Heartbeat escrita por Ana


Capítulo 1
The last and first heartbeat


Notas iniciais do capítulo

Depois de back to home, estou voltando com mais uma fanfic, e estou tão empolgada com os plots que venho criando para ela que não consegui esperar até o final do período para postar. Espero que gostem e que também se envolvam com a história.
Tenham uma boa leitura!



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Os sites de notícias e noticiários de rádio e TV não falavam em outra coisa, todos haviam interrompido as suas programações normais para transmitirem informações sobre o acidente acontecido na 15th Avenue. Com a pista molhada por causa da neve, um caminhão tipo toco semi-pesado derrapou na pista ao tentar frear em um sinal vermelho, atingindo um carro de frente e só parando em uma encruzilhada entre duas ruas, onde uma moto se chocou contra a lateral da carroceria, praticamente entrando de baixo dela.

— Como que está a nossa filha, doutora? — Mary perguntou assim que a médica se aproximou.

— A filha de vocês quebrou o braço, sofreu uma fratura na cabeça de fêmur e teve mais algumas costelas quebradas, mas nenhum órgão foi perfurado. Todas essas coisas que podem ser resolvidas cirurgicamente pela ortopedia.

— Então ela vai ficar bem. — disse esperançosa.

— Sinto dizer que isso não é tudo, ela teve duas paradas cardíacas depois que deu entrada no hospital, o hemograma indicou um alto teor de substâncias ilícitas no organismo, substâncias presentes em drogas como ópio, cocaína e heroína, além de álcool.

David que abraçava a filha mais nova, tentou fazer o mesmo com a esposa, mas nervosa como estava, Mary quebrou o contato.

— Não! Não... A Emma disse que tinha parado, que... E como é que ela está? Ela não está... Não está...?

— Não — se apreçou em dizer — mas o estado dela é grave. Devido às drogas e ao acidente, ela entrou em um quadro de colapso cardíaco, e que está se agravando e levando a falência o coração. A filha de vocês nesse momento está ligada a um aparelho que faz o papel do órgão, ele bombeia o sangue para os outros órgãos e tecidos.

— Não... — se virou para David e escondeu o rosto em seu peito.

— E... E qual é a opção da nossa filha, doutora? — apenas a hipótese de perder alguém, uma de suas filhas, já era o suficiente para sentir um pedaço seu ser arrancado. David também queria colo, queria se esconder, mas precisava se manter firme, por Emma, Alice, Mary e por ele mesmo.

— Um transplante de coração. Nós já a colocamos na lista de transplante, mas tem um porém, o fato de ser usuária não a coloca no topo da lista. Mas caso apareça algum coração compatível na cidade ou arredores e não tenha nenhum outro paciente, será dela.

— Então eu tenho que esperar que outra pessoa morra para que a minha filha tenha a chance de viver, é isso? — Mary perguntou com o rosto lavado em lágrimas.

Enquanto esperavam a filha ser transferida para o quarto, os Swans foram a capela. Em um pranto copioso Mary implorou a Deus que salvasse a vida da sua filha, e jurou que se ele lhe desse mais essa chance, jamais deixaria que ela se envolvesse com aquele tipo de coisa novamente. David dizia que ela não tinha culpa, havia sido uma escolha errada de Emma, mas em seu coração de mãe sentia que havia errado, que podia ter feito algo diferente, que deveria tê-la internado na primeira vez que ela apareceu alterada...

Tantos "e se" lhe surgiam a mente, e se não tivesse deixado ela ser tão livre? E se tivesse sido mais dura ou rigorosa? Será que ainda assim estariam ali, tão perto de perde-la?

Quando Emma foi levada para o quarto, sua mãe permaneceu ao seu lado, e disse que não sairia dali até que ela acordasse, enquanto David levou Alice para dormir em casa. Dirigindo, sua mente divagava, ia até a última vez em que tinha visto a filha bem, dizia para Mary não se culpar, mas se ele tivesse conseguido manter a filha em casa, se não tivesse deixado ela sair daquele jeito...

