My best friend, my love! escrita por EvilV
Notas iniciais do capítulo
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Henry chegou na empresa com cara de poucos amigos.
— Cora! – Falou ríspido entrando na sala da mulher sem bater. – Que história é essa de divórcio? – Mary e Elsa observavam o homem.
— Vejo que minha advogada Kristin já entrou em contato com você. – Respondeu Cora sem dar muita importância enquanto Henry se aproximava.
— Eu não vou assinar nenhuma porcaria de papel, ta me ouvindo. – Henry disse elevando o tom da voz.
— Tudo bem... a única coisa que vai acontecer se você não quiser ser amigável, é que o processo demorará um pouco mais de tempo, mais o final será o mesmo. – Olhou para o homem. – Aceite de uma vez que eu não te quero mais.
— Isso é o que vamos ver querida. Gold vai ligar para sua advogada. – Henry saiu furioso da sala.
— Tia... ele me dá medo! – Comentou Elsa um pouco assustada com a atitude do tio, apesar de saber do que ele era capaz, a jovem nunca tinha presenciado tal comportamento.
— Fique tranquila Elsa, ele só está se sentindo ameaçado, afinal de contas, o castelo de cristal que ele construiu está desabando. Mais vamos ficar todos bem! – Cora disse e sorriu para tranquilizar a sobrinha, voltando sua atenção para seu computador.
O homem, ao sair da sala da esposa, foi direto para seu escritório ligando para o advogado.
Gold era um velho amigo de Henry, o homem, quando necessário, prestava alguns serviços para a SM Hotels. Durante a ligação, Henry explicou ao amigo sobre o processo de divórcio que Cora tinha feito.
— Henry, para ser sincero, a Cora tem razão... a única coisa que acontece quando você se recusa a assinar é um tempo maior para concluir o processo. Podemos tentar com que ela queira reatar a relação de vocês, mais pelo que me contou ela não vai mudar de ideia. Você sabe se ela tem outra pessoa? – Perguntou o advogado.
— Não, claro que não tem. – Henry nunca tinha parado para pensar que Cora podia se interessar novamente por alguém. – Ela só está nervosa, só isso.
— E qual o motivo que a levou a fazer pedido? – Gold precisava ter informações para poder ajudar o amigo.
Naquele momento Henry engoliu em seco, não poderia confessar que o real motivo de Cora fosse a filha, que a tinha espancado e a ameaçado por não aceitar o relacionamento dela com outra mulher.
— Gold, você conhece a Cora! Ela deve ter se cansado de mim, nossos filhos já estão crescidos, nossa filha mais nova está estudando fora e minha esposa passa muito tempo com ela. Em casa não temos mais planos para seguir, já fizemos a nossa parte e é aí que começam as discussões. Isso é crise da idade. – Disse sereno.
— Eu entendo amigo. – Disse Gold rindo – Bom, vou entrar em contato com a Kristin, eu a conheço, já trabalhamos juntos uma vez e vejo o que podemos fazer. Assim que o processo estiver montado eu te ligo. – Henry concordou e desligou o telefone se sentindo vitorioso.
[...]
— Cora, entrei em contato com seu marido hoje para um acordo amigável. – Disse Kristin. – Ele só resmungou, falou alguns palavrões me ofendeu e desligou.
— Ele foi até a minha sala hoje de manhã. – Cora disse se ajeitando na cadeira em frente a advogada. – E posso te dizer que ele teve a mesma reação que teve ao falar com você. – Comentou rindo.
— Olha... como você me pediu, coloquei no seu processo que o motivo da separação são diferenças irreconciliáveis. Sabemos que ele vai se negar a assinar e que pode entrar com outro processo também, então, uma das opções que temos é de colocar a verdade no processo. – Kristin se referia ao fato das agressões.
— Kristin... – Cora pensou por um momento. – Vamos tentar mais uma vez a primeira opção. Não quero colocar a minha filha de frente a um juiz para falar sobre o que aconteceu, ela está em tratamento e não quero que tenha uma recaída novamente.
