Heartbeat escrita por Ana


Capítulo 8
Women's day I


Notas iniciais do capítulo

O momento em que veio a ideia para esse capítulo era realmente o dia das mulheres, então eu escrevi algumas coisas e deixei de lado, na época eu estava com muitas ideias para fanfics na cabeça, escrevia dois ou três capítulos e logo em seguida a fonte secava, não conseguia desenvolver, nossa mas eu ficava tão frustrada
Enfim, o importante que estamos aqui hoje, e eu contei isso só para entreter vocês um pouco e tentar faz com que esqueçam de que o Brasil está voltando para casa , vamos a mais um capítulo, porque ao contrário do br, isso aqui tá só começando.
Perdoem os erros que passam despercebidos e boa leitura ❤



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— Emma, onde você estava? Porque não me avisou que ia ficar até mais tarde no trabalho? — de pijamas, Alice abordou a irmã mais velha assim que ela entrou no apartamento.

— Eu estava em um pub, fui para lá depois do trabalho com as minhas amigas. — disse jogando as chaves na mesa de centro da sala de estar e conduzindo Alice em uma dança pela sala enquanto cantarolava.

— Pub, Emma? Você... Você estava bebendo? Emma, você prometeu que não usaria mais nada! — se aproximou dela para sentir o seu hálito.

— Eu não bebi nada, a não ser água tônica, ou seja, refrigerante.

— E porque você está assim? — perguntou se livrando dos braços de Emma.

— Assim como?

— Idiota, como quando você usava algo e ficava em outro mundo.

Aquilo fez Emma sorrir, Então é assim o estado pós Regina, pensou.

— Não se preocupe, quando chegar a sua vez, você também ficará assim.

— Minha vez? Oh, espera, você... Emma! — gritou — Quem é ela? — perguntou eufórica, sabia bem que a irmã não tinha estado ou se apaixonado por ninguém desde a operação, e também sabia que Emma tinha algo que parecia ser vergonha da cicatriz.

— Eu não disse que tinha alguém.

— É a Ruby? Ela é bem bonita, e a Granny adora a gente.

— Claro que não, Alice! — fez uma careta.

— Então só pode ser... A sua chefe. — falou aquilo com cuidado. — Você está gostando da sua chefe nova, por isso que estava toda boba no outro dia.

— Ei, eu não estava boba!

— Ai, é ela mesma! — disse animada dando pulinhos. — Mas ela tem um filho... Isso é perfeito para você!

— Allie, calma, agora é você quem está parecendo que usou algo.

— A mamãe vai soltar fogos.

— E é por isso mesmo que você não vai contar nada para ela, foi só um beijo, e eu não sei se terá outro ou se vai haver mais alguma coisa.

— Emma, essa cicatriz não é nada, na verdade acho ela muito maneira, se você não se irritasse, eu até diria aos meus amigos sobre ela, no mínimo me acharia mais legal, ou mais louca, enfim.

— Não quer cobrar cinco reais para eles verem ela também não?

— Gosto da ideia, acho ela super empreendedora.

— Idiota.

 

Regina chegou em casa carregada de bolsas e com Henry adormecido nos braços, depois de deixa-las todas no sofá, levou o filho para o quarto dele e o deitou na cama, ajeitou o travesseiro em baixo da sua cabeça, o cobriu com o cobertor e antes de apagar a luz lhe deixou um beijo na testa. Quando foi busca-lo, Granny contou que ele tinha se comportado muito bem. Quando apagou a luz, a galáxia fluorescente no forro do quarto se acendeu, e a lua no centro se destacou. Será que você aprovaria isso? Será que estaria irritada pelo que eu fiz? Será que você está mesmo olhando por nós como eu conto ao Henry que está?

Talvez algo tivesse mudado, ou fosse apenas o álcool no sangue, mas naquele momento Regina a afastou de sua mente, se sentia leve, e estranhamente alegre.

Tomou um banho onde deixou que a raiva do dia anterior e o que Emma tinha contado no bar descessem pelo ralo com a água, só conseguia pensar em uma coisa, na pele da fotógrafa contra a sua, nas mãos dela em seus cabelos e da língua dela em sua boca.

Como ela pode ser tão familiar sem nunca termos nos conhecido?

Saída do banho e vestindo uma camisola, foi na cozinha e pegou um dos biscoitos de Henry no armário, pegou o notebook e foi para cama. Enquanto comia e distraída derrubando farelos nas cobertas, seus dedos se moviam rápidos pelo teclado e touchpad, mesmo tento passado o dia trabalhando, não se sentia cansada, não mais, sua mente formigava, as ideias despontavam e afloravam.