Mary viu o sol nascer por entre as brechas das persianas, durante a noite inteira se manteve sentada ao lado da filha, orando baixinho e velando o seu sono, como fazia quando ela era criança. Médicos vieram, fizeram avaliações, mas ela se mantinha no mesmo estado, instável, depende de máquinas e sem a sombra de um coração novo.

 

— Cadê a minha esposa e o meu filho? Onde eles estão? Eu preciso ver eles. — Regina chegou desesperada à recepção do hospital. Há poucos minutos estava em casa preparando o jantar para família quando o seu celular tocou e aquele telefonema lhe trouxera a pior notícia de sua vida. Naquele instante o chão faltou sob os seus pés, os seus pulmões expeliram todo o ar de dentro, tornando impossível que ele voltasse a entrar, sua mente nublou e tudo que conseguiu sentir foi dor.

— Calma, a senhora precisa se acalmar. — a enfermeira tocou em seu braço como modo de apaziguá-la, mas o que surtiu efeito contrário quando Regina o puxou.

— Onde eles estão? — vociferou. Precisava vê-los, saber que estavam bem

Acostumada com aquele tipo de situação, não questionou a atitude a mulher, sabia o quão fora de si e abaladas as pessoas poderiam ficar sob aquelas circunstâncias.

— Dr. Wale, por favor. — chamou o médico que trocava umas rápidas palavras com outra colega.

— Sim.

— Essa é a esposa da sua paciente.

— Ah, claro. Você é...

— Mills, Regina Mills. Como que ela está? Ela está bem, não é? E o meu filho?

— O menino está bem, ele já foi atendido, teve apenas algumas escoriações, alguns cortes por causa dos pedaços do vidro do para-brisa, mas já fizemos os curativos, o cinto e cadeirinha o mantiveram no lugar.

Parte do peso que Regina carregava no peito havia cedido, o seu garoto estava bem, estava a salvo, mas ter deixando para falar sobre ela depois, não lhe pareceu ser um bom presságio.

— E ela? — as lágrimas se acumulavam na borda dos seus olhos nublando a sua visão, tudo parecia difuso, fora de foco, fora da sua realidade, ainda tinha esperança de acordar daquele pesadelo.

— O carro da sua esposa colidiu de frente com o caminhão, o airbag não foi suficiente para conter o impacto da batida, e ela atravessou o para-brisa e se chocou diretamente contra o caminhão, ela teve traumatismo cranio-encefálico, houve comprometimento das meninges e do cérebro em si com a formação de coágulos grandes. Nesse momento ela está sendo preparada para subir para centro cirúrgico.

— Por favor, salva a minha esposa. — não era um pedido, era uma suplica.

— Eu farei tudo que estiver ao meu alcance, tudo. Por favor, leve-a para ver o filho, a avaliação dele foi ótima, mas ele está precisando de uma das mães.

Regina nem precisou entrar no quarto para reconhecer aquele choro, ainda estava a alguns metros de distância quando ouviu o pranto do filho. Correu até o quarto e o pegou dos braços de uma enfermeira de uniforme cor de rosa que tentava acalmá-lo.

— Henry!  — o abraçou forte. Queria guardar ele dentro do seu peito, impedir que a inconstância do mundo o atingisse de novo, que machucasse ele.

— Dodói, mamãe. — mostrou o curativo em um dos bracinhos, e depois apontou para própria testa, onde também havia outro.

— Tá doendo filho? — o seu olhar corria rápido pelo menino, procurando machucados, tentando ver se ele realmente estava bem

— Uhum. — ele fez um biquinho com os olhos castanhos claro cheio de lágrimas. Regina deu um beijo em cada curativo, e em outros arranhões que ele tinha.

— Vai sarar logo, eu te prometo.

Deitou a cabecinha dele em seu ombro enquanto o balançava, e continuou assim, tão compenetrada, que se assustou quando a enfermeira tocou em seu braço.

— O-oi.

— Estava dizendo que a senhora pode deitar ele, e deitar junto se quiser.

— Não. — apertou o garoto ainda mais nos braços — Eu estou esperando notícias da minha esposa. — fungou.

— Bom, creio que assim que terminar o Dr. Wale virá avisar. — Regina assentiu com a cabeça — Ah, tem máquinas de comida nos corredores, a mais próxima fica perto da capela, caso queira algo.

