My best friend, my love! escrita por EvilV
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura...
Os anos se passaram tranquilos. Henry já havia cumprido sua pena, que não fora diminuída, porém, depois que o homem saiu da prisão ninguém nunca mais ouvira falar dele. Ele ficou com os hotéis que possuíam no Havaí e certamente presumiram que ele tinha se mudado para lá e começado uma nova vida.
Regina concluiu a faculdade, Robin resolveu ir morar com Elsa e Marco se mudou definitivamente para a casa de Cora.
Killian e Ruby estavam morando juntos em Nova York, depois de terminar a faculdade de jornalismo, o rapaz foi morar com a namorada conseguindo um emprego por lá, e quando ela concluiu a faculdade conseguiu um emprego em um os hospitais de Nova York.
Emma e Regina comandavam a parte dos hotéis que ficavam no Canadá, tinham funcionários antigos que elas tinham total confiança e as ajudavam a tomar algumas decisões.
Elas trabalhavam em setores diferentes da empresa. Regina cuidava da parte da arquitetura enquanto Emma ficava no setor do design, que era feito após a intervenção do setor de sua esposa.
Depois do casamento, elas sentiam-se livres, quase nunca brigavam ou quando isso acontecia geralmente era por questões bem tolas, como o filme que elas iriam assistir ou quem iria dirigindo para o trabalho. Mais isso tudo era irrelevante, elas viviam a vida que sempre sonharam.
— Emma, amor acorda! Vamos nos atrasar. – Dizia Regina já voltando do banho.
— Amor não estou muito bem hoje, estou com cólica! – Emma resmungou.
— Quer ir ao médico? Está muito forte?
— Está forte mais não quero ir ao médico, preciso ficar deitada. – Gemeu de dor. – Vou ficar aqui hoje.
— Vou buscar um remédio e algo para você comer.
Regina foi até a cozinha, preparou algumas torradas, café para ela e um chá para Emma, cortou algumas frutas e dividiu em pratinhos, pegou um analgésico colocando tudo em um bandeja e voltando para o quarto.
— Coração, toma esse comprimido. – Disse entregando o medicamento e a xícara de chá. – Vamos comer?!
— Não quero amor. Estou com dor.
— Emma você não pode ficar sem comer! Come só uma torrada então, por favor! – Falou fazendo bico.
— Tá bem... mais só essa. – Emma tomou o restante do chá comendo a torrada.
Assim que terminou de comer Regina acabou de se arrumar para ir para o trabalho.
— Está melhor Emma? – A jovem negou. – Não quer ir mesmo ao médico? Quer que fique aqui com você?
— Não quero amor, pode ir tranquila. Só preciso ficar imóvel por um tempo, se eu estiver melhor à tarde eu vou para a empresa.
— Tudo bem, eu te ligo mais tarde, mais não quero que fique sem almoçar ok? – Emma assentiu. – Então estou indo, te amo! – Deu um selinho em Emma seguindo para o trabalho.
[...]
Regina dirigiu para a empresa, quinze minutos depois estacionou em sua vaga e pegou o elevador para sua sala.
— Bom dia Bell. – Cumprimentou a secretária.
— Bom dia Regina... ah, tem alguém te esperando na sala.
— Eu tinha alguma reunião para hoje? – Perguntou um tanto surpresa por não se lembrar.
— Não tinha. Mais a visita disse que era importante, então como é da sua família...
— Ah, tudo bem, obrigada Bell. – Regina achou estranho seus irmãos ou sua mãe não avisarem mais pensou que talvez quisessem fazer uma surpresa.
Passou pela sala de Milah, uma das advogadas da empresa, acenando para a mulher. A porta de sua sala estava entreaberta então ela deu dois toques antes de entrar.
— O que... – Paralisou naquele momento
— Oi querida! – Disse com um sorriso no rosto. – Não vai dar um abraço no seu pai?
— O que... que quer aqui? – Disse gaguejando.
— Quero te ver. Fiquei tantos anos naquele lugar horrível por sua causa e nem se quer recebi uma visita sua, estava com saudades. – Henry disse se aproximando da filha e fechando a porta. – Você se tornou uma mulher linda! – Abraçou e beijou o rosto dela segurando sua mãos.
A jovem não conseguia mover um músculo, era como se todo o esforço que tinha feito para superar o que aquele homem lhe causara fosse em vão. Sentiu todo o pânico voltar e não conseguia ter nenhuma reação. Henry pegou a mão esquerda da filha analisando a aliança que a mesma usava.
— Hm, vejo que tem alguém agora... ou seria quem estou pensando? – Ele a encarou mais ela não respondeu. – Eu ouvi dizer que você e Emma se casaram... é verdade?
— Sim. – Respondeu quase que em um sussurro e segurando as lágrimas. Henry riu.
— O que mais eu terei que fazer querida para vocês perceberem que isso é errado? – Se afastou sentando em uma das poltronas.
— Você não precisa fazer mais nada, não somos mais uma família, portanto não precisa ter vergonha de quem não é nada sua, eu não lhe devo mais satisfações da vi... – Henry a segurou pela garganta.
