E Se Eu Não Te Amar? escrita por Kênia


Capítulo 11
O Início de uma Nova Paixão?


Notas iniciais do capítulo

Olá, Meus Amores!

No último capitulo Cat Noir decidiu que não amaria mais a Ladybug, mas será que isso será o inicio de uma nova paixão?


Espero realmente que gostem.

Boa Leitura!



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Ladybug e Cat Noir ainda se olhavam com os rostos tão próximos que os cabelos do gatinho fizeram cócegas na joaninha. A mão da garota ainda no rosto do menino que sentia seu coração mais rápido a cada nova batida.

Aquele era o fim de sua paixão por Ladybug, e talvez o início de um romance com uma certa garota de cabelos azuis.

A pequena abriu a boca para dizer mais alguma coisa, porém não teve tempo, um estrondo soou e os heróis despertaram de seu momento desconectado do mundo. Ao mesmo tempo, ambos, correram para o lado de fora e avistaram a Capitã Hardrock com um enorme sorriso no rosto enquanto destruía uma ponte com os canhões do navio.

— Temos que detê-la — disse Ladybug correndo na direção da akumatizada.

O gatinho a seguiu e antes de chegarem ao seu destino já haviam sido avistados pela vilã. Ela apontando sua espada para os heróis enviou uma rajada de correntes em direção a eles. Cat Noir girou seu bastão fazendo com que os objetos ricocheteassem para longe. Enquanto isso Ladybug ficou atrás dele olhando ao seu redor para tentar descobrir qual o próximo passo que deviam tomar.

— Onde está o akuma? — Perguntou o gatinho.

— Pode estar em qualquer lugar no barco — afirmou a joaninha enquanto percebia que a vilã sessou seus ataques para observar um conserto alguns metros à frente.

— Em algum lugar no barco? Isso não é muito preciso. Já sei, vou usar o meu cataclismo, se estiver aqui em algum lugar eu irei destruí-lo — o garoto falou levantando a mão e começou a gritar em seguida — Cataclis...

Antes que ele terminasse a frase foi interrompido por um puxão no braço. Ladybug havia enroscado seu ioiô em volta da mão dele, o gato olhou para ela surpreso.

— Você não pode fazer isso agora. Tem pessoas presas no navio. Se você destruí-lo todos vão cair no rio — afirmou a menina.

Ao dizer estas palavras os heróis foram surpreendidos por mais um grito de comando da Capitã Hardrock.

— Atire naquele musical!

O navio disparou em direção ao palco onde estava Jagged Stone. Ao acertar as bombas em formato de caixas de som explodiram destruindo completamente o local. Por sorte, pouco antes da explosão todos conseguiram saltar para longe, evitando assim serem atingidos.

— Vou tentar o leme — falou Ladybug correndo em direção ao timão do barco.

A garota tentou vira-lo para todos os lados, mas não conseguiu movê-lo nem um centímetro.

— Está preso — gritou para Cat Noir.

— O navio só obedece a mim — Falou a akumatizada com um enorme sorriso no rosto.

Ela ordenou suas correntes a atacarem a joaninha que com uma pirueta evitou ser atingida. A Capitã Hardrock pulou na frente de Cat Noir e com sua espada tentou acerta-lo. O gatinho esquivou se abaixando bem a tempo de ser decapitado. O garoto girou seu bastão para se defender de outro golpe.

Enquanto a batalha entre espada e bastão continuava, Ladybug resolveu que era a hora de usar seu poder.

— Talismã — gritou ela.

Lançando seu   ioiô para o alto, ele girou e brilhou se transformou em uma corrente a qual a garota pegou no ar. A menina olhou para o objeto sem saber o que faria com aquilo. Observando em sua volta sua visão de joaninha lhe indicou a bussola, que com a transformação do navio foi parar ao lado do leme, e uma rampa que havia à alguns metros na frente do barco.

— É isso! Já sei o que fazer — disse ela para si mesma.

A bussola era o que estava controlando aquele barco, se ela conseguisse colocar a corrente de metal envolta dela o objeto enlouqueceria e mudaria de direção.

O gatinho que ainda lutava com a akumatizada desviou de mais um golpe e subiu pela vela do barco. A Capitã Hardrock mais uma vez lançou suas correntes para cima do herói que se desviou com um mortal para trás, porém mais correntes vieram e ele foi obrigado a saltar sobre elas, em seguida para não cair na água pulou ainda mais alto, voando por cima do rio até atingir a margem à sua direita.

Enquanto isso, Ladybug correu até a bussola e sem que a vilã a visse à envolveu com a corrente de metal o que fez com que ela começasse a girar descontroladamente. A joaninha procurou seu parceiro, enquanto via o barco mudando sua direção para a rampa que a garota havia visto alguns minutos antes.

Ao ouvir um grito de protesto da Capitã Hardrock, Ladybug à viu ordenando que seus canhões atirassem contra o gatinho, este girou seu bastão lançando as bombas de volta para o barco, estas caíram sobre a cabine onde Adrien havia visto Marinette pela última vez, onde ela deveria estar naquele momento. Ao explodirem destruíram completamente a sala, pedaços de madeira voaram para o alto e a parte de cima caiu esmagando tudo que havia embaixo. Ao mesmo tempo o barco saltou pela rampa e caiu sobre um gramado.

