As Joias do Carrasco escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 2
Primeiras Impressões


Notas iniciais do capítulo

Olá! Apesar de eu ter avisado o porque da minha demora nas notas da história, não sei se todos viram. Então vou explicar de novo. Minha avó está internada e ela mora na Paraíba, então eu e minha mãe viajamos para ficar com ela. Eu baixei as fichas para continuar escrevendo offline, e agora estou na casa da minha prima, onde tem internet, aproveitei para postar.
Espero que o capítulo esteja legal. Eu usei uma mistura estranha de músicas para escrever ele, teve música de My Chemical Romance, Aurora, Epica, Green Day, Cage the Elephant e Declan McKenna....



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A cidadela tinha um rígido controle sobre ameaças de contaminação por radioatividade. Quando o Pretor aceitou recebê-la — a joia, não Calisto —, a mulher foi imediatamente levada a uma sala isolada. Retirou o manto e as calças, e os guardou em um saco plástico que lhe fora entregue. Já as outras roupas que não poderia tirar sem passá-las pela cabeça foram cortadas por duas pessoas em trajes de proteção, já que não entregariam uma tesoura para a invasora. Cortaram as blusas que usava uma por cima da outra para evitar o frio, até que Calisto ficou sem nada. Ela percebeu o olhar hesitante entre as duas pessoas, ao verem a joia fixa em seu corpo, no centro do torso, um pouco acima do seio, mas ignorou os olhares. Não era para eles que teria de explicar.

E sim para o homem louro e bem vestido que observava o procedimento da larga janela de vidro reforçado, no alto da parede. O Pretor assistia tudo no nível mais baixo, e apenas ele sabia o que estava pensando.

Calisto pôs as mãos na parede, onde os soldados pudessem ver, e as manteve ali durante todo o banho de descontaminação, que durou duas horas. Quando o leitor indicou um nível aceitável de radiação, entregaram-lhe uma camisola hospitalar e a guiaram para uma sala vazia, com uma mesa e cadeira reservada para ela, sugestivamente próxima a um par de algemas preso à mesa. E ela acertou na intuição. A soldado mandou que se sentasse e colocou as algemas em Calisto, que em nenhum momento objetou. Em seguida um enfermeiro entrou, com uma pequena bandeja contendo um comprimido colorido e um copo com água.

— É para eliminar a radiação absorvida — explicou. Calisto não precisava, mas discutir com qualquer um da equipe médica seria horrivelmente cansativo. Com as mãos imobilizadas, ela apenas abriu a boca para receber o comprimido.

— Obrigada.

— Precisa tomar a cada quatro horas — respondeu e foi embora.

Seja lá quem estivessem esperando, eles demoraram uns quinze minutos para chegar. Havia um relógio na sala, no qual Calisto fixou sua atenção, em completo silêncio, ciente do olhar da soldado sobre si, mas ignorando sua presença. Continuou focando no relógio, apesar de não entender o que ele mostrava, o som apenas atraía sua atenção. Enfim eles chegaram. Primeiro entrou o Pretor Rower, que Calisto reconheceu da sala de observação durante a descontaminação. Ele parecia ainda mais aborrecido cara a cara.

Já os outros, pareciam muito diferentes entre si. O casal Magni era bem distinto. Suas roupas eram tão elegantes quanto as do Pretor. Tiberius Magni vestia um terno preto sobre a camisa social cinza, e cada peça de roupa parecia estrategicamente colocada para favorecer sua postura imponente. O aspecto sério e o olhar analisador representavam bem um homem frio.

— Isso é mesmo necessário? — Catarina Magni perguntou, se referindo às algemas. Ela usava um vestido creme longo e o cabelo loiro escuro estava preso em uma trança. Além disso, havia uma pedra transparente como vidro pendurada por uma corrente dourada em seu pescoço. A joia do Ar.

— Não pretendo correr riscos, Sra. Magni — respondeu o Pretor, sem ao menos desviar o olhar de Calisto para respondê-la. Embora incomodada, Catarina pareceu aceitar que não era uma decisão sua, dada as circunstâncias.

