7 fatos sobre Lily Evans escrita por Serena Blue


Capítulo 2
II - Lily Evans é desafiadora.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores ♥ Tudo bem?
Como prometido cá estou eu atualizando! Fiquei muito feliz com os acompanhamentos e pela linda Lí que deixou um review para mim, me deixando nas nuvens ♥ Obrigada!!!
Esse está mais curtinho, mas mesmo assim espero que gostem ♥



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Esse segundo fato que descobri sobre Lily foi na terceira semana de aula. Nós não mantivemos mais contato desde o dia do chiclete. Logo ela não ficou mais sozinha, com a frequência na escola, Lily foi fazendo amizade e em pouco tempo já se tornara íntima de duas garotas. A partir daí não a via mais desgrudada delas.

Uma de suas amigas eu conhecia: Alice Prewett. Ao contrário de Lily, Alice era gente boa. Não saía por aí implicando com os garotos à toa. Prova disso foi em uma terça feira na última aula. Educação física era uma das minhas matérias preferidas e naquele dia particularmente a professora nos deixou livre para jogarmos. O que foi um grande erro, óbvio. Queríamos jogar futebol, mas as garotas queriam jogar queimado. Acho que ficamos uns dez minutos tentando entrar em um consenso.

— Por que temos que começar pelo futebol? — uma delas perguntou indignada.

— Por que é mais legal. — Sirius rebateu com a bola embaixo do pé em domínio.

— Quem disse? — a amiga da ruiva perguntou de braços cruzados.

— Eu. — respondeu Sirius dando de ombros.

— Sempre começamos pelo futebol, Black. Seria justo começarmos uma vez pelo queimado. — ela proferiu encarando a nós dois com seriedade. — Além disso, futebol não é legal.

— Fala isso porque não sabe jogar. — eu disse, convencido.

Ela encarou-me e seus olhos verdes pareceram incendiar-se. Ficamos nos encarando por um tempinho, eu crente que ela iria começar a me xingar. Mas não foi o que fez. Mais uma vez eu estava errado sobre ela.

— Eu sei jogar, Potter. — afirmou suspirando. — Posso acertar a bola no gol bem aqui na sua frente.

— Jura? — desdenhei com um sorriso. — Faça isso então.

— Faço. — disse com raiva. — E se eu acertar nós vamos começar pelo queimado, certo?

— Fechado.

— Ótimo.

E então Sirius chutou a bola em sua direção e ela a pegou com a mão. O goleiro de nosso time, Patrick Rogers, posicionou-se na frente da rede e colocou-se em posição de defesa.

A ruiva prendeu os cabelos e colocou a bola no chão na posição que indiquei para pô-la. Todos nos afastamos para que a jogada pudesse ser feita. Sirius veio para o meu lado com um sorrisinho.

— Essa eu quero ver. — comentou cruzando os braços.

Alguém soou o apito liberando a jogada. Foi então que eu vi a ruiva distanciar-se da bola, preparar o corpo e correr para chutá-la em um ângulo tão perfeito que seria contra as leis da física se a bola não acertasse em cheio o gol. Tudo o que eu escutei depois foram os gritos de vitória das meninas que correram em direção à ruiva.

Olhei para Sirius que tinha o queixo caído em espanto. Virei-me para Patrick que se recompunha da defesa fracassada. Senti vontade de bater em minha testa.

— Vão ficar parados aí ou vão vir para jogar queimado? — uma das garotas perguntou com um sorriso. Não tínhamos o que fazer. Trato era trato. No minuto seguinte estávamos divididos em duas equipes para darmos início ao jogo.

Enquanto a bola era lançada de um lado para o outro eu ficava pensando em como ela era segura de si. Não tinha medo de fazer as coisas. De arriscar. Ou será que ela sabia que iria ganhar, por isso me desafiou? De qualquer forma ela foi desafiadora o suficiente para fazer com que estivéssemos jogando queimado agora e não futebol. De bobinha não tinha nada, como eu bem pensei que fosse...

— James! — Sirius gritou despertando-me do devaneio. Encarei-o e ele arremessou a bola para mim. Assim que a tive em minhas mãos, lancei-a com força para o campo oposto sem olhar em quem acertaria.

