Era véspera de Natal, as mulheres mais velhas junto com os funcionários se encarregaram de preparar a ceia, enquanto os homens e os adolescentes montavam a decoração da casa.

— Credo! Voces não estão achando essa árvore com muitos laços não?
O papai noel não vai querer nem chegar perto disso!!! – Comentou Robin tentando provocar as meninas.

— Está linda a árvore meninas, não de ouvidos à ele... – Falou Mary que vinha da cozinha – Robin, ainda faltam as luzes, porque voce e o Daniel não ajudam hein!... Elsa onde está seu pai? Preciso falar com ele

— Na ultima vez que o vi, estava com tio Henry tentando fazer um boneco de neve, mais parecia que não ia dar muito certo – Respondeu e Mary saiu chamando pelo marido.

— Onde estão as luzes Emma? – perguntou Daniel procurando dentro das caixas que estavam na sala.

— Na caixa perto da lareira... Bom já que vocês vão terminar aqui nós vamos até a cozinha, estou morrendo de fome e esse cheiro já está me matando. – Emma disse saindo da sala.

— Ah que gracinha né! Daniel e eu montamos quase todas essas coisas natalinas lá fora enquanto as princesas só arrumaram essa árvore e agora já querem tirar o corpo fora!? – falou o menino

— Por isso mesmo, vocês montaram QUASE todas as coisas, a pior parte ficou com o papai e o tio David, se tivessem feito tudo sozinhos nós até poderíamos ajudar... boa sorte – Falou Regina descendo de uma pequena escada que usava pra alcançar o topo da árvore e seguindo para a cozinha junto com as outras meninas. Os garotos se entreolharam, elas não iriam ajudar mesmo, pegaram as luzes e começaram a colocar na arvore.

Quando chegou a meia noite, todos se cumprimentaram, comeram muito, beberam, conversaram e riram. Já se passava das 2 a.m., os adolescentes estavam todos sentados em frente a lareira conversando, enquanto os mais velhos já tinham subido para seus quartos. Emma sussurrou próximo ao ouvido de Regina:

— Que tal irmos dormir também meu amor? Está frio, quero ficar pertinho de você! – Embora as duas nunca tivessem dito nada sobre elas à Daniel e as duas amigas de Elsa, os adolescentes percebiam que existia algo entre as duas, então elas não tentavam esconder nada quando estavam juntos.

Regina a olhou levantando-se do chão dizendo:

— Já vamos dormir... voces vão ficar por aqui mesmo?

— Vamos subir daqui a pouco – Respondeu Ruby, amiga de Elsa – parece que o papai noel não vai vir esse ano mesmo.

— O papai noel já me trouxe pra voce Ruby! Não é o melhor presente que já ganhou? – Disse Robin gargalhando, ele já tinha bebido muito. Regina fez cara de nojo e rindo respondeu:

— Vejo que já passou da hora de dormir mesmo... Vamos Emma, boa noite pessoal.

— Boa noite meninas!!! - Disseram todos juntos e continuaram rindo e falando besteiras.

As meninas subiram silenciosamente para o quarto. Quando Emma foi fechar a porta, a mesma, bateu sem querer, fazendo com que um barulho ecoasse pelo corredor.

— Emma, cuidado, vai acordar todo mundo! – Disse Regina deitando-se na cama. A mais velha riu, e trancou a porta com a chave, deitando-se ao lado da namorada. Elas se olharam por alguns segundos e começaram a se beijar delicadamente. Minutos depois ouviram um barulho na porta.

— Regina! Abre essa porta! – Henry disse meio impaciente, o homem havia acordado com o barulho, indo verificar o que tinha acontecido, viu que a porta estava fechada. A menina levantou correndo, ajeitando o cabelo que estava meio bagunçado e abriu a porta.

— Oi pai, o que houve? – Perguntou ofegante

— Eu quero saber o que houve! Escutei um barulho. – disse Henry – E porque diabos essa porta está trancada?

— Ãhn... é... a Emma bateu a porta sem querer... ela deve ter trancado por hábito – respondeu a menina meio sem jeito.

