History Repeating escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
O Passageiro


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/sRxwIKZi2dU-Klaus conta a história de Nova Orleans para Renesmee.



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P.O.V. Dani.

Eu acordei á noite sentindo uma presença.

—Sei que está ai.

—Quem é você?

—Eu sou Daniel Thomas Rand. Eu sou o Punho de Ferro, guardião dos portões de Kun Lun.

—Porque estamos sussurrando?

Eu apontei com a cabeça para Renesmee e Colleen. Elas estavam dormindo.

—Eu nunca ouvi falar desse lugar. Kun Lun.

—Não está nos mapas. A passagem só se abre uma vez a cada treze anos.

—Você é o CEO de uma das maiores empresas do mundo. E nem parece. Parece um mendigo.

—Eu preciso de pouco pra viver. Nesse seu mundo é só dinheiro, dinheiro, dinheiro. 

—E como vai ser esse lugar?

—Você não vai passar. Você não pode passar. É um ser das trevas. Vai contaminar o solo sagrado de Kun Lun.

—Você sabe que ela é como eu. Não sabe?

—Não. Ela não é como você. A energia dela é equilibrada. Luz e trevas, você é só trevas. Ela me salvou, salvou a Coleen. Podia ter deixado aqueles seres de olhos vermelhos nos matarem, nos drenarem, mas ela não deixou. A vida é insignificante pra você. Pra ela não. Ela se quer nos conhecia, mas nos salvou mesmo assim. Você é só trevas. Elijah.

Eles passaram pelo portão, mas eu fiquei para trás. O guardião não permitiu que eu passasse.

Mas, ela voltou comigo para Nova Orleans. E ficamos um tempo na mansão.

—Obrigado pela aula de história eu não estou sendo nem um pouco condescendente.

—Ninguém está querendo que seja condescendente.

—Estou apenas relembrando que a história nos mostra que qualquer tipo de tentativa de dominar a cidade acaba num conflito sangrento.

—Bom, isso vai acabar num conflito sangrento se o bebê milagroso Mikaelson não parar de chutar os meus órgãos internos!

—O que está sentindo?

—Qual é o problema?!

—Calma! To bem. O bebê tá bem. Apesar de que, agora que eu tenho a atenção de vocês dois... como vai a fabricação dos meus anéis da lua?

—Eu disse são um trabalho em progresso. Eu só preciso que a minha bruxa faça o feitiço.

—Presumindo que ela estará disposta a cooperar.

—Deixe a Francesca comigo.

—Talvez devessemos procurar outra pessoa para fazer um feitiço dessa magnitude.

—Não. Nem vem. De jeito nenhum, mas eu tenho um plano B. O cardume da Mako. Elas são especialistas em anéis da lua e á menos que vocês queiram mais um motivo para ter gente atrás da Hope isso tem que acontecer agora.

—Cardume?

—É. Um bando de sereias. 

—Amanhã é a nossa janela. Francesca vai ter o feitiço pronto para amarrar o poder da lua cheia.

—É, mas e quanto ás pedras? Ela tem que atar a magia aos anéis.

—Está sendo feito enquanto conversamos.

—Não. Não está. Eu não to sentindo. A única coisa que eu estou sentindo é o bebê Mikaelson chutando os meus órgãos internos! E um calor do inferno!

Ela tirou o xale.

—Porque você usa xales? Parece uma velha.

—Você é o velho aqui. Então vê se não me amola!

Ela se levantou e então segurou a barriga gritando:

—Ai!

—O que foi?

—Eu acho que tá na hora. Eu não queria que ela nascesse aqui, queria que nascesse em Kun Lun, no templo. Em um lugar de paz, harmonia e serenidade. Não nessa zona de guerra. Ai! Eu sinto muito. Mas, eu não vou ser mais uma Hayley Marshall.

Ela fez um movimento de mão e sumiu.

P.O.V. Danny.

Eu estava meditando, mas ouvi alguém gritando.

—Danny! Danny Rand! Danny!

Eu levantei e vi ela no portão.

—Ai! Daniel me deixe passar, por favor.

—Tudo bem. Deixem ela passar.

—Ela está vindo Danny. Preciso de ajuda.

P.O.V. Klaus.

Teletransporte?!

—Que porra foi essa?! Pra onde ela foi?

—Acho que sei pra onde ela foi.

—Pra onde?

—Precisamos de um intermediário. Um humano. O guardião não vai deixar a gente passar.

—E que intermediário seria esse?

—Pouco me importa Niklaus! Precisamos de alguém que passe pelos portões!

—Que portões?

—Kun Lun. Já ouviu falar?

