My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 40
Mudança


Notas iniciais do capítulo

*** algumas passagens do capítulos podem ser desagradáveis ***

* O final é fofo



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Um mês após o ocorrido, Henry prestou o depoimento e mesmo com Gold o defendendo ele não conseguiu provar sua inocência, a sentença foi de dois anos, pois o advogado conseguiu recursos para diminuir a pena. Graham e os outros tiveram suas prisões decretas em Los Angeles, onde tinha ocorrido a agressão e ambos iriam cumprir pena de 5 anos. Henry pediu para que Gold cuidasse dos outros e que fizesse o que fosse preciso para que ele e todos fossem soltos quanto antes.

Regina tinha se recuperado dos ferimentos, mais o seu psicológico ainda continuava perturbado, ela conseguia disfarçar o que sentia para Emma e o restante de sua família, mais encarar o próprio reflexo no espelho era algo que a apavorava.

Depois de tudo resolvido, Cora e Mary decidiram voltar para casa, precisavam acertar detalhes da empresa. Iriam desfazer a sociedade que tinham com Henry e os advogados marcaram uma reunião para determinar qual seria a parte da empresa que ficaria com cada um.

— Emma. – Chamou Regina enquanto a namorada estava se arrumando para ir ao curso. – Hoje eu não vou, estou com um pouco de dor de cabeça, não estou me sentindo muito animada...

— Quer ir ao médico? – A mais nova negou. – Então vou ficar aqui com você, não quero te deixar sozinha.

— Claro que não, pode ir, vou ficar bem. – Falou se aproximando de Emma e a abraçou. – Vai ficar tudo bem... – a olhou nos olhos. – Eu te amo muito e sempre vou amar!

— Eu também te amo meu amor! – Disse beijando a garota. Regina a abraçou apertado. – Tem certeza que vai ficar bem?

— Absoluta meu amor! Agora você precisa ir para não se atrasar. – Disse voltando a abraça-la forte mais uma vez.

Emma e Killian saíram juntos como de costume. A garota não tinha ficado bem com o fato de Regina ficar sozinha. Durante a aula não conseguiu se concentrar no conteúdo que era passado, mandou várias mensagens para a namorada mais não obteve resposta, para tentar se tranquilizar, pensou que Regina pudesse estar dormindo.

Depois de algum tempo que Emma tinha saído, Regina se viu sozinha, como a muito tempo não ficava, decidindo que essa era a oportunidade para colocar seu plano em prática.

A garota parou em frente ao espelho analisando seu reflexo, ela estava abatida, algumas cicatrizes ainda estavam bem aparentes. Começou a chorar, não conseguia se encontrar na própria imagem, sentia nojo de si mesma. Com os pensamentos desordenados, pensou em sua família, em sua mãe, seus irmãos, depois pensou em Emma.

Ah, Emma, o amor de sua vida! Pensou em tudo que aconteceu desde que resolveu se entregar a esse amor. Em sua visão, a única coisa que acontecera era que as duas foram prejudicadas o tempo todo por conta desse sentimento. Em partes ela se culpava, pois se tivesse persistido em omitir o que sentia, nada disso teria acontecido; as famílias estariam bem, ainda levariam a vida feliz que aparentemente tinham, mais por sua culpa, por querer tentar ser feliz, ela tinha prejudicado a todos e agora deveria acabar com a dor que tinha começado.

Foi até o escritório, pegou uma caneta e um papel. Não sabia o que escrever. Depois de muito tempo rabiscando aleatoriamente, se limitou a escrever:

“Me desculpem por ter causado tudo isso. Peço que não se preocupem, enfim poderei me livrar desse sentimento ruim que carrego a muito tempo.

Mamãe, Robin, Zelena, tia Mary, tio David e Killian e os amo muito e Emma... você sempre foi o amor da minha vida, sempre vou te amar. Sejam felizes.        