Antony Carter e Astra Rosales definitivamente não pertenciam a Cidadela. Na verdade eles não pareciam pertencer nem ao mesmo povo. Antony, o portador da joia da Terra, se vestia de um jeito simples, jeans velhos, camiseta vermelha e uma jaqueta de couro marrom. Quanto a Astra, suas roupas eram escuras e resistentes, o que fazia a pedra vermelha se destacar em seu peito. Ela usava uma jaqueta justa de mangas longas e calçava luvas sem dedos nas mãos. Calisto procurou por algo que justificasse essa divergência de roupas entre os dois, talvez algo relacionado ao trabalho que exerciam em Aurora, mas não encontrou nenhuma pista. Diferente de Catarina, nenhum dos dois comentou nada. Apesar da situação incomum, Antony parecia calmo, e Astra, confiante.

Nenhum deles se sentou ou disse alguma coisa de início. Estavam esperando uma explicação. Calisto percebeu que, mesmo que tivesse planejado chegar até ali, não tinha preparado o que deveria dizer quando fosse a hora. Ela mordeu o lábio, pensativa.

— Você não vai dizer nada? — perguntou o Pretor, definitivamente irritado.

— O que você quer saber? — Calisto deu de ombros. Nada de discurso bem trabalhado, então.

— Pode começar com a joia. — Tiberius incentivou. — Você disse que veio devolvê-la.

— Ah. Bem, eu não disse isso. — Calisto pressionava a ponta dos dedos com a unha do polegar. Era o único sinal de nervosismo, pois tanto o rosto quanto a voz eram contidos e passavam a firme confiança no que falava. — “A coleção está completa, eu estou com a quinta joia.” Escutem, eu não enganei vocês, ok? A joia está aqui, mas eu não posso entregá-la. Ele sabe, ele viu. — Calisto apontou para o Pretor, sem poder levantar as mãos da mesa.

— É… — Ele flexionou o punho, hesitante. — A joia do Espírito está nela.

A sala foi preenchida com um expressivo silêncio: hesitação, dúvida e perplexidade. Os portadores das demais joias trocaram olhares, pois cada um queria se certificar de que os outros tinham entendido o mesmo que eles.

— Pretor Rower. Como assim, a joia “está nela”? — Astra perguntou.

— Eu vi a descontaminação — respondeu. — Está cravada na carne. No peito. Ela não pode devolver a joia, porque literalmente está nela.

— Como isso é possível? — Antony perguntou.

— Responde — Tiberius intimou Calisto. Estavam discutindo entre si questões que nenhum deles tinha como resolver, ignorando a única que viu acontecer. Calisto baixou os olhos para a mesa, em silêncio por alguns segundos, concentrada. Em seguida balançou a cabeça, negando.

— Eu não me lembro. Cresci com isso. Minha mãe disse que, quando eu nasci, eu estava morrendo. E que a joia me salvou. Mas nunca me disse como ela fez a joia se tornar parte de mim.

— Nem como ela conseguiu a joia, suponho. — Calisto encarou o Pretor.

— Não, ela me disse que roubou a joia de vocês — disse, tranquilamente. Não parecia ser um problema para ela. — Mas é engraçado, porque não era realmente de vocês, não é?

— Se não veio devolver a joia, o que você quer aqui? Por que veio até a Cidade Aurora?

— Porque eu quero ajuda. Eu vi uma coisa… Eu sei que vocês produzem a própria comida e energia, e não saem muito da cidade, mas devem saber sobre os portais.

— Como o que trouxe o Carrasco.

— Isso — Calisto concordou —, só que são vários. Não param de surgir, em vários lugares. Nosso mundo tá infestado com os seres de lá. Pode não ser um problema para vocês, ainda, mas o meu povo está sofrendo com isso. Então é meio que uma troca. Vocês queriam a joia do Espírito de volta, e eu estou aqui para o que precisarem. Mas eu quero a ajuda de vocês.

— Eu não confio em você. — Rower declarou.

— Eu não esperava que confiasse.