Saiu do quarto e caminhou à esmo com o filho nos braços, não procurava a máquina de comida, nem sequer pensava em comida ou sentia fome. Sua esposa estava com a cabeça aberta em algum lugar daquele hospital, enquanto o seu filho que dormia nos seus braços estava todo machucado. Passou por médios, por enfermeiras com pacientes, e por muitas portas, mas uma em especial fez com que parasse. O portal largo e sem porta dava para uma sala com iluminação amarelada, diferente de todo o hospital, não era muito grande, tinha alguns bancos de madeira, um altar com velas acesas que bruxelavam sombras nas paredes, e uma grande cruz de madeira no fundo. Nunca fora religiosa ou de estar em igrejas, mas sabia que deveria existir algo maior, algo ou alguém acima de tudo e de todos, porque se tudo que existia era só aquilo que se desenrolava diante dos seus olhos, aquele era um mundo perturbador e cheio de dor.

Se sentiu impelida a entrar na capela, caminhou por o corredor formado por as duas fileiras de bancos, se sentou no primeiro e ajeitou Henry nos braços, de modo que agora ele ficasse deitado. De frente para o altar se desmontou, todas as suas peças caíram de uma vez em um choro dolorido, amedrontado e temeroso.

— Tem alguém aí? Alguém que realmente olha por nós, e que julga os bons e os ruins? — sussurrou com os lábios trêmulos enquanto as lágrimas vertiam — Por favor, não desampara a gente, não tira ela de mim, de nós dois. — olhou para o menino que dormia aconchegado em seu colo e alheio a tudo que acontecia. Algumas das lágrimas que escorriam do rosto de Regina caiam molhando a franja que cobria a testa do garoto — eu te imploro, por tudo que há de mais sagrado nesse mundo. Eu sou uma pecadora e não mereço nenhuma graça que possa vir de cima, mas e ele? É a mãe dele. — a frase terminou muda.

Parecia haver uma mão dentro do seu peito que apertava o seu coração toda vez que respirava.

Ouviu algumas vozes na capela e sombras se formaram sobre ao altar, mas permaneceu como estava, imersa em sua dor, enquanto ninava o seu filho e esperava que Deus a ouvisse.

— Regina? — sentiu uma mão quente pousar sobre o seu ombro.

— Dr. Wale, como ela está? — levantou de sobressalto.

— Ela está no quarto agora, você pode ir ficar com ela.

As pernas de Regina falharam ao ver esposa inconsciente, muito mais machucada que Henry, com uma bandagem enfeixando a cabeça e fios saindo de muitos lugares e se ligando a máquinas que apitavam e emitiam bipes constantes.

— Quando que ela vai acordar?

— O efeito do sedativo deve passar em três ou quatro horas.

— E então ela vai acordar?!

— É o que nós esperamos que aconteça. Ela teve algumas lesões graves, mas precisamos esperar que o efeito da sedação passe primeiro.

Deixada sozinha pelo médico, colocou Henry na cama do acompanhante para que ele ficasse mais confortável, e se manteve de pé. Conversava com a esposa, pedia que ela fosse forte, que lutasse para viver, que acordasse e que lhe lançasse um sorriso tão radiante quanto o próprio Sol. Caminhou pelo quarto, viu as horas passarem e os ponteiros girarem em um relógio de parede, viu enfermeiras entrarem, olharem os aparelhos e trocarem o soro.

Era por volta de três da manhã quando o médico voltou ao quarto, exatamente quatro horas depois. Disse a Regina que iria fazer alguns exames, e os fez enquanto ela assistia e as suas unhas pagavam o preço.

— E então...? — perguntou ansiosa depois que ele anotou algumas coisas na ficha.

— Eu vou repetir esses testes amanhã, de fato ainda é cedo, o corpo dela passou por muito estresse nas últimas horas, vamos deixar ela descansar.

Ela parecia estar dormindo, apesar dos machucados parecia dormir um sono tranquilo e estar tendo bons sonhos. A sua aparência era etérea, e Regina se perguntou se ele ainda estava ali.

