—Vamos ver no que dá esse baile. -Disse Rodolfo.

Catarina assentiu.

—Princesa Catarina. -Cumprimentou o rei.

Catarina reverenciou-o.

—Como o senhor está? É um prazer revê-lo e é sempre uma honra encontrar com a rainha.

—Vossa alteza é muito simpática, onde se encontra vosso pai?

—Meu pai descansa, assim como, os reis de Lúngria e de Cordona. -Levantou os olhos para Afonsa, ele percebeu sua falha.

—Princesa Beatriz, Príncipe Rodolfo, Princesa Lucrécia.

Eles reverenciaram. Os reis entraram.

—Vamos entrar também. -Disse Lucrécia. -Acredito que agora que Afonso acordou do seu sono da beleza estamos liberados. -Disse na lata.

Beatriz e Rodolfo colocaram a mão na boca para não rir da cara de Afonso e Amália. Eles entraram deixando Catarina para trás.

—Catarina. -Chamou-a Afonso.- Pode comunicar a princesa de Lúngria que não aceitarei que tal comportamento se repita com Amália.

Catarina franziu o cenho e negou com a cabeça.

—Pode deixar que darei o recado, Afonso, pode mandar um recado para mim também? Por favor.

—Claro.

—Se ver ou localizar o rei, por favor, lhe diga que os monarcas estão aqui por causa de Montemor, para que o reino passe por tal crise. Os reis, rainhas, príncipes e princesas não vieram para espera-lo acordar. Aos podem ficar... Decepcionados.

—A culpa foi minha eu... -Amália tentou se explicar ao ver que Afonso estava sem palavras.

Catarina levantou a mão.

—Não precisa se explicar, Amália. Você não teve culpa, afinal, não era a sua responsabilidade. Sejamos claros e sinceros, você é apenas uma plebeia, não, não estou lhe desfavorecendo, mas lhe explicando que não é sua obrigação entender o funcionamento de nada, essa tarefa pertence a Afonso. Com licença.

 

 


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