— A joia passou 25 anos com você e nunca deu o menor sinal de vida, agora você aparece de repente oferecendo a joia para nós… Eu acho que você tem interesses pessoais. Interesses que não nos contou. A joia do Espírito é o elo, é teorizado que seja a mais poderosa e ainda que fortaleça as outras joias. Para que precisa das outras? — Calisto sustentou o olhar de Rower por alguns segundos, antes de abrir um sorriso cínico.

— É claro que tenho interesses pessoais. Você percebeu que eu vivo lá fora, onde os portais estão abrindo? Eu e todas as pessoas que eu já conheci, literalmente, com exceção apenas de vocês? — Calisto riu discretamente. — E sinceramente, vocês não têm a menor ideia do que estão falando. Vocês não conhecem as joias como eu conheço, são apenas ferramentas para vocês. Sem a joia do Espírito, as outras ficam enfraquecidas, sim, mas ainda ativas. Agora sem as quatro joias de vocês, a minha não funciona. Nunca pude usá-la. — Calisto voltou a encarar o Pretor, agora seu olhar expressava rancor. — Acredite, eu jamais pediria ajuda ao seu povo se pudesse resolver sozinha. Agora você tem que decidir se me ajuda a acabar com esses portais logo, antes que um deles abra bem no centro da sua cidadezinha e as criaturas do Desconhecido acabem com o bom povo de Aurora.

Rower hesitou. Se o que ela dizia era verdade, poderiam se defender? Era difícil dizer sem saber exatamente o tipo de criatura que teriam de combater. Aceitar aquele acordo vago era a última coisa que queria. Mas ele não teve chance de opinar. Astra se inclinou sobre a mesa, decidida.

— Qual o seu nome? — Calisto respondeu. Tinha até esquecido desse detalhe, não esperava que nenhum deles se importasse com isso tão cedo. Ela mesma não se importava com os deles. — O que você tem em mente, Calisto?

— Simples. Vamos até os portais, e eu os fecho.

— Como sabe que pode fechar os portais? — Tiberius perguntou, relutante. Não era homem de se convencer facilmente. — Disse que a joia não funciona sem as outras, então como sabe?

Calisto demorou a responder, ainda pressionando a unha contra a carne. Parecia algo que fazia com frequência. Alguém lhe questionava, ela passava uns segundos em silêncio, se concentrando na resposta, por mais simples que fosse, e só depois respondia, e nem sempre era uma resposta sólida.

— Eu sei — disse, simplesmente.

— Rower, não pode concordar com isso! É muito vago, seria mandar os portadores das joias para combater fumaça — argumentou. O Pretor suspirou.

— Tem razão, Magni. Mas acho que nesse caso, são eles quem decidem.

— Não precisam responder agora. — Calisto falou. Moveu as mãos, fazendo o metal das algemas retinir. — Eu não vou fugir. Mas todos precisam aceitar. É preciso as quatro… — ela deixou a frase no ar. Olhou para Tiberius, franzindo as sobrancelhas. — Onde está a joia da Água?

— Eu não sou um portador — respondeu. — A Catarina é.

— Sim, ela tem a do Ar. Mas onde está o portador da joia da Água?

— Ninguém foi escolhido ainda desde a morte do último — respondeu Antony. Tiberius e Catarina pareceram hesitar, encararam o Pretor discretamente, como se quisessem se certificar da sua reação antes de dizerem qualquer coisa. O Pretor pigarreou, chamando atenção.

— Alguém foi escolhido, sim. A Cidadela manteve em segredo, por causa das várias… complicações relacionadas ao “escolhido”.

Calisto achou interessante que ele não se referiu ao tal alguém como “portador”, mas não disse nada.

— Como assim? — perguntou Astra. — Por que o segredo? Ele é menor de idade?

— Não. Ele é um criminoso. — Astra e Antony, os únicos da Cidade Baixa, aparentavam um misto de surpresa e desagrado.

— Você devia ter nos contado. — Antony criticou. — Até entendo não querer espalhar para a população, mas você devia ter contado para a gente.