Finalizou o arquivo, salvou e anexou em um e-mail, que tinha como assunto “Pauta da reunião de amanhã”, e envio para os funcionários da revista.

 

— Bom dia, Belle. — Gold disse entregando um buquê de flores a sua recepcionista, para depois pegar a sua mão e depositar um beijo no dorso.

— Bom dia, Sr. Gold. — com a face ruborizada, respondeu sorrindo.

— Gold — Jekyll se aproximou com os braços abertos e abraçou o feche lhe dando tapinhas nas costas. —, que falta faz você aqui.

— Nem fiquei tanto tempo longe, e depois de tantos anos, essa foi só uma semana para vocês respirarem.

— Você sabe que por mim não precisaríamos de nada disso, não sabe?!

— Mas eu precisava. — disse enquanto se caminhavam para a sala de reuniões.

Estavam todos se encaminhando para lá, seguindo as ordens contidas no arquivo anexado no e-mail que tinham lido em suas caixas de entrada pela manhã.

— Imagino que ela tenha mandado a revista finalizada para o senhor aprovar, antes de ter mandado para gráfica.

— Não, ela não me mandou, mas recebi um exemplar assim que cheguei aqui. — mostrou a revista em suas mãos.

— O senhor é o dono, deveria ter sido consultado sobre qualquer decisão a ser tomada. — falou demonstrando indignação.

— Não, eu não acho, Jekyll, Regina está aqui como editora chefe, ela tem total autonomia aqui dentro da revista. E a propósito, a edição está maravilhosa, e ela não precisou me consultar em nada para fazer boas escolhas.

Jekyll sorriu em resposta, quando na verdade preferia socar uma parede.

— Mas você precisava ver o caos que isso aqui virou, faltou internet e tudo aqui parou. E ela ligou apenas uma vez para a empresa e acho que seria o suficiente, você acredita?

 

— Linda as flores, Belle. — Regina falou animada ao passar pela recepção.

— Foi o Gol... O Sr. Gold quem trouxe.

— Hum, que bom que ele já chegou, todos já estão aí?

— Sim, sim. Estão apenas esperando por você.

— Você fez o que eu pedi?

— Claro, organizei tudo como de acordo com o que você dizia na mensagem.

— Obrigada.

— Bom dia, bom dia a todos. — Regina disse quando entrou na sala de reuniões, e todo os olhares se voltaram em sua direção, assim como aconteceu no seu primeiro dia, mas dessa vez ela controlava o seu próprio olhar para não buscar o de Emma — Gold. — afagou o ombro do amigo, que tinha deixado a cabeceira da mesa livre para ela, se sentando ao seu lado direito.

No momento em que colocou a sua pasta na pasta na mesa, percebeu que o seu esforço tinha sido em vão, Emma estava sentada na outra cabeceira da mesa, de frente para ela, que com o queixo apoiado em uma das mãos, tentava esconder um sorriso.

Enquanto Regina ajeitava as coisas na mesa, planner e canetas, sorria de cabeça baixa.

— Como é de conhecimento de todos e a agora do Gold, nós tivemos alguns atrasos com a publicação dessa edição semanal devido a problemas com um dos cabos e ficamos sem internet, o que dificultou a realização do nosso trabalho e por isso tivemos que fazer serões, ficando aqui até mais tarde, então, meu muito obrigado a todos pela disponibilidade pelo e empenho. — falou olhando nos olhos de cada um e convocando o seu buda interior quando o seu olhar recaiu sobre Jekyll e Kristin, que estavam sentados um ao lado do outro.

A sua vontade era contar a Gold o que eles tinham feito ou de puni-los era imensa, mas não mentiu quando disse no pub para Emma que não queria envolve-la naquilo e nem deçixa-la mal com os colegas.

— Quando aos números de venda, só poderemos saber ao final do dia. Mas agora eu gostaria de saber o que você, Gold, tem a dizer na nossa edição.

— A verdade, Regina, é que eu gostaria de ter alguma coisa para falar, uma cor muito intensa, uma foto que poderia ser tirada de outro ângulo ou algum texto que poderia ter sido melhor escrito. — disse rindo, e os outros o acompanharam. — Mas eu não tenho nada o que questionar ou criticar.

Emma que olhava pelo canto olho para Jekyll e Kristin enquanto Gold falava, pôde jurar ter visto os seus rostos adotarem um tom verde de inveja.

