A Slasher Movie escrita por MV


Capítulo 6
Capítulo 1x06: Sexta-Feira 13


Notas iniciais do capítulo

Vocês acharam que não ia ter mais capítulo da Slasher Movie?

ACHARAM ERRADO

Então, hora de explicar o porquê dessa demora excessiva: O capítulo já tinha ficado pronto há algumas semanas atrás, mas sabe quando você não fica satisfeito com o material final? Então, foi o que aconteceu aqui. Eu decidi então reeescrever várias cenas e retirar algumas, pra chegar mais próximo do resultado final que eu desejava e que ficasse melhor pra vocês leitores! :) A demora do capítulo tbm se deve a uns probleminhas pessoas que tive e pelo fato de estar cheio de outras coisas pra fazer, o que acabou atrasando mais do que eu gostaria...

Novamente, desculpa pela demora excessiva, eu realmente não queria, mas acabou sendo necessário pra que o capítulo fosse entregue da melhor maneira possível pra vocês :)

Outra coisa sobre o capítulo, que é importante: eu dividi a história em algumas fases para melhor organização, então esse capítulo é quase como se estivéssemos começando uma segunda fase dentro da história, em que o perigo está mais vivo do que nunca depois dos últimos eventos. Embora esse capítulo esteja mais tranquilo e tenha a intenção posicionar os personagens para essa nova fase na Slasher Movie, ainda está repleto de emoções!

Também como parte da homenagem ao filme do título que foi um dos maiores ícones dos anos 80, eu coloquei duas músicas dos anos 80 que aparecem no decorrer do capítulo durante as cenas no festival. Originalmente seriam bem mais, mas elas acabaram deletadas na versão final. São estas:

Take On Me - A-ha
https://youtu.be/djV11Xbc914

Every Breath You Take - The Police
https://youtu.be/OMOGaugKpzs

Acho que é isso, aproveitem o capítulo!



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As folhas secas eram arrastadas por cima da grama verde, por conta da leve brisa que atingia o descampado do parque municipal de Mt. Rosemary, onde aconteciam as festividades do aniversário da cidade. Flores de todas as cores estavam dispostas diante de um mural, iluminado por chamas de velas que também lutavam com o vento, para não serem apagadas.

Mensagensde luto, desesperadas por alguma resposta, e muitas fotos espalhadas em lembrança a Kaitlin Cooper, Mary Jane Butler, Raul e Anthony Earl apareciam no memorial. Todas lembranças dos terríveis eventos que vinham se desdobrando pelas últimas semanas no que já foi uma pacata cidade.

Thereza Hayledale pigarreou de repente, assustando várias pessoas. A diretora estava sobre um púlpito, que se localizava atrás do mural, com um microfone apontando para seu rosto.

— Boa noite a todos, alunos, professores, parentes e a todos que vieram prestar vossas condolências aos necessitados. Todos nós precisamos do apoio de vocês. Não está sendo um momento fácil para todos nós de Mt. Rosemary e principalmente, para nós, da Mt. Rosemary High School. Dois alunos, tão jovens e cheios de sonhos, partiram muito cedo deste plano, junto com uma autoridade importantíssima nesta instituição, e um funcionário dedicado á sua função, de uma importância fundamental. – Thereza parou por um instante antes de olhar novamente a multidão. – O momento é de tristeza profunda, mas também de renascimento. Estas mortes só nos fortalecem mais, e para quem estiver tentando nos derrubar, nós não cairemos.

Não cairemos. A frase dita por ela ao público era de incentivo para dar a volta por cima, porém Thereza Hayledale sentia que na realidade, estava caindo.

XXX

— Estamos aqui falando diretamente do aniversário da cidade Mt. Rosemary. Porém, como sabem, nem somente de festividades está vivendo este aniversário, já que acabou de terminar o memorial para os estudantes mortos da Mt. Rosemary High School. – William Johnson falava diante de seu câmera, ao vivo para o jornal local. – Vejam, já estão saindo algumas pessoas do memorial, vamos ser se conseguimos falar com uma delas!

