Rebirth | NamJin escrita por Pauline


Capítulo 3
Just Hold On


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amores, como vocês estão? Já beberam água hoje?
Sem querer, eu acabo colocando a música no nome do capítulo haha
Capítulo meio angst de novo, me perdoem nenês. Juro que é o último mais tristinho! Bom, pelo menos no começo da fanfic haha
Recomendo ler o capítulo lentamente, pois ele tem várias quebras de tempo que podem confundir.
Música do capítulo: Just Hold On - Louis Tomlinson ft. Steve Aoki
Com amor, Pauline ♥



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—Obrigado por ter insistido – Jin disse quando o carro de Hoseok estacionou na frente de sua casa. – Eu realmente precisava sair.

—É o meu trabalho como seu melhor amigo – o outro sorriu levemente antes de continuar – Eu não poderia mais te ver se afundando assim, Jin hyung.

—Eu sei – o professor suspirou – Obrigado por não desistir de mim.

—Sempre que precisar – Hobi abraçou o loiro – E ligue para Taehyung-ssi, okay? Ele sente sua falta.

Aquilo foi praticamente a despedida dos dois. Logo, o carro de Jung saia daquela rua em direção a sua casa e Kim adentrava sua residência, mal-acostumado com o silêncio ensurdecedor. Jogou-se no sofá, sua mente disparando quase que de imediato, seus olhos cansados tentando se fechar.

Jin quase conseguia escutar Hiroshi descer correndo pela escada com Miyuki vindo logo atrás, tentando evitar que o filho caísse da escada novamente. Hiroshi se jogaria no colo do pai, o perguntando como sempre do seu dia, muitas vezes com pasta de dente em algum lugar do rosto. Miyuki sempre se juntava a aquelas pequenas festas que os dois faziam no sofá. Os Kim eram realmente uma família cheia de amor.

Fazia seis meses que Hiroshi e Miyuki se foram.

Seokjin pegou seu celular, procurando pelo número de telefone que evitara pelos últimos cinco meses. Só precisou aguardar dois toques antes de ser atendido.

—Jin hyung? – a voz do namorado de seu irmão soou duvidosa.

—Jungkook-ah, Taehyung está por perto?

—Ele já vai sair do banho – Jungkook parecia continuar desconfiado – Posso perguntar o que o hyung quer com Tae?

—Ele é meu irmão, Jungkook-ah. Quero conversar com ele.

—Depois de tanto tempo e de tudo que você disse para ele?

—Eu sei – o mais velho suspirou – Eu sei disso, Jungkook, mas Taehyung é toda a família que me resta. Por favor...

—Vou passar pra ele – Jungkook respondeu depois de alguns segundos de silêncio. Entregou o telefone para Taehyung, sentado do seu lado na cama – Jin hyung?

—Tae – o apelido veio acompanhado de alívio no tom – Me perdoe. Eu não deveria ter gritado com você, sei agora que só estava tentando me ajudar...

—Levou cinco meses pra chegar a essa conclusão? – a voz do outro soava magoada, mas a saudade que sentia do irmão o impedia de interromper a ligação.

—Não, não! Eu percebi isso logo depois de você ir... Só não tive coragem de te ligar – Jin suspirou – Eu falhei como seu irmão mais velho, tanto que nada o que eu diga pode desfazer isso. Mas, por favor, Tae, me perdoe. Eu sinto tanto a sua falta, eu preciso de você!

—Família fica junto, não era isso que o appa dizia? – por fim, o Kim mais novo se pronunciou, causando um sorriso em Jin.

—Pelas tempestades e pelos arco-íris, família fica junto – completou.

—Nós já tivemos a nossa cota de tempestades, concorda?

—Com todas as minhas forças – o mais velho sorriu maior ao notar a risada na voz do irmão – É hora dos nossos arco-íris, certo?

—Certo. Eu vou pra Seul amanhã mesmo, hyung. Vamos ter alguns dias só nossos!

—Taehyung! Eu ainda tenho que trabalhar!

—Seu irmão vai visitar depois de cinco meses e você tem que trabalhar? Por favor! – Tae revirou os olhos – Trate de conseguir uma folga ou algo assim! Amanhã, bem cedo!

Seokjin mal teve tempo de se despedir antes que a animação de Taehyung o fizesse desligar o telefone na sua cara. Ele apenas riu, sentindo no peito um calorzinho gostoso, vindo da saudade que finalmente tinha sido suprida.

Ele não tinha mais Hiroshi, nem Miyuki, mas isso não era motivo para cortar seu irmão de sua vida. Família fica junto, para sempre, e Jin finalmente estava disposto a recuperar o que restava da sua.

Taehyung chegou às dez da manhã, reclamando do frio e da saudade do “seu moreno”. Jin amava o irmão, sinceramente, mas aturá-lo falando de Jungkook a cada passo era tortura.

