Morte e Vida de Julieta escrita por Afrodite


Capítulo 8
Fases do Amor




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Ver a Bia falando era diferente. Como a Sarah pediu, me pus no lugar dela, e só pude pensar "meu Deus, que absurdo!" olha o que ela estava fazendo, devia ser péssimo! Devia ser angustiante namorar alguém fingindo estar apaixonada, ela estava usando o coitado do menino, mas isso também a machucava, uma tortura, uma prisão. Era a Bia... Era minha vítima, eu a vi nascer e crescer até certo ponto, mas agora eu não sabia quase nada sobre ela, perdera tudo. Como eu pude? Comecei a ver a situação meio que de cima, sem pensar só em mim. Até ver aquele vídeo eu só tinha pensado no meu esforço pela Bia e no fato dela ter sido indiferente ao fim do sentimento pelo Caio, mas agora estava tudo diferente. Era hora de voltar atrás, e dessa vez eu faria tudo certo e melhor!

Imaginei um criado-mudo e guardei meu caderno nele. Era hora de deixar minha missão de lado e cuidar da Bia de novo. Lembrei-me daquele serafim que vira no campo, do que ele falou sobre as cores dos cupidos e as "fases" que cada uma representava, dessa vez eu as respeitaria e faria tudo certo, eu ia estudar, saber a teoria para enfim pôr em prática, mas precisaria de ajuda, e seria da Bela.

Saí do quarto, cumprimentei uns anjos na recepção, fui ao armário, achei o quarto da Bela na relação dos moradores e fui atrás da minha amiga cupido. O quarto dela, além da cama, tinha uma estante grandona cheia de livros, uma cadeira e uma mesa, era onde a Bela estava a ler um livro.

Oi, Bela  falei meio sem jeito, me aproximando.

—O que eu falei sobre interromper pessoas que estão lendo? — do nada apareceu uma segunda cadeira — Senta aí. 

Sentei-me e fiquei esperando um pouco, até ela fechar o livro:

—O que você quer? Não, não responda ainda. Antes eu tenho umas coisas pra te falar, mocinha.

—Mas eu...

—Não me interrompa! — ela levantou e começou a falar, andando de um lado para o outro e olhando pra mim de vez em quando — sabe, sua atitude é errônea num nível que eu sou incapaz de medir! Abandonar a Bia? É sério? Até eu, que sou chata pra caramba... Sim, eu sei que sou... Dou amor extremo aos meus humanos, cuido deles, me importo...

—Bela, para — protestei, levantando-me — eu sei disso! Eu me arrependi do que fiz.

—Se arrependeu?

—Sim. A Bia é minha vítima, é como uma filha pra mim... Nossa, isso ficou estranho.

—Ficou mesmo.

—Enfim, eu vim aqui te pedir ajuda porque dessa vez eu quero fazer tudo certo e que o único motivo de sofrimento seja a paixão.

—Ah bom, que alívio. Tá mas então por que veio aqui?

—Porque você já teve várias vítimas, sabe coisas de cupido melhor que eu, queria sua ajuda. É que eu fui no campo e um serafim me falou sobre as cores dos cupidos, as fases que os mais experientes seguem, eu quero respeitá-las dessa vez, fazer tudo direito. 

—O que um serafim iria querer no campo? Okay, tanto faz. Mas sim, as fases das cores, são as fases do amor romântico. Tá... — ela pegou uma cadeira e virou pra frente — senta aqui. 

Um quadro branco apareceu e quatro pincéis atômicos na mão dela. Bela começou a escrever e falar simultaneamente, primeiro usando o pincel azul:

—A primeira fase, de cor azul, representa a fase de se interessar, ou "crushar", mas eu acho esse termo abominável. Ela é uma fase superficial e espontânea.

—Como assim espontânea?

—Quer dizer que o humano a desenvolve sem precisar de nós. Essa é a fase que faz nossas pulseiras rubi apitarem, ela pode acontecer quando um humano acha outro bonito, quando gosta do jeito dele, quando, sei lá, beija e gosta do beijo, sabe? Tem várias formas.