William então correu na direção de uma garota loira que andava de forma devagar, abraçada por um outro rapaz.

— Olá, boa noite moça! Você é aluna de Mt. Rosemary High School, eu presumo. Como foi o memorial?

— Eu não quero falar com ninguém... – Beth respondeu. – Me deixa em paz.

— Nós entendemos o seu luto, garota. Não deve ser fácil o que vem acontecendo… – Ele começou a caminhar rápido atrás de Beth, que tentava se esquivar do repórter.

— Por favor, me deixa em paz…

— Por acaso você conhecia alguma das vítimas?

— ELA JÁ DISSE QUE É PRA DEIXAR ELA EM PAZ, QUE PORRA! – Nicky se virou, gritando com o jornalista que parou assustado. – VÁ A MERDA E ENFIA A PORRA DO SEU NEGÓCIO SENSACIONALISTA NO CU!

Foi aí que Beth realmente começou a derramar lágrimas pelo seu rosto, enquanto Nicky ajudava a caminhar para longe de William, que ainda estava chocado com o que acontecera, ainda mais por ter sido ao vivo.

Nicky abriu a porta do carona do seu carro, fazendo a namorada entrar no mesmo, com o rosto ainda inchado de tanto chorar. Ela usava um vestido completamente preto, assim como o terno de Nicholas, que entrou logo em seguida.

O rapaz suspirou profundamente e olhou para Beth, falando logo em seguida:

— Quer que eu te leve pra minha casa?

Beth, que estava com os olhos cerrados, concordou com a cabeça e falou:

— Qualquer lugar é melhor que aqui. Eu só quero ficar longe de tudo isso.

 

A SLASHER MOVIE

Capítulo 6: Sexta-Feira 13 

 

Mais tarde, naquela mesma noite.

Tema da cena: Take On Me - A-ha 

Nem parece que o apocalipse chegou em Mt. Rosemary. – Pensou Alice. Existia um assassino perigoso á solta, mas mesmo assim a festa de aniversário da cidade acontecia normalmente. Provavelmente eles desviaram tanto dinheiro nisso que não podiam cancelar mais.

Várias barraquinhas de comida se espalhavam pelo parque onde acontecia a festa, bem no centro da cidade. Além dessas barraquinhas, existiam vários brinquedos em operação trazendo um clima de felicidade para a festa. As luzes cintilantes dos brinquedos juntamente da gritaria a lembravam vagamente da festa de Mary Jane, que tinha sido tão desastrosa. A garota então simplesmente mexeu a cabeça tentando esquecer aquele dia.

Mas ela sabia que nenhum dos presentes iria esquecer tão facilmente.

— Quando o Scott vai chegar então, Alice? – Clay perguntou, andando lado a lado com a amiga.

— Eu não sei ao certo, ele me garantiu que já está vindo. – Ela respondeu o jovem, que virou os olhos nas órbitas.

— O pior é que a Carrie vai vir junto. – Clayton suspirou, pesadamente. – Ai, aquela garota me faz a perder a cabeça. E não é no bom sentido.

— Como se alguma garota fizesse você perder a cabeça, né Clayton?

— Graças a Deus não. – Ele respondeu, soltando um risinho.

— Falando nisso… E o Eric? Não ia vir não?

— Não sei, Alice. – Clayton falou, cabisbaixo. – Ele falou muito pouco comigo esses dias… A morte da Mary o afetou muito.

— Eu vi como a Beth está. Nem parece a Beth Croft que eu conheço. – Alice falou. – Vamos mudar de assunto, acho que é melhor.

— Até gostaria, mas é meio impossível de esquecer vendo meu pai em todos os lugares. – Clayton respondeu, se referindo ao xerife Larry. Ele havia disposto de muitos dos seus homens para que nada acontecesse durante a festa da cidade, sendo que o próprio estava lá. Já Kari ficou responsável por cuidar da delegacia, e dos outros casos daquela noite, já que a ordem era segurança máxima.