— Mas eu já sabia que seria assim — continuou com a sua mão sobre a de Regina. —, esse foi o motivo de eu ter pensando em você para o cargo, Regina.

Indigestão, a expressão no rosto de Jekyll era a de quem estava tendo uma maldita indigestão, Emma decidiu.

— Sobre o acontecimento da internet, isso acontece, é algo que está um pouco fora do nosso controle, não somos técnicos de TI, não é mesmo?

— Obrigada Gold. — sorriu para ele. — Bom, além dessas considerações, o motivo de e ter marcado essa reunião e que estava na pauta que mandei anexado no e-mail para vocês, é a edição do dia das mulheres. No ano passado eu já estava trabalhando com o Gold e fazendo a edição final da revista, mas para esse ano tenho pensado em algo diferente. Quero trazer empoderamento feminino, possibilitar um local de fala para nós mulheres, não iremos camuflar a realidade feminina quando nós sabemos que aqui nessa selava de pedra as coisas são bem diferentes do que é mostrado nos comerciais felizes de absorventes de camomila com abas.

A medida com que Regina ia falando, uma apresentação em power point era mostrada na tela de projeção retrátil, com um controle ela ia passando os slides e com auxílio de um laser vermelho apontava para coisas que ela queria que eles se atentassem.

— Para as entrevistas, quero que sejam feitas com mulheres que hoje são consideras influentes, que através de seus esforços cresceram e são reconhecidas. Pensei na Victoria Belfrey, dona de grandes condomínios em Boston, as irmãs Arandelle, Elsa e Anna, com os seus chocolates que hoje estão no mesmo patamar do belga, Hua Mulan que é a responsável por administrar a filial chinesa do fabricante de armas para o governo, Dorothy Gale com os seus sapatos anatomicamente mágicos e Úrsula Sea, maior distribuidora de mariscos e afins do US.

Que mulher, meu Deus, que mulher, Emma pensava, era disso que a revista precisava, alguém que tivesse visão de mundo.

— Seria um prazer entrevistar todas elas, são mulheres que tem prosperado cada vez mais com os seus negócios. — Killian disse se debruçando um pouco sobre a mesa, empolgado demais para o gosto de Emma.

— Killian, na verdade eu quero que a Lucca faça essa matéria. — Ruby fez um sinal de yes com as mãos. — Você Killian, te quero fazendo as reportagens nas ruas, indagando à opinião pública questões como igualdade salarial por exemplo. Você pode criar mais questões como essas, mas peço que me mande antes, e o mesmo serve para você, Ruby, também pode procurar mais empreendedoras.

— Claro, pode deixar. — Ruby disse tomando nota em sua agenda.

— Quanto a campanha de moda, tem uma marca de roupas que entrou em contanto comigo assim que soube do cargo que assumi aqui, ela veste do 36 ao 62, Cruella. Para essa edição eu quero um casting diversificado Jekyll, e para o layout, sem rosa ou lilás Kristin. Emma, quero fotos reais, porque pessoas reais tem celulites e estrias, possivelmente tenham menos por serem modelos, mas ainda sim são todas humanas.

— Vou tratar apenas luz, contraste e cor, coisas básicas para melhoramento de imagem.

Era entusiasmante a animação com a qual Regina falava, ela se empolgava e gesticulava enquanto contava sobre todas as suas ideias e mostrava os slides que tinha feito. Havia paixão em tudo o que ela dizia ou fazia, o que deixava Emma encantada.

— Por fim, tenho algo que ainda precisa ser amadurecido, mas acredito que tem potencial para título de capa, a hashtag #nãoéminhaobrigação.

E nesse momento no slide começaram a aparecer frases como “Não é obrigação da mulher sofrer assédio sexual”, “Não é obrigação da mulher flertar com um cliente para garantir um negócio”, “Não é obrigação da mulher não ser considerada para uma promoção após voltar de uma licença-maternidade”, e “Não é obrigação da mulher ser dócil”.

— Além da questão social que é incorporada a isso, essa hashtag tem condições de se tornar um viral com outras mulheres compartilhando nas redes sociais coisas que elas não obrigadas a fazer, mas que são estereótipos empregados e que muitas ainda precisam lidar com isso. Sei que isso precisa ser trabalhado e eu estou aberta a qualquer ideia que vocês tenham para essa campanha.

— Eu achei essa ideia maravilhosa, Regina — Ruby se pronunciou. —, eu mesma já estou pensando na minha hashtag.

— Que bom, Ruby. — sorriu mostrando os dentes. — Gold?

