Deus Salve a Rainha. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 3
Luta de Espadas




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No dia seguinte o povo ainda comemorava, mas deu uma pausa para se despedir dos monarcas que partiam.

Ofereceram tecidos, flores e sorrisos.

—Tenha uma boa viagem, meu irmão. -Desejou Afonso.

—Obrigada.

—Agradeço a hospedagem. -Disse Catarina á Afonso.

—É sempre bem-vinda a Montemor, mande saudações ao rei Augusto.

—Mandarei.

—Vocês também sempre serão bem-vindas a Montemor, meu irmão.

—Acredito que sim, Afonso. Posso ter perdido a coroa, mas ainda me restam muitas terras em meu nome.

Afonso assentiu.

Catarina se virou para o povo e acenou, agradecendo as gentilezas. Em seguida virou-se para Afonso e Amália, que estava ao seu lado.

—Tenham um bom dia.

A viagem logo chegou ao fim e as paisagens de Artena apareciam.

—Catarina, minha filha! -Saudou Augusto.

A princesa foi abraçada pelo pai.

—Olá, meu pai, é bom está de volta. Trouxe visitas.

Timidamente Rodolfo e Lucrécia saíram da carruagem, Augusto assentiu e os cumprimentou.

—Sejam bem-vindos.

—Obrigada, senhor.

—Meu pai, podemos conversas?

—Sim, claro. Demétrio, por favor, lhe os Monferrato a um quarto e os instale.

O homem assentiu. Catarina e Augusto foram para o escritório real.

—Quais são os seus planos, Catarina?

Ela sorriu, seu pai a conhecia bem.

—Quero integrar Rodolfo e Lucrécia a corte. Torna-lo responsável, para isso, precisamos lhe dá responsabilidade, por isso, Rodolfo será responsável pelo povo, bom, uma área do povo. Ele conviverá diretamente com o povo, vai observar os problemas e nos comunicar.

—Acha que ele aguentará?

—Afonso sempre foi o centro das atenções, Rodolfo sempre ficou em segundo lugar, o que desenvolveu uma irresponsabilidade desregrada. Acredito que sim, Rodolfo aprenderá.

Alguns meses depois...

Dito e feito, após alguns meses Rodolfo mostrou um grande interesse pelo povo, o que só enriquecia Artena. Problemas sanitários nas cidades e vilas que faziam parte do reino começam a aparecer e, assim, foram corrigidos. A feira estava mais arrumada, bonita! Os anos de estudo do antigo rei, agora ministro e duque, eram postos a prova todos os dias.

Lucrécia estava empenhada em ajudar e endoidar pobres freiras que tinham um orfanato. Todos os dias a ia até o local ajudar. Ela mais ajudava que atrapalhava, por isso, era muito bem-vinda. Os órfãos desenvolveram um carinho especial pela duquesa. Era segredo, mas as vezes a duquesa levava a princesa Catarina junto para ensinar os jovens a portar espadas ou se divertir com "lutinhas".

—Controle-se Lucrécia! Irão perceber minha saída! -Exclamou a princesa revoltada com a baderna que a amiga criava.

—Como posso me controlar, ou tentar, se a ansiedade me controla e... possui. As espadas de madeira chegaram?

—Sim. Onde está meu capuz, Lucíola? O vermelho, por favor.

A serva foi procurar e logo trouxe.

—Aqui está, senhora.

—Obrigada. Já sabe o que deve dizer se perguntarem de mim ou de Lucrecia?

—Sim, senhora. Estão no jardim.

Catarina assentiu e virou-se para Lucrécia.

—Vamos?

Ambas saíram do castelo e caminharam até o estabulo, onde pegaram dois cavalos e partiram para o distante orfanato. Depois de alguns minutos, Lucíola ouviu batidas na porta do quarto de Catarina, foi atender e se deparou com o rei Augusto.

—Onde está minha filha?

—No jardim, senhor.

Augusto assentiu, desconfiado. Desceu e perguntou aos guardas se tinham visto a princesa, todos disseram não. E a noite chegou. O rei se encontrava preocupado, esperava Rodolfo para lhe perguntar sobre Catarina.

Na hora do jantar, ambos se entraram na mesa de jantar.

—Rodolfo, sabe onde se entra vossa esposa e minha filha?