—Eu já entendi que você ama o Jungkook, mas é a terceira vez que fala de como o cabelo dele tá bonito castanho – explicou.

—Mas está tão lindo, você não tem noção! Principalmente quando ele tá desenhando alguma coisa, aí fica mais bonito ainda, sabe? Fica caindo pelo rosto dele e tal.

—Okay, senhor apaixonado. Que tal você parar de sonhar com seu namorado e me ajudar com a sua mala? – o mais velho provocou, passando a alça da mochila de Taehyung pelos ombros largos, e o outro, mesmo resmungando, pegou a bolsa de mão que tinha trazido também. Levemente exagerado para apenas uma semana, mas esse sempre foi o jeito do Kim mais novo.

—A idade te fez bem reclamão, não é mesmo?

—Jin hyung!

O mais velho virou-se em busca de quem tinha o chamado, logo encontrando Namjoon vindo em sua direção com Chae nos braços.

—Neném! – Taehyung disse empolgado – Meu relógio biológico tá doido, você não faz ideia!

—Ah, eu faço sim – Jin revirou os olhos para o escândalo do irmão, dando-lhe um tapa moderado no braço – Agora se controla! Namjoonie!

Ele sorriu para Namjoon, que agora estava em sua frente.

—Eu só vim dar um oi mesmo – o ex-professor disse – O trem de minha mãe já deve estar chegando.

—Oi recebido – o loiro riu – Esse é meu irmão, Taehyung.

—Bom te conhecer – o mais novo dos três disse, curvando-se levemente. O gesto foi repetido por Namjoon, porém muito mais calmamente para não perturbar Chae-Won – Sua filha é linda!

—Obrigado – sorriu mostrando as covinhas profundas. Pegou uma das mãozinhas de Chae e acenou, fazendo uma voz infantil – Obrigada oppa.

—Meus ovários vão explodir de fofura!

—Taehyung, você não tem ovários! O sol de Busan queimou seus neurônios ou algo assim?

—Eu desisto de você, hyung – Tae revirou os olhos para o irmão. – Humor mandou beijos.

—Aish.

A casa de Jin não recebia visitas, principalmente nos últimos meses, então, quando entrou em sua casa e viu a bagunça que Taehyung tinha feito, Jin respirou fundo e decidiu apenas lidar com isso. Era preciso engolir algumas questões de organização para conviver com o irmão.

Largou sua pasta no lugar ocasional, tentando descobrir onde o irmão tinha se escondido dessa vez. Taehyung era como criança: se está quieto demais, está aprontando. O problema era que o aprontar de Tae era muito mais elaborado pelos vinte anos que tinha.

Surpreendentemente, ele não estava aprontando. Na verdade, estava quietinho no escritório de Jin, observando uma fotografia que o professor tinha no porta-retratos em cima de sua mesa. O mais velho se aproximou, vendo que os olhos do irmão estavam vermelhos, assim como as bochechas.

—Hyung – exclamou quando notou a presença do irmão mais velho – Me desculpe! Eu... Eu entrei no quarto dele sem querer e...

—Não há problema, Tae. Não estou fazendo o quarto dele de templo ou algo assim – Jin olhou para o rosto do filho na fotografia, parcialmente coberto pelo chapéu enorme que roubara da mãe. Era uma foto doce, porque Miyuki aparecia contente atrás do menino, o envolvendo em um de seus muitos abraços.

—Como você está?

—Não acho que um dia vá parar de doer, sabe? – ele encarou o irmão, vendo duas lágrimas descerem pelas bochechas de Tae – Não chore dongsaeng, venha cá.

Taehyung abraçou o irmão como se não houvesse amanhã. Foram cinco meses, eles precisavam desse contato.

—Me desculpe por ter te pressionado – o mais novo falou – pra seguir em frente. Eu sei que foi cedo demais, me desculpe.

—Tudo bem, tudo bem – Jin sussurrou quase como uma canção de ninar – Você estava assustado, já passou.

—Não muda o fato de que eu fui insensível.

—Era o seu jeito de tentar me ajudar – o loiro beijou os cabelos castanhos do irmão – Nós já resolvemos isso, não é?

—Família fica junto? – Tae pediu num tom quase infantil.

—Família fica junto. E eu vou precisar da sua ajuda. – o outro disse com um sorriso no rosto. – Quero desmanchar o quarto de Hiroshi, está na hora de seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

Capítulo com altos e baixos, não é mesmo? Eu não sei vocês, mas gosto quando a fanfic tenta ser mais realista, do tipo mostrar que um mesmo dia pode ter momentos felizes e tristes.
Segundo minhas dongsaengs, eu sou do mal! Sério, não posso contar quantas vezes ouvi "Unnie, você é do mal" essa semana haha
Com amor, Pauline ♥



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