Our Love escrita por Júlia Gomes


Capítulo 6
Capitulo 5




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Semanas se passaram tão rapidamente que me surpreendia. 

Contei ao meus pais ainda no final de semana em que Renesmee dormiu em casa sobre o meu novo emprego e como imaginei meus pais ficaram extasiados com a notícia. O meu primeiro dia no colégio foi bastante desafiador, eram muitas crianças e turmas que eu iria cuidar e pela falta de experiencia achei que não daria conta, mas aos poucos fui pegando o jeito. Tudo foi questão de as ouvir, eram crianças e eu amava a pureza e sonhos de cada uma delas. Era cativante e inspirador trabalhar com elas.  

Renesmee então, não podia estar mais orgulhosa. Ela era uma garota bastante inteligente e me apresentou cada coleguinha, seria uma excelente oradora mais pra frente.  

Respirei fundo ao chegar no colégio, sorri enquanto caminhava para dentro do colégio com minha bolsa e trabalhos corrigidos das crianças. E quando estava no corredor esbarrei com alguém o que me fez derrubar alguns papeis.  

Observei o moreno alto, era Jacob o professor de educação física das crianças.  

—Hey Srta. Swan me desculpe por esbarrar em você. Estava distraído. Disse ele com um sorriso envergonhado me ajudando a pegar os papéis.  

—Não precisa se desculpar, nós dois estávamos distraídos. E por favor me chame apenas de Bella. Me sinto uma velha me chamando assim. Disse brincalhona e seu sorriso aumentou.  

—Está bem, Bella. E me desculpe pôr a fazer se sentir assim, você não é velha. É muito bonita. -Disse ele e ao notar o que disse coçou a cabeça sem jeito.  

Eu ri corando.  

—Obrigada, Jacob. Agora preciso ir, tenho uma turma para cuidar.  

—Boa sorte, elas gostam muito de você. O que é surpreendente pois a maioria não gosta muito de seus professores.  

Disse ele e rimos.  

—Fico feliz em saber que elas gostam de mim, então. Até Jacob.  

—Até Bella, se precisar de ajuda pode me procurar. 

A primeira turma que eu daria aula era de Renesmee, assim que entrei na sala cheia de carteiras e paredes com figuras e colorida ri observando a agitação das crianças. Elas corriam e conversavam alto com os coleguinhas até me verem. Pigarrei com a sobrancelha arqueada e sorri enquanto via todas correndo para seus lugares. 

—Bom dia, crianças. Eu disse encontrando o olhar de Renesmee, que estava corada. Certamente estava aprontando com os outros coleguinhas.  

Contive o riso. 

—Bom dia querida professora! Disseram em um sonoro e sorri observando cada uma delas e comecei a dar a aula.  

 

No horário do almoço decidi ir à cidade que não ficava tão longe do colégio. Peguei um ônibus e em 15 minutos cheguei ao centro. Precisava ir à biblioteca, já havia terminado de ler todos os livros que trouxe para Seattle e era um pouco viciada por eles. Portanto deixei de almoçar para ir a aquele lugar, que era o meu favorito.  

Caminhei pela enorme biblioteca em dúvida de que levar. Optei por levar três deles, que contavam histórias de romance antigos. Era os meus favoritos e sabia que até a próxima semana teria que vir a biblioteca em busca de outros livros.  

Ainda tinha algum tempo então após sair da biblioteca caminhei até o parque. Onde me sentei ali e fiquei folheando o primeiro livro.  

Estava tão distraída que nem percebi quando uma pessoa se sentou ao meu lado.  

—Jane Austen... Sempre imaginei que gostasse deste tipo de livro.  

Olhei surpresa para a pessoa que reconheci pela voz; sorri descontraída.  

—Edward! Que surpresa o encontrar aqui. Confessei.  

—Trabalho a poucos minutos daqui e quando as coisas estão me deixando maluco na empresa eu venho até aqui. É um bom lugar para relaxar. -Contou ele observando as crianças que corriam ali junto aos seus pais.  

—Disto não posso discordar. - Concordei.  

—E você, por que está aqui? -Perguntou curioso.  

