Égon: A Origem escrita por GJ Histórias


Capítulo 1
Prólogo




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  O céu em Hogún estava estrelado naquela noite. Dois pequenos habitantes desse planeta distante, Égon e Flass, encontravam-se deitados no gramado de uma humilde fazenda, observando o infinito espaço acima deles e imaginando contos e aventuras que eles poderiam viver futuramente, como se fossem dois heróis galácticos.

  A fantasia dos garotos é interrompida quando ambos escutam o ruído de uma porta se abrindo, eles viram suas cabeças e observam Toruna, a mãe dos meninos, saindo da casa principal pela porta da frente. Eles se levantam e correm para abraçar a alta hoguniana de pele azul e cabelos castanhos.

— Mãe! -exclamou o pequeno Égon- veja como o céu está lindo hoje!

 Toruna abriu um tímido sorriso em seu rosto, pegou na mão de seus filhos e levou-os de volta ao gramado dizendo:

— Sentem-se crianças, esta é uma boa oportunidade para contarmos histórias!

  Égon e Flass perceberam uma certa tristeza presente no semblante da mãe deles, no entanto, amavam os contos dela, então aproveitaram o momento e acomodaram-se no colo de Toruna sem questionarem o motivo de tal desconsolo. Flass perguntou:

— Mãe, a senhora é uma habitante muita antiga desse planeta não é?

— Sou sim querido! -disse Toruna- Conheço muito desse grande globo azul!

— A senhora poderia nos contar tudo sobre ele?

 Toruna deu uma breve risada e disse:

— Oh meu pequeno! Hogún é permeado de inúmeros mistérios ainda não desvendados, se eu soubesse tudo sobre ele...

— Não estaríamos passando por tanta dificuldade? -Interrompeu Égon.

  Lágrimas caíram dos olhos da pobre hoguniana, ela olhou para o garoto em seu colo e exclamou:

— A seca é passageira meu pequeno! E, além disso, você ainda é muito jovem, não precisa se preocupar com essas coisas!

  Égon e Flass, empáticos, também se sentiram desolados. Toruna enxugou as lágrimas, abraçou os dois fortemente e deu continuidade à resposta da pergunta feita, anteriormente, por Flass:

— Continuando queridos, Hogún ainda é uma caixa de surpresas, mas posso contar a vocês uma breve lenda de como ele surgiu e se desenvolveu!

— Nós adoraríamos- Disse Flass.

— Então vamos lá! Há bilhões da anos, nada havia no universo. Em um dado instante, misteriosamente, cinco seres foram concebidos do zero: Crimero, Klassian, Mungar, Malffu e Mysstralys. Tais indivíduos, dotados de extrema força e poder, foram, posteriormente, intitulados de “Os Celestiais” e receberam a função de criar os principais aspectos de nossa realidade, como o tempo, espaço, energia e a própria vida!

  Com as majestosas habilidades desses seres, o universo expandiu-se, tornando-se cada vez mais próspero com a criação de múltiplos planetas e estrelas. Entre os astros criados, encontra-se Hogún, um planeta azul com um campo gravitacional extremamente intenso! Os seres que aqui surgiram foram adaptados a viverem sob essa condição, portanto, somos mais fortes e resistentes do que qualquer outra forma de vida!

— Mãe, então realmente existe vida em outros planetas? – Perguntou Égon.

— Sim filho. – Respondeu Toruna – E somos mais fortes!

— Então eu venceria qualquer briga com os habitantes desses outros planetas?

 Os três soltaram gargalhadas.

— Na dúvida, tente evitá-las! – Disse Flass

 Toruna concordou com a cabeça e prosseguiu com a história:

— Entre os primeiros habitantes de Hogún, encontrava-se Plasmodammus. Ele liderou a primeira tribo desse planeta, desbravou inúmeras florestas e montanhas e foi escolhido como o rei deles, o primeiro e único rei de Hogún! Em uma de suas expedições, Plasmodammus encontrou um precioso artefato, uma pedra capaz de trocar as consciências entre dois corpos. Foi através desse item, chamado de “Vymena”, que ele conseguiu ficar vivo até os dias atuais! Durante 356.000 anos, Plasmodammus transportou sua consciência para corpos de hogunianos mais jovens.

  Com o passar dos anos, a população do planeta aumentou exponencialmente e passou a ocupar boa parte do território disponível. Para facilitar a administração, Hógun foi dividido em 120 distritos, cada um voltado para um determinado tipo de atividade, como mineração, plantio, comércio e outras. Desde então, nós prosperamos, criando cada vez mais conhecimentos e tecnologias!

— Mas por que ainda há tanto sofrimento? – Perguntou Flass.

— Infelizmente a desigualdade é um problema que ainda não foi resolvido filho... – Disse Toruna- A concentração de poder e riquezas é um fardo, um problema que dificilmente será superado.

  Égon, angustiado, observava o horizonte. Toruna voltou-se para os meninos dizendo:

— Vamos entrar, já está tarde. Amanhã deveremos acordar cedo meninos!

Todos se retiraram do gramado, abandonado o belo céu que pairava o 87° distrito naquela noite!


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