Guerra Infinita - Desígnio Final escrita por tsubasataty


Capítulo 10
10.


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se....



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Em algum lugar remoto dos Estados Unidos, alguns dias atrás...

 

Uma construção maciça, em formato de redoma, tem um discreto símbolo da SHIELD estampado em seu centro. Não há ninguém por perto, apenas uma densa floresta em volta de toda aquela construção.

Primeiro, escuta-se o chão tremer, fazendo todos os animais ali perto levantarem suas cabeças, curiosos e preocupados, e em instantes um bando de pássaros levanta voo nos céus. Em seguida, uma primeira rachadura aparece naquela construção que parecia ser inquebrável e, no minuto seguinte, a redoma inteira explode de repente, espalhando pedaços da construção maciça que voaram por todo o ar e caíram em toda a floresta ao redor.

Dali de dentro, sai a figura de uma mulher loira, alta e de um porte atlético fora do comum. Ela olha intensamente ao redor, como se procurasse por algo – ou alguém – e então encara um pequeno objeto em sua mão. Um artigo simplório com um pequeno símbolo da SHIELD em destaque na lateral do objeto, porém que significava tudo para a Capitã Marvel.

— Nick... – Carol Danvers murmura consigo mesma, olhando preocupada ao redor.

Nick Fury, o comandante da SHIELD, havia mantido Carol em sono profundo naquele lugar escondido do mundo para a heroína recuperar seus poderes. Desde que ela defendeu a Terra e lutou contra a Invasão Skrull na década de 90, a incapacidade contínua da Capitã em controlar suas incursões super-humanas fez a mesma esgotar suas energias cósmicas e, no fim da batalha, ter seus poderes severamente enfraquecidos.

Carol... – a voz de Nick ressoava com força nas lembranças da Capitã Marvel. – A instabilidade em seus poderes fez a humanidade sentir medo de você. Nesse momento, não posso fazer nada a respeito, me perdoe... Apenas peço que aceite a minha proposta, ok? Te colocarei em sono profundo para você recuperar seus poderes e, quando os Skrulls voltarem ou algum inimigo de proporções sem precedentes invadir a Terra, usarei este pager para desativar os comandos da máquina e te libertar do sono profundo, tudo bem?

Neste dia, que na mente de Carol parecia ter acontecido há apenas poucos instantes atrás, ela tinha o corpo coberto de machucados, uma vez que seus poderes haviam enfraquecido absurdamente e ela não conseguia se regenerar, e seu rosto estava banhado em lágrimas, banhado com um medo enorme que a heroína sentia dela mesma depois de conter a Invasão Skrull, porém seus poderes quase destruírem a Terra.

Uma única lágrima escorreu pelo rosto da Capitã Marvel quando essas memórias inundaram sua mente. Ela, no entanto, não tardou a secá-la rapidamente antes de observar novamente o pequeno objeto que ela tinha em mãos... O único laço que ainda ligava ela com Nick e seu passado assombroso.

Sozinha no meio daquela floresta, Carol sabia que não podia ficar ali parada para sempre. Olhou para o mapa que se abriu na pequena tela do objeto em suas mãos e soube no mesmo instante quem precisava encontrar. Guardou o objeto no bolso, tomou impulso e voou em direção aos céus, na direção daquele que ela precisava encontrar...

***

Capitã Marvel chegou numa espécie de fazenda, uma fortaleza bem protegida no meio de lugar algum. Quem ela sabia que estava escondido ali, havia escolhido um ótimo lugar para manter a família, afinal.

A heroína olhou em volta, analisando rapidamente aquele lugar que se mantinha num silêncio sepulcral.

Foi nesse instante que algo pontiagudo passou raspando ao lado da Capitã. A mulher, no entanto, fora mais ágil que o outro indivíduo e pegou a flecha no ar, segurando-a com tamanha força que o objeto, que em outras mãos seria extremamente resistente, se quebrou como se fosse um galho de árvore qualquer.

