Emma acordou com Regina dormindo sobre ela, a garota estava se mexendo muito e parecia que não estava tendo bons sonhos.

— Amor. – Disse Emma baixinho acariciando as costas da mais nova, e ouviu ela resmungar. – O que foi? Não está se sentindo bem?

—Tive um pesadelo, desculpa por ter te acordado. – Falou saindo de cima de Emma e deitando ao lado da mesma.

— Na verdade já passou da hora de acordar, já são 10 a.m. – Emma disse acariciando o rosto de Regina, que não estava conseguindo esconder o aperto no peito que sentia. – Mais você não está bem amor, porque está com essa carinha triste?

— Você vai embora... – falou e começou a chorar. - ... não quero ficar aqui! – Cobriu o rosto com uma das mãos.

— Regina, não fica assim amor! Você estava tão bem, me disse que estava gostando da universidade, fez um amigo maravilhoso que te ama. Tenho certeza que ficará bem! – Emma falou beijando a testa da mais nova, segurando seu choro, não podia demonstrar insegurança para ela.

— Eu sei mais... estou tão longe de todos Emma. – Ficou em silencio por alguns segundos. - Tem horas que eu penso como seria se eu estivesse morta, se meu pai tivesse conseguido fazer isso naquele dia... seria tudo mais simples, você est... – Emma a impediu de continuar.

— Eu estaria devastada meu amor! Minha vida teria acabado naquele momento. Não só a minha, mais de toda nossa família. – Emma disse a abraçando. – Não quero que pense nisso. Pense no nosso futuro... vamos terminar a universidade, ser independentes e ninguém vai tomar conta da nossa vida. – Olhou nos olhos de Regina que estavam marejados. – Promete que você não fará nada de mal a si mesma. – Regina se manteve em silêncio. – Me promete Regina eu preciso ouvir isso de você... – não conseguiu mais segurar suas lágrimas - ... eu não me perdoaria se algo acontecesse com você, eu te amo muito.

— Prometo... eu prometo! – Regina quebrou o silêncio – Emma, meu amor, não chora, eu só estou com medo... me desculpa. – Disse apertando as mãos da namorada.

Ficaram se olhando apaixonadas, se aproximaram e se beijaram delicadamente.

— Detesto ter que dizer isso mas... precisamos levantar. – Emma ficou de pé e foi em direção ao banheiro. Parou perto da porta, olhou para Regina que a acompanhava com o olhar e disse – Se quiser tomar um banho comigo... – Sorriu para a mais nova retirando sua blusa e entrando no banheiro. Regina riu da atitude da namorada e levantou rapidamente da cama atendendo o pedido da outra.

[...]

Ficaram o dia todo coladas. Emma mimava Regina o tempo todo, temia que a garota tivesse tendo uma recaída da depressão, mais infelizmente não poderia evitar o momento da despedida.

O relógio marcava 5p.m., Regina estava triste, sentada no sofá esperando Killian para irem até o aeroporto levar Emma. Ouviu o barulho do celular anunciando a mensagem do rapaz, que já estava esperando lá embaixo.

— Coração, Killian chegou! – Regina falou desanimada. Emma desceu as escadas correndo.

— Estou pronta amor! – Emma pegou a mochila e segurou nas mãos de Regina. - Vamos? – A garota assentiu e desceram.

Assim que encontraram com Killian, o rapaz pegou a mochila de Emma, alegando que era muito pesada para que uma dama carregasse. Entraram no táxi que já estava a espera e seguiram para o aeroporto.

Esperaram até os últimos minutos para se despedir.

— Até logo Love! Faça uma boa viajem e não demore para voltar. – Deu um abraço em Emma.

— Obrigada Killian... a Regina não está muito bem, cuida dela para mim e se precisar me ligue, por favor. – Disse lhe entregando um papel com o númro do seu celular – Você promete que me liga? Nem se for só por causa de um arranhão? – Perguntou preocupada. O rapaz que já sabia sobre os problemas de Regina disse:

— Pode ficar tranquila. Se ela não estiver bem eu vou para o apartamento dela... pode ir sem medo. Vou te mandar um “oi” depois para você salvar meu número ok. – Emma se sentiu mais tranquila com as palavras dele.

