Seth escrita por Anitra


Capítulo 3
Capítulo 3 - Aurora


Notas iniciais do capítulo

Vou dar alguns avisos. Por favor, leiam.
Bom, eu sou nova nessa coisa de fanfic e sou nova no Nyah. Não sei mexer direito, então provavelmente vou editar algumas coisas às vezes, se não ficaram do jeito que eu gosto. Se algo estiver estranho, me avisem, por favor.
Me deixem ouvir a opinião de vocês! Sério, eu to meio insegura com isso e realmente gostaria de saber o que vocês acham. Se puderem comentar em cada capítulo, eu ficaria feliz. Demais.
Resolvi que só vou postar um capítulo quando tiver pelo menos metade do outro pronto, assim tenho certeza que não vou demorar muito (espero) para postar o próximo. Só que eu postei três quase seguidos, e isso não significa que eu não quero ver o feedback dos capítulos anteriores então, por favor, façam uma forcinha e comentem em cada capítulo, se possível.
Resolvi fazer essa fanfic porque eu amo o Wolfpack e amo o Seth. Faz tempo que eu li os livros, então peço perdão se disser algo errado. Me avisem se encontrarem algo.
Como a história se passa depois de Amanhecer, eu mesma inventei algumas coisas, tentando ser ao máximo fiel com a saga.
Me deixem realmente saber se algo está saindo errado! Ficarei feliz em tentar consertar.
Acho que é isso. Obrigada por lerem e aproveitem o capítulo :)



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— Qual vai ser o nome dela?

A pergunta de Rachel, irmã de Jacob e imprinting de Paul, pegou Seth de surpresa na tarde seguinte.

É claro que ela precisava de um nome. Estúpido, como não pensara nisso antes? Claro, estava muito ocupado com outras coisas. Mesmo assim, ela deveria ter um nome.

Carlisle voltara na madrugada com um estoque de leite que, segundo ele, seria o ideal para um recém-nascido. Ensinara como Seth deveria segurar o bebê e alimentá-lo. Sue também contribuiu para seu aprendizado, trazendo uma boneca antiga de Leah como cobaia para que ele aprendesse a trocar fraldas sem machucar o corpinho frágil do bebê.

O bando não saíra dali. Embry e Jared foram escalados para a ronda da madrugada, depois voltaram para a casa de Seth. Então foi a vez de Paul e Sam, que também retornaram depois de trocarem os turnos.

Todos estavam curiosos e, estranhamente, empolgados. A maioria dos garotos trouxe os respectivos imprintings para verem a bebê e todas as meninas pareciam ter acabado de ganharem uma boneca nova.

Nem Leah conseguia disfarçar o quando estava encantada com o novo anjinho. Mas ela tentava. Por causa do lance de ouvir pensamentos uns dos outros, o bando todo sabia que uma parte dela se ressentia completamente por não saber se um dia poderia tentar ter filhos. Algo nela despertou quando viu a bebê, algum tipo de instinto materno que ninguém achava realmente que ela possuía. Mesmo assim, Leah tentava fingir que não se importava com nada e continuava distribuindo seu rancor para todos os lados. Mas até mesmo seus comentários não conseguiam ser tão ácidos como normalmente eram.

A casa de Sue não costumava ficar cheia dessa forma, geralmente o bando se reunia na casa de Emily. Mas com a novidade sua sala se encontrava apinhada de gente. Nenhum dos garotos tinha menos que 1,75 m agora – Collin e Brady quase ultrapassaram essa marca, chegando agora na altura de Leah – e todos comiam como, bem... como lobos. Sue se desdobrava para fazer lanches e bolos, com a ajuda de Emily, em sua pequena cozinha.

Passado o susto, Sue estava feliz.

Apesar de não conseguir evitar se sentir ressentida em prol da filha mais velha, sabia que Sam e Emily não tinham culpa pelo imprinting. Gostava da sobrinha, que no passado fora como uma segunda filha. Tê-la por perto, mesmo que soubesse que a garota estava indecisa sobre como se portar, era reconfortante.

Adorava os garotos do bando como se fossem seus filhos. Como membro do conselho, sabia o que acontecia com cada um deles e estava sempre presente em suas vidas. Recebê-los em sua casa era mais que um prazer. Mas nunca admitiria isso, ou eles nunca mais sairiam dali.

Sentia que perdera Leah há muito tempo. Sua filha não era mais a mesma e sabia que nunca voltaria a ser. Mesmo assim, naquele dia, já a vira sorrindo duas vezes. Um sorriso sincero, não os sarcásticos que ela costumava lançar na direção de todos.

E Seth, seu menino, estava... radiante. Não existia outra palavra para descrevê-lo no momento. Depois que o desespero passou, ele era só sorrisos. As provocações dos garotos do bando eram recebidas com risos e socos – Sue tirou tudo o que era frágil de perto deles, mesmo assim já haviam quebrado uma das cadeiras da cozinha.