— Tudo bem, vamos tentar. Você me disse que ele iria contratar um advogado não é? – Cora assentiu – Então provavelmente ele vai entrar em contato comigo e vou te mantendo informada.
— Obrigada Kristin! – Agradeceu Cora – Agora preciso ir, o trabalho me chama. – Falou se despedindo da advogada.
[...]
— Loves! – Disse Killian enquanto almoçava com as amigas. – Vocês bem que poderiam chamar a Ruby para vir passar o próximo fim de semana com vocês, o que acham?
— Com a gente ou com você Kill? – Perguntou Emma arqueando a sobrancelha.
— Bom, se ela optar por passar comigo eu não vou reclamar.
— Como gente apaixonada é chata hein! – Comentou Regina recebendo um olhar do amigo. – Ruby, Ruby, Ruby...
— Agora você sabe como é estar na minha pele Regina! – Killian respondeu – É quase insuportável ficar perto de vocês com esse monte de corações e arco-íris ao redor. – Brincou com elas.
— Você tem razão, deve ser insuportável, por isso você praticamente mora AQUI não é?! – Emma falou com ironia.
— Vocês cozinham bem! – Falou o rapaz dando de ombros.
Depois que as aulas voltaram, Killian tinha se mudado para um apartamento no mesmo prédio que as meninas moravam. Ele adorava passar o tempo livre com ela,s as consideravam parte da família.
[...]
Os meses estavam se passando rápido, Henry não tentara nada contra a filha à tempos, na verdade, ele estava mais preocupado em como não dar o divórcio à Cora e resolveu dar um tempo para que Regina se esquecesse dele, para poder agir novamente.
— Henry, já estou perdendo a paciência! Eu pedi um divórcio amigável, poderia ter contado tudo o que você causou para nossa família, mais não fiz... – Cora discutia com o homem em seu escritório. – Essa é a minha última tentativa e se você não concordar, vou contar tudo o que aconteceu. Aposto que além de divorciado você será um homem preso!
Tendo certeza que a esposa o denunciaria, Henry se deu por vencido, afinal, seria muito pior se ela fizesse o que tinha prometido.
— Vou assinar essa droga de papel logo. Você me deixará em paz depois disso? – Falou irritado.
— Pode ter certeza! Depois do divórcio só falaremos assuntos da empresa e, se esses, não puderem ser resolvidos por outras pessoas. Se você preferir eu mudo a minha sala para outra sede da empresa, assim não vai ter que encontrar comigo pelos corredores. – Respondeu.
— Então marque isso logo... quero ter paz novamente. Agora preciso ficar sozinho. – Falou fazendo um gesto para que a mulher se retirasse.
Cora saiu da sala do marido rindo à toa. Ligou para Kristin imediatamente para que pudessem agendar o dia para assinarem os papéis. Contou primeiro para Mary, que a abraçou. Pediu para que Robin e Zelena fossem almoçar com ela e deu a notícia aos filhos.
— Que bom mãe! Fico feliz que enfim você está livre! – Falou Robin.
— Parabéns, conseguiu o que tanto queria! – Zelena disse sem dar muita importância e Cora resolveu não aprofundar o assunto para que não brigassem.
Assim que chegou em casa ligou para Regina.
— Mamãe! Estou com saudades...
— Querida, tenho novidades! – Disse sorrindo. – Seu pai vai assinar o divórcio! – Ouviu a jovem gritar do outro lado da linha.
— Isso é... maravilhoso mãe! Maravilhoso! – Regina sorria – Está livre agora!
— Estamos livres querida...
Cora e Henry assinaram os papéis alguns dias depois.
— Henry, você tomou um sábia decisão meu amigo. – Disse Gold assim que saíram da audiência. – Toda a fortuna que possuem vocês conseguiram juntos e ainda vão continuar assim com a empresa, financeiramente vocês ainda continuam iguais. Seus filhos são adultos, ela não exigiu nada em especial. Vocês continuarão com a mesma vida que levavam, já nem moravam na mesma casa.