— Você é minha filha, tem meu sangue dentro das suas veias.
— Me solta... – Pediu com certa dificuldade e Henry a empurrou. – Quem te deixou entrar aqui? – Disse chorando.
— Como quem me deixou entrar aqui! Eu sou dono disso aqui também, todos me conhecem...
— ERA... era dono daqui, fizemos a partilha da empresa e essa parte não te pertence mais. A SM Hotels não é mais sua! – Regina gritou pela primeira vez com ele.
Henry enfurecido segurou a filha pelos ombros a prendendo contra a parede a machucando.
— QUEM VOCÊ PENSA QUE É GAROTA? – Gritou tentando intimida-lá.
— Eu sou o motivo que te colocou na prisão... e posso ser o motivo de você voltar para lá. ME SOLTA! Saia daqui agora ou eu peço para te tirarem a força.
O homem se deu por vencido, empurrou Regina e caminhou para a porta. Antes de sair ele a olhou nos olhos dizendo.
— Qualquer dia desses faço uma visita para sua mãe, será que ela vai gostar? – Saiu rindo enquanto ouviu o barulho da porta sendo batida.
Regina tremia, estava perdida sem saber o que fazer. Milah que estava na sala ao lado percebeu que algo de errado havia acontecido e resolver ver do que se tratava, bateu na porta e ouviu Regina pedir para entrar.
— O que foi Regina? Porque está chorando?
— Meu pai... estava aqui.
Falou sem contar mais detalhes, Milah era funcionária da empresa havia quinze anos e sabia todos os detalhes da relação de Henry com o restante da família.
— A Bell é nova por aqui Milah... ela não sabia que ele era proibido de entrar. – Tentava se controlar.
— Eu vou avisá-la Regina e também vou avisar os seguranças novamente.– A mulher se aproximou abraçando a jovem. – Vamos tomar alguma coisa para você se acalmar... – Disse levando Regina junto com ela à copa.
O restante do dia foi tenso, muitos problemas para resolver, Emma não tinha aparecido na empresa, provavelmente não estava bem. Ao final do expediente Regina estava com a cabeça explodindo de dor.
— Boa noite Milah. – Disse ao passar pela sala da mulher. – Obrigada por hoje mais cedo. – Sorriu fraco.
— Boa noite Regina, não precisa agradecer, somos amigas estarei aqui sempre que precisar. Eu também já estou indo, vou com você até o estacionamento só um minuto...
[...]
Assim que chegou em casa notou que Emma não estava por ali e subiu direto para o quarto. Regina viu que a esposa dormia tranquilamente e decidiu ir direto para o banho. Depois que terminou se deitou ao lado de Emma, beijando o pescoço da mesma.
— Hmm...
— Boa noite coração! Está melhor?
— Sim. – Emma a olhou sorrindo. – O que foi? Estava chorando?
— Estou com dor de cabeça... digamos que hoje não foi um bom dia.
— Então me conta...
— Vou pedir o jantar primeiro, enquanto você toma um banho e minha dor de cabeça melhora, depois te conto tudo, ok? – Emma assentiu dando um beijo na esposa e seguindo para o banheiro.
[...]
— Amor, me fala o que está acontecendo, você não parece bem. – Disse Emma enquanto servia um pouco de sorvete para Regina.
— O meu pai... – Parou por um momento tomando um pouco do sorvete. - ... ele está aqui.
— Sério? Ele não estava no Havaí? Como soube disso?
— Ele estava esperando na minha sala hoje de manhã. – Respondeu segurando o choro. – A Bell não o conhecia e acabou deixando ele entrar pensando que me faria uma boa surpresa.
— Regina... – Emma se sentou junto com a esposa na poltrona - ... ele te fez alguma coisa? – Falou enquanto analisava o corpo da jovem. – Te machucou? – Regina começou a chorar baixo. – Amor, o que ele te fez? Que inferno... você deveria ter me ligado!
— Calma Emma... ele não me machucou. Ele me apavora você sabe. – Pensou por alguns instantes. – Ele me segurou contra a parede e gritou comigo...
— Eu vou até a polícia agora! – Disse se levantando.
— Não Emma! Não vai por favor... eu tentei enfrentá-lo mais... ele disse que qualquer dia vai fazer uma visita à minha mãe... tenho medo que ele faça alguma coisa... – Falava não segurando as lágrimas.
— Amor me escuta. – Emma segurou o rosto da esposa com ambas as mãos. – Temos que contar para a polícia, ele já foi preso uma vez por tudo que te fez... você ainda sofre até hoje... toma vários medicamentos por causa disso e eu não vou permitir que ele volte e faça tudo acontecer novamente... eu não vou!
— Quero ver nossa família primeiro coração, vou contar para os meus irmãos e decidimos como vamos fazer... por favor. Ele não vai reaparecer tão cedo. – Disse mais calma.
— Ok... como amanhã é sexta vou comprar nossas passagem para a noite, assim passamos o fim de semana. – Emma a abraçou. – Eu juro que se ele encostar um dedo em você eu acabo com a vida dele... mais tenho certeza que ele vai ter o que merece antes disso.
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bjoss.