 – Clint... – a mulher disse em alto e bom som. – Sou eu, Carol. Carol Danvers... A Capitã Marvel. Preciso falar com você, por favor, apareça...

Não que ela já não soubesse onde o Gavião Arqueiro estava, afinal...

Apenas esperava atentamente que o suposto amigo se aproximasse por livre e espontânea vontade...

A mulher escutou um barulho e se virou. Um homem pálido, de olhos escuros e sombrios, apareceu ali. Ele apontava mais uma flecha na direção de Carol e encarava a Capitã como se ela fosse sua inimiga.

“O que estava acontecendo?”, Carol pensou consigo mesma.

Pelo visto, de amigo ele não tinha nada, afinal.

— Levaram minha família... Todos eles desapareceram bem na minha frente, sem explicação alguma – Gavião Arqueiro tinha uma voz raivosa e cheia de dor quando disse subitamente essas palavras. – Foi você? Você os levou embora?

A Capitã piscou, incrédula diante daquilo. Ela riu sutilmente, sem saber como mais reagir.

— Eu estava em sono profundo, Clint... Não sei quantos anos se passaram, mas Nick me trouxe de volta. Alguma coisa muito errada deve ter acontecido com o mundo, com o Universo, quem sabe, para o comandante me tirar desse transe. O que aconteceu deve ser o que levou sua família embora... E não eu, eu não tenho nada a ver com o inimigo.

Clint Barton levou alguns segundos processando aquilo tudo antes de finalmente abaixar seu arco e flecha. Ele respirou fundo e aproximou-se lentamente de Carol.

— Capitã Marvel... Foi você quem impediu a Invasão Skrull nos anos 90... Já faz muito tempo isso. Nós já estamos em 2018. Você estava, então, dormindo esse tempo todo?

A Capitã olhou estarrecida para o Gavião, mal acreditando naquela informação.

“Já se passaram tantos anos assim?!”, ela pensou realmente preocupada.

— Sim... Estava dormindo esse tempo todo, recuperando os meus poderes.

— Minha nossa, você perdeu muita coisa – o herói retrucou de volta.

Nesse instante, Carol quase relaxou e sorriu, no entanto ouviu um barulho assombroso e distinto ao longe que fez a heroína recuperar o foco rapidamente.

— Precisamos nos reunir. Temos que nos encontrar com os outros e ver o que está acontecendo com o mundo – Capitã Marvel disse, ficando séria e com o olhar concentrado mais uma vez.

Carol viu, mesmo que apenas por um segundo sequer, Clint fraquejar. O Gavião olhou ao redor, como se procurasse por algo ou alguém ali, no entanto não disse mais nada.

— Clint, eu fiz a minha escolha, irei reunir quem estiver por perto e lutar contra este novo inimigo... – Capitã Marvel disse, não conseguindo esconder na sua voz o desapontamento que ela sentia naquele momento. – Agora faça você a sua escolha.

Ela esperou, entretanto como Clint não disse mais nada, a Capitã apenas sacudiu a cabeça e deu as costas para o Gavião. Estava prestes a levantar voo quando o ouviu subitamente:

— Espera, Carol! – Clint disse de repente. Então, o homem olhou ao redor pela última vez, para aquele lugar que era seu lar e, no instante seguinte, sua expressão facial havia se transformado totalmente.

Carol logo sorriu, pois reconheceu que aquele, sim, era o verdadeiro olhar do Gavião Arqueiro. O herói aproximou-se da Capitã e falou:

— Irei com você, deixe-me apenas pegar o meu uniforme.

Capitã Marvel sorriu novamente para o Vingador, satisfeita com aquela mudança de atitude. Antes de entrar em casa, Gavião disse apenas uma última frase para a Capitã:

— Você disse para reunir quem estiver por perto... Eu sei exatamente quem podemos encontrar.


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