— Para mim vocês podem começar a trabalhar nela agora mesmo.

Do outro lado da mesa, Regina viu a mão de Emma se erguer tímida.

— Swan?

— Sei que não sou da parte de criação de textos, mas eu acho que cada uma de nós pode criar uma hashtag baseada no estereótipo que encontramos em nossas áreas de atuação, e depois você pode escolher as melhores para fazerem parte do corpo da revista e as demais para a campanha e divulgação online. Não sei se é uma ideia muito boa, mas...

— Na verdade é genial, Emma, e contribui para o que eu quero, uma edição com participação máxima feminina. Cruella, Ruby e Kristin, repassem isso para todas que compõem os seus setores, e depois vocês me repassam os culminados. E por favor, Swan, fale mais vezes.

Emma corou no mesmo instante enquanto acenava em positivo com a cabeça.

Todos concordaram, e quando a reunião foi encerrada, Regina pediu que Emma permanecesse na sala.

Sem imaginar sobre o que ela queria falar e ainda sim pensando em tudo, Emma se aproximou de Regina, que ainda estava sentada e guardava as suas coisas na pasta.

— Em que posso ser útil? Mais alguma recomendação para o catálogo? Ou sobre o nosso beijo? — guardou a última pergunta para si.

— Mais ou menos isso. — disse ao se levantar e perceber que Emma estava perto demais. — Eu... — tão perto quanto estava quando se beijaram. — Eu preciso que tire fotos das representantes de cada setor aqui da revista.

— Ruby, Cruella e Kristin? — perguntou com cara de quem não estava entendo nada.

— E você.

— Eu posso perguntar para que?

— Pode. É para a homenagem do dia das mulheres, ah, e elas não podem saber para que são essas fotos. Também deveria ser segredo para você, mas daí eu não conseguiria boas fotos. — riu sem jeito.

— Tudo bem, e se elas perguntarem para o que são, digo que são para a atualização de cadastro.

— Ótimo. Quando você estiver com elas, mande direto para mim, porque depois que a Kristin fizer o layout da revista e me entregar, eu adiciono as fotos e o texto em uma parte em especial.

— Não vai ter foto sua, Regina?

— Não, é uma homenagem minha para vocês, e que apesar dos pesares, é importante que haja sororidade, pelo menos de uma das partes.

Estava decidido, Emma admirava aquela mulher.

— Certo, então assim que eu tiver as fotos mando para o seu e-mail. É... você chegou bem em casa ontem?

— Cheguei sim, deixei a Ruby e peguei o Henry dormindo já. E você com a Cruella?

— Ela deu um pouco de trabalho, achei até que fosse vomitar no meu carro, mas deu tudo certo.

— Que bom. — disse sorrindo.

Sem que percebessem, o espaço que existia entre elas ia diminuindo cada vez que falavam, a respiração desritmada de Regina era visível para Emma, enquanto o seu próprio coração batia cada vez mais acelerado.

— Eu... eu... — Regina começou a dizer.

— Tem razão, é melhor eu começar a trabalhar. — Emma se adiantou.

— É, todos temos muito o que fazer.

 

Todos começaram os seus trabalhos e a semana logo se viu cheia, Regina começou a receber partes das entrevistas de Ruby e reportagens de Killian, e ficava cada vez mais animada com o que via, as respostas dadas e asa colocações feitas pelas mulheres participantes e pelas hashtags.

Emma e Regina tinham se encontrado e falado apenas sobre a fotos e cenários, não tinham tipo espaço para falarem sobre outra coisa, pois todas as conversas aconteceram na companhia de Cruella, já que as roupas e joias não deveriam ser ofuscadas por nenhum elemento do plano de fundo, pelo menos até aquele momento.

— Regina? — Emma bateu na porta e entrou antes de ouvir um “pode entrar”.

— Ah, oi Emma. — falou tirando o olhar da tela do computador.

— Estou atrapalhando?

— Não, pode entrar, senta aí. Alguma ideia para a edição?

— Na verdade sim. É sobre a sua hashtag, eu queria propor uma.

— Pode falar, sou toda ouvidos.

— Não sou obrigada a gostar de homens. — gargalharam.

— Acho que a minha vai ser: Não sou obrigada a aturar homem escroto.

— Acho que essa tem potencial para vir na capa. — Emma disse enxugando canto do olho.

— Vou considerar isso.

— É... Regina, eu posso te perguntar uma coisa?

— É sobre a revista?

— Não.

— É sobre ontem?

— É.

— Então não.