— Segredo de Estado, Sr. Carter. — O Pretor desconsiderou as reclamações imediatamente, e voltou os olhos para Calisto, que observava tudo em silêncio. — Você vai pedir para vê-lo, não é? — Ela concordou com a cabeça. — Vocês estão dispensados, quero falar com ela à sós.

— Daremos nossa resposta amanhã. — Catarina avisou, saindo da sala acompanhada pelo marido.

Tiberius e Catarina andaram pelos corredores do Palácio da Fênix em completo silêncio, sendo os únicos sons os de seus passos. Catarina segurava o braço de Tiberius, aliviada e ao mesmo tempo receosa pelo fim da reunião. Quando foi informada sobre a andarilha, não foi ingênua a ponto de pensar que ela viera apenas devolver a joia. Era óbvio que havia algo mais, porém Catarina não imaginava que a proposta lhe traria tanto risco. Sair da cidade não era uma ideia que a deixava calma.

Tiberius estava mais calado do que o normal, e Catarina não precisava perguntar para saber o que se passava em sua mente. Tiberius tinha os mesmos receios em foco, e provavelmente já estava procurando por uma solução. Além do risco para Catarina, a proposta de Calisto era muito incerta, e Tiberius Magni precisava que tudo ao seu redor estivesse sob controle.

Após alguns minutos, o casal chegou à ala do palácio reservada para sua família. O Palácio da Fênix era a morada de todas as cinco famílias da Cidadela, e ainda era grande o suficiente para abrigar o resto da população, caso fosse preciso. Afinal, o intuito de construir uma cidadela é proteção. As alas referentes às outras famílias eram totalmente manutenidas por empregados, mas não a dos Magni. Não, Tiberius apreciava a privacidade do seu lar. Pelo menos em algum lugar da cidade eles precisavam ter privacidade, e Tiberius nunca aceitou que alguém fizesse por ele uma tarefa que fosse capaz de realizar. Além disso, os problemas e acusações que a família Magni enfrentou durante a sua adolescência minaram cada vez mais sua riqueza, e por pouco não enterraram seu nome. Tiberius custou a recuperar sua posição, e ainda era só uma fração do que os Magni já tiveram no passado.

— Vou fazer o almoço — avisou Tiberius, que acabara de tirar o terno e a gravata, deixando apenas a camisa social. Catarina assentiu, ainda pensativa.

— O que você achou dela? — indagou, seguindo-o até a cozinha. Tiberius fez um gesto de indiferença.

— O mesmo que acho de todos. Não confio nela. Rower pode ser um narcisista preconceituoso, mas ele está certo em temer a joia nas mãos dela.

— Mas acha que ela disse a verdade sobre os portais. — Catarina não estava perguntando. Ela suspirou, apoiando as costas na parede e fechando os olhos. Continuou, quase em um murmúrio. — Eu não posso sair, Tiberius. A joia não vai me proteger lá fora.

— Você não precisa explicar isso pra mim, Cat.

— Astra obviamente já aceitou a missão. Ela é impulsiva. Não sei do Antony, mas o Vermont… com certeza, ele não tem alternativa.

Tiberius fez uma pausa, apoiando-se no balcão, mantendo a cabeça baixa.

— Eu vou pensar em alguma coisa. Vou pensar em algo. Eu não vou deixar você se arriscar, Cat. — Ela assentiu, tentando não parecer preocupada. Se afastou para pôr a mesa, enquanto Tiberius terminava de cozinhar. Sempre resolveram juntos todos os obstáculos, mas dessa vez Catarina achava que não conseguiriam evitar a escolha.

Ela temia que aquele fosse o início da queda de ambos.

 

~*~

 

Rower guiava Calisto para fora do palácio, seguido por Alessa, a militar responsável pela nômade desde que ela saíra da descontaminação. Ele mesmo a havia designado para a tarefa, pois era a pessoa em que mais confiava. A quem ele confiaria um serviço tão importante, segundo ele, senão sua própria filha?

