My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 17
Nunca fui embora de verdade


Notas iniciais do capítulo

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— Eu te amo Emma, obrigada por não desistir de mim...

 

[...]

 

Após ouvir aquelas palavras, a fala de Emma sumiu e Regina também não conseguia continuar o diálogo. Ficaram em silêncio, onde só se ouviam suas respirações. Regina começou a chorar baixinho, o que não passou despercebido pela amiga.

— Vou desligar Emma... boa noite. – Regina disse por fim.

— Espera, não desliga... – Gritou Emma – Fala comigo, não suporto mais sua ausência. – Disse chorando do outro lado da linha.

— Não sei o dizer... acho que já disse tudo. – Respirou profundamente indo para a sacada do apartamento e olhando para o céu por alguns segundos – Eu sinto sua falta, o tempo todo... tentei não pensar em você, mais eu não consigo. Não sei mais o que fazer... eu nem deveria estar te dizendo isso Emma, não quero que se prenda a mim, já provamos que não daria certo...

— Eu sei o que você pode fazer... – Esperou que Regina falasse alguma coisa o que não aconteceu, então continuou – Volta para mim, não estou dizendo fisicamente porque sei que não vai ser possível por enquanto, mais... volta para mim. – Emma que estava em pé apoiada na janela de seu apartamento, após se declarar para a amiga, se sentiu frágil, se encostou na parede e foi descendo até se sentar ao chão com o rosto apoiado nos joelhos a espera de uma resposta.

— Não posso voltar para você Emma porque nunca fui embora de verdade, você sempre esteve comigo, assim como eu sempre estarei com você... te amo, realmente te amo... – Falou enquanto uma lágrima rolou pelo seu rosto – Bom, já está tarde meu amor, e para você mais tarde ainda, deve estar exausta, melhor dormirmos. Posso te ligar amanhã de manhã? – Perguntou sorrindo e com o coração transbordando de felicidade por saber que Emma ainda a queria.

— Pode me ligar a qualquer hora meu amor, obrigada por estar comigo mesmo longe... durma bem, eu te amo! – Emma disse fazendo um barulho de beijo e recebendo o mesmo de Regina, as duas riram e desligaram o telefone ao mesmo tempo.

Naquela noite, as meninas dormiram tão bem como a muito tempo não dormiam, puderam enfim, retirar o peso que carregavam tentando ficar afastadas para poder recomeçar novamente.

 

[...]

 

— Bom dia Emma, que cara de boba é essa? – Perguntou Ruby, que estava dividindo o apartamento com Emma, desde que esta, mudou-se para Nova York.

— A mesma de todos os dias Ruby. – Disse fingindo que nada havia acontecido – Você vai ter aulas agora ou posso ir sozinha? – Emma perguntou não querendo entrar no assunto a respeito de seu bom humor.

— Espera, vamos juntas, tenho uma prova hoje. – Respondeu enquanto pegava sua mochila – E mesmo que não tivesse nada de importante não deixaria de ir com você, afinal de contas, você vai me contar o motivo desse seu humor mudar. Ontem quando fui dormir você estava chorando esperando que a Regina desse um sinal de vida. – Ruby disse meio distraída – Opa! Tem haver com ela não tem? Ela te mandou mensagem?

— Curiosa, vou contar, calma – Emma riu da empolgação da amiga – Na verdade fui eu quem mandou a mensagem.

— E ela deve ter te ignorado como todas as outras vezes... Você é estranha, seu humor é questionável de estudos, vou te escolher como cobaia quando precisar de pacien...

— Ela me ligou... – Ruby a olhava surpresa – Ela não respondeu a mensagem Ruby, ela me ligou – Falava enquanto gargalhava de felicidade – Ela disse que me ama e sente minha falta – Sorriu mais ainda.

Ruby ficou paralisada por alguns instantes e quando Emma a empurrou para que continuassem a caminhar a garota despertou de seus devaneios.

— Sério! – Falou enquanto abraçava Emma e a girava no ar – Meu casal favorito está de volta. Mais quero detalhes.

Emma percebeu que não escaparia dessa conversa e contou os mínimos detalhes para a amiga, dizendo que Regina ainda iria ligar para ela naquela manhã.

Ao acordar, o primeiro pensamento que veio a mente de Regina foi Emma, a garota ainda sonolenta, esticou seu braço para pegar o celular e ao conferir a hora, viu que Emma já tinha lhe enviado uma mensagem.

                        “Bom dia meu amor, apesar da saudade que ainda estou de você, me sinto completa sabendo que ainda temos uma a outra... esperando asiosamente sua ligação. s2” – Emma.

Ao ler a mensagem Regina sorriu se espreguiçando, ligou para Emma antes mesmo de se levantar da cama.

— Bom dia coração. – Disse Regina assim que Emma atendeu.

— Bom dia! Eu amo essa sua voz de sono! – Respondeu.

— Acabei de acordar, ainda nem levantei da cama, hoje só teremos aulas no período da tarde – Regina bocejou – Onde você está?

