History Repeating escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Coisas de pai e filha




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P.O.V. Elijah.

Eu tenho uma filha. Meu Deus! Um dia serei pai.

Eu a ajudei a subir na carruagem e fomos o caminho inteiro conversando. Embora ela estivesse aparentemente desconfortável.

E ela ficava olhando feio para Finn.

—Posso saber porque me olha desse jeito?

—Porque você é um traidorzinho de merda.

—Damas não devem usar esse tipo de linguagem.

—Ainda bem que eu não sou uma Dama então.

—O que foi? Parece desconfortável.

—É porque eu estou. Você falava das carruagens como se tudo fosse tão glamuroso, mas na verdade é uma droga. Essa coisa está sempre dando sola... solavancos. As estradas são irregulares e cheiram a titica de cavalo.

—E como são as estradas no seu século?

—Regulares, pavimentadas e os carros vão de zero á trezentos por hora em três ponto cinco segundos. O que eu gosto daqui é que tem menos gente, menos mentes, menos barulho em todos os aspectos. O que eu odeio é o cheiro e toda a complicação para se falar com alguém. E o frio. Deus abençoe quem inventou a calefação, o sistema de saneamento básico e o encanamento.

—E o escuro? Damas tem medo do escuro.

—Já disse e repito. Eu não sou uma dama. Sou uma criatura da noite que nem você. Eu posso ver no escuro, sinto o cheiro de sangue á quilômetros, corro mais rápido que você.

—Ah, eu duvido.

—Hoje á noite tio Kol. Aposto corrida. Vejo você na frente do Castelo assim que o sol se pôr e ai você vai ter que engolir o seu ego.

Ela era uma exímia dançarina e comia mais do que qualquer outra dama. Ela adorava os doces, ela estava sempre cantando. Ela cantava o que eu imaginava que fossem cantigas de sua época.

—Está pronta?

—Estou. Até o fim do bosque. Quem chegar primeiro ganha sem discussão. De acordo?

—De acordo.

—Vou contar até três e no já, a gente sai. Um, dois, três... Já!

Eles correram, logo Kol foi ultrapassado.

—Ah, nem vem pirralha.

Ele a derrubou.

—Seu filho da puta!

Ela se levantou e logo o ultrapassou outra vez. E chegou ao fim do bosque antes dele.

—Ha! Eu ganhei. Qual é o meu prêmio?

—Não ser assassinada.

—Ah, qual é tio Kol? Você me falou que antes de conhecer a tia Davina você era um maníaco psicótico e um imbecil, mas eu sou sua sobrinha. Deixa de ser imbecil.

Ela voltou caminhando pelo bosque. E meu irmão decidiu correr.

—Tio Kol! Cuidado com a... armadilha.

Kol ficou com o pé preso numa armadilha de caça. E ela deve que ajudá-lo.

—Tente ficar parado.

Ela rapidamente desarmou a mesma e ajudou Kol a atravessar o bosque.

—Vai ter que se alimentar pra curar isso ai.

No meio da noite, acordei com um...

—Jesus Cristo! Puta merda tio Kol!

—Você podia usar as suas habilidades pra se livrar dos corpos.

—Vai se foder. Você fez essa bagunça, agora limpa. E tenha um pouco de respeito. Agora, se não se importa, eu vou arrumar umas garrafas de uísque e beber até desmaiar.

Eu a encontrei no quarto se embebedando.

—Esse comportamento não é adequado.

—E arrancar corações de velhinhas dentro de igrejas também não. Mas, você faz mesmo assim. Minha mãe me falou uma coisa que eu nunca vou esquecer, suas ações te definem. Você só vai ser um monstro se se comportar como um. E a vovó Ester fez vocês serem vampiros, mas não fez vocês se serem monstros, vocês é que fizeram isso. Seus cretinos filhos da puta.

—Você não deveria dizer isso.

—A verdade dói né? E você foi se engraçar com aquela tribucréia da Hayley Marshall.

—O que é uma tribucréia?

—Mistura de tribufu com mocréia. A vagaba ainda tava grávida do tio Klaus e tava se atirando pra cima de você. E o jeito que você gritava o nome dela, o quanto você ficou arrasado quando encontrou o corpo dela na igreja. Parece que as bruxas também gostam de matar gente em igrejas, primeiro o coitado do irmão da Camille, tacaram um feitiço nele pra ele pirar e matar um bando de padres e depois usaram um objeto amaldiçoado pra matar ele.

Ela já tinha esvaziado duas garrafas de uísque e abriu uma de conhaque.

—Espalhe corpos daqui até o fim do mundo que não vai dar o tanto de gente que você matou. Você ia matar crianças. Meu Deus! Crianças! Se não fosse o Vincent você teria matado aquelas crianças.

Chegou a um ponto em que ela desistiu de servir a bebida no copo e começou a beber da garrafa.

—Você atirou a prima da minha mãe no buraco e usou a fúria desmedida da tia Rebekah pra aterrorizar ela. Tudo bem, ela tentou matar vocês, mas vocês deram motivo. Cara, eu odeio o seu lado da família. É sempre esse ciclo vicioso de vingança, sangue e morte. Não acaba nunca.

Foi a última coisa que ela disse antes de desmaiar.

—Não acaba nunca.

—O que não acaba nunca Elijah?

—Ela está certa. Sobre tudo. Nossa mãe nos fez vampiros, não nos fez monstros. Nós é que fizemos isso.

—E vai sentir remorso agora?

—E se essa menina veio pra cá como um aviso?

—Um aviso?

—Pense, Niklaus. Essas crianças vão herdar todos os nossos inimigos e nenhuma das nossas defesas. Talvez seja hora de reavaliar a nossa situação. Como lidamos com as coisas.

—Vai ficar todo paternal agora Elijah?

—Eu encontrei um objeto entre as coisas de Jean. Um retrato.

Eu peguei o retrato que ela colocou sob o criado mudo.

—Vejam. Somos nós.

—E a mãe dela realmente é uma duplicata.

—Deixe-me ver. Nossa, eu continuo bonitão. Estamos sorrindo? Desde quando se sorri em retratos?

—Não sabemos quando ela nasceu exatamente, só que ainda não nasceu.

—Mulheres usando calças.

—Parecemos felizes.

—Imagino que essa seja a Tia Davina. Ela é bonita.

—E presumo que essa seja Tia Caroline. Quem diria que um dia, nós seríamos pais? Que um dia Niklaus arrumaria uma esposa?

—Me pergunto como não conseguimos ter filhos até agora e de repente, temos uma prole de pequenos Mikaelsons correndo a nossa volta.

—É uma boa pergunta. Talvez a nossa viajante do futuro saiba essa resposta.


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