O gatinho vendo o que acabara de acontecer ficou paralisado por um instante enquanto processava em sua cabeça o ocorrido. Ele fez com que as bombas destruíssem a cabine do navio onde ele havia pedido para que Marinette ficasse escondida. Onde ele disse que ela ficaria segura. Cat Noir sentiu seu peito sendo esmagado ao se dar conta de que Marinette poderia estar debaixo daqueles destroços. A Ladybug poderia usar seu poder para consertar tudo, mas se uma pessoa morresse ela não poderia traze-la de volta.

A angustia começou a tomar conta de seu corpo, usando seu bastão ele saltou até o barco. As batidas de seu coração aceleraram e ele perdeu completamente o controle de si. Em um minuto estava sobre os destroços tentando retirar os entulhos para encontrar a garota de cabelos azuis. Sem perceber ele começou a gritar pela menina, seus olhos arderam por causa das lágrimas.

— Marinette! Por favor, não! Nãaaooo!

A dor que ele sentia era tão grande que o fez se lembrar do pior dia de sua vida. O dia em que seu coração se despedaçou completamente, quando descobriu do desaparecimento de Emilie Agreste. Naquele dia ele implorou pelo carinho do pai, mas este o evitou completamente. Adrien ficou sozinho no próprio quarto deixando que a sofrimento o consumisse. Sem mãe, sem pai, sem amigos, sozinho.

Mas, depois de muito insistir finalmente conseguiu convencer seu pai de deixa-lo estudar em uma escola, e foi aí que ele conheceu Marinette. No início ela não gostava dele, tudo porque achou que o loirinho era como Chloé, isso só porque era amigo dela. Com o tempo a garota percebeu que Adrien era o oposto da loira, e assim eles começaram uma amizade.

O que o garoto nunca pensou que fosse acontecer é que ele se apaixonaria. Aquele jeitinho da menina o cativou e mesmo que ele não admitisse, os sentimentos por ela começaram a crescer devagarinho. Seu amor por Ladybug sempre foi a desculpa que usava para si mesmo para não admitir que sua amizade por Marinette não era exatamente isso. “Apenas amigos”, essa foi uma frase que saiu inúmeras vezes pela boca do loirinho, isso porque ele precisava ouvir essas palavras para se convencer de que isso era realmente verdade.

Naquele momento, não só porque havia desistido de seu amor pela joaninha, Adrien percebeu que o que sentia pela garota era muito maior do que ele imaginava. Este fato fez com que a ideia de perde-la o atingisse de uma forma muito mais violenta. Ele não aguentaria perder mais uma pessoa tão importante para sua vida. Não, perder a mãe já havia o destruído. Não poderia viver sem Marinette também, ainda mais sabendo que era sua culpa. Ele nunca deveria tê-la deixado ali sozinha. Deveria tê-la levado para um lugar segura fora do barco.

O garoto retirava tabuas e vigas de metal em uma tentativa de encontrar a pequena de olhos azuis. Seus gritos se tornaram cada vez mais desesperados, suas lágrimas escorriam por todo seu rosto. Em seu peito ele sentia uma agonia tão profunda que dilacerava seu coração. Ele nem ao menos sentiu a mão em seu ombro, ou ouviu a voz que tentava convencê-lo a se controlar. Tudo o que ele conseguia pensar era nela, na garota que sempre esteve ao seu lado quando precisou. A menina que com aquele jeito doce, sempre tentou chamar a sua atenção. A pequena que tinha um dos corações mais bondosos que ele conhecia. A pessoa que Adrien sempre teve em seu coração, mas que só recentemente percebeu que era quem ele queria para sempre em sua vida.

⠂⋆ ⠂

Ao ver que o barco estava caindo no gramado, Ladybug aproveitou que a Capitã Hardrock estava distraída com o gatinho e correu até a bussola retirando a corrente. A garota foi até a vilã e a acorrentou com o objeto de metal, sem que ela nem ao menos percebesse a sua presença. Foi quando ela ouviu o estrondo.

Se voltando para onde vinha o som ela se deparou com uma explosão que destruiu completamente a cabine do barco. Porém não foi isso que a surpreendeu e sim Cat Noir que corria gritando em direção aos destroços. Sua voz era tão desesperada que Ladybug não conseguiu distinguir as palavras. Sem olhar para trás ela correu até seu amigo que descontroladamente tentava retirar os entulhos que se acumulavam na proa do barco.

— Marinette! Por favor, não! Nãaaooo! —  Gritou o gatinho.

— Cat Noir! O que você está fazendo? — Perguntou a joaninha colocando uma de suas mãos sobre o ombro do garoto.

Ele estava descontrolado, nem ao menos percebeu a sua presença.

— Não! Eu não posso perde-la também. Não posso!