— Obrigada mesmo. – Olhou para Regina que estava com o olhar vago e um pouco atrás deles. – Amor! – Se aproximou da garota a abraçando. – Fique bem. Quando eu chegar eu te ligo... tudo bem? – Regina concordou com a cabeça. – Promete que não vai esquecer de tomar seus remédios e vai me ligar todos os dias nem que seja para falar sobre a previsão do tempo? – Regina que estava chorando, sorriu com essa pergunta.

— Eu prometo Emma, não se preocupe. – Falou apertando mais o abraço.

— Eu te amo, muito mesmo! – Emma beijou a namorada.

— Eu também te amo muito! – Regina respondeu. Emma se soltou do abraço, precisava ir. Caminhou para o corredor de embarque, olhou para trás e acenou, vendo Regina sorrir e chorar ao mesmo tempo.

[...]

Antes de ir para o trabalho, Cora resolveu espairecer, acordou um pouco mais cedo e foi até o parque para caminhar. Não ficou conferindo as horas, o que fez com que ela chegasse atrasada na empresa.

— Bom dia pessoal. – Disse entrando na sala em que estavam Mary, Robin e Elsa.

— Bom dia! – Responderam juntos.

— Mãe, um tal de Marco veio te procurar bem cedo. – Robin falou chamando a atenção de Mary. – Como você e nem a tia Mary estavam, ele disse que ligaria depois.

— Ah sim, o Marco... – Cora respondeu com um leve sorriso, o que não passou despercebido pela amiga - ... ele vai cuidar da fabricação dos móveis do novo hotel Robin, vou ligar para ele depois.

— Ãhn, Cora... vamos até o café comigo? – Perguntou Mary, recebendo um olhar da amiga de “vou ter que responder um interrogatório”.

As mulheres saíram da sala e assim que chegaram na copa, Mary já foi logo perguntando:

— Hm, então você e o Marco...

— Mary, claro que não! Somos amigos, nos conhecemos desde a faculdade... você sabe disso! – Respondeu um pouco sem graça.

— Claro que eu sei... e também sei que ele sempre teve uma queda por você e nunca tentou disfarçar. – Disse rindo se servindo de café.

— Bom, isso é verdade, mais... eu escolhi o Henry e me casei com ele porque o amava. – Cora falou se sentando em uma poltrona segurando sua xícara de café.

— Como você disse “amava”, pelo que sei minha amiga, o amor não está mais presente no relacionamento de vocês a muito tempo. – Questionou a amiga.

— Henry destruiu esse sentimento Mary. – Cora confessou triste. – Tudo o que ele fez... – segurou o choro e Mary se aproximou dela a abraçando de lado – Eu não sei mais o que fazer. Você sabe que estamos morando na mesma casa mais não somos mais um casal, as vezes penso em acabar com todo esse teatro, mais... eu não sei, tenho medo. A Regina ainda não está muito bem, estou insegura. – Se lamentou.

— Cora, o Henry fez muito mal à Regina e a todos nós. Você está cuidando muito bem dela sozinha. A Zelena é um caso a parte, que não precisamos nos preocupar. O Robin é um ótimo garoto e você tem a mim e ao David também. Deixe essa insegurança de lado, permita-se viver, você merece isso. – Mary falou olhando nos olhos da amiga. – Somos uma família Cora... passamos por muitas coisas boas e ruins juntas, e sempre vamos estar juntas... Quero te ver feliz novamente, estando ou não com alguém. Eu amo você minha amiga. – Mary a abraçou.

— Obrigada Mary. – Cora tinha os olhos marejados – Você sabe que é minha irmã de coração não sabe? – Perguntou com um leve sorriso no rosto, vendo Mary confirmar. – Obrigada por sempre estar comigo e fazer parte da minha família, te amo muito. – Falou enquanto abraçava Mary.

Conversaram por mais alguns minutos, falaram sobre as filhas, alguns problemas pessoais pequenos, fofocas que rolavam entre as pessoas que conheciam e que as faziam rir. Tiveram um ótimo momento de distração naquela manhã, o que fez com que o dia fosse menos tenso.