A manhã chegou à duras penas, não havia pregado os olhos, da janela do quarto viu o estacionamento do hospital esvaziar e encher, ambulâncias chegarem e saírem. Henry acordou chorando procurando a outra mãe, e quando Regina a mostrou ali, deitada, ele mandou que ela acordasse: — Levantar, mamãe.

— Ela vai dormir mais um pouquinho, porque ela está muito cansada, tá bem?

— Foi o minhão?

— Caminhão? — ele afirmou com a cabeça. — Foi ele sim, filho, foi ele sim...

Quando o médico chegou, veio com uma enfermeira que trouxe um carrinho com o café da manhã, afirmou ter leite e mingau para o menino, que o tomou avidamente, Regina deveria ter imaginado que ele estava com fome, mas a sua cabeça estava tão longe...

— Aqui no hospital tem um berçário, é para filhos de funcionários, mas ele pode ficar lá.

— Não, eu acho melhor não.

— Vão trocar a frauda dele e ele vai pode ficar com outras crianças, lá nem vai parecer que ele está um hospital.

— É, Regina. — o médio tocou em que ombro.

— Você quer ir, quer ir brincar Henry?

A palavra brincar acionou um gatilho no menino que antes mesmo de responder ele já estava fazendo força para ir para o chão. Pela a porta aberta ficou olhando o filho se afastar segurando na mão da enfermeira e caminhando ao dela, até sumirem em uma curva.

Ficou gravitando em volta enquanto médico repetia os mesmos exames que tinha feito na madrugada, alguns que ela não reconheceu levaram mais tempo. Tentava ler algo na expressão dele enquanto fazia os procedimentos, mas ela nada dizia.

— Regina, quando eu fiz os exames, os resultados deles não foram tão bons, por isso achei sensato repetir agora pela manhã, daria um tempo a mais para ela descasar e se recuperar, como eu te disse.

— E os resultados melhoraram?

— Eles se mantiveram, e todos apontam para o mesmo diagnóstico.

— Qual? — perguntou temendo a resposta que receberia.

— Morte cerebral. — falou complacente.

— Não! Ela vai acordar, você disse que o corpo dela precisava se recuperar, que ela precisava descansar. Ela só precisa de mais tempo, é isso!

— Todos os exames feitos condizem com isso, não há reflexo da pupila, reflexo da córnea, ela não responde a estímulos oculomotores, calóricos, dolorosos ou estímulos de tosse.

— Mas ela continua respirando, eu vejo o peito dela subindo e descendo!

— São os aparelhos que estão fazendo isso, não há nenhum tipo de atividade cerebral, os eletrodos não captaram nenhuma ação elétrica ou propagação de impulsos nervosos, e sem o sistema nervoso central funcionando, todos os órgãos entram em falência.

— Então se desligarem...

— Vai demorar um pouco, ainda vai haver batimento por um tempo, devido ao sistema nervoso autônomo, mas vai parar.

Regina ficou estática, perdida, enquanto nos olhos cansados as lágrimas tornavam a se acumularem e escorrerem.

— Tem mais uma coisa... — suspirou. Aquela era sempre a parte mais difícil — Está na ficha médica dela que ela é doadora de órgãos, mas nós só podemos fazer isso com a sua permissão.

— Vocês querem abri-la, é isso? Tirar tudo de dentro dela? — gritou histérica.

— Não é bem assim — usou um tom de voz calmo — a sua esposa decidiu ser doadora por acreditar que ela poderia salvar outras pessoas, mesmo quando não estivesse mais aqui. Ela poderia salvar no mínimo mais outras seis pessoas, isso daria significado a fatalidade que aconteceu com ela, não seria em vão.

— Eu quero o meu filho, agora!

— Vou mandar que tragam ele, e vou te deixar sozinha para que pense sobre o assunto.

— Era eu quem deveria ter ido pegar o Henry na creche ontem. — se debruçou sobre o corpo da esposa enquanto lágrimas grosas rolavam de seus olhos. Se culpava e arranjava maneiras em sua cabeça de ter evitado aquilo — Porque eu não viria por aquele caminho, eu quase nunca passo por ali, e então você estaria aqui, estaria aqui de verdade. Por favor, acorda, você tem que acordar, você que seria a sogra legal enquanto eu seria a ciumenta e chata, lembra? Eu não posso fazer isso sozinha, eu não consigo, por favor meu amor, acorda.

