My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 43
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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Os anos se passaram tranquilos. Henry já havia cumprido sua pena, que não fora diminuída, porém, depois que o homem saiu da prisão ninguém nunca mais ouvira falar dele. Ele ficou com os hotéis que possuíam no Havaí e certamente presumiram que ele tinha se mudado para lá e começado uma nova vida.

Regina concluiu a faculdade, Robin resolveu ir morar com Elsa e Marco se mudou definitivamente para a casa de Cora.

Killian e Ruby estavam morando juntos em Nova York, depois de terminar a faculdade de jornalismo, o rapaz foi morar com a namorada conseguindo um emprego por lá, e quando ela concluiu a faculdade conseguiu um emprego em um os hospitais de Nova York.

Emma e Regina comandavam a parte dos hotéis que ficavam no Canadá, tinham funcionários antigos que elas tinham total confiança e as ajudavam a tomar algumas decisões.

Elas trabalhavam em setores diferentes da empresa. Regina cuidava da parte da arquitetura enquanto Emma ficava no setor do design, que era feito após a intervenção do setor de sua esposa.

Depois do casamento, elas sentiam-se livres, quase nunca brigavam ou quando isso acontecia geralmente era por questões bem tolas, como o filme que elas iriam assistir ou quem iria dirigindo para o trabalho. Mais isso tudo era irrelevante, elas viviam a vida que sempre sonharam.

— Emma, amor acorda! Vamos nos atrasar. – Dizia Regina já voltando do banho.

— Amor não estou muito bem hoje, estou com cólica! – Emma resmungou.

— Quer ir ao médico? Está muito forte?

— Está forte mais não quero ir ao médico, preciso ficar deitada. – Gemeu de dor. – Vou ficar aqui hoje.

— Vou buscar um remédio e algo para você comer.

Regina foi até a cozinha, preparou algumas torradas, café para ela e um chá para Emma, cortou algumas frutas e dividiu em pratinhos, pegou um analgésico colocando tudo em um bandeja e voltando para o quarto.

— Coração, toma esse comprimido. – Disse entregando o medicamento e a xícara de chá. – Vamos comer?!

— Não quero amor.  Estou com dor.

— Emma você não pode ficar sem comer! Come só uma torrada então, por favor! – Falou fazendo bico.

— Tá bem... mais só essa. – Emma tomou o restante do chá comendo a torrada.

Assim que terminou de comer Regina acabou de se arrumar para ir para o trabalho.

— Está melhor Emma? – A jovem negou. – Não quer ir mesmo ao médico? Quer que fique aqui com você?

— Não quero amor, pode ir tranquila. Só preciso ficar imóvel por um tempo, se eu estiver melhor à tarde eu vou para a empresa.

— Tudo bem, eu te ligo mais tarde, mais não quero que fique sem almoçar ok? – Emma assentiu. – Então estou indo, te amo! – Deu um selinho em Emma seguindo para o trabalho.

 

[...]

 

Regina dirigiu para a empresa, quinze minutos depois estacionou em sua vaga e pegou o elevador para sua sala.

— Bom dia Bell. – Cumprimentou a secretária.

— Bom dia Regina... ah, tem alguém te esperando na sala.

— Eu tinha alguma reunião para hoje? – Perguntou um tanto surpresa por não se lembrar.

— Não tinha. Mais a visita disse que era importante, então como é da sua família...

— Ah, tudo bem, obrigada Bell. – Regina achou estranho seus irmãos ou sua mãe não avisarem mais pensou que talvez quisessem fazer uma surpresa.

Passou pela sala de Milah, uma das advogadas da empresa, acenando para a mulher. A porta de sua sala estava entreaberta então ela deu dois toques antes de entrar.

— O que... – Paralisou naquele momento

— Oi querida! – Disse com um sorriso no rosto. – Não vai dar um abraço no seu pai?

— O que... que quer aqui? – Disse gaguejando.

— Quero te ver. Fiquei tantos anos naquele lugar horrível por sua causa e nem se quer recebi uma visita sua, estava com saudades. – Henry disse se aproximando da filha e fechando a porta. – Você se tornou uma mulher linda! – Abraçou e beijou o rosto dela segurando sua mãos.

A jovem não conseguia mover um músculo, era como se todo o esforço que tinha feito para superar o que aquele homem lhe causara fosse em vão. Sentiu todo o pânico voltar e não conseguia ter nenhuma reação. Henry pegou a mão esquerda da filha analisando a aliança que a mesma usava.

— Hm, vejo que tem alguém agora... ou seria quem estou pensando? – Ele a encarou mais ela não respondeu. – Eu ouvi dizer que você e Emma se casaram... é verdade?

— Sim. – Respondeu quase que em um sussurro e segurando as lágrimas. Henry riu.

— O que mais eu terei que fazer querida para vocês perceberem que isso é errado? – Se afastou sentando em uma das poltronas.

— Você não precisa fazer mais nada, não somos mais uma família, portanto não precisa ter vergonha de quem não é nada sua, eu não lhe devo mais satisfações da vi... – Henry a segurou pela garganta.