Agora os garotos estavam na sala, apertados – lutaram entre si para sentarem no sofá de três lugares (que cabia um lobo e meio), mas Leah foi mais rápida ao declarar que a casa era sua e que só ela se sentaria ali. Então todos se acomodaram no chão mesmo, enquanto as namoradas preferiram levar as cadeiras da cozinha para se sentarem na sala. Ninguém ali sabia direito o que seria das coisas dali para frente, por isso estavam tão curiosos para não perderem um segundo dos acontecimentos.

Os lobos compartilhavam seus pensamentos e lutavam todos pela mesma causa. Isso fazia com que fossem muito próximos e gostassem de ficar perto uns dos outros, principalmente quando algo grande acontecia.

Sem falar que amavam implicar com Seth, e vê-lo aprender a trocar fraldas – usando uma das bonecas antigas de Leah – foi tão hilário que os garotos nem se importaram com o cheiro do sanguessuga pela casa. Quil foi o que mais se divertiu com a cena. Claire, seu imprinting que completara cinco anos, se livrara das fraldas há dois anos, mas ele foi o alvo de piada do bando por muito tempo por causa disso. Agora que via a cena com os próprios olhos tinha que admitir que era, realmente, engraçado.

Era difícil odiar Carlisle. Mesmo que ele cheirasse tão mal e ainda fosse o inimigo natural de todos naquela casa.

Ele cuidara de Jake no passado, quando só ele poderia fazer isso. Mesmo que todos o odiassem, não hesitou em fazê-lo. Era avô de Renesmee, que passava bastante tempo na reserva e o mencionava com carinho constantemente. E também cuidara do imprinting de Seth, trazendo um estoque de leite próprio para recém-nascidos que ninguém ali saberia onde conseguir. E um estoque de fraldas.

Sim, era difícil odiar Carlisle.

— Eu voto em Brady!

— Cala a boca, seu imbecil, o bebê é uma menina!

— E daí? Um nome tão maravilhoso não precisa se prender a detalhes tão pequenos. E aí, Seth, o que acha?

Sem sequer olhar para Brady, Seth arremessou uma almofada com uma das mãos, com tanta força que o impacto lançou o garoto para trás. A almofada não o machucou realmente, mas a surpresa o fez cair e bater a cabeça no chão. As garotas se encolheram com o som do impacto, enquanto os lobos riam e Leah revirava os olhos.

— Esse não serve.

Respondeu simplesmente.

A sala se tornou um pandemônio. Todos falavam ao mesmo tempo, sugerindo nomes diversos. Seth só ria deles, prestando apenas atenção em partes. Estava mais interessado em olhar o pequeno anjinho em seus braços, que observava o lugar às vezes, com olhinhos curiosos. Seth achou que o barulho a incomodaria e estava disposto a expulsar todos da sua casa, mas ela não parecia assustada. Só curiosa.

Estava envolta em uma manta quente, a mais quente que tinham, e também era aquecida pelo calor do seu corpo. Ainda não tinha roupas, por baixo da manta estava só de fraldas. Sue encontrara uma caixa com as coisas de Seth e Leah, de quando eram bebês, e lavara as roupinhas empoeiradas. Estavam na secadora.

Sem todo o desespero da noite anterior, Seth conseguia analisá-la melhor agora. Os olhos não tinham uma cor definida ainda. Eram claros, azuis, mas não pareciam que continuariam dessa cor. Tinha bastante cabelo para um recém-nascido, fino e macio. A pele era tão branca que era possível enxergar algumas veias arroxeadas sob suas pálpebras, seus pulsos... Era quase translúcida. Um pequeno floquinho de neve.

Era um bebê lindo.

— Aurora.

Disse simplesmente. Os lobos ficaram em silêncio. Como se respondesse ao chamado, a menina voltou seus olhos para ele, curiosa.

Ele sorriu, deslumbrado. Tudo o que ela fazia o deixava fascinado.

— Viram? Ela gostou.

— Aurora? Que merda de nome esquisito é esse?

— Até Brady era melhor.

— Pelo amor de Deus, Seth, escolhe outro.

— Eu gostei. É bonito – Kim era uma garota tímida e não costumava falar muito na presença deles. Isso fez todos se calarem novamente e Jared sorrir para ela, apaixonado. Sempre que ela criava coragem para falar na frente de seus amigos ele ficava maravilhado. Seth sorriu para ela, agradecido.

Os garotos ficaram em silêncio por um tempo, absorvendo o nome. Por fim, aceitaram. Não era tão ruim, afinal. Só não era comum.

Aurora. O início da claridade no horizonte. O nome combinava com ela. Foi o início da claridade na vida de Seth.

Ela bocejou, abrindo a pequena boquinha e tentando mexer os bracinhos. Sem sucesso. Estavam enrolados na manta. Seth não queria que ela pegasse friagem.

— Mas de novo? Ela só dorme! – o resmungo de Leah traduziu o pensamento de muitos ali. Era realmente engraçado o quanto aquela coisinha conseguia dormir.