— Mamãe. — o garotinho chamou quando a enfermeira o trouxe.

— Oi. — limpou o rosto com as mãos e o pegou dos braços dela.

— Ainda tá mimindo? — ele perguntou quando Regina o sentou na beirada da cama, ao lado da mãe.

— Eu acho que não.

— Não? — olhou confuso para mãe — Corda mamãe, corda. — enquanto dizia, a cutucava. Ele não entendia porque a sua mãe dormia tanto, quando era ela quem sempre estava de pé quando ele acordava, sorrindo e o pegando nos braços. — Corda mamãe.

— Para filho. — pegou a mãozinha dele — O médico disse que ela não vai acordar.

— Não?

— Hum-hum. A mamãe não está mais aqui, não de verdade, não o que tronava ela, ela mesma. — não esperava que o menino entendesse nada daquilo, e também não sabia se dizia aquilo para ele ou para confortar a si mesma, e aceitar que a pessoa que amava não estava mais ali.

— Chéu?

— É, igual ao peixinho do aquário. Você lembra dele, não lembra? — ele balançou a cabecinha. — Ela virou uma estrelinha lá em cima, filho, lá no céu.

— Esteinha? — perguntou olhando pela janela enquanto a sua mãozinha se soltou da de Regina e pousou sobre a da mãe, ficando ali.

— Uhum.

— Úa.

— Lua? Ela virou a lua, filho?

— Uhum, no chéu.

Quando o Dr. Walle voltou, Regina decidiu que assinaria a autorização para o desligamento das máquinas e a doação dos órgãos, se ela havia colocado aquilo na fixa, é porque queria, era o seu desejo de alguma forma ajudar outras pessoas, e a conhecendo bem como conhecia, era aquilo que faria se pudesse opinar.

Pulmões, rins, córneas, fígado, pâncreas, coração... Doeu ler que todas aquelas coisas seriam tiradas dela, se sentia em frangalhos, destruída, esgotada, sua melhor parte havia deixado de existir, ao menos na terra, porque agora ela os olhava de cima, agora ela era a lua.

Com Henry, Regina se manteve ao lado dela depois que os aparelhos foram desligados e os bipes param, durou menos tempo do que ela esperava até que os batimentos mostrados no monitor cardíaco começaram a cair, e menos ainda até se tornarem uma linha contínua. O coração dela havia parado, e de certa forma, o de Regina também.

— Tau mamãe.

Quando você começa uma família, decide ter filhos, compra uma casa e coloca um balanço na varanda, você espera que ela dure para sempre, que sempre haja amor, e que a idade os alcancem juntos, ninguém espera ser deixada daquela maneira e ter os seus planos e sonhos arrancados dos seus braços, enquanto você grita, esperneia e chora, tentando os agarrar de volta, implorando para que não sejam tomados

 

Quando a médica voltou, estavam todos no quarto, Alice sentada com as pernas para fora da cama do acompanhante enquanto via os pais montarem guarda ao redor da cama da irmã. Evitavam especular o pior na frente dela, mas ela sabia o que podia acontecer.

— Bom, tenho algumas notícias para vocês, a primeira é que o caso da Emma tem se agravado, aumentando a urgência do transplante, e a segunda é que nós conseguimos um coração para ela.

— Ai meu Deus. Ele está vindo de longe? Vai demorar? — Mary disparou a falar.

— Não podemos dar detalhes sobre a doação ou o doador por causa da política de doação de órgãos, mas para a sorte dela, ele está aqui no hospital, e já está sendo preparado para a doação, vamos leva-la agora para o centro cirúrgico.

 


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Notas finais do capítulo

Foi esse o nosso primeiro capítulo.
Ainda não sei qual será a frequência de atualizações, então peço que tenham um pouquinho só de paciência.
Agora é com vocês, me deixem saber o que vocês acharam e quais são as suas primeiras impressões.
Beeijooos

tt: @xnxruth



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