À Procura de Adeline Legrand escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoinhas!
Finalmente veremos como será o baile! xD
Boa leitura!
Denise pegou os dois vestidos que separara e deixara em sua cama. — Qual você quer? Os dois são novos, nunca usei.
— Escolhe você, já que são seus.
— Não! Quero que você escolha, considere como um presente. — Sorriu.
Um dos vestidos tinha a parte da frente branca e as laterais de um rosa-queimado, com mangas até o cotovelo. Já o outro era todo azul, com um decote em “v” e outro tecido branco em renda por baixo, cobrindo quase todo o colo. Tinha mangas mais curtas e acompanhava uma fita grande para dar várias voltas na cintura.
— Eu gostei mais do azul.
— Então toma. — Me entregou e deixou o outro de volta na cama. Fechou a porta do quarto e começou a se despir.
Vi que por baixo de seu vestido, tinha um outro, branco, com um espartilho bege por cima. Então ela só vestiu o outro e pediu para que eu amarrasse a fita em sua cintura.
— Esse vestido combina com você — comentei quando ela se virou.
— Obrigada. — Sorriu, feliz. — Vai, se troca.
Será que ela vai achar estranho?
Fiquei próxima da cama e puxei o vestido para cima. Eu não tinha espartilho e nem outro vestido. Eu estava de shorts de algodão justo cinza e com um sutiã tipo top, rosa bebê.
Denise me olhou, estranhando. — Você não usa espartilho?
— Não...
— E como tem essa cintura fina?! Que mundo injusto!
— Não sei, acho que puxei da minha mãe. — Coloquei o outro vestido, antes que ela perguntasse das minhas roupas quase intimas.
Ela me ajudou a arrumar o tecido e amarrar a fita. Nos olhamos no espelho, gostando do resultado.
— Vou arrumar seu cabelo, senta. — Denise puxou o banco da penteadeira. Me sentei e ela penteou os fios quase secos. — Seu cabelo é tão macio e brilhoso.
— Obrigada. O seu também é lindo.
— Eu tento cuidar dele, mas às vezes dá preguiça.
— Sei como é. — Dei risada.
Denise prendeu meu cabelo com alguns grampos, e pedi para deixar alguns fios da franja soltos, apesar de ela estranhar. Como eu não sabia fazer o penteado, ela prendeu o próprio cabelo e passou um pouco de maquiagem. Passei apenas um pouco de batom e esperei Denise dar os últimos retoques no penteado.
Alguém bateu na porta, e Clarisse entrou, vestindo um vestido com dois tons de verde, que combinava muito com ela.
— Olha o que eu trouxe! — Mostrou três tiaras com flores.
— Que lindo! — Denise pegou uma com flores vermelhas e colocou em sua cabeça. — Obrigada, Clari!
— Por nada! Acho que essa combina mais com você. — Me entregou uma com mini-rosas brancas. — Vocês estão lindas.
— Você também — falei, colocando a tiara em mim e olhando no espelho.
— Obrigada. — Clarisse colocou a tiara com flores brancas. — Estamos lindas! — Deu risada. — Terminaram? Kentin e Oliver já estão lá em baixo esperando.
— Terminamos sim. — Denise levantou do banco. — Vamos!
Descemos, e encontramos os meninos na cozinha. E aí eu pude ver o que eu queria ter visto. O olhar de Oliver para Clarisse. Os dois estavam de ternos escuros, com os cabelos arrumados e bem elegantes.
— Vocês estão lindos — falei, e os dois coraram.
— Obrigado. — Oliver respondeu, sorrindo. — Vamos, então?
— Sim! — Denise respondeu.
Fomos para fora, e nos dirigimos ao portão maior. Uma carruagem esperava na rua e subimos. Logo começamos a sair do lugar.
— Seus irmãos não vão? — questionei a Clarisse.
— Vão sim, mas como somos muitos, eu tenho que ir com vocês. Eu não caberia na carruagem deles.
— Ah sim... Então finalmente vou conhecer seus outros irmãos.
— Verdade! Você ainda não conhece Hector, Herve e Nicollas.
Será que eles são tão bonitos quanto Neville?
Ficamos quietos durante o curto trajeto. Não era muito longe. Logo na entrada já haviam carruagens e carros. Parecia uma confusão, porém, dava para ver que os veículos entravam, deixavam as pessoas e saíam. E assim foi conosco.
Ficamos próximo à entrada, esperando os outros Riviere, que chegaram minutos depois. Claro que todos estavam de terno, elegantes e bonitos. Não que eles precisassem fazer esforço para isso... Principalmente Neville, e agora, os outros três também. Notei a presença de um casal que eu ainda não tinha visto, que vieram em nossa direção.
— Vocês estão lindas. — A mulher disse, encantada. Então olhou para mim. — A senhorita é Heloise que meus filhos tanto falam?
— É sim, mãe. — Clarisse agarrou meu braço. — Ela não é linda?
— Sim, é muito bonita. — Sorriu. — Sou Justine, e esse é meu marido, Maurice.
— Muito prazer. — Fiz uma pequena reverência para os dois, que me imitaram.
— Vamos à festa! — Ela disse alto, contente, e os dois foram na frente.
— Sua mãe parece mais animada que nós — comentei com Clarisse.
— Não imagina o quanto. — Ouvi Castiel ao meu lado. — Ela fala desse bendito baile desde que recebemos o convite.
— Pelo jeito não é sempre que tem bailes por aqui.
— Não, nem sempre.
— Por isso ela está animada.