—Tá bom. 

Ela pegou então o pincel roxo.

—A segunda fase é a de gostar, é representada pela cor roxa ou violeta, tanto faz, acontece depois da primeira, eles necessariamente se interessam superficialmente por uma pessoa pra começarem a gostar dela, essa fase é espontânea também, todavia é mais profunda — ela deu um suspiro irônico — É uma fase muito boa porque eles começam a meio que se apegar, sabe? Sentir saudade, gostar da companhia e tudo o mais, é tão bonito... Aí vem a gente pra cagar com tudo — ela fez um olhar maligno e pegou o pincel rosa — A fase rosa em que a gente entra, meu bem, nossas flechas e os nossos sintomas horrendos da paixão. Mas sabe... Quando a gente lança uma flecha e a fase roxa já esta lá, os sintomas da paixão ficam mais... Como eu posso dizer? Controlados.

—Por quê?

—Ah, eu não sei, acho que é tipo eu com a Lola, sabe? Eu controlo a loucura dela. 

—Na verdade ela que controla sua chatice. 

—Entenda como quiser... Ah, uma coisa que esqueci sobre a fase roxa: dependendo da pessoa, com o tempo essa fase meio que vai passando... Eles enjoam do outro, é isso, aí acaba com tudo. Mas voltando ao que eu ia dizendo... — ela pegou o pincel vermelho — e por fim o vermelho amor. 

Ela parou e ficou me olhando.

—Não vai explicar o amor?

Ela começou a dar uma risada debochada:

—Ah, minha querida, como se fosse possível explicar o amor, mas o que posso te falar sobre amor romântico é o que já disse: Amor e paixão juntos. Enfim, é isso. Espero ter ajudado. Você já tá de saída, né?

—Você tá me expulsando?

Ela apenas sorriu sem mostrar os dentes.

—Tá bom, eu vou, obrigada.

—Eu diria "de nada", mas... 

—Tudo bem. A Lola tem razão, lá no fundo você é um anjo. 

Ela fez uma careta pra mim e apontou para a saída, aonde me dirigi de imediato. 

No caminho de volta ao meu quarto, fiquei mentalizando as coisas da "aula" que a Bela acabara de me dar, provavelmente as duas primeiras fases tinham acontecido entre a Bia e o tal do Arthur, mas a de gostar estava desgastada, já que, segundo a Bia, seus sentimentos oscilavam. Será que era melhor escolher outra pessoa? Resolvi decidir isso na terra. Entrei no quarto, peguei minha mochila com as fichas da Bia dentro, a aljava, e o arco. Dessa vez tudo ia dar certo. 

Desci à terra e o lugar onde parei foi o colégio, o mesmo que estive tantas vezes em minha última vez na terra. A Bia estava diferente de novo, com as pontas do cabelo pintadas de verde escuro, aquela garota sempre me surpreendia, tinha sentido tanto sua falta e só notei naquele momento. 

Bia estava conversando com mais três amigos em volta de uma mesinha: a Luísa, o Caio (era legal ver que eles realmente continuavam se amando, só que de outro jeito agora), e um menino que eu não conhecia, era branco, de cabelos castanho escuros e enrolados (será que era o tal Arthur?). A Luísa era quem estava falando no momento:

—É mais um motivo pra tu terminar com o Arthur, mulher! Quando a gente gosta de alguém de verdade, a gente não fica olhando pra outras pessoas, pelo menos tu eu sei que não. 

 

—Pra mim, um homem sem chifre é um homem sem proteção — o Caio falou. 

—É o que, Caio? — a Bia disse rindo.

—Tô brincando, calma.

—É só porque tu não quer ser chifrudo sozinho, né, gaiato*? — o menino de cabelo cacheado falou e todos começaram a rir, menos o Caio. 

—Tá, vocês dois precisam dar a opinião de vocês. Rafa? — Bia falou, dirigindo ao garoto que eu não conhecia.