— Estou na biblioteca esperando a Ruby para irmos almoçar, porque ao contrário de você, estou acordada a horas e pensei que você tinha esquecido de me ligar – Falou Emma fazendo bico.

— Esqueceu a diferença de horário que temos Emma?! Aqui ainda é cedo amor... e claro que eu não esqueceria. Você foi meu primeiro pensamento. – Confessou e ouviu a outra suspirar do outro lado.

Conversaram por uma meia hora, até que Ruby chegou pegando o celular de Emma e dizendo à Regina o quanto estava feliz por elas. Depois de se despedirem para que Emma fosse almoçar, Regina levantou, tomou um banho e fez um café, ficou em frente ao computador revisando algumas matérias da faculdade. Saiu de casa um pouco antes do almoço, tinha recebido uma mensagem de Killian a convidando para almoçarem juntos antes de irem para a aula.

— Que cara de boba love, o que foi? – Perguntou Killian enquanto comia um hambúrguer.

— Segui seu conselho... – Disse Regina um pouco tímida – Na verdade, não partiu totalmente de mim sabe, mais eu liguei para a “tal garota”. – Killian a olhou surpreso.

— Olha só, Killian exercendo os dons de cupido... Me parabenize Regina, eu mereço não é? Porque pela sua cara com certeza os meus conselhos valeram a pena. – Piscou para a garota.

— Obrigada por fazer meu medo desaparecer quando converso com você! – A garota apertou a mão do amigo – E sim, seus conselhos valeram... acho que estou pronta para tentar novamente. – Falou sorrindo e terminando de contar a história para o garoto.

 

[...]

 

— Regina, esqueceu que eu existo? – Disse Cora ao telefone repreendendo a garota – Você não me ligou hoje e nem respondeu minhas mensagens! Estava preocupada, quase peguei o primeiro voo para te ver!

— Desculpa mãe, acordei um pouco mais tarde hoje, só tive aula à tarde e aproveitei para revisar algumas matérias antes. – Respondeu a menina calmamente.

— Tudo bem, mais que isso não se repita, você quase me mata de preocupação! – Regina revirava os olhos pelo drama que a mãe fazia – Estou te sentindo mais tranquila, aconteceu algo bom que você possa me contar? – Falou Cora, enquanto a filha pensava se contava a respeito, e como não conseguia esconder nada da mãe ela disse:

— Falei com Emma... – Cora pediu para que ela continuasse - ... ela disse que não vai desistir de mim e eu... bom, disse que sinto falta dela. – a mulher sentiu a menina entristecer na mesma hora.

— Regina, está tudo bem mesmo? Quer que eu vá te fazer companhia por mais algum tempo? – Falou preocupada.

— Não precisa, estou bem... na verdade, estamos bem. Mãe não importa o que os outros pensem, eu quero ficar com a Emma, não consigo deixar de pensar nela. Me desculpa, eu tentei... mais eu não consigo mais omitir isso... – Começou a chorar.

— Filha, tudo bem... não chora. Vocês estão bem não estão? – Regina disse que sim – Então, vocês vão ter muito tempo, conversem como antes, você não pode simplesmente ignorar que ela foi parte de sua vida e ainda continua sendo. Eu sei que você tentou, mais pare de se torturar... Você tem todo meu apoio. – Regina se sentiu aliviada por ter confessado isso à mãe e ainda mais por ter ouvido o que a mesma dissera.

— Obrigada mãe! Estou muito feliz de ouvir isso de você e... estou morrendo de saudade... – Regina chorava, sempre fora muito emotiva.

— Estou com saudades também meu bebê. Robin e eu estamos pensando em ir te ver no próximo fim de semana, tudo bem? – Perguntou a mais velha.

— CLARO QUE SIM! Vou esperar por vocês! – Disse a garota pulando de felicidade.

— Filha, eu tenho que desligar, tenho um jantar. Não esqueça de me ligar pela manhã ok? – Falou Cora.

— Pode deixar, mais, e esse jantar? – A garota perguntou curiosa, pois os pais não costumavam sair para jantar juntos durante a semana, e nos últimos tempos, nem saiam mais juntos.

— É um amigo da faculdade, ele está na cidade e marcamos de conversar, ele já prestou alguns serviços para nossa empresa – Respondeu

— Amigo... eu conheço? – Cora negou – Hm, meus tios e o papai também vão?

— Não Regina, vou sozinha... Seus tios não puderam ir e seu pai... bem, você já sabe que estou evitando ficar muito perto dele. Vamos falar sobre a empresa, sobre negócios, porque está tão curiosa, você nunca agiu assim? – Perguntou tentando encerrar o assunto.

— Por nada, só queria saber mesmo... Então bom jantar para vocês, te amo.

— Também te amo, até amanhã filha. – Cora desligou.

Mil pensamentos passaram pela cabeça de Regina sobre esse “tal amigo”, sorriu pensando ser pura bobagem da sua cabeça, pelo que conhecia de sua mãe, a mulher ainda amava Henry, apesar de toda a decepção que ele causara.


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Notas finais do capítulo

bjoss



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