Regina”

Após escrever, Regina subiu ao quarto, pegou o frasco de calmantes que costumava usar, despejou todos em sua mão, levando-os a boca. Tomou um pouco de água e se deitou deixando o bilhete ao lado. Meia hora depois começou a sentir os efeitos que os medicamentos faziam, caiu no sono logo em seguida.

 

[...]

 

Não suportando mais a angústia, Emma resolveu voltar para casa no horário do intervalo, não conseguia ter concentração sabendo que Regina estava sozinha.

— Amor? – Disse Emma entrando no apartamento.

Como estava tudo quieto, ela subiu ao quarto, certamente Regina estaria dormindo por conta da dor de cabeça, pensou.

Abriu a porta do quarto lentamente e viu que a garota estava deitada, ao se aproximar viu que ela dormia e que tinha um papel ao seu lado. Emma se desesperou ao ler o conteúdo do bilhete.

— Regina! – Emma passou a mão pelo nariz da menina e percebeu que ela estava respirando lentamente. – Meu amor! Acorda! Acorda... não faz isso comigo... – Sentiu sua pulsação e viu que estava fraca, correu até o banheiro e viu que o frasco dos comprimidos estava vazio, pegou seu celular ligando para Killian, a única pessoa que podia ajudar naquele momento. – Kill, a Regina tomou um frasco inteiro de calmantes... está respirando fraco, me ajuda... – Disse chorando.

— Love, estou ligando para a emergência e vou até aí. – Respondeu o rapaz e ligou para a emergência.

Poucos minutos depois, os paramédicos chegaram e levaram a garota para o hospital mais próximo. Um tempo depois um médico veio falar com Emma.

— Ela está bem, acordou mais ainda se encontra um pouco sonolenta. Esse efeito vai demorar uns dois dias para passar por completo. Como ela tentou contra própria vida, precisamos encaminha-la para a psiquiatria. Ela fazia algum tipo de tratamento?

— Sim doutor, mais não quero que a levem para a psiquiatria, eu assino uma autorização se for preciso.

— Ela precisa receber tratamento Srta Swan.

— Ela vai receber... vou ligar para mãe dela e daremos um jeito nisso.

O médico tentou protestar mais acabou consentindo com o pedido de Emma. Ela foi até o quarto onde a namorada estava. Regina usava oxigênio e tomava soro.

— Meu amor... – Falou a abraçando e beijando seu rosto.

— Porque você me trouxe Emma? Não suporto mais viver aqui... – Perguntou ainda sonolenta.

— Porque eu te amo e não suportaria ficar sem você. – Emma se deitou ao lado da garota. – Nós vamos nos mudar. – Regina a olhou pensativa. – Vamos começar uma vida nova, longe de tudo isso... você vai ficar bem eu prometo! – Beijou os lábios da namorada.

 

[...]

 

Ela permaneceu no hospital por mais um dia, não deixou que Emma contasse para Cora o que tinha acontecido, elas resolveram que faria isso pessoalmente, pelo menos a mulher se assustaria menos.

Assim que recebeu alta, Emma a acompanhou ao psiquiatra que ela fazia tratamento. Ele mudou os medicamentos e deu alguns conselhos para Emma também.

— Emma, você tinha me falado algo sobre começar uma vida longe de tudo...

— Sim, pensei sobre isso, acredito que vai ser melhor ir para um lugar novo sabe.

— É... eu não quero mais ficar nesse apartamento amor, é sufocante! – Começou a chorar.

— Na verdade eu não pensei em mudar só de apartamento meu amor. – Disse abraçando a garota que a olhou interrogativa. – Como você já sabe, a empresa agora pertence aos meu pais e a sua mãe e que no futuro será nossa. Aquela rede de hotéis que fica no Canadá, ficou para gente... – Regina continuava a olhando. – Podemos nos mudar... nossa família tem que viajar pelo menos uma vez ao mês para verificar as coisas. – Deu de ombros. – Se a gente ficasse por lá poderíamos fazer isso e ainda recomeçar nossa vida. O que acha? – Perguntou sorrindo.

