Card Captor Chronicle escrita por teffy-chan


Capítulo 9
Capítulo 9 - Impedimento




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— Yue!

Uma menina irrompeu na sala e colocou-se entre os dois homens antes que o ser de aparência angelical atirasse.

— Mestra — Yue chamou, os olhos azuis arregalados de surpresa — Por que me impediu? Por favor, saia daqui. É perigoso.
— Eu sei que é perigoso — Sakura respondeu, ainda entre os dois com os braços abertos — Não atire nele. Você também, Kurogane-san — ela virou-se para encarar o outro homem — Por favor, parem de lutar.
— E por que eu deveria? Foi ele quem começou — Kurogane falou.
— Porque essa luta não faz sentido! — a menina exclamou, voltando-se para o homem de branco — Yue, eles são meus amigos. Por favor, não lute com eles.
— Mas Mestra, eles estão procurando pelas Cartas…
— Eles estão procurando um item diferente. E eu estou ajudando — Sakura respondeu — Acalme-se e eu te explico tudo — ela pediu e Yue deu-se por vencido, fazendo a flecha de magia desaparecer. Kurogane também embainhou sua espada.
— Sakura! — a voz de Li foi ouvida no corredor e o garoto adentrou a sala instantes depois — Sakura, está tudo bem?
— Não saia correndo assim de repente, por favor — Tomoyo pediu, chegando logo depois dele.
— Desculpem, é que eu senti uma presença mágica e…
— Por que o Yue está aqui? — Li interrompeu.
— Ah, isso é incrível! Faz tempo que eu não tinha a oportunidade de filmá-lo! — Tomoyo ergueu a filmadora na direção dele — A propósito, encontramos esses dois perdidos em um dos corredores — ela apontou para a porta. Syaoran e a Princesa adentraram a sala, parecendo confusos com o cenário pós-batalha que havia naquela sala.
— O que foi que aconteceu aqui? — a Princesa indagou.
— Ah, nada de mais… só esse cara com asas tentando matar a gente — Fye abanou a mão como se isso não tivesse importância.
— Vocês lutaram? — Tomoyo exclamou, interrompendo a filmagem — Estão vendo, é por isso que eu disse para não se separarem. Sempre acontece algo ruim quando o grupo se separa!
— Você anda assistindo televisão demais, Daidouji — Li comentou.
— Pensei que eles estavam procurando pelas Cartas — Yue defendeu-se.
— Já disse que não é isso que eles querem — Sakura repetiu — Além do mais, apenas eu posso controlá-las, e… por que tem um buraco na parede? — ela interrompeu-se notando só agora o enorme buraco na parede oposta feito pela magia de Yue durante a luta.
— Foi ele — Kurogane, Fye e Mokona disseram ao mesmo tempo, todos apontando para Yue.
— Isso é porque eu sei lutar. Vocês nem fizeram nada — Yue cruzou os braços — Com exceção desse animal rosado, é claro.
— Mokona é incrível! — o animal saltitou feliz.
— Como é que é, seu…
— Kuro-tan, acalme-se — Fye o interrompeu antes que os dois começassem a lutar de novo — Sakura-chan, você não ia explicar ao seu… amigo? — ele arriscou — Que nós não estamos atrás das suas Cartas?
— Ah, é verdade — a garota lembrou — Venha até aqui, Yue. É uma longa história.

Ela repetiu a história que tinha contado para Yukito. Imaginou que Yue tivesse ouvido a conversa, já que os dois estavam ligados, mas se atentou tanto ao fato de explicar sobre os dois mais jovens do grupo por terem a mesma aparência que ela e Li e o motivo disso que acabou não mencionando que havia outras pessoas viajando com eles. Como pôde ser tão burra? Se tivesse demorado um pouco mais, alguém poderia ter se ferido gravemente naquela luta sem sentido! Não podia esquecer de contar nenhum detalhe dessa vez.

