À Procura de Adeline Legrand escrita por Biax


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Olááá! Olhem só como passou rápido, já é dia de capítulo novo!

Hoje teremos algo inusitado... Algo que eu acho que toda história de época deveria ter hauhauha

Boa leitura!



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— Parem com isso ou eu vou deixar a louça para vocês. — Castiel ameaçou, segurando o riso.

— Começou, tem que terminar. — A senhora riu, o soltando e dando um tapinha nas costas dele. — Desculpe, sou Diane, você é Heloise, certo? — Se dirigiu a mim.

— Sim, sou.

— A Denise só fala de você. — Deu risada. — Se fosse um menino juraria que ela estava apaixonada.

Eu ri. — Acho que sou a novidade do momento.

— Com certeza é. Muito gentil da sua parte nos ajudar.

— Imagina, eu faço com prazer.

Ela sorriu, fofinha. — Olha só, garotos, que partidão! — Olhou para os mais velhos. — Não é, Neville?

Ele me lançou outro olhar, dos pés à cabeça, mas agora teatralmente, entrando na brincadeira de Diane. — É, acho que sim.

— É brincadeira, viu? — Diane tocou meu braço, sorrindo, e eu concordei. — Vou voltar para o meu trabalho, com licença, crianças! — E foi para fora.

— Queria eu também tirar um cochilo depois do almoço — reclamou Castiel.

— E por que não dorme?

— Se eu dormir, minha mãe me acorda com um balde de água.

— Eu que o diga. — Neville comentou, e Castiel começou a rir, acompanhado de Oliver.

— Isso aconteceu mesmo? — questionei a ele.

— Sim, quando eu tinha quinze. Estava cansado e fui tirar um cochilo no meu quarto... Tive que deixar o colchão no sol depois do que aconteceu.

— Uma pena que eu não vi isso. — Castiel falou rindo.

— A mãe de vocês é tão brava assim?

— Hoje em dia não, mas imagina como você não ficaria com cinco crianças no seu pé.

— No dia, ela já tinha brigado comigo porque eu estava “mole demais”. Então quando ela me achou dormindo lá... — Neville nem precisou terminar.

— Nossa...

Continuamos ali, conversando. Denise entrou para ir guardar as louças nos lugares certos, então acabamos. Voltamos todos para a pensão, e os três Riviere foram para a padaria. Kentin e Oliver foram trabalhar, e Denise disse que precisava ir limpar os quartos. Então, a deixei para fazer o serviço e voltei ao meu quarto.

Já passavam de duas horas quando cheguei, mas parecia que já era fim do dia, já que eu tinha feito várias coisas. Escrevi no diário, repassando mentalmente tudo desde de manhã.

Talvez eu tenha ido embora muito de supetão do consultório do Nathaniel... Ele deve ter achado que eu fiquei chateada ou brava com algo... Eu nem sei quando nos veremos de novo. Ele não disse nada sobre eu voltar na segunda, e provavelmente ele não trabalha de fim de semana... Acho que fui um pouco rude.

Não seria tão mais fácil se eu pudesse simplesmente falar tudo? Se eu tivesse uma garantia que ele acreditaria, eu falaria tudo, pelo menos não precisaria mais ficar inventando história. Porém... as chances dele não acreditar são muito maiores. Com certeza ele me acharia louca e me mandaria internar.

Isso da mesma forma que Denise não acreditaria, ou Castiel, ou quem quer que seja. É difícil ter que esconder de onde eu vim. Devia ter pensado melhor nisso antes de tudo.

Toques na porta me despertaram, e eu fui até lá abri-la. Denise apareceu.

— Quer uma arrumada por aqui? — Entrou.

— Hm... acho que está em rodem.

Mesmo assim, ela começou a esticar e arrumar as cobertas da cama. — Obrigada por hoje.

— Não foi nada.

— Não... — Parou para me olhar. — De verdade... nunca tivemos uma hóspede que ajudasse em algo e ainda que comesse com a gente... Foi muito legal nosso almoço.

Sorri. — Fico feliz, então.

— Será que você não pode ficar aqui para sempre? — perguntou, brincalhona.

— Até que não seria ruim, mas uma hora eu tenho que voltar para casa.

Denise fez uma carinha triste. — Mas você vai vir nos visitar de vez em quando?

Ai, menina, não faz isso comigo! — É um pouco complicado, mas... eu vou tentar.

Ela deu um sorrisinho. — Ótimo! Mas não vamos ficar pensando nisso agora, certo?

— Isso. Temos que aproveitar o agora.

— Por falar nisso... Hoje à noite terá um baile onde todos foram convidados, imagino que você não saiba, já que chegou faz pouco tempo.

— Um baile? De quê?

— Não sei exatamente, é um baile da família Blanche. Eles fazem todos os anos, e dessa vez será hoje. Você também vai?

— Eu... não sei. Posso ir?

— Claro que pode! Esses bailes são abertos, qualquer um pode ir.

— Hm... mas eu não tenho roupa para ir...

— Isso não é desculpa! Eu te empresto um vestido. Por favor, vamos!

— Ah... Okay, okay, eu vou.

— Isso! Vamos nos divertir, dançar muito... Vai ser ótimo!

Sorri ao ver sua animação. — Está certo. Que horas iremos?