— Seth? Posso segurar? – a pergunta tímida de Kim o pegou de surpresa. Hesitou por um tempo, mas logo estendeu o pequeno embrulho com cuidado. Era Kim. Se tinha alguém que iria tomar cuidado, esse alguém era Kim.

Jared estava sentado ao lado da namorada, no chão, mas não precisou sequer esticar o pescoço para ver a garotinha. Parecia encantado com a visão da namorada com o bebê no colo. Provavelmente pensava no futuro.

— Ela é tão linda... – sussurrou Kim, encantada, e Seth sentiu o orgulho inflar seu peito como se o elogio tivesse sido direcionado a ele.

Depois disso, todos quiseram pegá-la. Seth ficou apreensivo no começo, pronto para agarrá-la se começasse a chorar, mas ela passou de lobo em lobo – e alguns humanos – sem um resmungo sequer. Dormia profundamente.

Era o bebê mais calmo que todos já tinham visto.                 

Sequer acordou ao ser passada de colo em colo. Parecia relaxada e confortável agora que estava aquecida e de barriga cheia.

Aproveitando o momento, mas apurando os ouvidos para captar qualquer tipo de problema, Seth se afastou. Discou o número de Carlisle.

Se sentia um pouco mal por incomodar o médico de novo, mas não sabia a quem mais recorrer. E considerava os vampiros seus amigos.

— Algum problema, Seth? – o tom do médico já assumia um tom profissional. Seth se apressou em tranquiliza-lo.

— Ah, não, não – disse, sem graça – Ela está ótima! Está tudo certo, como você disse que estava. Mas agora que as coisas se acalmaram eu pensei e, bem, você sabe... Eu não vou conseguir ficar longe dela. Mas não posso simplesmente pegar a criança pra mim, entende? Não existem todas aquelas coisas burocráticas de adoção e sei lá mais o que?

A risada calma de Carlisle foi ouvida.

— Sim, existem sim. Fique tranquilo, eu já tinha pensado nisso. Estou resolvendo para você. Imagino que nenhuma pessoa no mundo pode cuidar tão bem desse bebê quanto você, então não sinto o menor remorso em fazer isso. Só estou pensando em que história você deve sustentar, para então forjar os documentos.

Seth sentiu um peso ser tirado de suas costas.

Definitivamente, amava Carlisle.

O vampiro sempre fazia as coisas parecerem tão fáceis!

Carlisle era uma das melhores pessoas que conhecia. Convivera diretamente com ele enquanto Bella gerava Renesmee, e depois disso passou a visitar os vampiros de vez em quando. Gostava deles. Eram bons. E Emmett era sempre um bom adversário em qualquer jogo que pudessem jogar.

Conversaram ainda sobre mais algumas coisas e Seth tirou algumas dúvidas. Renesmee também pegou o telefone e fez questão de falar o quanto estava empolgada para ver Aurora, e que Jake havia prometido levá-la depois. No fim, Seth entregou o telefone a Jacob, deixando-o falar com Nessie. Com dois anos, ela já estava imensa, aparentando ser uma criança entre cinco e seis anos.

Encostou-se no batente da porta que levava até a sala, observando seu anjinho dormir profundamente nos braços de Rachel, que tentava convencer Paul a segurá-la. O pobre coitado tinha uma cara de pânico hilária.

— Rach, me desculpe, mas não vou deixar esse palerma tocar em Aurora – afirmou, sorrindo, antes se aproximar e estender os braços na direção de Aurora. Rachel pareceu relutante, mas entregou o bebê, que se aconchegou e suspirou de contentamento assim que entrou em contato com Seth. Como se soubesse que era ali onde pertencia.

— Vamos, todos pra fora da minha casa, vai. Circulando, vocês não têm mais nada pra fazer não? Pra fora!

Seth queria dar banho em Aurora. Sentia que ia chover e, provavelmente, esfriar, e pretendia fazer isso enquanto o tempo ainda estava confortável. Sabia que isso era uma coisa que os lobos não queriam perder, já que queriam se divertir às suas custas. Mas não deixaria que tudo se tornasse um circo e que ela fosse exibida dessa maneira, então os enxotou de sua casa sob protestos e resmungos.

Deixou Leah se encarregar de realmente expulsá-los, então seguiu para o quarto de sua mãe, que tinha um banheiro pequeno – que ficava menor ainda quando ele estava dentro – mas que tinha uma banheira. Foi lá que Carlisle lavara a criança na noite anterior.

Sue o acompanhou, repreendendo-o por sua falta de educação. Se ofereceu para dar banho no bebê, mas Seth recusou.

Não queria se afastar dela, e também precisava aprender como cuidar do bebê. Por outro lado, tinha medo de fazer alguma coisa errada, então pediu que Sue ficasse por perto.

Aurora cresceria com ele. Ele a protegeria e a amaria para sempre. E, um dia, ela estaria pronta para outro passo. Iria demorar, mas Seth não tinha pressa.

Por hora, seria apenas o melhor irmão mais velho que alguém poderia ter.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Leiam os comentários iniciais, se não fizeram isso.
Deixem seu comentário! Adoraria ouvir vocês :)



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