—Sim. É uma lenda chinesa. A lenda conta que Kun Lun é um templo que existe num outro plano, outra dimensão, mas uma vez a cada quinze anos a passagem fica aberta por um ano inteiro, só que tem um guardião que cuida da passagem. Chamam de Punho de aço.

—Punho de Ferro. Não de aço, de ferro.

—Que seja. Esse punho de ferro protege a passagem e impede que o mal contamine o templo. Porque quer saber disso?

—Eu vi o templo. De longe, o Punho de Ferro não deixou eu passar. É pra lá que ela foi. A entrada fica nos Himalaias.

—Então vamos atrás de um Punho de Ferro?!

Perguntou Caroline enquanto balançava Hope.

—Daniel Rand é o Punho de Ferro.

—Podemos ir?

—Claro.

Quando finalmente chegamos ele estava lá, entre nós e a passagem.

—Daniel Rand?

—Elijah. O seu bebê está chegando, Colleen está ajudando Renesmee enquanto conversamos.

P.O.V. Elijah.

Forçando a audição eu pude ouvir a respiração pesada, alguns gritos e os batimentos acelerados de Renesmee ainda mais acelerados enquanto ela empurrava.

Eu olhei nos olhos do menino e disse:

—Nos deixe passar.

Para minha total surpresa ele respondeu:

—Não. Seres das trevas não põe o pé em Kun Lun.

—E porque a duplicata passou?

—Ela não é como você. Ela possui equilíbrio. Nem tudo trevas, nem tudo luz.

Uma moça. A mesma moça que viajou conosco da primeira vez, ela veio correndo.

—É uma menina! Oh!

Eu agarrei a moça num movimento rápido. Mas, ela revidou me derrubando no chão. Eu vi o punho do rapaz ficar dourado, ele me deu um murro e eu senti o meu corpo ser lançado longe.

—Seres das trevas não tocam o solo sagrado do templo. Coleen! Você está bem?

—To bem. O mundo tá girando, mas eu to bem. Não deixa eles passarem. Você é o Punho de Ferro, inimigo declarado do Tentáculo, protetor dos portões de Kun Lun.

Eu vi aquela figura passar, se escorar nas pedras.

—Vocês estão... machucando meus amigos! Eu não vou voltar pra Nova Orleans. Nunca mais. Aquela cidade do inferno que cuide de si mesma.

—Vem, você tem que ficar deitada. Perdeu muito sangue.

—Leva ela Coleen. Você não é digno de uma mulher como ela, não é digno da criança.

—Como resistiu á compulsão?

—Você fez a coisa da compulsão em mim? Quando?

—Olhei nos seus olhos e te dei uma ordem.

—Quando me mandou te deixar passar. Parece que a erva mágica funciona mesmo.

—Verbena.

—Essa ai mesmo. Foi a Renesmee que me contou sobre ela. As garotas comuns tem unhas, ela tem garras e presas e imunidade natural. Imagino que como uma híbrida esse seja o motivo da erva não afetá-la.

—Ela é imune á verbena?!

—Sim. E ao controle mental. Chamam de escudo. Qualquer dom defensivo é chamado de escudo.

—E como você sabe de tudo isso?

—Vocês não são mais a raça mais forte e evoluída da sua espécie. Imagino que nunca tenha conhecido um dos parentes da mãe da sua filha. Tenta enfiar uma estaca neles pra você ver o que acontece.

—Eles morrem.

—Nem de longe.

—Por favor, me deixe passar. Por favor.

—Eu não posso. Por favor, entenda eu só estou cumprindo o meu dever sagrado. Ela me falou que você entende de dever melhor do que qualquer pessoa e esse é o meu. Impedir que o mau contamine Kun Lun. Quando ela se recuperar eu acho que ela vai voltar para o seu mundo.

A moça Coleen trouxe uma barca de sushi para Daniel.

—Trouxe comida. Pra você repor o seu Chi.

—Como elas estão?

—O bebê é saudável, os olhos mudam de cor vão de um azul quase branco para um tom de verde. 

Ela comeu de uma barca diferente. Haviam duas barcas.

—Porque não come daquela barca?

A mulher engoliu e respondeu a pergunta de Niklaus.

—Aquela é do Danny. Ele vai comer aquilo tudo sozinho.

—Sério? Aquilo tudo?

—Sim. Ele come feito um condenado.

—Porque?

—Ele é o Punho de Ferro.

—E?

—Você faz muitas perguntas. Vocês querem comer?

—Sim por favor.

—Aqui só tem sushi com chá.

Passamos meses nos portões até que ela decidiu sair com a criança.

—Olá Mikaelsons. Essa é Jean. Quer segurar?

—Quero.

—Se tentar correr, eu te pego, se tentar se esconder, eu te acho.

Disse ela numa clara ameaça e então ela me deixou segurar o bebê.


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