— Fique calma! - tocou em meu rosto. - Ninguém pode te ver desse modo ainda mais por um homem que não vale a pena! - nisso ela tinha total razão. - Eu te ajudo, mas terá que esquecer aquele homem e se afastar ou não te ajudarei em nada! - a voz dela era firme e eu sabia que ela era a única pessoa em quem poderia contar e naquele momento aceitei suas condições Frederico não era para mim nunca tinha sido e agora eu tinha a plena certeza disso e ele me pagaria com sangue aquela noite...

(...)

ALGUMAS HORAS DEPOIS...

Cristina passou metade de seu dia no quarto e quando por fim saiu do quarto deu de cara com Frederico, sentiu o ódio corroer no lugar de seu sangue, mas nada disse ou demonstrou e apenas caminhou para descer, mas ele a segurou a olhando nos olhos com culpa e percebia que ela tinha chorado muito. Cristina puxou o braço e ele suspirou.

— Precisamos conversar! - falou com calma.

— Não temos nada o que conversar e a partir desse momento não você está fora de minha vida! - virou para ir, mas ele a puxou chocando seus corpos.

— Cristina...

Ela o empurrou se afastando dele e passou a mão nos cabelo.

— Traição se paga com traição, Frederico! - e sem mais ela saiu dali o deixando sem saber o que fazer.

Ela estava certa traição se pagava com traição e ele temeu pelo que ela poderia fazer e caminhou para ir atrás dela, mas ao chegar ao pé da escada a viu beijando Francisco com ganas de devorá-lo ali no meio da sala e ele respirou fundo apenas observando os dois.

— Que saudades desses beijos, meu amor! - sorriu e ela sorriu de volta a ele.

— Vamos sair de viagem? - deitou no peito dele. - Apenas alguns dias somente para nós dois? - ele a segurou em seus braços.

— Preciso ver como será na empresa meu amor ai podemos ir sim! - beijou os cabelos dela mesmo com problemas ele a amava e sabia disso.

— Resolva seus problemas e podemos ir em dois dias! - o olhou sorrindo, mas por dentro estava desgarrada.

— Tudo que quiser, meu amor! - a beijou mais e logo foi chamado por um dos empregados e ele saiu.

Cristina virou e ao olhar para cima deu de cara com ele que negou com a cabeça e ela tinha o mais frio dos olhares para ele dedilhando a pequena mesinha que ali tinha e o colar que tinha em seu pescoço que era o que ele tinha dado a ela arrancou estourando a pulseira e deixou escorrer por seus dedos saindo dali. Frederico entendeu naquele momento que tinha feito a pior escolha de sua vida porque ele tinha a certeza de seu amor por Cristina, mas tinha escolhido o pior modo de magoá-la.

Não teve coragem de descer e pegar o colar e apenas voltou para seu quarto e Maria ali surgiu atrás dele e apenas o viu ir e desistiu de ir atrás dele e caminhou pela pequena sala e pisou no colar e abaixou o pegando e subiu para seu quarto devolveria a Cristina na hora do jantar. E assim as horas se foram e todos sentaram a mesa para jantar estava um completo silencio até que Maria que era a mais feliz ali disse:

— Cris, seu colar estava caído na sala! - tirou do bolso mostrando a ela. - Mas terá que mandar arrumar.

Cristina a olhou os olhos já não carregavam mais o brilho de antes e ela suspirou dizendo.

— Fique com ele. - Frederico a olhou no mesmo momento ela não poderia estar fazendo aquilo. - Ele simboliza a pureza de um momento! - deixou o guardanapo sobre a mesa. - Estou me sentindo mal, se me dão licença. - ela se levantou e saiu dali deixando todos a olhando sumir pelo corredor.

Maria sorria com seu presente sempre tinha admirado aquele colar e agora era dela, Frederico a olhava com o coração desgarrado tinha feito sua pior escolha, mas agora não tinha como voltar atrás.