Deus Salve a Rainha. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 18
Primeiro momento juntos




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—Está passeando, majestade?

—Sim, os campos estão belos. 

Catarina sorriu.

—Estão mesmo, Artena é bela, tanto quanto Montemor. -Elogiou.

Afonso apreciou o sorriso dela. 

—Quais são os desejos da princesa? -perguntou curioso e ansioso. 

—Sobre o reino? -Afonso queria dizer que não, mas concordou. -Bom, eu quero que Artena seja grande. Principalmente, quando diz respeito ao exercito. Temos que está protegidos contra qualquer ataque. 

—Espero que não pense que Montemor possa se voltar contra Artena! 

Catarina o olhou. 

—Palavras tem um certo poder, rei Afonso, contudo, ações são mais poderosas. Elas podem construir e destruir reinos. -Afonso sentiu a indireta, Catarina tratou de abrir um sorriso. -Mas, por hora, seu que Montemor não apresenta nenhum perigo a Artena. 

Eles desceram dos cavalos  pararam próximos a uma bela arvore. 

Afonso se aproximou e a segurou no braço. 

—Eu nunca te faria mal algum. -Disse serio.

Catarina sentiu todos os seus pelos se arrepiarem. Eles estavam tão perto. Ela podia sentir a respiração dele. 

Eu sei que não.—Sussurrou. 

Afonso seguia seus lábios, enquanto, dos mesmo, saiam as palavras. Como poderia, tal feiticeira,ser tão seduzente apenas no falar?  Catarina suspirou, ela não sabe quando ou como, mas seus olhos se focara nos lábios dele. E, logo em seguida, nos olhos. Malditos olhos que a atraiam tanto. 

—Nós temos que... -Ela tentou completar a frase, mas faltou ar. 

—Temos que... -As mãos dele foram para a cintura dela. 

A princesa não conseguia se situar. A visão dos olhos e dos lábios dele a deixava tonta. 

—Você... Você tem que... 

—Eu tenho que... 

Provocador, insolente... Maldito homem, maldito lábios atraentes... Maldito seja. Ele estava ali, melhor, ela estava ali. Estava nos braços dele. Seu corpo não respondia mais. Era como se ele deseja-se está ali. Ele desejava. Ansiava por mais contato. Queimava. 

Afonso observava a confusão da princesa. Até confuso ela continuava linda. Como era possível?

—O que eu tenho que fazer, princesa? -Perguntou, insolente. 

Catarine suspirou, entre abriu os lábios e abriu um pequeno sorriso. 

—Você tem que beijar-me. Agora. 

—Será um prazer. -Disse antes de ataca-la. 

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Lucrécia e Rodolfo começavam a se preocupar, a noite se aproximava. As velas do castelo já eram acessas e os criados cuidavam em preparar o jantar. Mas, Catarina e Afonso não chegavam. 

—Será que eles estão bem? 

Lucrécia suspirou. 

—Temo por eles se estiverem separados, mas se estiverem juntos, espero que o seu irmão tome uma atitude. 

Rodolfo assentiu. 

Uma atitude? Há que atitude se refere, Lucrécia?  -Perguntou Amália. 

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Catarina sentiu suas costas baterem contra uma arvore, com força. Contudo, não reclamou, nem sentiu. Estava mais concentrada em beijar o rei. Ele apertava sua cintura. Ambos sentiam como se fossem um só, quando o ar faltou, Afonso distribuiu pequeno beijos na área do pescoço dela. Após alguns segundos, eles voltaram a se beijar. As línguas travando uma guerra, na qual não importava o vencedor. 

—Já é noite. -Disse Catarina, entre o beijo. -Temos que voltar. 

Ele a beijou.

—Temos mesmo? -A apertou contra si. 

—Sim, temos que voltar. Pode ser perigoso. 

—Não se preocupe, eu te protejo. -Seus beijos desciam novamente pelo pescoço dela. 