— Ok, façam silencio por favor e deixem essa porta destrancada, não tem necessidade de trancar, se trancarem novamente vou retirar a chave. – Falou irritado voltando ao seu quarto.

Emma estava sentada na cama olhando para a garota que tinha um olhar apavorado. Regina apagou a luz voltando para a cama se cobrindo. Emma se aproximou a abraçando.

— Não Emma. Não fica perto de mim, por favor – pediu chorando.

— Amor ele não vai voltar aqui!

— Não importa! Prefiro não correr esse risco.

Emma deu um beijo no rosto da garota, virou para o outro lado tentando dormir.

[...]

Quando Henry chegou ao quarto, Cora estava acordada.

— O que houve Henry? Porque levantou? – perguntou a mulher.

— Ouvi um barulho, as meninas bateram a porta sem querer. Cora... porque Regina e Emma estão naquele quarto com uma cama de casal enquanto temos vários quartos com duas camas hein?

— Não sei querido, aquele quarto é maior e o sol da manhã não bate na janela, elas devem querer dormir até mais tarde, deve ser por isso – respondeu Cora deitando-se novamente.

— As cortinas resolveriam o problema do sol voce não acha?! – Henry falou pensativo

— Não sei Henry... é só um quarto, deixe as meninas. Apague essa luz e volte a dormir por favor. – falou cobrindo a cabeça. O homem apagou a luz e se deitou ao lado da mulher. O sono custou a voltar naquela noite, ele sentia que havia algo estranho acontecendo.

[...]

Depois da comemoração do Natal, como era de costume, David e Henry voltaram à cidade para resolver alguns assuntos da empresa.

— Querida, já estamos indo. Voltamos na véspera do Ano Novo ok! – David disse abraçando a esposa.

— Tudo bem querido!... Boa Viajem e avisem quando chegar – Respondeu Mary assim que o carro partiu.

Os dias passaram tranquilos, sem Henry por perto, era como se tudo fosse mais leve para Regina. Os adolescentes saiam todos juntos para andar pela floresta e visitar as cachoeiras que existia no lugar, estavam todos se divertindo muito.

Uma certa noite, que o frio estava extremo, Cora e Mary decidiram fazer a noite italiana, não era típico deles comer esse tipo de comida, mais o clima frio pedia uma deliciosa massa e um bom vinho. Todos concordaram com o cardápio e ajudaram as mulheres a preparar a refeição.

Jantaram e foram todos para perto da lareira. Conversavam enquanto bebiam vinho. Como as garotas não tinham o hábito de beber, já estavam se sentindo alteradas. Regina levantou do sofá um pouco zonza e disse:

— Pessoal, já vou pro meu quarto, estou cansada... Você vai Emma? – Encarou a menina, esta, já percebendo as segundas intenções respondeu:

— Vou com você, também estou exausta. – E saíram rumo ao quarto.

Assim que chegaram, apagaram a luz e se jogaram na cama, esquecendo de trancar a porta com a chave. Começaram a se beijar e o clima foi ficando mais tenso. Emma olhou nos olhos de Regina e perguntou:

— Você tem certeza que quer? Não está fazendo isso porque bebeu muito? – Regina riu da menina.

— Amor, bebi o suficiente para ter coragem para fazer o que eu quero a muito tempo e não o suficiente para poder me arrepender no dia seguinte. – respondeu sorrindo.

— Eu te amo – falou Emma beijando a mais nova e ouvindo baixinho “eu também amo você”. – Assim elas se amaram pela primeira vez.

[...]

Na manhã seguinte...

 - August, você viu o carregador do meu celular? – Perguntou Zelena ao marido, ouvindo um “não” como resposta, olhou para a mesa e viu que o celular do marido estava carregando também e disse – Vou pegar o da Regina emprestado e já vou descer, te espero lá embaixo pra irmos caminhar – falou saindo do quarto.

Zelena caminhou pelo corredor indo em direção ao quarto da irmã, quando chegou, nem se quer bateu na porta, foi abrindo de uma vez acendendo a luz.

— MAIS O QUE É ISSO? – Gritou Zelena flagrando a irmã e Emma dormindo nuas – VOCÊS ESTÃO FICANDO LOUCAS? – As meninas acordaram em um salto.