— Ai! — só percebi que tinha acertado a bola nela quando a ruiva caiu para trás com a força da colisão. Levei as mãos à cabeça em reflexo. Me aproximei disposto a ajudá-la.

— Desculpa. Não queria j-

— Você fez de propósito. — disse me encarando com parte do rosto vermelho onde fora atingido pela bola.

— Não fiz, eu juro. — fui sincero.

— Claro que fez Potter! Você não aceitou perder para a Lily! — a amiga dela tinha dito.

Lily… Então esse era o seu nome?

Voltei a fitá-la e ela não mais me encarava. Mantinha a mão no rosto, acariciando-o. Todos os outros estavam em nossa volta agora e a maioria foi na direção dela para ver como estava. Algumas meninas me encaravam com caras feias.  

— Você está bem, Lily? — Alice perguntou ajudando-a a se levantar.

— Eu não fiz por mal. — tentei me explicar.

Ela não me respondeu. Deu um meio sorriso para as amigas e caminhou para fora da quadra não querendo mais jogar. Olhei para Sirius que deu de ombros, confuso.

Aquilo ficou matutando minha cabeça. Depois do jogo perguntei diversas vezes à Sirius se ele achava que eu tinha feito de propósito. “Claro que não cara, todo mundo viu que foi sem querer”, era o que ele respondia. De qualquer forma eu não tive outra chance para me explicar para ela depois do jogo.

Esperava encontrá-la apenas no dia seguinte e então eu me explicaria com calma. Pensava isso pelo menos até minha mãe me chamar para conversar mais tarde quando já estava em casa.

— Filho, ponha uma roupa melhor. Vamos ter visita. — informou quando adentrou meu quarto.

— Quem vem? — perguntei parando de fazer minha lição de casa para dar-lhe atenção.

— Vamos oferecer um jantar de boas vindas para nossos novos vizinhos, os Evans. — assim que a ouvi, arregalei os olhos.

— Eles vão vir aqui? — perguntei afoito.

— Que parte do vamos oferecer um jantar você não entendeu? Anda, vá se arrumar. — mandou antes de fechar a porta e sair.

Tudo o que eu menos queria era ter a tal da Lily na minha casa quando ela achava que eu tinha acertado uma bola de propósito em seu rosto.

Olhei para o lado tentando ver alguma coisa através de minha janela para a sua casa. A luz do quarto dela estava acesa, mas as cortinas estavam fechadas. Suspirei com tédio e fui até o guarda roupa. Teria de ir a esse jantar mesmo que não quisesse.

A questão era que eu ainda estava me arrumando quando a campainha tocou lá embaixo.

— Merda! — sussurrei enquanto tentava dar um trato no meu cabelo que, não importa o que eu fizesse, continuava espetado para todos os lados. — Ah, foda-se. — terminei bagunçando-o ainda mais.

Já podia ouvir as conversas e os cumprimentos surgirem quando a família Evans entrou na casa.

Ajeitei meus óculos de grau na base do nariz e desci para a sala de jantar, já me preparando para encarar o rosto emburrado da Evans para mim.

Ao chegar à sala tive outra surpresa: ela não estava lá. Não estava em nenhum lugar.

— Oi James. — cumprimentou-me a mãe dela. Eram muito parecidas, a mãe também ruiva de olhos verdes.

— Olá senhora Evans. — respondi apertando sua mão.

— Petunia venha cumprimentar James. — o senhor Evans de dirigiu a garota loura que eu havia visto no dia em que se mudaram para cá.

A tal Petunia lançou-me um sorriso forçado e acenou com a cabeça. Cumprimentei-a do mesmo modo.

— E Lily? — minha mãe perguntou. Como ela já sabia o nome dela se eu só o descobri hoje?

— Ah, não pode vir Euphemia. Machucou o rosto hoje na escola. Ficou bastante inchado.

— Oh, coitadinha. — lamentou minha mãe e meu corpo gelou. Dessa vez senti a culpa pesar. Passei a mão na nuca, nervoso, mas não comentei nada sobre o jogo.

Será que ela havia contado aos pais que eu fora o culpado? Por que eles já não apontaram seus dedos para mim para reclamar? Será que vieram só para dar queixa minha?