—Não senhor, na verdade iria lhe perguntar o mesmo.

As portas se bateram e ambas apareceram, um pouco descabeladas e com as barras do vestido suja.

—Onde estavam?

—No jardim. -Disse Catarina, respirando fundo, cansada.

Lucrécia nem falou, respirando rapidamente, tentando capturar a maior quantidade de ar.

Cinicamente, ambas se sentaram.

Augusto não acreditará em tal resposta, elas não estavam no jardim, mas... Onde estavam?

Dias passaram sem mais transtornos, até que, um dia Rodolfo e Augusto andavam por um corredor a divagar sobre a criação de um pequeno comercio de tecidos quando viram ambas saíram as escondidas, ambas com capuzes. Se olharam e palavras não foram precisas, Augusto chamou alguns soldados e Rodolfo as seguiu.

O rei observou a filha pegar um cavalo e partir, a seguiu, viu o cavalo ser deixado na frente de uma instituição, distante. Catarina adentrou um casarão e percorreu um longo corredor, enquanto Lucrécia percorreu o outro. Rodolfo seguiu a esposa e Augusto a filha. O corredor que a princesa seguiu.

—PRINCESA CATARINA! -Exclamou vozes.

Vozes infantis... Crianças!

—Bom dia senhoras e senhores. -A princesa fez graça. -Como estão hoje?

—BEM!

—Gostaram do presente?

—-SIM!

—A senhora irá nos ensinar novos movimentos? -perguntou um menino, de uns 11 anos.

—Claro que sim, Alberto! Há não ser que vocês não queiram...

Augusto riu ao ver a rosto de cada criança. A cena se desenrolou com Catarina ensinando uns truques aos pequenos e brincando. Augusto estava encantado. Não querendo atrapalhar saiu antes de ser notado, mas deixou alguns soldados escondidos. Rodolfo o esperava na porto do local com um sorriso no rosto.

Eles não comentaram nada na volto.

Quando a hora do jantar chegou Catarina e Lucrécia surgiram, a princesa estava com uma pequena gota de suor descendo no seu rosto e Lucrécia, novamente, não falou nada, estava mais ocupada em respirar.

—Onde estavam?

Catarina sorriu, exausta.

—Na biblioteca, revendo o esquema do exército.

Em Montemor, Afonso se esforçava para consegui levantar a economia do reino, mas nada parecia adiantar, até que lhe surgiu a ideia de preparar um baile, atrair as atenções para Montemor. Convites foram enviados e aceitados. Ele estava esperançoso.

Amália entrou na sala.

—Afonso, a quem pertence aquele quarto na ala leste? A ala real, nunca o vi aberto.

—Quando viva minha vó lhe deu a princesa Catarina, meu amor.

—A Catarina? Por que?

—Ela tinha um grande carinho pela princesa.

Amália assentiu, parecia conformada com a resposta, mas por dentro não aceitava a ideia de Catarina ter um quarto só dela no castelo. Nunca outro monarca tinha.

—O baile logo se realizará... -Notando a feição da esposa questionou preocupado. -O que há de errado?

—O povo e sua nova predileção por Rodolfo, Lucrécia e Catarina. O povo fala deles! -Exclamou Amália, um pouco revoltada, não fazia muito tempo que o povo comemorava a tomada do castelo, agora eles nem ligavam, estavam mais concentrados em bem dizer os antigos reis e a princesa de Artena.

—É normal eles estarem eufóricos. -Disse Afonso, calmamente.

—Por que está tão calmo?

—Não há sinais de revoltas, Amália, o povo está contente com o presente, apenas isso. Foi um belo ato, fim.

—Eles estão ganhando o amor do povo.

—Eles são monarcas! Devem ter um bom convívio com o povo.

Amália suspirou, cansada.

—Não entendo, por que agradar os cidadãos de Montemor? Rodolfo e Lucrécia já estão em Artena, tal como Catarina.

Afonso se aproximou da moça e a abraçou por trás.

—Logo você entenderá. Como estão suas aulas? Está apreciando a etiqueta e história?

Amália gemeu de frustação, todos esses conhecimentos se mostravam mais complicado que uma boa caçada (que ela sentia falta), contragosto assentiu.

 


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