— É muito engraçado eles tocando essas músicas dos anos 80, né? – Alice falou, rindo, referindo-se a Take On Me, que tocava nos altos-falantes. – Até parece que Mt. Rosemary nunca saiu dessa época.

— Take On Me é muito boa, para. – Clayton respondeu, ensaiando um passo de dança para música que tocava, fazendo Alice soltar uma risada.

— Clayton, só você pra me deixar feliz mesmo apesar de tudo. – Alice respondeu, ainda rindo, enquanto as luzes dos brinquedos refletiam no rosto do garoto que cantava a música.

— Alice? – Uma voz conhecida da garota falou. Ela se virou repentinamente, apenas para ver Scott parado atrás dela, abrindo um sorriso.

— Scott! Que bom que veio! – Ela disse, dando um abraço no oriental. – Só não digo que estou com saudade porque já te vi ontem.

— Acho que eu precisava disso mesmo, espairecer a cabeça um pouco. – Scott falou. – Principalmente com tudo o que vem acontecendo, você sabe.

— Falamos disso ontem, Scott. Hoje não mais. – Alice respondeu.

— Desculpa, é só preocupação. Alice, nós somos cúmplices de um crime… – Scott cochichou no ouvido da garota.

— Scott, não vamos falar sobre isso. Tudo bem? – Ela disse resoluta. Embora o assunto fosse sério e Alice estivesse genuinamente preocupada, não podia deixar o medo subjugar sua vida. Aquele era um dia para se passar com pessoas próximas dela, ainda mais do que a festa que participara. Principalmente porque Scott agora também estava ali.

Ela não sabia quando seria a próxima vez que ele voltaria para Mt. Rosemary, então aproveitaria.

— Estou atrapalhando o casal? – Uma voz feminina perguntou, fazendo os dois se separarem, apenas para ver Carrie diante deles com dois cachorros-quentes em mão.

— Ah, obrigado Carrie. – Scott respondeu, pegando o cachorros-quente. – E nós não somos um casal, já disse…

— Scott. Por favor, né. – Carrie falou, olhando fixamente para o mais velho, e depois se virou para a garota ao seu lado, acenando. – Ah, oi Alice. Tudo bem?

— Tudo sim. – Ela respondeu, abrindo um sorriso.

Será que o Scott contou mesmo pra ela?

— Finalmente vocês chegaram. – Clayton respondeu, voltando ao grupo. Depois de cumprimentar os dois e revirar os olhos discretamente para Carrie, disse: – Acabei de receber uma mensagem dizendo que o Eric está vindo pra cá. Então… Sabem como é.

— Até mais, Clayton. – Alice respondeu o amigo. –  Não faça nada que eu não faria.

XXX

As luzes azul-claro e vermelhas do Crystal Diner iluminavam o estacionamento praticamente vazio diante dele. Naquele momento, só existia uma moto parada defronte ao estabelecimento, que estava vazio exceto por uma rapaz, que comia um lanche feito por ele mesmo.

Miguel suspirou mais uma vez, passando a mão no rosto. Não gostava de ficar completamente sozinho dentro do Crystal Diner, nome que trazia referência ao brilho azul-claro que refletia do lado de fora. O gerente do Crystal trabalhava na sala aos fundos, mas Miguel é quem realmente colocava a mão-na-massa. Apesar daquele dia era o aniversário da cidade, o movimento só ia começar a aumentar mais tarde com o fim da festa. E embora fosse um pouco longe do centro, o Crystal ainda era extremamente visitado por todo mundo. Era a lanchonete mais famosa de Mt. Rosemary e ainda ficava próximo a estrada de saída da cidade.

Miguel conseguiu um emprego no Crystal alguns meses antes, na sua busca por conseguir emprego. A situação em sua residência era terrível demais para que ele não fizesse nada. E além disso, apesar de transmitir uma aura de um jovem rebelde e descompromissado com a vida, Miguel ainda era muito exigente consigo mesmo.