— Oh, eu... eu... me desculpa.

— Não Emma, eu estava brincando. — se justificou de pressa. — Pode perguntar o que você quiser. — mordeu o lábio inferior.

— Ah, ok. — esfregou a nuca.

— Desculpa, eu não achei que eu fosse soar tão séria. Pode voltar a respirar, Emma

— Eu que não percebi a ironia. — tentou soltar o ar o mais devagar que pôde, para não parecer que tinha ficado tão envergonhada.

— Mas o que você quer me perguntar? — tirou os óculos de leitura e se debruçou um pouco sobre a mesa.

— É... eu só queria saber se você... — para de gaguejar, Emma! — Se você quer fingir que aquilo não aconteceu, porque se você quiser está ok para mim também, você tinha bebido e podia estar só um pouco alterada.

Não era aquilo que Emma realmente queria, a verdade era que ela estava dando uma chance para Regina poder deixar claro que aquilo não foi nada, para que Emma pudesse dizer a si mesma para parar de ficar nervosa ou fantasiar.

Emma Swan se sentia insegura, mesmo querendo mostrar tudo o que tinha a Regina, tinha medo de que ela se assustasse com que o visse.

— Emma, eu... Você quer que eu esqueça, que eu finja que aquilo não aconteceu, que eu não beijei você?

— Ei, não vale jogar a pergunta de volta para mim!

— Eu acho que as pessoas não costumam fazer esse tipo de pergunta, Swan, no geral deixam rolar para ver no que pode dar, ou então eu estou muito desatualizada, o que também pode ser possível. E talvez eu esteja falando demais sem me ouvir também.

— Acho que nós duas estamos. Mas e então? — mexeu no dedos das mãos.

— De verdade? Eu não sei, eu queria dizer que aquilo foi só um beijo e que você não deveria se preocupar com isso, mas... Mas eu não sei, e talvez eu esteja parecendo ser intensa demais e assustando você, mas eu só queria dizer que eu quero Emma, quero ver onde isso pode dar, só que sem alarde aqui dentro, eu estou chegando agora e você sabe, ou acho que sabe... Eu só queria ir com calma, e se você quiser também, é claro.

Rápidas e um pouco confusas, as palavras saíram da sua boca, e só então Regina se deu conta do que estava dizendo, estava se propondo a conhecer alguém, a ficar com alguém, alguém que não era a sua esposa.

Que eu não esteja dizendo idiotices, que eu não esteja dizendo idiotices, Regina suplicava no tempo que levou para Emma dar a sua resposta.

— E eu também... eu também Regina, eu só não queria acabar estando nisso sozinha. — confessou — E foi por isso que eu perguntei, mas agora eu sinto que as pessoas não fazem mais o que eu fiz hoje. — afim de encobrir a sua vulnerabilidade momentânea, completou.

Emma riu de nervoso, era exatamente o que ela queria, e ouvindo de Regina as mesmas preocupações as quais também tinha, expirou o ar aliviada.

— Faz um tempo que eu estou fora disso, então eu também não sei, talvez eu deva perguntar a minha sobrinha. — riu.

Emma abriu a boca para dizer que também iria perguntar a sua irmã, mas na bateram na porta da sala.

— Desculpa. — Regina disse movendo os lábios, mas sem emitir som. — Pode entrar.

— Regina eu... — Ruby começou a dizer quando entrou na sala. — Ah, eu não sabia que você estava ocupada.

— Eu e a Swan já terminado, não foi Emma?

— Sim, foi sim. — Emma respondeu.

— Estávamos falando sobre a hashtag, você também tem alguma ideia?

— Tenho, são sobre as entrevistas que faltam, e eu também tenho mais alguns nomes de mulheres de outras áreas.  — Ruby sentia que tinha atrapalhado alguma coisa pelo clima no qual a sala estava imersa, mas preferiu fingir que não tinha percebido nada.

— Bom, eu já vou. — Emma de pôs de pé. — Vou acertar com a Cruella os últimos detalhes dos cenários para as fotos da coleção de roupas. Tchau Ruby, Tchau Regina — acenou um pouco boba demais e saiu da sala.


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Notas finais do capítulo

O capítulo nove será a continuação da montagem da revista para o dia das mulheres, e nele teremos a little fight -porque eu sou bilíngue - entre Regina e Jekyll e também teremos mais Swan Queen.
Ah, muuito obrigado por os comentários, é de aquecer o coração as palavras de vocês.
Encontro vocês na semana que vem nesse mesmo batcanal, beeijo



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