—Eu precisava de livros novos, aproveitei o horário do almoço para fazer isto e decidi vir ao parque antes de voltar para minhas crianças.  

Pisquei brincalhona. Ele sorriu.  

—Eu vou a cafeteria, não comi nada ainda desde manhã. Gostaria de vir comigo?  

Convidou e pensei por alguns instantes antes de aceitar. A cafeteria era bem próxima ao parque e era a mesma que Kate trabalhava, mas sabia que ela não estaria hoje ali, era seu dia de folga como me disse hoje mais cedo quando nos falamos.  

Nos falávamos todos os dias. E aquilo era muito bom, gostava muito de sua amizade.  

Fizemos nossos pedidos e conversamos amigavelmente. Ele me contou um pouco sobre seu trabalho como pedi e então perguntou como estava sendo ser professora em Seattle. Contei a ele como estava amando e aprendendo a cada dia com as crianças, ele me olhava fascinado com o que dizia. E estava gostando de conversar com ele quando percebi que estava atrasada.  

—Nossa! O tempo voou, eu preciso voltar. -Eu disse me levantando.  

—Deixa que eu a levo, Bella. -Ofereceu. 

—Não precisa Edward, você precisa voltar ao trabalho.  

—Essa é uma das vantagens de ser o dono. - Piscou divertido e eu ri não vendo como discordar. 

 Aceitei sua carona e em poucos minutos estávamos em frente ao colégio.  

—Obrigada pelo café e a carona Edward.  

—Não precisa agradecer, Bella. Obrigada por me fazer companhia  

Me aproximei lhe dando um beijo no rosto e me afastei notando seu olhar nos meus. Sai de seu carro e caminhei com passos rápidos até o colégio.  

 

Volto para a sala de aula e os encontros concentrados na atividade que deixei eles fazendo. Agradeci por Ângela cuidar deles em minha ausência e ela saiu dizendo que não foi nada e voltei minha atenção para as crianças e notei um garotinho no fundo, sozinho.  

Ele usava óculos de grau e parecia bastante tímido. Caminhei até ele calmamente e me abaixei, ficando a sua altura.  

—Hey, qual o seu nome querido? Perguntei baixo para não atrapalhar as outras crianças com suas atividades.  

Ele arrumou os óculos e me encarou parecendo receoso. 

—Me-u nome é Louis, professora.  

—Oi Louis, precisa de ajuda com a atividade?  

Perguntei ao notar que ele não havia feito nada ainda.  

—Eu... Eu não sei fazer professora. Eu sou um burro, me desculpe. - Suas palavras me chocam e encaro seus olhinhos marejados.  

—Hey Louis, nunca mais diga isto está bem? Ter dificuldade não te torna burro, querido. Todos têm dificuldade e é por isso que estou aqui! Pra que servem as professoras se todos já nascessem sabendo?  

Perguntei e ele sorri pela primeira vez. Eu ensino novamente a atividade a ele que demora um pouco para entender, mas que após minha explicação consegue fazer sozinho. Dou lhe um sorriso orgulhoso e ele me abraça. 

—Obrigada professora, Bella.  

—Não me agradeça querido. Você é muito inteligente, não se esqueça disto está bem? E quando tiver dificuldade não tema em me perguntar ou aos seus colegas. Não á problema algum nisto. Todos aqui têm dúvidas e estamos aqui para um ajudar o outro.  

—Se quiser eu te ajudo com as plóximas atividades Louis. -Disse Renesmee timidamente. 

E sorri orgulhosa de minha sobrinha. Ela se sentou ao lado dele e vi que todos os outros também observava com um sorriso em concordância. Sabia que a partir de hoje um ajudaria o outro e suspirei encantada com aqueles minis anjinhos. Não poderia pedir turma melhor para ensinar;  

 

A aula chegou a fim e me despedi de cada aluno que vinha se despedir. Os pais já chegavam para pegar seus filhos quando Jacob entrou em minha sala.  

—Hey parece feliz, devo supor que foi um dia bom. Disse ele puxando conversa e não contive o sorriso.  

—Foi maravilhoso, Jacob. Hoje eu vi o quanto essas crianças são especiais. 

Contei a ele o que houve e ele sorriu também orgulhoso dos alunos.  