O prédio de contenção era uma construção pequena e separada do Palácio, porém ainda dentro dos limites da Cidadela. Calisto não entendeu o porquê. Duvidava que a proteção do povo fosse uma prioridade para a Cidadela, a ponto de manterem os criminosos do lado de dentro dos mundos.

De qualquer maneira, não eram muitos. Parte dos crimes mais graves eram punidos com a morte, e crimes leves, com castigos imediatos. Dentro do presídio não havia mais do que cinco pessoas. Rower levou Calisto até a última cela, onde um homem era o único ocupante. Ele estava jogado no chão, as pernas estiradas e as costas apoiadas na parede. Não cortava o cabelo ou fazia a barba há um tempo, e tinha um olhar irreverente, do tipo que só pessoas sem mais nada a perder conseguem ter.

— Uh, visitas! — zombou, sem nem levantar o rosto. — Meu caro Pretor, há quanto tempo… não pensei que se importaria a ponto de vir me ver.

Rower revirou os olhos.

— Acha que pode trabalhar com ele? — perguntou para Calisto. — Acho a minha sugestão mais prática.

— Ah, entendi… — O prisioneiro riu para si mesmo. — Bem, faz sentido, por que mais alguém viria aqui? — comentou, embora de início pensasse que Calisto era uma nova “hóspede” do prédio, devido às algemas que ela ainda usava.

— Quero conversar com ele.

— Não vamos deixá-los sozinhos — alertou, mas o Pretor e a guarda se afastaram, apenas um pouco para que ainda pudessem ouvir a conversa.

— O que é isso, um tipo de teste? — ele perguntou, quando Calisto se sentou do lado de fora da grade. Ela negou.

— Qual o seu nome? — Ele riu. Mas, talvez por não ter nenhuma distração além de conversar com a nômade, o prisioneiro respondeu.

— Vermont. Luc Vermont. Muito prazer. E você é?

— Calisto, apenas. Por que você está preso?

— Assassinato. — Vermont abriu os braços em um gesto teatral e um sorriso indiferente. — Isso já acabou? — Fez um gesto vago com o dedo, indicando a conversa que estavam tendo.

Calisto sabia que assassinato era punido com a morte em Aurora, então esperou pelo motivo verdadeiro, mas Vermont não disse mais nada.

— Como a joia começou a chamar por você? — Vermont arquejou com irritação e não respondeu. — Eu preciso do Portador da joia da Água, e se eu não convencer o Pretor de que você será útil, ele vai ordenar sua execução e esperar a joia chamar por outro. — Calisto inclinou a cabeça, tentando alcançar seu olhar. — Pode fingir que não se importa, mas sei que você ainda dá valor a vida.

— Você não me conhece — disse, tanto pela afirmação pessoal de Calisto sobre si quanto pelo interesse em salvar sua vida. — Por que quer especificamente a minha ajuda? Pode esperar o novo portador após a execução.

Ela deu de ombros.

— Não ligo a mínima para quem é o portador. Mas nada garante que a joia escolherá alguém imediatamente. Pode levar meses ou anos, e eu quero agora. Eu preciso agora. Preciso de todos os portadores para fechar os portais.

Vermont encarou a mulher através da grade. Não sabia o que estava acontecendo, nem se confiava no que ela dizia, já que as algemas não lhe passavam a imagem de uma pessoa confiável, apesar de que esse argumento não parecia válido quando era ele quem estava atrás das grades. Mas se havia uma chance do que ela dizia ser verdade, Vermont não gostaria de apostar a sua vida. Suspirou, rendendo-se.

— O que precisa que eu faça?


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Notas finais do capítulo

Durante a história vocês vão poder fazer escolhas, mas nesse capítulo não tem nenhum escolha para ser feita, né, ou a história não começa. Mas enquanto não tiver escolhas, eu vou fazer perguntas sobre os seus personagens para poder entendê-los melhor.
1- Quais os medos dos seus personagens?
2- Quais as impressões deles sobre os outros portadores e a Calisto?
Espero que tenham gostado ♥ Lembrando que se algo relacionado ao seu personagem ou a escrita não estiver de agrado, podem reclamar ou fazer sugestões à vontade.