Então o menino de cabelo cacheado se chamava Rafa.

—O Pedro é muito limpeza* mas eu acho que não vale a pena desistir do Arthur por isso. 

—Ela já desistiu do Arthur há muito tempo, se não, não tinha começado a falar com o Pedro, tinha? — Luísa interrompeu. 

—Se tu não ficar com o Pedro, eu fico — Caio disse, levantando a mão direita — Zoeira... Mas eu concordo com a Lu, se tu gostasse mesmo do Arthur, tu não ficaria olhando todo mundo, te conheço, dona Beatriz, nem adiante se fazer. 

Pelo que eu entendi daquela conversa, a Bia ainda namorava com o Arthur, mas cogitava terminar com ele porque estava desenvolvendo a fase azul com o outro menino, então isso queria dizer que, dependendo do andar da carruagem, a outra fase podia se manifestar e esse tal de Pedro poderia ser o escolhido! Eu precisava conhecer aquele indivíduo.

Só no dia seguinte eu fui conhecer o dito cujo. Foi no intervalo entre as aulas, a Bia estava com a Luísa e o Caio, um tempo depois apareceram alguns meninos, um deles era o Rafa do dia anterior. Na hora que os vi, imaginei que um pudesse ser o tal Pedro, mas só descobri no finalzinho do intervalo, quando cada pessoa foi para um canto e só sobraram a Bia e aquele menino alto, moreno de olhos verdes, ele era tão familiar... Fiquei um tempo estudando o rapaz até reconhecer: era aquele menino com uniforme do colégio militar que vira no elevador anos atrás! Era ele, eu tinha certeza!

Os dois estavam conversando sobre algum livro ou filme, não sei. Fiquei observando os dois, faziam um casal bonito...

— Ju?! —  escutei a voz do Isaque e virei para vê-lo —  Você voltou atrás! Eu sabia, eu sabia, eu sabia! 

Ele me deu um abraço muito apertado, estava sorrindo tanto e tão feliz!

—Voltei sim, eu acabei me arrependendo do que fiz... Me desculpe. 

—Tudo bem, Ju, você tem que se desculpar é pra Bia.

—Eu vou me redimir — garanti, olhando para a Bia. 

O Isaque olhou pro menino, depois pra mim, voltou pro menino e por fim pra mim novamente: 

—Ele?

—Talvez, tô estudando a situação ainda.

—Ah... É bonito. Tem sotaque do Rio — ele sorriu mas logo fechou a cara — você... Pretende flechá-la em breve?

—Vou esperar ela gostar dele, aí um tempo depois eu flecho. Por quê?

—É que... A Bia tá no terceiro ano, daqui a pouco ela vai fazer Enem, acho que estar apaixonada ia atrapalhar as coisa.

—Quê? O que é Enem?

—É uma prova que eles fazem aqui no Brasil, ajuda a entrar na faculdade. É em Novembro, a gente já tá em Setembro, vai passar rápido. Por favor, espera.

—Ah, sim, claro. Tudo bem, não quero que a Bia passe por nada de mau por minha causa de novo... Tirando se apaixonar, né? — rimos — mas, ei, o que você veio fazer aqui?

—Ah é — ele passou a mão na barriga da Bia e tocou o salgado que ela estava comendo — pronto. 

—O que era?

—A pessoa que fez o salgado não lavou a mão.

—Eca!

—Eca mesmo. Agora eu vou. Tchau, Ju, bom ver que você reconheceu o erro e voltou atrás — ele me abraçou — cuida bem dela. 

—Tá bem. 

Isaque sorriu e saiu voando. Beleza, dois meses, não ia ser tão ruim assim, era bom porque eu poderia conhecer o Pedro e ter certeza de que era ele, além de que ia ser ótimo passar um tempo com a Bia, eu realmente tinha sentido saudade dela.