—Isso foi mesmo incrível, Bella. Devo os parabéns pois você os mostrou que poderiam ajudar o colega, como aos outros também.  

—Fiz apenas o que era certo, o resto foi eles.  

Escutei a voz animada de Renesmee e a vi em meio a poucas outras crianças que estavam ali aguardando seus pais. Ela correu até a porta e foi aí que vi Edward ali parado. Ele sorriu para ela, a pegando em seus braços. Me afastei de Jacob pegando a bolsa de Renesmee e caminhando até eles.  

—Oi novamente Edward.  

—Oi Bella. - Sorriu e olhou para Jacob que nos encarava com um olhar estranho. - Você já está indo? Se quiser podemos te dar uma carona.  

Disse ele e sorri agradeci acenando negativamente.  

—Obrigada Edward mas ainda tenho trabalho a fazer e estou de carro... Mas muito obrigada.  

—Ok até mais Bella.  

Acenei concordando e beijei o rosto de Renesmee, me despedindo e voltei para minha mesa. Tinha alguns trabalhos a corrigir antes de ir.  

—Você os conhece? -Questionou Jacob.  

E eu ri.  

—Hum, sim. Renesmee é minha sobrinha e Edward meu cunhado.  

—Ah!- Disse surpreso. - É que a chamamos apenas de Renesmee Cullen por aqui. Não sabia que eram da mesma familia.  

—Sim, nós somos. Mas por que da pergunta, Jacob? 

—Ahn, ... nada. Vocês me pareceram bem próximos. - Ele disse com um tom estranho que não gostei.  

—Somos praticamente da mesma família, Jacob. Ele é marido da minha irmã, nada mais. Não que isto seja da sua conta. 

Eu disse lhe dando as costas mas o mesmo seguro meu braço. 

—Hey me desculpe por dizer algo que não gostou, não foi minha intenção. Desculpe.  

Disse ele parecendo verdadeiramente culpado e eu suspirei. 

—Tudo bem, vamos esquecer isto está bem? -Tentei sorrir de verdade.  

E conversamos sobre outras coisas, ele não era uma pessoa ruim, pelo contrário era um bom amigo e ouvinte.  

 

Quando cheguei em casa assim que fechei a porta escutei a campainha tocar. Abri um pouco surpresa e vi Kate com um enorme sorriso e uma garrafa de vinho.  

—O que significa isso? Perguntei risonha.  

—É sexta feira, minha amiga e estou lhe fazendo o favor de não a deixar trancafiada em casa presa aos livros. Disse ela com um sorriso malicioso. 

E então entendi o que ela dizia quando a vi me puxando até meu quarto e vasculhando meu closet. Ela disse que deixou seu menino, Dylan com os pais e que iriamos ao Pub que a dias queria me levar. Não tive como recusar. Coloquei o vestido preto curto que ela me jogou e coloquei meias calças com um salto. Soltei meus cabelos e passei uma maquiagem em meu rosto.  Ela vestia saia e blusa com meia calça e botas. Seus cabelos estavam soltos também e seu rosto estava bem maquiado.  

Meus pais haviam ido jantar fora então apenas mandei mensagem para eles dizendo que sairia com Kate e que não voltaria cedo.  

—Você é maluca! Eu disse rindo enquanto ela aumentava o som do carro e dirigia pela estrada.  

Cantamos sem nos importar se estávamos desafinando ou não e me permiti me divertir como na época da faculdade. Uma noite apenas como eu mesma, sem as responsabilidades do dia seguinte. Chegamos ao pub movimentado e pude ouvir a música alta mesmo do lado de fora. Entramos sem pegar fila, Kate parecia conhecer o segurança dali pela piscadela que deu a ele quando entramos. Contive o riso e seguimos para a pista de dança.  

Dançamos junto a música e logo os rapazes se aproximaram, dançamos com alguns e juntas também quando os rapazes grudavam em nós. Bebemos um pouco, talvez. Mas em uma certa hora me sentia completamente leve e ria com meu companheiro de dança, lembrava que seu nome era Franklin ele era muito bonito e gay. Ele me fazia rir enquanto comentava sobre os boys que passavam. Era completamente maluquinho;  

Foi quando ele cochichava sobre algum rapaz em meu ouvido que notei um olhar. Senti meu corpo ficar tenso ao observar o homem que nos encarava na área vip. Era Edward, meu cunhado de pé enquanto segurava um copo de alguma bebida. Seu olhar estava firme ao meu e senti medo das reações de meu corpo.  