— Seria... ótimo! Você já falou com alguém sobre isso? – Regina sorria de leve.

— Ainda não, mais nós vamos visitá-los na próxima semana não vamos? – Regina assentiu – Então já falaremos sobre isso também... meu curso já vai terminar e a sua faculdade podemos transferir.

— Será que minha mãe não vai impedir, porque depois que eu contar o que houve sabe... – falou triste.

— Vamos pensar positivo amor! No Canadá não terá nada que te faça ter lembranças ruins e também eles poderão nos visitar quando quiserem.

— É, espero que dê certo. – Sorriu – Esse lugar está cheio de lembranças da qual não quero lembrar. Precisamos respirar novos ares.

Emma a admirava, só por ter mencionado essa possibilidade, percebeu o quanto o semblante de Regina tinha mudado. Como ela imaginou, deixar para trás o lugar que lhe fazia mal seria maravilhoso.

 

[...]

 

— Eu não acredito que me esconderam isso... Emma, porque concordou com essa maluquice? – Cora dizia brava ao saber que Regina ficara hospitalizada.

— Não queríamos que você surtasse... – Emma falou um pouco baixo. - ... e também tia, o médico me garantiu que ela estava bem, se eu tivesse ligado com certeza vocês teriam pirado aqui!

— Isso não justifica. – Cora olhou para a filha. – E se eu tivesse te perdido? Me culparia pelo resto da minha vida Regina!

— Mãe, eu quis contar pessoalmente para você ver que eu estou bem. – Disse séria. – Acredita em mim... – a mulher ainda estava irada, mais resolveu se acalmar, afinal de contas a garota estava bem. – Nós temos uma proposta para fazer, na verdade é um pedido. – Regina olhou para Emma.

— Penso que será bom se pudermos recomeçar sabe, em outro lugar que não nos tragam lembranças ruins. – Os pais de Emma e Cora as olhavam. – Meu curso termina daqui um mês e pensei que Regina e eu podíamos nos mudar para o Canadá e trabalhar na nossa rede de hotéis o que acham?

— Como eu vou deixá-las sozinhas e tão longe? – Cora dizia – Se algo acontecer eu não vou me perdoar...

— Não vai acontecer nada mãe, eu prometo! Não suporto mais ficar naquele lugar, tudo por lá me lembra dos momentos ruins que passamos... eu não quero ficar lá...

— Cora, pode ser bom para elas. Um lugar novo, casa nova, um trabalho, amigos. – Disse Mary – Mais e a sua faculdade Regina? Ainda faltam dois anos.

— Já vimos isso tia, posso conseguir uma transferência mais para isso dar certo tem que ser no próximo período porque agora é o fechamento do ano letivo. – Regina olhou para a mãe que estava pensativa. – E o que vocês decidem? Mãe?

— Por mim tudo bem, se é isso mesmo que querem. – Disse David. Cora respirou fundo e respondeu:

— Tudo bem... mais o primeiro problema que tiver eu trago vocês de volta! – Regina e Emma abraçaram a mulher. – E também quero ter passagem livre para ir visitá-las.

— Claro que terá. – Regina disse sorrindo. – E vai poder ficar o tempo que quiser.

— Bom, já que todos concordaram eu tenho algo a acrescentar. – Emma disse olhando para todos enquanto colocava as mãos no bolso. – Já que começaremos uma vida nova, quero que tudo seja perfeito... – Segurou a mão de Regina a olhando no fundo dos olhos. – Meu amor, você aceita se casar comigo? – Disse sorrindo e lhe entregando uma aliança dourada com um diamante.

Regina a olhava surpresa, elas tinham conversado muito sobre essa mudança, mais sobre casamento nunca tinham nem se quer tocado no assunto, a namorada realmente tinha a surpreendido.

— É claro que sim coração! – Beijou a namorada delicadamente.


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Notas finais do capítulo

bjoss



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