— Provavelmente lá para as seis. Então você pode me encontrar lá em casa as cinco, o que acha?

— Tudo bem. Farei isso.

— Legal! Clarisse vai adorar saber disso.

— E é longe esse baile?

— Não muito. Vamos de carruagem, não precisa se preocupar.

— Não estou preocupada, não me importaria de ir a pé.

Ela riu. — Você é incrível! Bom, melhor eu terminar meu trabalho para não me atrasar mais tarde. Nos vemos depois.

— Sim, até mais.

Denise saiu, fechando a porta. Suspirei, olhando o horário no relógio. Era quase três horas, ainda tinha um tempo para descansar. Deitei na cama e tirei um cochilo. Acordei lá para as quatro, e resolvi ir tomar café. Desci, alguns hóspedes estavam comendo, então fui pegar uma baguete e chá.

— Heloise. — Alguém disse meu nome pausadamente atrás de mim, e puxaram a cadeira ao meu lado. Então vi que era Oliver.

— Oi, Oliver.

— Oi. — Deu um sorriso, parecendo um pouco ansioso. — Você vai no baile hoje? Está sabendo?

— Sim, sim. Denise me contou. Por quê?

Oliver olhou para os lados. — É que... estou planejando algumas coisas, mas eu não sei como agir.

— Como assim? Se você for mais direto vou poder ajudar. — Ri.

Ele riu e balançou a cabeça. — Certo, certo. Bom... Eu... eu queria... me aproximar mais... da Clarisse... entende? E eu queria aproveitar esse baile para conseguir ficar um pouco com ela, dançar... Conversar um pouco a sós, sabe?

Ai que fofinho! — Sei, e como você quer fazer isso?

— É aí que está o problema. Eu não sei. — Coçou a bochecha, envergonhado. — É que... ela está sempre com um dos garotos, e eu fico sem graça de chegar e... chamá-la.

— Hm... Que tal se eu der um jeito de ficar com ela e Denise, e aí você aproveita e fica com a gente? Aos poucos você vai conversando, tira ela para dançar... e eu e Denise saímos de perto para vocês ficarem a sós.

— Mas e os garotos? E se eles resolverem procurar por ela e...

— Nós podemos ficar de olho. Se um deles aparecer, podemos distrair, puxar assunto, qualquer coisa... Mas você sabe que uma hora eles vão ter que ver vocês, não é?

— Eu sei, eu sei. Mas a primeiro momento, quero... que seja algo só nosso.

— Claro, entendo. Pode deixar que eu vou te ajudar.

Ele deu um sorriso enorme. — Obrigado, não sei como te agradecer.

— Relaxa. Quero ver vocês juntos hoje, esse será seu agradecimento.

— Certo. Nos vemos mais tarde. — Levantou.

— Até lá.

Oliver saiu do salão e eu terminei de comer, animada para juntar os pombinhos. Subi logo e fui tomar um banho. Lavei o cabelo — com o shampoo e condicionador que trouxe, claro — e passei um creme pelo corpo. Acabei por colocar o vestido do dia anterior, só para ir até a casa de Denise.

Tranquei o quarto e desci. Fui para o jardim e dei a volta na casa. Entrei pela cozinha vazia.

— Oi? — chamei alto. — Denise?

Uma mulher saiu de uma das portas, bem parecida com Diane. Devia ser a mãe de Denise.

— A Denise está lá em cima, se trocando. — Ela disse, parecendo um pouco triste. — Pode subir.

— Obrigada — agradeci e passei por ela.

Sai em uma pequena sala de jantar. Entrei em outra porta a esquerda e sai em um corredor com uma escada. Subi, saindo em outro corredor.

— Denise? — chamei de novo.

— Aqui! — Ouvi sua voz vindo do fundo do corredor.

Fui até a última porta e vi que ela estava ali. Seu quarto era simples. A janela na parede da esquerda, uma cama de solteiro na mesma parede e um guarda-roupa na parede da direita. Na frente da cama havia uma penteadeira, próxima da porta, e Denise estava ali, se olhando no espelho.

— Oi. — Ela disse, um tanto desanimada.

— O que foi?

— Ah... — Suspirou. — Eu discuti um pouco com a minha mãe... Ela quer que eu me preocupe mais em... arranjar um marido.

Cruzei os braços. — E você não quer um?

— Não é que eu não quero... Mas eu não queria me preocupar com isso por enquanto.

— Então não se preocupe. Se você encontrar um marido hoje à noite, será só um bônus. O importante é se divertir, certo? — Dei uma piscadela, a fazendo abrir um sorriso.

— Tem razão... Vamos, vamos nos arrumar!


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaahh esse Oliver, hein? Já está cheio dos planos! Que coisa mais fofa *gritinho de fangirl*

Era isso que estava faltando! Um baile! Estou muito ansiosa para que vocês saibam o que vai acontecer :BB

Será que Heloise conseguirá juntar Oliver e Clarisse? Será que vai realmente todo mundo nesse evento? Será que nossa protagonista encontrará alguém especial? Será que ela beberá todas e vai dançar até o chão? Será que Nathaniel aparecerá e vai mandar internar ela? :p

Brincadeira, gente hauhauah ou será que não? ~le carinha pensativa

Bom, nos vemos quarta! Até lá ♥



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