Ela suspirou, ao sentir uma mordida. Segurou o rosto dele e fez com que ele a olha-se 

—Talvez, eu te proteja. -Desafiou. 

—O que você quiser. 

Catarina sorriu e foi a vez dela o beijar. 

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—Lady Lucrécia. Não esqueça da hierarquia. 

Amália sorriu.

—Logo será esquecida, quando eu me casar com Afonso... 

—Se você se casar! Não coloque a carroça na frente das cabras! 

—Mas, eu irei. -Disse com convicção. 

Veremos... Pensou Rodolfo. 

Antes que Lucrécia dissesse algo, Amália sorriu ao ver Afonso, mas o sorriso morreu só ver Catarina ao seu lado. Lucrécia e Rodolfo sentindo o coração se aquecer com a imagem. Eles pareciam felizes, completos. Sorriam como crianças que fizerem travessuras e se olhavam como amantes apaixonados. Amália também percebeu isso, sendo assim, assim que Afonso desceu do cavalo ela o atacou e o beijou. 

Catarina o olhou, sentindo o seu coração apertar, ele estava ao lado da moça ruiva. Não dela. Ele tinha escolhido aquela mulher a muito tempo, tinha desistido de pessoas por ela. Catarina só não pensou que doeria tanto vê-ló ali, desistindo dela. 

—Meu amor, onde estava?

Catarina gostaria de gritar que ele era o amor dela, mas se conteve, engoliu em seco e segurou a absurda vontade de chorar. Afonso não tirava os olhos dela. 

—Minha filha, venha comigo. -Chamou Augusto. 

Graças aos céus, agradeceu em pensamento. 

Ela o seguiu, juntos eles caminhavam em direção ao escritório. Quando se viu longe o suficiente, Catarina permitiu que algumas lagrimas caíssem. 

Augusto sentiu um clima ruim e se virou, se deparando com sua princesa aos prantos. 

—Catarina, minha filha, o que ouve? -Ele tentou conforta-la, abraça-lá da melhor maneira que pôde. -O que lhe aconteceu?

—Eu estou sendo tão boba, meu pai. -Disse entre lagrimas. -Como posso cometer tantos erros em um curto período de tempo? 

—Do que está falando? Me diga, minha filha, o que aflige o seu coração?

Ela o olhou, em duvida. 

—Afonso. -Disse em um sussurro.  Augusto suspirou, parte dele estava contente com a resposta da filha, mas outra parte estava preocupada com as lagrimas da princesa. -Eu cometi um grande erro, meu pai... Eu, não... Queria que.... Foi... -Ela não conseguia controlar as palavras. -Eu o beijei. -Augusto suspirou. 

—Foi algo bom?

Catarina se surpreendeu com a pergunta do pai. 

—Não! -Respondeu, decidida.

—Não pergunto moralmente, mas individualmente, foi algo bom para você?

—Eu... 

—Diga-me Catarina, o que você sentiu? Seja sincera com o seu velho pai. 

Catarina o olhou, com duvida, mas acatou a ordem. 

—Ela como se uma forma misteriosa me puxa-se para ele. Era tão bom e tão suspeito. Eu poderia imagina-lo comigo para o resto dos meus dias, sendo abraçada por ele... Beijada por ele... Era como se ele fosse parte do meu ser e...

—E juntos vocês fossem um só. -Completou Augusto. 

—Sim. -Disse surpresa. -Como o senhor sabe?

—Creio que o que você esteja sentindo seja algo muito especial. 

—Especial? -Questionou irônica. -Falta-me ar! Falta-me bom-senso... -Sua garganta secou. -Mas, principalmente, falta-me ele. Ele pertence a outra mulher, e, eu duvido, que ele a deixe por mim.  

—E, ainda assim, você continua pensando nele. 

Catarina queria negar. Queria dizer que o seu pai estava equivocado. 

—O que farei, meu pai? 

Augusto suspirou. 

—Você vive, meu pequeno pássaro. 

 

 


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