No resto da semana eu aproveitei os momentos em que a Bia estava assistindo aula pra me atualizar nas fichas dela. Acabei descobrindo como ela e o Pedro se conheceram: ele tinha entrado no meio do ano pro cursinho intensivo do colégio dela e era amigo do Rafa, que era namorado da Luísa, todos faziam parte de uma panelinha, mas Bia e Pedro se reconheceram do prédio, do qual Pedro tinham se mudado (por isso nunca mais se viram) e isso fez com que os dois se aproximassem.

No fim de semana eu conheci o bendito Arthur, ele era magrinho, bem bronzeado e tinha cabelo castanho de comprimento pouco acima dos ombros, era muito bonito. A Bia e ele marcaram de se encontrar em um shopping, ela passara a semana toda avisando que precisava dizer algo importante. A garota chegou na praça de alimentação onde o rapaz a esperava com um olhar triste, provavelmente já esperando o que estava por vir. 

—Oi — Bia falou, sentando-se.

—Oi, Bia. 

—A gente precisa conversar. 

—Se eu tô fazendo alguma coisa que tu não gosta, me desculpa, eu vou melhorar.

—Não, Arthur, para, tu não tá fazendo nada. O problema sou eu. 

—Aquela história de "o problema não é você, sou eu"?

—Talvez. É que... Eu não tô mais aqui, cê entende? Não tô mais na vibe, eu tô distante, e tu não merece isso, merece alguém que esteja 100% por ti, é sério.

Ele fez uma expressão péssima e pôs as mãos no rosto. Talvez estivesse chorando, fiquei com muita pena dele. Ele respirou fundo e levantou o rosto:

—Tá bom. Beleza. Valeu por tudo.

Bia tentou sorrir mas falhou. Ele levantou e saiu. Minha vítima permaneceu sentada com olhar perdido, mas tempo depois respirou fundo, levantou e foi pedir algo pra comer (essa Bia...). Ficou lá comendo sozinha enquanto as íris dos seus olhos não paravam quietas, provavelmente estava cheia de coisas na cabeça. 

No dia seguinte a Bia tinha simulado do tal Enem, ela contou o ocorrido à Luísa, e esta pediu pra que aquela esperasse pelo menos uma semana pra ficar com o Pedro, em respeito ao Arthur (certíssima), a Bia choramingou um pouco mas acabou concordando. Mas cadê que obedeceu? Tudo bem, foi quase, ela conseguiu esperar 6 dias, na sexta ela e o Pedro ficaram pela primeira vez. Foi lindo demais porque eles não tinha nem combinado.

A semana inteira passara como a outra, eles se viam no meio do grupinho, mas no intervalo da sexta, a Bia subiu a escada e ficou sentada em um banquinho ao lado da porta da sala do Pedro, assim que ele saiu, a viu e sentou lá. Passaram o intervalo ouvindo música no mesmo fone e conversando várias coisas (o sotaque dele era muito lindo!), era tão legal como as coisas pareciam fluir bem entre os dois. Foi no finalzinho do intervalo que ele a beijou, Bia estava olhando pro lado quando Pedro virou o rosto dela delicadamente e os dois se beijaram (eu tive um ataque, obviamente). 

Depois desse beijo os dois começaram a ficar. Eles só se encontravam no intervalo e saíam algumas vezes aos finais de semana, mas era raro porque a Bia estudava muito, e o Pedro mais ainda, mas de qualquer forma, dava pra ver o quanto os dois davam certo, eles riam das mesmas besteiras, tinham umas internas que eu jamais entenderia, tinham uns apelidinhos, por exemplo, ela o chamava de Pedro Bala de vez em quando (isso não fazia o menor sentido pra mim). Eles também gostavam das mesmas músicas, uns raps bem legais, mas o que mais chamava atenção, era uma sintonia que os dois tinham ou sei lá, era bem doido e bonito.

No começo de Outubro eu descobri que a Bia gostava dele por meio de uma conversa dela com a Luísa:

Eu nunca gostei de ninguém como eu gosto dele  a Bia falou.