O que ele fazia ali? Por que me encarava daquela maneira? Por que eu me sentia daquela forma? 

Atordoada disse a Franklin que iria à toalete e sai da pista de dança e caminhei pelo corredor escuro que daria ao local que eu desejava ir. Entrei no banheiro e joguei agua gelada em meu pescoço quente. E quando me senti um pouco mais relaxada sai daquele lugar voltando pelo corredor escuro. 

Quando alguém me segurou e me apertou contra seu corpo, o cheiro de álcool me enjoando.  

—Hey gatinha. Te vi dançando e devo dizer que me deixou extremamente excitado.  

Pude ver um pouco de seu rosto pela fraca luz que iluminava ali. E tentei lutar contra seu aperto. 

—Me solta, seu imbecil.  

—Qual é gatinha, vai se fazer de difícil para mim... Disse ele e temi o pior quando o mesmo tentou me beijar.  

Senti ele se afastar abruptamente e então vi que ele foi empurrado e Edward havia me salvado.  

—Nunca mais toque nela e em nenhuma outra que disse não, seu cretino. - Disse ele segurando o rapaz pelo colarinho e o soltou fazendo com que caísse no chão. -Da próxima vez não serei tão bonzinho. Ameaçou e se virou para mim. Olhei seus olhos escuros antes que ele me puxasse para longe dali.  

Me levou para fora do pub e segurou meus braços, olhando em meus olhos em choque. 

—Você está bem, Bella? Ele a machucou?  

Respirei fundo algumas vezes. 

—Não... Eu só estou um pouco em choque com o que houve. Eu...  

Ele me abraçou quando lagrimas desceram de meu rosto e aceitei abraçando seu pescoço.  

—Obrigada, nem sei como lhe agradecer, Edward. -Disse após alguns minutos. Me sentia um pouco mais calma, mas ainda tremia e ele percebeu, tirando seu casaco e colocando em mim. —Não precisa Edward, você vai passar frio.  

Ele sorriu cordial. 

—Está tudo bem, faço questão. - Disse ele e sorri agradecida. - Venha eu te levo para casa.  

—Não, eu estou com minha amiga. Não posso a deixar sozinha.  

—Mande uma mensagem para ela e avise que está indo. Sei que não quer voltar para aquele lugar. Disse ele como se lesse meus pensamentos.  

Concordei após pensar por um tempo e deixei que me guiasse até seu carro. Estávamos quase chegando quando tropecei e iria ao chão se suas mãos não me segurassem a tempo. Arfei quando suas mãos seguraram minha cintura com firmeza e me puxaram para cima, fazendo com que meu corpo batesse contra o seu. Minhas mãos espalmaram em seu peito e levantei minha cabeça me perdendo em seu olhar, sentindo sua respiração próxima a mim pela pouca distância que nos separava.  

Tentei nos separar quando notei seu rosto se aproximar, seus olhos eram intensos e seu corpo causava sensações estranhas em mim, meu corpo queimava e desejava aquilo, mas a razão gritava para que eu me afastasse. Mas por que eu não a ouvia? E quando percebi seus lábios finos e quentes cobriam os meus. Seu cheiro me inebriando. Toda a razão sumindo e quando vi estava tão entregue a seu beijo que não consegui me afastar. Nossas línguas travando uma guerra e suas mãos me puxando ainda mais para seu corpo enquanto me encostava em seu carro. Arfei quando o ar nos faltou e seus beijos desceram por meu pescoço.  

Causando uma trilha de fogo.  

E então, tarde demais a razão me tomou. O empurrei olhando em choque para o que estava acontecendo e vi seu olhar compartilhar da mesma emoção.  

 

Dei-lhe as costas tentando acalmar meu coração e as sensações perigosas que tomavam conta de meu corpo.  