— Você é minha filha, tem meu sangue dentro das suas veias.

— Me solta... – Pediu com certa dificuldade e Henry a empurrou. – Quem te deixou entrar aqui? – Disse chorando.

— Como quem me deixou entrar aqui! Eu sou dono disso aqui também, todos me conhecem...

— ERA... era dono daqui, fizemos a partilha da empresa e essa parte não te pertence mais. A SM Hotels não é mais sua! – Regina gritou pela primeira vez com ele.

Henry enfurecido segurou a filha pelos ombros a prendendo contra a parede a machucando.

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É GAROTA? – Gritou tentando intimida-lá.

— Eu sou o motivo que te colocou na prisão... e posso ser o motivo de você voltar para lá. ME SOLTA! Saia daqui agora ou eu peço para te tirarem a força.

O homem se deu por vencido, empurrou Regina e caminhou para a porta. Antes de sair ele a olhou nos olhos dizendo.

— Qualquer dia desses faço uma visita para sua mãe, será que ela vai gostar? – Saiu rindo enquanto ouviu o barulho da porta sendo batida.

Regina tremia, estava perdida sem saber o que fazer. Milah que estava na sala ao lado percebeu que algo de errado havia acontecido e resolver ver do que se tratava, bateu na porta e ouviu Regina pedir para entrar.

— O que foi Regina? Porque está chorando?

— Meu pai... estava aqui.

Falou sem contar mais detalhes, Milah era funcionária da empresa havia quinze anos e sabia todos os detalhes da relação de Henry com o restante da família.

— A Bell é nova por aqui Milah... ela não sabia que ele era proibido de entrar. – Tentava se controlar.

— Eu vou avisá-la Regina e também vou avisar os seguranças novamente.– A mulher se aproximou abraçando a jovem. – Vamos tomar alguma coisa para você se acalmar... – Disse levando Regina junto com ela à copa.

O restante do dia foi tenso, muitos problemas para resolver, Emma não tinha aparecido na empresa, provavelmente não estava bem. Ao final do expediente Regina estava com a cabeça explodindo de dor.

— Boa noite Milah. – Disse ao passar pela sala da mulher. – Obrigada por hoje mais cedo. – Sorriu fraco.

— Boa noite Regina, não precisa agradecer, somos amigas estarei aqui sempre que precisar. Eu também já estou indo, vou com você até o estacionamento só um minuto...

 

[...]

 

Assim que chegou em casa notou que Emma não estava por ali e subiu direto para o quarto. Regina viu que a esposa dormia tranquilamente e decidiu ir direto para o banho. Depois que terminou se deitou ao lado de Emma, beijando o pescoço da mesma.

— Hmm...

— Boa noite coração! Está melhor?

— Sim. – Emma a olhou sorrindo. – O que foi? Estava chorando?

— Estou com dor de cabeça... digamos que hoje não foi um bom dia.

— Então me conta...

— Vou pedir o jantar primeiro, enquanto você toma um banho e minha dor de cabeça melhora, depois te conto tudo, ok? – Emma assentiu dando um beijo na esposa e seguindo para o banheiro.

 

[...]

 

— Amor, me fala o que está acontecendo, você não parece bem. – Disse Emma enquanto servia um pouco de sorvete para Regina.

— O meu pai... – Parou por um momento tomando um pouco do sorvete. - ... ele está aqui.

— Sério? Ele não estava no Havaí? Como soube disso?

— Ele estava esperando na minha sala hoje de manhã. – Respondeu segurando o choro. – A Bell não o conhecia e acabou deixando ele entrar pensando que me faria uma boa surpresa.

— Regina... – Emma se sentou junto com a esposa na poltrona - ... ele te fez alguma coisa? – Falou enquanto analisava o corpo da jovem. – Te machucou? – Regina começou a chorar baixo. – Amor, o que ele te fez? Que inferno... você deveria ter me ligado!

— Calma Emma... ele não me machucou. Ele me apavora você sabe. – Pensou por alguns instantes. – Ele me segurou contra a parede e gritou comigo...

— Eu vou até a polícia agora! – Disse se levantando.

— Não Emma! Não vai por favor... eu tentei enfrentá-lo mais... ele disse que qualquer dia vai fazer uma visita à minha mãe... tenho medo que ele faça alguma coisa... – Falava não segurando as lágrimas.

— Amor me escuta. – Emma segurou o rosto da esposa com ambas as mãos. – Temos que contar para a polícia, ele já foi preso uma vez por tudo que te fez... você ainda sofre até hoje... toma vários medicamentos por causa disso e eu não vou permitir que ele volte e faça tudo acontecer novamente... eu não vou!

— Quero ver nossa família primeiro coração, vou contar para os meus irmãos e decidimos como vamos fazer... por favor. Ele não vai reaparecer tão cedo. – Disse mais calma.

— Ok... como amanhã é sexta vou comprar nossas passagem para a noite, assim passamos o fim de semana. – Emma a abraçou. – Eu juro que se ele encostar um dedo em você eu acabo com a vida dele... mais tenho certeza que ele vai ter o que merece antes disso.


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Notas finais do capítulo

bjoss.



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