As galáxias em seus olhos escrita por magiciadams


Capítulo 1
Se derrame




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. : as galáxias em seus olhos : .

Primeira Parte | se derrame



As galáxias em seus olhos

são grandes demais para notaram um observador como eu



Kihyun por vezes divagava sobre o quão belo Changkyun era, não apenas por sua aparência, longe disso, era algo em sua essência, era algo na forma que ele vivia a vida, era algo na positividade da energia ao seu redor, era algo em seu cheiro que parecia uma brisa de verão. Era algo no seu tudo.

Costumava dizer que se você encarar com afinco aqueles belos orbes negros conseguiria, eventualmente, penetrar na mais profunda alma que habitava um corpo tão jovem e desfrutar dos sentimentos que estavam inclusos no pacote que era Im Changkyun.

Ele era tão surreal, que (por vezes) Kihyun divagava sobre que seres habitavam as galáxias daqueles olhos, criando teorias sobre os esplêndidos aliens que lá viviam.

Tudo isso em segundos, aqueles mesmos segundos em que cumprimentavam um ao outro com um toque de mãos. Aquele gesto (especial e) detestável que funcionava como a assinatura do contrato de amizade eterna entre os dois.

Amizade. Apenas amizade.

Algo difícil de se manter, tendo em vista de Kihyun já estava mergulhado no oceano que era Changkyun, onde Yoo era constantemente atingido pelas violentas mares, tempestades e tudo aquilo que podia machucar. Namoradas, ficantes, interesses.

Tudo que Kihyun queria era se derramar sobre o outro. Jogar todos aqueles sentimentos para fora de forma que pudesse ser livre para seguir em frente.

E foi isso o que ele fez.

 

Foi em um dia de verão. Verão combinava com Changkyun quase como se fosse duas fotos diferentes com os mesmos esquemas de cores, era como se ambos fossem feitos da mesma essência.

Isso explicaria o cheiro de praia que exalava do Im, ou a sensação de ser ofuscado por um sol em seu poder máximo. Era como se cada sol, dentro de cada galáxia, dentro de cada um de seus olhos brilhassem intensamente em uma eterna supernova.

Kihyun falou muitas palavras naquele parque perto da escola, vazio naquela tarde de domingo, cada falha em sua voz, cada gaguejar que cometia seriam condenados por si mesmo ao final de tudo. O rosto quente como apenas Changkyun conseguia deixar, as palavras vivas em seus lábios como se cantasse uma canção de verão, e a atenção total do homem que amava única e exclusivamente para si.

O silêncio foi sua resposta.

O farfalhar das folhas com o vento foi sua resposta.

Não houve, de fato, uma resposta.




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