A garota sem entender o que estava acontecendo tentou acalma-lo, mas ele parecia nem notar sua presença. Ladybug puxou o braço do gatinho e o fez a encarar. Ao ver o seu rosto ela recebeu uma fincada em seu coração. Cat Noir estava com as bochechas repletas de lágrimas, sua expressão era tão aflita que instintivamente a joaninha o abraçou. Ao envolve-lo em seus braços ela o fez deitar sua cabeça sobre seu ombro direito. O corpo dele se movia descompassado por causa dos soluços enquanto repetia inúmeras vezes:

— M-my L-lady, p-por favor, me ajuda a tira-la daí. E-eu não posso perde-la. P-por favor — as suas palavras foram cortadas pelos soluços que faziam o corpo do garoto convulsionar.

— De quem você está falando? — Perguntou Ladybug enquanto acariciava os cabelos do gatinho, em uma tentativa de acalma-lo.

— M-marinette! E-ela estava a-aqui!

Claro, Marinette! A joaninha não sabia como o gatinho sabia, mas teoricamente era para ela estar dentro daquela sala. Será que Adrien havia dito isso a ele? Isso não importava. Ela teria que dar um jeito de tranquiliza-lo ao mesmo tempo que descobria onde estava o akuma, já que o gatinho parecia não estar em condições de usar seu cataclismo, ou será que estava? A joaninha afastou o garoto segurando e seus ombros fez com que ele olhasse em seus olhos.

— Cat Noir, eu sei que você está preocupado com essa garota, mas eu preciso que você me escute. Você precisa usar seu Cataclismo, assim eu poderei purificar o akuma e usar meus poderes para reconstruir o barco de novo. Assim ficará mais fácil de encontrá-la.

Mais uma vez a dor abateu a garota. Ela nunca havia imaginado que o gatinho gostasse tanto de seu eu sem máscara. Eles já haviam passado vários momentos juntos em sua varanda, nada que a fizesse pensar que o gatinho se desiquilibraria tanto ao pensar que ela poderia estar morta.

Juntando suas forças Cat Noir usou seu Cataclismo no barco e custou a esperar que o barco voltasse ao normal para correr e procurar por Marinette.

— E-ela não está aqui! — Gritou ele para sua parceira.

— Isso é bom, quer dizer que ela está bem — disse Ladybug.

— E-então onde ela está?

Ao dizer estas palavras os heróis ouviram um “bip-bip” vindo do anel de Cat Noir.

— Gatinho, é melhor você ir antes que se destransforme.

— E-eu não vou sem antes ter certeza de que ela está bem — retrucou ele ao mesmo tempo em que limpava as lágrimas de seu rosto.

— Pode ir. Eu vou procura-la. Te prometo que não vou embora sem antes achar a Marinette.

O tom da voz da joaninha foi tão tranquilizador que convenceu o gatinho a ir embora. Ou pelo menos fez com que ele corresse para se tornar destransformar e continuar sua procura como Adrien.

Com o trabalho pronto Ladybug se escondeu em um canto e se destransformou.

— Nunca imaginei que ele gostasse tanto assim de mim, Tikki. Eu sei que ele é apaixonado pela Ladybug, mas, ele estava preocupado comigo — disse Marinette a seu kwami apontando para si mesma — preocupado com o meu eu sem a máscara.

— Ele tem uma afeição muito grande por você Marinette, ele aprendeu a gostar da garota que você é por dentro e não de quem você é por fora.

A garota parou um instante se lembrando do rosto do herói e mais uma vez uma dorzinha lhe atingiu o peito. Foi quando ela escutou alguém gritando seu nome.

— Marinette!

Ela saiu de seu esconderijo e avistou Adrien correndo. O que havia acontecido com ele? Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto com um rastro molhado. Seus olhares se encontraram e a menina viu aqueles olhos verdes cheios de lágrimas. Naquele momento a expressão dele mudou, um brilho atingiu seus olhos e um enorme sorriso apareceu em seus lábios. O garoto correu na direção na menina e a abraçou forte tirando os pés dela do chão e a girando no ar.

— Marinette! Que bom que você está bem — ele a colocou no chão e pós uma mão em cada lado da cabeça dela — E-eu, pensei que você estivesse... Me desculpa, por favor me desculpa. Eu nunca deveria ter te deixado sozinha. Se alguma coisa acontecesse a você eu nunca me perdoaria.

Marinette foi surpreendida pela atitude do garoto. Ele parecia tão mal quanto Cat Noir. Ela nunca imaginou que o loirinho pudesse se importar tanto com ela.

— Adrien, eu...

— Por favor, não fala nada — ele a envolveu mais uma vez em seus braços e repousou sua cabeça no ombro dela — Só me deixa te abraçar por mais um pouco.

A sensação de alivio acalmou o coração do loirinho que naquele momento só queria que o tempo parasse, para que ele pudesse ficar para sempre nos braços de sua amada.


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Notas finais do capítulo

Espero realmente que tenham gostado!

Neste capitulo Cat Noir decidiu que não amaria mais a Ladybug, mas será que isso será o inicio de uma nova paixão?

Não perca o próximo capítulo para descobrir o que irá acontecer.

Capítulo 12 - O Início de Uma Nova Paixão?