Todos esses pensamentos foram negados durante o jantar. Os Evans me trataram super bem como se não soubessem de nada. Contudo, a noite fora uma verdadeira chatice. Meus pais conversaram o tempo inteiro com os pais da Evans e eu e a tal Petunia ficamos apenas nos encarando sem saber o que fazer.

Depois de muitos papos e comida, eles se despediram agradecendo a recepção. Fui direto para o meu quarto tirar aquela roupa pinicante. Ao passar pela janela, observei o quarto da Evans e me deparei com as cortinas abertas dessa vez. Fiquei na espreita. Em seguida  ela cruzou o quarto, de pijamas.

Caminhei até o interruptor e apaguei a luz para que Evans não me notasse. Será que seu rosto estava tão ruim?

Pus-me a observá-la, mas ela não voltou a aparecer.

— O que está fazendo? — meu pai adentrou meu quarto acendendo a luz. Pulei de susto.

— Nada! — respondi sobressaltado.

— Está espionando os Evans? — crispou o olhar para mim.

— Não! — neguei convicto. — Óbvio que não pai.

— Hum… — comentou em descrença. — Esqueceu seu relógio na sala. — ergueu o objeto em minha direção e depois depositou-o na escrivaninha.

— Ah, beleza. Valeu. — agradeci limpando a garganta.

— Boa noite. — sorriu antes de fechar a porta.

— Boa noite, pai. — me despedi.

Não voltei mais a espionar Evans depois daquele episódio. Não queria que meu pai pensasse coisas sobre mim. E além disso, não tive mais motivos para querer espioná-la novamente.

Afinal minha dúvida sobre o estado de seu rosto foi sanada no dia seguinte quando a encontrei pelos corredores de Weastone.

Eu tinha acabado de chegar quando a encontrei caminhando distraída enquanto lia um livro. Estava sem a companhia das amigas, por isso achei mais fácil ir até ela para tentar conversar.

— Ei, Evans! — chamei indo em sua direção. Ela me escutou, mas não parou de andar, apenas diminuiu o passo.

— Veio acertar outra bola em mim? — perguntou com ironia.

— Para com isso. Eu já disse que não fiz de propósito. — comecei parando na sua frente obrigando-a cessar seus passos. — Eu estava distraído. Joguei sem saber a direção, Evans.

— Descobriu meu nome, afinal. — ergueu uma sobrancelha.

— É. Ouviu o que eu disse? — perguntei notando que ela havia desviado do assunto.

— Ouvi. Mas de propósito ou não, aposto que você ficou feliz com isso. Ficou irritado comigo desde o dia do som alto. — cruzou os braços, convencida.

— Pois apostou errado. — sério que ela tinha pensado isso? — Você é chata, mas não merece uma bolada na cara por isso.

— Ah, obrigada mesmo, Potter. — sorriu e desviou-se de mim voltando a caminhar.

Corri em sua direção, um pouco indignado.

— Por que você é tão seca? — questionei realmente curioso.

— Eu, seca? Você acerta uma bola na minha cara, me chama de chata e eu é que sou seca? — respondeu sem parar de caminhar.

— Você implica comigo de graça, nem me conhece direito garota. — disse com sinceridade.

— Pode apostar, eu já conheci o suficiente. — virou-se para mim. — Vai continuar me seguindo?

— Não mesmo. Tchau, Evans, já fiz o que vim fazer.

— Ótimo, então até mais. — despediu-se antes de subir as escadas para o banheiro feminino.

— Até nunca. — sussurrei com o cenho franzido.

Foi difícil me acostumar com o gênio de Lily Evans. E eu não fiz isso naquele ano. Nos afastamos depois daquela conversa e eu não senti falta. Com a intensidade das aulas, o que eu mais queria era jogar futebol e me divertir com meus amigos e claro, estudar o suficiente para não repetir o ano.

Em pouco tempo, eu passei a vê-la esporadicamente pelos corredores e com um pouco mais de frequência nos finais de semana quando eu dormia na rede da área da minha casa e Lily saia para caminhar aos domingos.

 Óbvio que tudo isso não durou para sempre.

Voltamos a interagir mais vezes, é claro, mas só na adolescência, dois anos depois...


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Notas finais do capítulo

Ai ai esse dois ...
E então? Mereço reviews?
See you soon :)



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