— É, aquela vagabunda não exigiu nada, continuamos iguais financeiramente. – Henry falou respirando fundo. – Gold, depois faço a transferência do valor dos seus honorários, obrigada mais uma vez. – Falou apertando a mão do homem e indo embora.
[...]
— Vocês vão à festa hoje? – Mary perguntou à Cora enquanto trabalhavam.
— Sim, o Marco vai me buscar. – Disse sorrindo.
— Como é fofo te ver assim Cora, o Marco é uma pessoa maravilhosa! – Mary riu – Posso te fazer uma pergunta um pouco chata? – Cora assentiu. – O Henry, quando descobriu sobre vocês, disse alguma coisa?
— Ele quis insinuar que eu estava o traindo... sabemos que eu nunca faria isso. – Apoiou os cotovelos na mesa. – Mais já estamos juntos à alguns meses, ele deve ter se acostumado. – Disse dando de ombros.
— Que bom. Eu sinto que ele está mais tranquilo ultimamente. – Comentou Mary voltando aos seus afazeres.
No momento que as amigas estavam conversando, não perceberam que Henry estava passando pelo corredor. Quando ele ouviu sobre a festa, parou no mesmo instante para bisbilhotar. Quando terminaram o assunto, ele foi para a sua sala com mil pensamentos em mente.
— Leroy. – Falou Henry ao telefone. – Preciso que me indiquem alguns amigos para me ajudar a resolver um problema...
[...]
Eram 8p.m., Marco chegou na casa de Cora, sendo recebido por Robin.
— Boa noite Marco. – Disse o rapaz apertando a mão do homem. – Sente-se, minha mãe já está quase pronta. – Arqueou a sobrancelha. – Aceita algo para beber?
— Obrigado Robin, mais hoje estou dirigindo, então sem álcool para mim. – Comentou rindo. Ele e Robin ficaram conversando sobre esportes até que a mulher terminasse de se arrumar.
— Boa noite! – Disse Cora se aproximando dos homens. Marco se levantou e beijou o rosto da mulher.
— Você está linda querida! – Elogiou namorada.
— Aham... – Robin tossiu para se fazer notável – Estou aqui ainda ok! – Os mais velhos riram do rapaz.
— Vamos? – Cora disse vendo o namorado assentir – Robin, não volte muito tarde e tome cuidado! – Alertou Cora.
— Pode deixar mãe, a Elsa vai passar aqui daqui a pouco. Divirtam-se – Robin disse. – Cuide bem da minha mãe Marco!
— Não se preocupe rapaz, prometo que não vamos chegar tarde. – Marco dizia brincando com Robin e saindo de mãos dadas com Cora.
Já passava um pouco da meia noite. O céu estava dando sinais que uma chuva forte iria cair e como o local da festa ficava um pouco afastado da cidade, a mulher preferiu chamar o namorado para irem embora.
— Querido, podemos ir? Parece que uma tempestade está chegando.
— Claro, só vamos nos despedir dos meus amigos.
Ao saírem do salão, a chuva já estava caindo fraca. Assim que pegaram a rodovia principal, o tempo piorou. A chuva caía forte sendo acompanhada por muitos raios e ventos fortes.
Marco dirigia devagar, mais mesmo assim Cora se sentia incomodada. A pista estava tranquila, não tinha muitos veículos transitando, porém estava muito molhada e escorregadia.
Chegaram em uma parte da estrada que possuía uma enorme descida.
— Marco! Diminui a velocidade! – Cora pediu um pouco aflita.
Marco pisou no freio para reduzir, porém o mesmo não obedeceu.
— Cora, estamos sem freio! – Respondeu com medo
Quando o homem acabou de dizer, uma forte rajada de água bateu contra o carro, o mesmo derrapou fazendo com que Marco perdesse o controle da direção. Cora só ouviu um enorme barulho seguido de um forte impacto, depois disso sua visão ficou turva e um escuro total tomou conta de sua mente.
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bjos