My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 47
Ele não está mais aí


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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Regina parou no corredor em frente ao quarto, seu olhar estava vago, sentiu ser tocada no ombro.

— Amor, tudo bem? – Perguntou Emma. Regina olhou para ela demorando um pouco para responder.

— Acho que agora sim. – Sorriu fraco. Cora e Zelena pararam no corredor ao lado elas.

Anna que vinha junto com Robin na direção das mulheres, correu pulando para Emma segurá-la.

— Tia eu quero ir embora, é chato ficar aqui. – Disse a menina.

— Nós já estamos indo. – Emma olhou para a cunhada. – Zelena, ela pode ir com a gente?

— Claro Emma... é melhor que ela não fique por aqui.

— Eu também já estou indo. A Elsa combinou de almoçar com um casal de amigos. – Disse Robin. – Até mais meninas! – Falou acenando para as mulheres.

Cora conversou com a filha mais nova por alguns minutos e constatou que ela estava realmente bem.

— Vou ficar mais um pouco, não quero que a Zelena fique sozinha. – Disse Cora para a filha.

— Tudo bem, se precisarem nos liguem, vamos almoçar e iremos para casa. – Se despediu das mulheres.

As jovens foram saindo do hospital segurando as mãos de Anna, que andava entre elas.

— Acho que elas seriam ótimas mães... você não acha? – Zelena perguntou à mãe.

— Elas levam jeito com crianças, a Anna ama aquelas duas! – Cora sorriu olhando para a filha mais velha. – Mais elas nunca tocaram nesse assunto, pode ser que não pensem sobre filhos...

 

[...]

 

— Tia podemos jogar video-game? – Anna pediu para Regina.

— A Emma joga melhor que eu meu amor, ela joga com você pode ser? – A menina assentiu.

— Então boa sorte baixinha! – Emma falou bagunçando o cabelo da menina. – Vou pegar o vídeo-game e levar lá para o quarto, assim sua tia fica deitada na cama, vão subindo que eu já vou.

— Vou pegar uns docinhos para gente. – Regina falou indo para a cozinha.

Regina deitou na cama enquanto observava a sobrinha e a esposa jogarem, mexeu um pouco no celular e logo acabou caindo no sono, mesmo com todo o barulho que as outras faziam enquanto jogavam.

 

[...]

 

Henry passou muito mal depois da visita dos filhos, começou a perder a consciência e as dores aumentaram.

— Teremos que sedá-lo. – Disse o médico. – Mesmo usando o oxigênio, o organismo dele não está reagindo.

— Tudo bem, faça o que for necessário. – Zelena respondeu. – Doutor... ele tem chances de ficar bom? – Perguntou assim que o pai fechou os olhos.

— Zelena, sendo sincero com você, ele não tem nenhuma chance de se recuperar. A sedação só vai prolongar um pouco mais o funcionamento dos órgãos até que ele só sobreviva mesmo por causa dos aparelhos.

— Uhum... e quantos dias você acha que ele vai suportar?

— Isso é imprevisível, ele pode entrar em falência em prazo de minutos, como também podem demorar dias. Uma enfermeira vai ficar monitorando o estado dele.

— Tudo bem. Obrigada. – Agradeceu enquanto o médico saia da sala. Zelena foi até a recepção onde a mãe a esperava. – Mãe... ele piorou, está sedado, em breve vai entrar em falência... – Demonstrou tristeza mesmo tentando não sentir. Cora a abraçou.

— Você vai ficar bem Zelena! Pode chorar se precisar... não é errado! – Disse ainda abraçada a filha.

— Não, eu estou bem mãe... vamos para casa você tem que descansar.

As mulheres foram para casa em silêncio. Mary, David e Marco estavam reunidos junto com a meninas na cozinha, todos estavam ajudando com o jantar.

— Boa tarde família! – Cora disse assim que entrou, dando um selinho no namorado. – O cheiro está ótimo, o que estão cozinhando?