— Entendo. Então eram quatro pessoas viajando entre mundos diferentes, e não duas afinal — Yue disse quando a explicação terminou. Agora que a hostilidade entre ele, Kurogane e Fye tinha acabado, Yue encarou melhor os dois. Um homem loiro sorridente e outro de cabelos pretos e carrancudo… batia com a descrição de Touya. Então eram aqueles dois que estavam na casa do rapaz — Não sabia que vocês estavam viajando com a Princesa e o garoto parecido com Syaoran Li. A Mestra não me contou esse detalhe.
— Sinto muito mesmo… — Sakura lamentou.
— Tudo bem, tudo bem — Fye abanou a mão — O importante é que agora está tudo resolvido.
— Então, o poder que eu senti vindo daqui…
— Era de uma pena — Mokona falou — Mas está enfraquecendo.
— Entendi. Bem, se não há nenhuma Carta neste local, então também não tem motivo para eu ficar aqui — Yue escondeu o próprio corpo com seu enorme par de asas, que logo desapareceram, dando lugar a figura de Yukito.
— Hã? Espera, por que aquele cara se transformou? — Kurogane apontou para o rapaz escandalosamente.
— Esqueceu do que eles nos explicaram ontem? — Syaoran perguntou — Um amigo do irmão dessa menina também tinha uma noção dessas Cartas e também é o hospedeiro de um dos Guardiões delas. É ele.
— O que? Onde…? — Yukito olhou ao redor confuso — Mas o que eu estou fazendo aqui?
— Você está na nossa escola — Sakura informou, sem saber como explicar tudo que tinha acontecido.
— Sakura-chan! — Yukito sorriu ao ver a menina — Mas o que eu estou fazendo aqui? A última coisa que me lembro é de estar conversando com o Touya e… — o sorriso dele murchou ao lembrar da conversa que estavam tendo. Não tinha conseguido contar a verdade para Touya. E nem sabia se poderia contar.
— Você se transformou no Yue — Li contou — E estava lutando com eles, aparentemente — ele apontou para Kurogane e Fye.
— O que? Por que? — Yukito exclamou pasmo.
— E você ainda pergunta? — Kurogane exclamou de volta — Você, ou o tal de Yue, ou seja lá quem for, nos acusou de estar procurando as Cartas dessa garotinha! — ele apontou para Sakura — Mas quando percebeu que estava errado, foi embora e se transformou em você. Sujeitinho egoísta aquele, viu… e mal-educado ainda por cima! Nem sequer pediu desculpas quando percebeu que estava errado.
— Sinto muito. Não consigo me lembrar das coisas que faço enquanto sou Yue — Yukito lamentou — Aliás, quem são vocês? Sakura-chan me contou sobre a Princesa e o outro Syaoran-kun, mas…
— Esses são Fye-san e Kurogane-san. Eles estão viajando junto com os dois — Sakura apressou-se a dizer.
— Ah, então tinha mais gente — Yukito balançou a cabeça com ar de compreensão.
— Que maldade, Sakura-chan. Você se esqueceu de nós — Fye choramingou de modo infantil.
— Sinto muito! — ela exclamou, entre culpada e envergonhada — É que, no momento, só pensei em contar sobre a Princesa e o garoto parecido com o Syaoran-kun com mais urgência porque o Yukito-san conhece eles, e…
— Não se preocupe, ele só está se fingindo de vítima — Kurogane a interrompeu, embora também tivesse ficado aborrecido — Não caia na lábia desse idiota.
— Bom, eu gostaria de poder dizer para ficarem um tempo aqui e conhecerem a cidade, mas infelizmente terei que dizer o contrário — Yukito falou.
— Como assim? - Syaoran perguntou sério.
— Touya está cada vez mais desconfiado. Ele me encheu de perguntas hoje, Sakura-chan — Yukito voltou-se para a garota - Não sei por quanto tempo vou conseguir enganá-lo — ele contou cabisbaixo.
— Sinto muito ter que fazer você passar por tudo isso — Sakura lamentou.
— Nós também — Syaoran acrescentou — Vamos apressar nossa busca. Não queremos causar problemas para vocês.
— Desculpe por isso — Yukito sorriu sem graça - Eu preciso ir agora, estou atrasado para o trabalho. Até logo, Sakura-chan — ele deixou a sala parcialmente destruída.
— Esse cara… ele não se parece nada com o homem com quem estávamos lutando agora a pouco — Kurogane comentou.
— Isso não importa, Kuro-chan — Fye deu de ombros — Não se esqueça que nossa prioridade é procurar…
— Uma Carta! — Sakura exclamou.
— O que? Quantas vezes preciso dizer que não queremos suas Cartas? — Kurogane exclamou.
— Não é isso. Sinto a presença de uma Carta. E está muito perto daqui — Sakura olhou na direção da porta.
— Mas Sakura, agora é hora do intervalo, não é? — Li observou — Os alunos devem estar espalhados pelo pátio e pelos corredores.
— O que? — a garota exclamou desesperada, olhando em seguida para o relógio pendurado na parde, que felizmente continuava inteiro. Li estava certo, o intervalo estava quase no fim, mas ainda devia ter muitos estudantes espalhados pelos corredores da escola. Sem falar que ela, Tomoyo e Li também precisavam voltar para as aulas da tarde. Tomoyo não podia fingir estar doente o dia inteiro, caso contrário acabariam descobrindo a farsa — E agora, o que vamos fazer?
— Huhuhu… pensei que algo assim poderia acontecer, então eu trouxe isso — Tomoyo tirou uma sacola sabe-se lá de onde e mostrou para eles — Não se preocupe, Sakura-chan. Pode deixar que eu resolvo isso.

 


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