History Repeating escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Uma Deusa, uma bruxa, uma feiticeira




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P.O.V. Jean.

Não é fácil ser filha do meu pai. Ser uma Mikaelson não é para os fracos.

Eu só quero fugir. Ou gritar, ou os dois.

Então encontrei um feitiço no grimório da minha ancestral Tatia. E o feitiço me transportou para uma época diferente da minha, para o passado. Eu tentei recomeçar, mas acidentalmente disse o meu verdadeiro sobrenome para uma das minhas pacientes. Eu ferrei tudo logo no primeiro dia.

—Merda. Hora que isso chegar aos ouvidos do meu pai e dos meus tios eles vão vir aqui tirar satisfação.

Não deu uma semana e eles apareceram na minha porta.

—Então... você toma meu nome.

—O nome não é seu! E você sabe! Eu sou mais Mikaelson que você! Seu bosta!

—Oh, olha só Nik, a garotinha tem coragem. Mas, aposto que só está falando isso porque sabe que não podemos entrar na casa.

—Ah, eu odeio a minha família. Por favor, tio Kol... entre.

Ele entrou e me atacou, mas com o meu treinamento de batalha logo ele estava...

—No chão! A tia Davina ficaria decepcionada. Olha pra você tio Kol... você tá um bagaço. E eu sugiro que saia, antes que tome uma surra. Além do mais, se eu não fosse da família como eu saberia que o tio Klaus é metade lobisomem?

Eu levantei uma sobrancelha e olhei desafiadoramente pra eles.

—O que?

Os queixos deles caíram.

—Como eu disse, o nome não é seu tio Klaus. Você seria Anselson. Nossa, isso soa horrível. Mas, o nome do seu pai biológico é Ansel.

—E como você pode saber?

—Eu nasci num mundo que você talvez... não compreenda. E a vó Ester trouxe ele de volta depois do quase colapso do outro lado, porque do seu jeito maluco ela queria reunir a família. Ai você arrancou a cabeça dele.

P.O.V. Klaus.

Ela falou como se aquilo fosse insignificante, como se não a surpreendesse.

—Você é mais Mikaelson do que pensa.

—Se você é uma de nós, como você existe?

—Vampiros não podem procriar entre si. Mas híbridos e lobisomens podem. Tipo, a mãe biológica da Hope, filha do tio Klaus... era lobisomem e lobisomens podem procriar. A magia fez o tio Klaus ser vampiro, mas ele nasceu lobisomem.

—Mas, você não é filha do Niklaus.

—Não. Sou sua. Mas, quem me ensinou a brigar, a me defender e a controlar os meus poderes foi a minha mãe. Você me ensinou a dançar as danças chiques dos séculos anteriores, a falar várias outras línguas, me contava histórias pra eu dormir. A minha mãe é meio que o homem da relação.

—O que?

—A minha mãe me ensinou a brigar, você me ensinou a dançar, ela me ensinou a falar palavrão, você me ensinou a usar os talheres chiques. Minha mãe me deu meus poderes de bruxa e a Fênix, você me deu minha mutação.

—Mutação?

—É difícil explicar. Tudo o que existe é feito de energia, a matéria é energia condensada. Mas, tudo o que está vivo ou no nosso caso, morto vivo é feito de células e no núcleo de cada célula tem essa coisinha microscópica chamada D.N.A. metade do meu DNA veio da minha mãe e a outra metade, a metade mutante, veio de você. Mutação, alteração no genoma. Mutação, aquilo que nos fez evoluir de organismos unicelulares para a espécie que somos hoje. Eu fui a primeira mutante a ser tocada pela Força Fênix, um poder infinito que controla toda a existência da vida. Ela tem o poder de criar e o poder de destruir.

—Eu não compreendo.

—Imaginei que diria isso. Então, acho que ver é mais fácil.

Ela tirou uma caixinha de debaixo da cama e a abriu. De lá saiu uma imagem.

—Imagens tridimencionais. Tão vendo? Isso é o DNA. Essa é uma célula animal, nossas células.

Depois de ver aquela coisa, pude entender um pouco do que ela dizia.

—Mutantes do meu nível são extremamente raros. Como um diamante negro.

—Seu nível?

—Os mutantes são classificados do nível um ao cinco. Houve outra mutante classe cinco antes de mim e seu nome também era Jean. Ela era amiga da mamãe.

—E o que essa mutação tem de especial?

