My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 8
Não se preocupem


Notas iniciais do capítulo

:)



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...MAIS O QUE É ISSO? – Gritou Zelena flagrando a irmã e Emma dormindo nuas – VOCÊS ESTÃO FICANDO LOUCAS? – As meninas acordaram em um salto...

 

[...]

 

— Zelena, por favor! – Pedia Regina enrolada no edredom procurando por suas roupas. – Me escuta...

— Não sou eu quem precisa te ouvir, vou chamar a mamãe – Disse a mais velha furiosa.

— Calma Zelena, vamos conversar por favor, não grita, todos vão ouvir – Implorou Emma enquanto Regina se rendia ao choro.

— Calem a boca. MAMÃE, TIA MARY – Gritou

Ouvindo o barulho das meninas, Cora apareceu no corredor indo em direção ao quarto.

— O que foi Zelena? Porque está gritando?

— O que está acontecendo? Porque essa gritaria? – Disse Mary aparecendo na porta do quarto em que estava.

— É isso o que está acontecendo... –  Zelena apontou para as garotas enquanto as mulheres entravam no quarto – Essas duas estão “dormindo” juntas, isso é um absurdo. Vou ligar para o papai voltar! – Zelena dizia gritando.

As mulheres olharam as meninas sentadas na cama e chorando.

— Zelena, cale a boca, e saia daqui – Cora disse encarando a filha mais velha – E não ouse contar o que viu para ninguém está me ouvindo?

— Mas o papai...

— Muito menos para seu pai, saia daqui, pare com esse escândalo. E repito, não fale para ninguém estamos entendidas? – Ordenou Cora enquanto Zelena saia do quarto fuzilando as duas meninas com o olhar.

— Ok – Disse Mary suspirando profundamente as olhando – Se arrumem e depois vamos conversar.

— Vamos esperar vocês no escritório, não demorem – Falou Cora calmamente tentando encontrar equilíbrio.

Ao saírem do quarto Cora disse à Mary:

— Suas suspeitas se concretizaram... o que vamos fazer agora? Não sei o que dizer à elas.

— Eu tinha certeza que aconteceria um dia Cora e pra ser sincera nunca pensei no que dizer... bom, vamos com calma, iremos encontrar as palavras. – Disse sorrindo – Você acha que a Zelena vai contar à alguém?

— Conhecendo minha filha como conheço, tenho certeza que ela irá contar. Vou me preparar para quando isso acontecer, o que não vai demorar muito. – respondeu Cora preocupada.

Algum tempo depois as meninas desceram para o escritório, Regina estava desesperada, já Emma, tentava transmitir tranquilidade à outra:

— Não se preocupe meu amor, estamos juntas ok? – Disse encarando os olhos castanhos que estavam cheio de lágrimas.

— Emma, minha mãe vai me matar! Zelena vai contar para o papai e... – não conseguia conter as lágrimas.

— Ei, calma! Você está muito nervosa, não está pensando direito, pode ser que aconteça o contrário do que pensa sabia?! – Falou abraçando a mais nova – Se eles te expulsarem você mora comigo, sempre será bem vinda – completou encarando-a – eu te amo!

As meninas entraram no escritório e se sentaram em frente as mulheres. Regina permaneceu com a cabeça baixa esperando qualquer reação que a mãe pudesse ter.

— Por isso vocês não quiseram me contar o que estava acontecendo aquele dia na doceria? – disse Cora – Filha olha para mim... – a menina a olhou ainda chorando.

— Me desculpa mamãe... me desculpa por favor... – Cora a abraçou.

— Não tem o que desculpar meu amor. Sempre disse que poderia me contar qualquer coisa. – a mulher olhou para as duas – Voces poderiam ter me dito antes, seria difícil como está sendo agora, mais eu entenderia.

— A Regina está com medo do que o tio Henry possa fazer tia. – Confessou Emma – Mamãe... você está brava? – Olhou para Mary.

— Não Emma, também não estou surpresa e garanto que seu pai também não ficará. Isso já era algo que esperávamos que fosse acontecer. Não entendo porque não me contou querida! Você me disse certa vez que seu sentimento por Regina era mais do que só amizade e prometeu que iria me dizer se algo acontecesse entre vocês.

— A culpa foi minha tia. Pedi para mantermos segredo, eu... eu não tive coragem de contar – Regina apoiou os cotovelos no joelho e cobriu seu rosto com as mãos.

— Voces não contaram para ninguém? – Questionou Mary.

— Elsa e Robin sabem mamãe. Foi Robin que me ajudou a convencer a Regina a ficar comigo. Ela tinha medo do que pudesse acontecer e bem... Ela, aliás, nós temos motivos para ter medo? – Perguntou Emma receosa.

— Não querida, não precisam ter medo. Mais voces conhecem o Henry, ele é intolerante... – Cora disse sendo interrompida pela filha

— Mãe, não conte a ele por favor... ele vai me machucar, por favor não conte.– implorou Regina soluçando - A Zelena pode contar também... estou perdida...

— Regina não chore. Não irei contar nada a seu pai, e ordenei para que Zelena não dissesse nada, mais um dia ele vai saber e até esse dia chegar quero ir preparando para que ele tente entender... Não chora, vou estar com você – Disse olhando nos olhos da garota – Eu te amo filha – beijou sua testa.

Terminada a conversa, as meninas se levantaram e já estavam saindo do escritório quando Mary disse:

— Meninas... por favor, tenham cuidado... Sejam discretas.

— E não se esqueçam que somos suas mães, estamos aqui para o que precisarem, não precisam ter medo – Cora sorriu, as meninas assentiram com a cabeça e saíram em direção ao jardim.

[...]

Emma e Regina sentaram em frente ao lago, permaneceram em silencio por horas apreciando somente a companhia uma da outra, não tinham o que dizer.

Os dias foram passando tranquilamente e apesar de sentirem um alívio enorme por terem sido descobertas, ao mesmo tempo temiam pelo que Zelena pudesse fazer.

Esta, por sua vez, fazia questão de deixar um clima tenso quando estava por perto. Ela e os irmãos nunca se deram bem. A mais velha sentia um ciumes doentio dos mais novos, especialmente de Regina, que em sua visão, por ser menina e mais nova, obtinha mais privilégios com a mãe. Assim, Zelena seguiu os passos de seu pai. Querendo ser superior aos irmãos, sempre apontava os erros que os menores cometiam, para que pudesse parecer perfeita aos olhos de Henry.

A véspera do Ano Novo tinha chegado, David e Henry estacionaram o carro em frente a casa.

Robin, Daniel e August estavam perto do lago competindo quem atirava a pedra mais longe, Elsa e as amigas estavam sentadas próximas a eles conversando, Regina e Emma estavam sentadas no chão da sala brincando com Anna enquanto suas mães e Zelena assistiam TV.

Ao ouvir o barulho do carro chegando, Zelena olhou pela janela e comentou:

— Papai chegou, finalmente – encarou a irmã – ele estava fazendo falta por aqui não concordam? – e saiu da sala indo em direção ao pai e ao tio.

Regina congelou ao ouvir o que a irmã disse, olhando para a mãe com os olhos lacrimejando.

— Mamãe, estou com medo... – confessou se levantando.

— Não se preocupe, ela não dirá nada... Porque vocês não vão tomar um ar, o pessoal está no lago, leve a Anna com vocês – a menina pálida olhou para a mãe, que continuou – Mary e eu ficaremos por perto, fique tranquila. A menina assentiu, pegando a sobrinha no colo e saindo junto com Emma.


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