Eu já conseguia ouvir a música sendo tocada. Sentia Denise e Clarisse super empolgadas ao meu lado, e eu estava ficando também. Seguimos a multidão para dentro, e a partir da primeira ampla sala, as pessoas começaram a se espalhar.
Admirei a arquitetura alta daquele espaço, chocada.
— Apesar do baile ser “para todos” — comentou Denise —, tem sim uma divisão. Claro que todos podem circular onde quiserem, mas é bem notável que os mais... ricos ficam para o lado de lá. — Apontou para a esquerda. — E os mais pobres para lá. — Apontou para a direita. — Mas mais para o norte os salões se tornam um só.
Seguimos para a direita e circulamos por aí. A música estava animada, e quando chegamos no encontro dos salões, conseguimos ver muitas pessoas dançando ao som da música.
Um garçom passou por nós, oferecendo taças com o que parecia ser vinho, e nós três pegamos. Tomei um gole, sentindo o sabor de uva e álcool.
— Clarisse? — Justine a chamou. — Venha cá. — As duas se afastaram um pouco, parando em um grupo de adultos e todos os Riviere.
— Denise. — Me lembrei do plano de hoje. — Temos uma missão.
— Qual? — Seus olhos brilharam.
— Oliver está apaixonado por Clarisse, temos que dar um jeito de deixá-los sozinhos e deixar que a mágica aconteça.
— Ah! Mas eu sabia! — Ergueu sua taça, quase derrubando vinho. — Sabia que tinha coisa aí!
— E pelo que eu percebi, Clarisse também gosta dele.
— É, disso eu também suspeitava. Mas... como você sabe sobre o que Oliver sente?
— Ele me contou. Pediu ajuda hoje à tarde.
— Mas por que ele nunca me disse nada? — Fez um bico.
— Talvez ele tivesse medo que você contasse a Clarisse, antes que ele se sentisse pronto para falar com ela.
— Hm... provavelmente eu falaria mesmo, mas por não aguentar esperar ele fazer algo... Mas tudo bem, vou esquecer isso, por enquanto. Qual o plano?
— Temos que ficar com Clarisse e andar por aí, assim ele pode ficar conosco e vamos sair de fininho e deixá-los a sós.
— Certo. Vamos esperar ela voltar.
Tomamos nosso vinho, e quando terminamos, Clarisse voltou. Deixamos as taças na bandeja que estava passando, demos os braços e fomos andar por aí. Enquanto andávamos, pegamos mais uma taça de vinho. Eu estava bem, mas percebi que o álcool afetou mais a Denise, que começou a ficar mais animada do que já estava.
Demos a volta na mansão e paramos um pouco em uma sala não tão cheia, rindo de sei lá o quê.
— Vocês estão bem? — Oliver finalmente apareceu.
— Acho que a Denise é um pouco fraca para álcool.
— Ela é, não devia ter deixado ela passar da segunda taça. — Ele riu.
— Eu estou ótima, Oliver, obrigada! — Denise disse com um tom bravo.
Dei uma cutucada nela, tentando fazer uma careta para lembrá-la de nossa missão, e pareceu que ela se ligou.
— Quer saber? Acho que preciso ir ao banheiro. Fiquem aqui, vocês dois. Já voltamos. — Me puxou dali, sendo nada sutil.
— Nossa, era mais fácil falar logo sua intenção — ironizei, brincando.
— Foi melhor assim, eu não conseguiria pensar em outra coisa para falar.
Voltamos a uma ala movimentada. Muitas pessoas estavam dançando, e Denise começou a me puxar para lá. Começamos a dançar, e eu tentei imitar quem estava por perto. Meu estilo de dança era bem diferente do povo dali. Segurei as laterais do vestido, para não pisar no tecido, e segui os passos de Denise, que dançava sem se preocupar com quem a visse.
Até tentei ensiná-la alguns passos simples de ballet, mas ela se atrapalhava toda. Dançamos, não sei por quanto tempo, e só parei quando meus pés estavam doendo demais.
Estávamos com muito calor, então decidimos ir ao jardim de trás da casa. Tinha algumas pessoas conversando por ali, então ficamos em silêncio e fomos nos sentar em um dos bancos. Tirei os sapatos e massageei meus pés.
— Estou morrendo.
Denise riu. — Eu mal sinto meus pés.
— Vocês abusaram do vinho, pelo jeito. — Castiel surgiu, junto de Neville. Pelo jeito, eles já estavam por ali.
— Eu estou completamente plena — falei, rindo.
— Só essa aí que está acabada. — Indicou Denise com o queixo.
— Acabada está sua avó! — Apontou o dedo para ele, que riu.
— Realmente, ela morreu há quatro anos. — Denise caiu na gargalhada e Castiel balançou a cabeça, divertido.
— E onde está Clarisse? — Neville se pronunciou.
Olhei para Denise, que já tinha parado de rir, e nós duas ficamos com cara de “e agora?”
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E agora, José? Digo, Denise e Heloise ahuahuah
Olhem aqui onde eu me inspirei para os vestidos das meninas.
https://i.pinimg.com/564x/3d/87/bb/3d87bb6ac862255fe5176e348a99562c.jpg
Se vocês seguissem a pasta da história no Pinterest já teriam visto u.u
Segue lá! https://br.pinterest.com/biahmastrocollo/%C3%A0-procura-de-adeline-legrand/
Bom, até agora o plano deu certo. Oliver e Clarisse estão por aí sozinhos ahuahuah Agora quero ver como as meninas vão explicar.
Espero muito que estejam gostando e nos vemos sábado o/