—Ela me concede poderes, poderes adicionais. Por causa da minha mutação, eu sou telepata, eu leio mentes, mas eu não sou tão poderosa quanto minha mãe ou meu avô Edward nesse quesito. Não sem a Fênix.

—E quais são os seus poderes adicionais?

—Posso alterar o estado físico e químico da matéria.

—O que?

Uma cadeira virou pó.

—Entendeu?

—Sim.

—O atropelamento da minha melhor amiga Emily destrancou minha mutação.

—Como?

—O meu total desespero, mais as emoções ampliadas de vampiro. Eles despertaram meu poder e eu senti tudo o que ela sentiu, senti a morte dela, a dor dela, o medo dela. A minha telepatia me permitiu sentir tudo aquilo. Depois disso eu entrei em depressão e a mamãe chamou o Professor Xavier pra me ajudar. Eu fui para a escola de mutantes e aprendi a controlar os poderes advindos da minha mutação.

—Tem mais de um?

—Tem. O mais forte é a telecinesia.

—O que?

Um copo flutuou até sua mão.

—Eu posso mover coisas com a minha mente. Tenho telecinesia molecular.

Ela transformou a mesa de madeira em uma mesa de aço e depois de madeira de novo. 

—Minha telepatia me permite ler mentes, mas não só isso. Eu tenho projeção, indução e manipulação mental. É tipo a compulsão só que mais complicado. Eu sou a maior telepata que existe. Minhas habilidades telepáticas já superaram as do Professor. Agora, quero superar a minha mãe e o meu avô.

—Como você arrumou essa cabana?

—A antiga dona morreu e eu entrei na mente do juiz e fiz ele me dar a cabana. Colocar ela no meu nome.

—Você disse que sua mãe é uma duplicata.

—Ela é. Mas, quando eu for concebida ela não vai ser mais... útil pra você. A maldição já vai ter sido quebrada. 

—E eu terei um exército de híbridos como eu?

—Desculpe, eu não dou Spoiler.

—O que é Spoiler?

—É o jeito de eu dizer que não vou contar.

—Se você é minha filha, não vou deixá-la morando aqui. Nesse lugar esquecido por Deus.

—Deus não esquece nada, nem ninguém. Deus é amor e bondade infinitas.

—De onde veio esse seu nome?

—É francês. Significa agraciada por Deus.

—Porque você teria um nome francês? Sua mãe é francesa?

—Não. Mas, eu nasci no Quartel Francês assim como a prima Hope.

—Você disse que a mãe da minha filha...

—Ela morreu. As bruxas do Quartel Francês assassinaram ela, logo depois que a Hope nasceu. Cortaram-lhe a garganta e levaram a Hope. Mas, como a Hayley era uma lobisomem que morreu com o sangue da Hope no sistema dela, ela voltou em transição, mas ela não quis se transformar. Escreveu uma carta, pediu para a Tia Caroline cuidar dela e ai ela morreu.

—Se transformar?

—O sangue da Hope transforma lobisomens em híbridos. Se eles não bebem o sangue da Hope... eles morrem. Tipo eles sangram pelos olhos até morrerem. É uma coisa meio Bloody Mary.

—O que é Bloody Mary?

—Cacete! Vocês são muito ignorantes. É engraçado pela primeira vez eu sou a mais inteligente da família. A Bloody Mary é um espírito vingador, ela morreu em frente ao espelho, teve os olhos arrancados e sangrou até morrer e como ela faleceu diante do espelho, a alma ficou presa. Onde o espelho vai, a Mary vai.

—E ai ela sai matando gente?

—Não. Se você diz, Bloody Mary três vezes diante de um espelho qualquer segurando uma vela, você invoca o espírito e se você guarda algum segredo relacionado com a morte de alguém, a Mary vê e vem castigar você. Ela transforma seus olhos numa pasta. Ela causa algum tipo de hemorragia cerebral severa.

—O que é...

—Hemorragia cerebral? Sangramento no cérebro. Só por mera curiosidade, se você fosse me levar daqui, pra onde me levaria?

—Para a corte.

—Sério? A corte de verdade?

—Sim.

—Então, vamos nessa.

Ela não pegou nem um baú. Apenas uma trouxa.

—Isso é tudo o que você tem?

—Não preciso de muito pra viver. E você me ensinou a me alimentar sem matar. Apesar da mamãe não aprovar.


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