P.O.V. Aro.

Alec e Jane entraram facilmente na casa. Mas, as coisas se complicaram.

Eu ouvia urros, coisas se quebrando, vidro, madeira e a criança chorando.

P.O.V. Alec.

Aposto que Jane está pensando o mesmo que eu. Que... porra é essa.

A garota loira com aquela cara de meiga, não tinha absolutamente nada de meiga. Os olhos dela reviraram dentro das órbitas, ficaram amarelos e os dentes eram afiados e pretos, a boca abria de um jeito humanamente impossível.

Ela falou com uma voz pavorosa:

—Vocês não vão levar a criança. Vocês vão morrer. Minha prole.

Jane tentou usar seu poder para se defender, mas fracassou.

—Quando fui mordida adquiri todos os conhecimentos de centenas de milhares de anos do Príncipe do Inferno, Asmodeus. Você vai ter que tentar mais forte que isso.

Ela quebrou o braço de Jane.

—Ai!

Então ela enfiou os dentes negros no pescoço da minha irmã.

—Para. Por favor, para.

—Você já teve piedade de alguém?

—Não.

Disse Jane chorando.

—Bom. Você foi sábia, não mentiu pra mim. Por isso eu vou deixar você viver.

Jane voou longe, atravessando uma janela. Ela fez Jane voar longe apenas com um olhar.

—Jane vai absorver suas habilidades.

—Não vai não. Eu não sou demônio. Se eu fosse, ela teria morrido, mas antes o demônio teria torturado ela por horas e horas e horas, talvez até por séculos. Talvez ela morra. Eu posso não ser demônio, mas minha saliva é tóxica. Tóxica para lobisomens, tóxica para híbridos, para anjos e até pra humanos se eu quiser. Ela provavelmente vai morrer gritando.

—Você é um monstro.

—E você? É o que? Você é prole de Asmodeus. Ele criou o primeiro vampiro natural.

Ela tirou a criança do berço e começou a acalentá-la. 

—Vai pra casa. Não retorne ou você não sairá daqui com vida.

P.O.V. Aro.

Quando eu vi Jane sair praticamente se arrastando e pressionando um ferimento no pescoço eu fiquei furioso. E Alec saiu correndo.

—Ela ganhou.

—Como?

—Fomos massacrados.

—Vocês, minhas melhores e mais letais armas, meus gêmeos invencíveis... Foram massacrados?!

—Nossas habilidades não funcionaram nela. Ela mordeu Jane e me informou que sua saliva é tóxica.

A garota loira saiu da casa carregando o bebê.

—Sim. É tóxica, é veneno.

Ela olhou para Jane e disse como se comentasse sobre o tempo:

—Não se preocupe amor, você não vai durar o resto do dia. E você... qual é cara, isso não jeito de se tratar uma dama ou um bebê. E mais ainda uma dama com um bebê.

—Você não é uma dama. É um monstro.

—E você é o que? Um dia, eu terei um bebê só meu. Eu terei um filho. Eu sempre gostei de crianças. Quer dizer, olha pra ela... é difícil acreditar que já fomos tão inocentes. Não acha? E a mãe dela está tentando proteger essa inocência e você não tem nada que se meter.

—Proteger a inocência? Com uma mãe híbrida, um pai vampiro, uma família inteira de vampiros e uma babá demoníaca?

—É incrível a resiliência das crianças. Elas aceitam o mundo como lhes é apresentado. E é por essa razão que está tão desesperado para fincar suas garras na criança. E não tem jeito de nós deixarmos isso acontecer.

P.O.V. Renesmee.

Estava numa reunião de negócios com o meu chefe, Daniel Rand quando uma moça, uma outra secretária aparece.

—Me desculpem, a interrupção, mas tem uma ligação para você senhorita Cullen. 

—Não pode ser depois?

—É a babá e ela diz que é urgente.

—Passa. Passa a ligação agora.

—Aqui.

—Alô? Needy?

—Os malucos estão atacando a casa! Eu to fazendo o que eu consigo, mas são muitos vampiros de uma vez e eles tem uma bruxa com eles. Não vou conseguir segurá-los por muito tempo.

—Tira a Jean da casa. Tem uma passagem na biblioteca. A estátua de Afrodite. Mova ela, no fim da passagem tem uma chave e um carro. A passagem é longa, mas não há curvas, não há como se perder. Entra no carro e segue as coordenadas do GPS. Eu to chegando.

—Ei! Onde pensa que vai?

—Eu sinto muito Danny, estão atacando a minha casa. Eu tenho que ir.

—Vai. Pode ir.

Eu sai, peguei meu celular e liguei para o Elijah.

—Alô?

—Os Volturi estão atacando a casa, Jean e Needy estão lá dentro. Mandei a Needy para um lugar seguro, mas temos que dar tempo pra elas fugirem. Estou saindo da Rand agora.  Vejo você lá.

Eu desliguei, entrei no carro e sai a toda.

Quando eu cheguei o Elijah já tava lá, mas ele tava sendo massacrado.

—Não!

Eu escudei ele e assim que seus sentidos voltaram, nós começamos a lutar.

—Madeira não funciona. Toma. Pega.

Vi o sorriso vitorioso do Aro morrer. Assim como seu exército.

Eu suguei os poderes de Qetsyiah de novo.

—Vai tentar me salvar?

—Não. Você é uma maníaca obscessiva maluca.

Eu enfiei os meus dentes nela e suguei seu sangue até ela cair morta.

—Precisa de uma ajudinha irmão?

—Kol.

Davina estava com ele e ela usou seu poder para incapacitar todos os membros do exército inimigo. Facilitando para os Originais arrancarem as cabeças deles e botarem fogo no que sobrou.

Um dos Volturi, Alec agarrou a Davina e mordeu ela. Mas, ele desmaiou.

—Uma vez aprendido esse truque, eu uso todo o dia.

—Que truque?

—Objetos amaldiçoados. Usei eles pra o meu sangue virar veneno. Não se preocupe, o garota vai viver. Por hora.

—Davina!

—To bem.

Kol alimentou Davina com seu sangue pra ela se curou.

—Dimitre! Vá buscar algo para rastrear a criança.

Eu me concentrei e mesmo a distância pude incendiar tudo o que pertencia a Jean.

—Pronto.

Dimitre voltou de mãos abanando.

—E? Onde está?

—Não havia nada. Tudo virou uma pilha de cinzas.

Eu dei o meu melhor sorriso de deboche para Aro. Então, fiquei séria.

—Se você encostar um dedo na minha filha, eu vou te fazer sofrer de maneiras que nem a sua mente deturpada pode imaginar.

Eu quebrei o pescoço dele e nós entramos no carro.

—E.. o que acontece agora?

—Vamos encontrar com a nossa filha.