Aquilo foi grande erro. E poderia culpar a fragilidade do que houve no pub e a bebida, mas no fundo eu sabia que não era apenas aquilo. E isto me amendrontava. Era um erro, gigantesco erro. Ele era o marido da minha irmã e por mais problemas que eles possam ter eu não seria a pessoa que arruinaria uma família, oh droga, se Renesmee soubesse. Ela me odiaria para sempre e aquilo jamais suportaria.  

—Bella... Escutei sua voz atrás de mim e senti seu toque em meu ombro. Me afastei e olhei em seus olhos.  

—Isto foi um grande erro, Edward. Jamais deveríamos ter feito isto.  

Pude ver a culpa em seu olhar e aquilo me machucou ainda mais.  

—Me perdoe Bella. Eu não sei o que houve, eu só senti...  

—Seu casamento está um caos mas não serei eu a pessoa que ajudarei a arruinar tudo de vez, Edward. Eu sou a irmã de sua esposa. Que droga! -Exclamei nervosa.  

—Hey eu jamais pensei em tal coisa Isabella. Jamais faria tal coisa com você; eu não sei o que me fez a beijar, mas juro que jamais foi minha intenção de a usar desta forma.  

Disse ele bem em minha frente e engoli em seco.  

—É melhor eu pedir um taxi, já chega por hoje para mim. Sorri fraco.  

—Por favor, deixa que eu a levo. Me sentirei melhor a deixando na segurança de sua casa. Disse ele parecendo sincero e nada disse por alguns minutos.  

Até que acenei aceitando seu convite. Ele abriu a porta para mim e entrei sentindo seu cheiro ainda mais forte ali.  

—Tudo bem! Concordei, não queria que a nossa relação ficasse ainda mais estranha depois do que houve.  

Afinal, éramos praticamente da mesma família e já tinha muitos problemas por conta de Kristin. Jamais me perdoaria por causar mais um.  

Ele começou a dirigir e mandei uma mensagem para Kristin, ela se sentiu culpada por me deixar sozinha, mas logo a despreocupei dizendo que já estava bem. Ela também estava, parece ter se envolvido com um rapaz que segundo ela era o cara perfeito para a tirar do tédio.  

Não contive o riso e aquilo chamou a atenção de Edward que me encarou. Apenas dei de ombros e desliguei o celular me aconchegando no banco de seu carro.  

—Posso te fazer uma pergunta, Edward?  

—Claro. -Disse ele de prontidão.  

—Por que estava sozinho naquele lugar?  

Ele voltou a olhar para frente antes de me responder.  

—Renesmee foi para a casa de meus pais e já que ela não estava em casa gosto de ir para aquele pub.- Lancei um olhar desconfiado e ele notou dando um sorriso torto- Antes que pense não vou lá para trair sua irmã. Jamais o fiz. Não sou esse tipo de cara Bella. - Acenei para que continuasse —Gosto daquele lugar por conta do barulho, ficar naquela casa gigante e silenciosa me deixa inquieto com meus pensamentos e quando estou lá me sinto livre deles e de...  

—Kristin! Disse ao notar que era aquilo que ele iria dizer, mas não teve coragem.  

Nada dissemos por alguns minutos até que tomei a coragem de dizer.  

—Por que nunca pediu o divórcio, Edward? Não seria o melhor já que ambos vivem neste impasse por tanto tempo?  

—.... por diversas vezes já pensei nisto, Bella. Eu por muito tempo pensei que ela iria mudar, tinha esperança que fosse mudar já que ela mesma jamais pediu o divórcio. Mas acho que foi por comodismo. E eu... Eu sempre, por, mas arcaico que fosse, sempre pensei que quando me casasse seria para toda vida, como o casamento de meus pais. Pensei também que ela mudaria após o nascimento de nossa filha. Mas me enganei. E apenas deixei que o tempo passasse...  

—É a vida que deseja Edward?  

Questionei. E ele então me encarou. Seus olhos presos ao meu.  

—Não! - Disse com firmeza. - E hoje eu tive a confirmação disto.  

Engoli em seco. Com medo de perguntar o porquê, medo da resposta e o que ela implicaria. Notei que chegamos em minha casa.  

Apenas o agradeci e sai de seu carro sem olhar para trás. Ele estava tão perdido quanto eu.  


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