Valei-me já tá é assim?

Não, não da intensidade que eu gosto dele, mas do jeito que eu gosto dele. Sei lá, é diferente, sabe? Eu gosto de ficar com ele, de conversar... Outras coisinhas aí...  as duas deram risada  mas é que é bom ficar com ele, é confortável, não me sinto pressionada, eu sou tão eu com ele, sabe?

Luísa deu um gritinho eufórico:

Meu Deus, eu amo vocês, eu amo vocês, sério! Mano, dá pra ver de longe que vocês tão na mesma vibe, na moral. Todo mundo acha isso. 

Todo mundo quem? 

Todo mundo, mulher, todo mundo que olha pra vocês. Não dá pra ver vocês sem shippar!

Era tão bom ouvir e ver aquilo! A segunda fase, a fase roxa estava acontecendo, eu só esperava que não ficasse desgastada ou qualquer coisa assim. Queria muito que o Pedro fosse o garoto certo. 

Vai dar namoro hein  Luísa disse brincando.

Deus que me livre! Depois do que aconteceu com o Arthur, tô de boa dessas coisas sérias, não quero fazer tudo errado de novo. Vou só, sei lá, deixar rolar.

Tudo bem, a Bia não queria namoro nem nada, mas quem liga? Esse negócio de namorar é só um rótulo, o importante era ela estar apaixonada pelo Pedro daqui a um tempo, sem pressão alguma, só sentimento.

Ah, o tempo... Como eu o odiava! Demorava tanto. No céu as coisas eram mais simples, poxa... Mas eu aguentei, aguentei com garra, cuidei da Bia aquele tempo todo, além de ter acompanhado cada passo dela com o Pedro (mas não toda hora porque enfim) mas graças a Deus nada foi desgastado, na verdade a Bia parecia gostar dele mais a cada dia, era lindo!

Eu poderia ter lançado a flecha assim que a Bia saiu do último dia de Enem, mas eu queria que a Bia se apaixonasse pelo Pedro estando com o Pedro, olhando para ele. Por algum motivo essa forma fazia mais sentido na minha cabeça.

As aulas da Bia não acabaram, por mais que o Enem tivesse ido embora. O Pedro saiu do colégio depois do Enem e eles não se viram por um tempo porque ele foi viajar, e quando as aulas da Bia terminaram foi a vez dela viajar, só depois disso tudo os dois se reencontraram. No final da tarde, os dois foram àquela praia perto do prédio da Bia (pense numa praia cheia, o pessoal deve amar ver o pôr do sol lá, inclusive achei que fosse a mesma que vi naquele vídeo que a Sarah me mostrou). 

Os dois ficaram conversando, ficando, e tal, ela falou da viagem dela, ele da dele... blá blá blá... Eu fiquei enrolando por muito tempo, tinha medo de lançar uma flecha de novo e dar ruim. O sol já tinha se posto, logo ficaria tarde e eles voltariam pra casa... Eu precisava agir! Fiquei olhando pros dois e notei que os olhos do Pedro estavam brilhando "meu Deus!" exclamei em voz alta, sorri "tá bom. É agora" voei pra bem longe e bem alto pra pegar a maior distância, mirei bem no coração da Bia "dessa vez vai dar tudo certo" repeti a frase três vezes e lancei a flecha. Voei rápido pra ver a reação da Bia. Ela olhou pro Pedro, que estava empolgado contando alguma história, e seus olhinhos brilharam, ela deu um risinho e ficou lá admirando o garoto.

Agora eu podia voltar pro céu, missão cumprida, logo eu voltaria pra lançar a flechas quantas vezes fosse preciso. Tudo pela Bia, por mim, pelo Isaque, pela Luísa, pela Sarah... E esperava que também pelo Pedro.

 


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Notas finais do capítulo

*gaiato/a é uma expressão pra designar pessoas engraçadinhas/brincalhonas/palhaças
*limpeza é um termo usado como elogio, algo "limpeza" é algo legal



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