— É torta de frango com queijo e legumes vovó, estou ajudando a fazer. – Anna respondeu.

— Estou vendo mesmo. – Riu vendo a roupa da menina suja. – Por isso que vai estar uma delícia. Zelena, ligue para o August vir para jantar conosco.

— Vou ligar... eu preciso descansar um pouco.

— Vá para o seu antigo quarto e descanse, peça para o August trazer algumas roupas para você e para Anna também, assim vocês tomam um banho antes do jantar. – Cora falou enquanto ajudava a amiga terminar de cortar alguns legumes.

Zelena dormiu até um pouco antes do jantar, August chegou trazendo as roupas. Regina ajudou Anna a tomar banho enquanto Zelena tomava o seu. Quando todos já estavam prontos, se reuniram à mesa para fazerem a refeição, que foi feita com poucas conversas. Apesar de tentarem não pensar em Henry, sabiam que isso era em vão e todos estavam muito cansados devido aos últimos acontecimentos.

Assim que terminaram de comer, Zelena quis ir para casa, August iria para o hospital.

— Porque você e a Anna não ficam aqui hoje amor? – August pediu. – Anna já está dormindo. – Olhou para a menina que dormia no sofá.

— Ele tem razão filha, hoje vocês ficam aqui com a gente, já está ficando tarde. Assim vocês descansam melhor. – Sugeriu Cora.

— Tá bem... vou levar a Anna para cama. August me ligue caso algo aconteça. – Pediu beijando o marido e indo pegar a filha no sofá.

No meio da noite, Henry teve uma piora. August achou melhor ligar para a esposa para lhe informar e esta, resolveu ir para o hospital. Avisou a mãe, que se dispôs a acompanha-la.

— Como ele está August? – Zelena perguntou para o marido que estava controlando alguns aparelhos que estavam ligados ao pai.

— Os órgãos já pararam Zelena. – August disse tenso ao ver a expressão angustiada da esposa.

— Mais ele ainda está respirando...

— São os aparelhos que estão fazendo isso querida. – Disse a abraçando.

— Vocês precisam de permissão... – Cora disse gesticulando e August assentiu.

— Sim, precisamos da autorização da família para que sejam desligados. – Olhou para a esposa que estava com os olhos marejados.

— Você tem certeza que ele não está mais aí? – A mais nova perguntou.

— Absoluta meu amor! – Zelena respirou fundo olhando para a mãe, pois sabia que a decisão seria sua.

— Quer pensar por mais um tempo? – Cora perguntou apertando o ombro da filha.

— Não... podem desligar! – Disse com certa tristeza. – Ele não está mais aí.

— Tem certeza? – Zelena assentiu. – Quer chamar seus irmãos?

— Não vai ser necessário chamá-los August, eles dirão a mesma coisa. – Respondeu.

— Tudo bem, vou chamar o médico responsável, eu não posso fazer esse procedimento por ser parte da família. – Ele olhou para as mulheres. – Vocês estão bem? – Elas assentiram e ele saiu para buscar a autorização e o doutor.

Algumas horas depois os batimentos finalmente cessaram, Henry foi declarado como morto. Cora assistiu do lado de fora da sala, Zelena estava ao lado da mãe abraçada ao marido, também preferiu observar de longe, pensava que seria menos doloroso para ela.

 

[...]

 

O celular de Regina começou a tocar fazendo a mulher procurá-lo sobre o criado mudo sem abrir seus olhos. Assim que alcançou o aparelho, viu o nome da irmã na tela.

— Quem é amor? – Emma perguntou sonolenta.

— É minha irmã... – Disse agoniada. – Alô... – Zelena contou à irmã sobre o falecimento do pai, explicando o que tinha acontecido e pediu para que ela avisasse Robin.

— O que aconteceu amor? – Emma se sentou na cama observando Regina olhar para o teto desorientada.

— Meu pai está morto! – Respirou fundo olhando para Emma. – Preciso avisar meu irmão. – Disse sem expressar nenhuma emoção, ligando para Robin logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

bjss



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