E faria qualquer coisa para ajudar a sua mãe, Dolores.

Ela e seu pai emigraram do México quando o jovem tinha apenas 1 ano, estabelecendo-se em Mt. Rosemary por conta de um emprego que o pai ganhou em uma filial da fábrica em que trabalhava.O latino nunca teve um pai presente em sua vida e cresceu sozinho com sua mãe, Dolores, que o criou aos apertos e barrancos, principalmente depois da traição de seu pai com uma mulher mais nova, que gerou uma outra criança.

Dolores pensou em retornar para o México com a criança, mas como já estava estabelecida e recebendo dinheiro da pensão, conseguiu continuar no país. Para ajudar nas despesas, ela ainda trabalhava de doméstica.

Miguel foi obrigado a crescer e ver a verdadeira vida bem mais cedo. O garoto já tinha um espírito rebelde dentro de si, mas tudo se agravou quando Dolores começou a namorar Marty, ainda quando Miguel era uma criança. Ele nunca foi com a cara do padrasto e tentou alertar a mãe, mas nada feito. Então ele se mudou e tudo virou de pernas pro ar. Já faziam muitos anos, mas cada ano era um inferno pessoal para Miguel, sendo que quanto mais ele crescia, mais Marty se acomodava em sua vida boa.

O latino queria fazer alguma coisa pra melhorar toda aquela situação e livrar ele e sua mãe daquele pesadelo constante, mas não sabia o que fazer ou como fazer. Guardava parte do dinheiro do salário na poupança pra tentar ajudar, mas tinha que arranjar uma solução imediata para o problema.

Isso se continuasse vivo.

A mente do rapaz girava sem parar, e tudo se agravara com as mortes que aconteciam. Ansioso por natureza, ele sentia que estava prestes a explodir.

Então ele finalmente viu um cliente entrando pela porta de vidro, fazendo um sorriso involuntário abrir em seu rosto.

Sair dos meus devaneios é tudo o que eu preciso agora.

XXX

— Aqui. Pra você. Eu pago. – Scott sorriu, dando o algodão doce rosa para Alice que logo respondeu:

— Que isso. Precisa não, pode deixar comigo.

— Tarde demais. – Ele respondeu, já dando as moedas para o homem que cuidava da barraquinha. Alice então deu de ombros diante de tal ato. Depois disso ela começou a andar junto com o oriental, comendo alguns pedaços do doce que carregava, assim como Scott. Carrie havia deixado os dois para fotografar a festa, exercendo um hobby que tinha e que queria tentar colher frutos mais para frente.

— Depois eu quero ver aquela foto que a gente tirou. – Alice riu, puxando assunto com o rapaz.

— Eu vou pedir pra Carrie depois… Desculpa qualquer coisa, relacionado ao modo como ela te trata. A Carrie é uma pessoa meio difícil, sabe. – Scott falou, meio cabisbaixo. – Ela é muito ciumenta comigo, nunca gostou das minhas namoradas.

— Tudo bem. – Alice falou, balançando a cabeça. – Eu sei que a Carrie não é essa pessoa terrível que ela parece ser. Eu me lembro bem.. Mas, é o jeito dela, parece que sempre tá sendo falsa.

— Ela não está, pode ficar tranquila. – Scott comentou, comendo um pedaço do algodão-doce. Mas nas palavras dela, está ok. Tudo bem entre vocês duas.

Aliceolhou para o rapaz novamente, que era consideravelmente mais alto que ela e soltou uma risadinha envergonhada, ao ver as luzes dos brinquedos refletindo no seu rosto tão bem cuidado. Não é a toa que o Scott era o rei de Mt. Rosemary alguns anos atrás. Inteligente, bonito, jogador de basquete. O que ele mais queria? Era quase perfeito.

Mas Alice sabia que ele não era perfeito. Scott cometeu erros cruciais durante o relacionamento deles que impediu que continuassem até os dias de hoje, assim como em um certo dia… Se Miguel não estivesse lá naquele momento quem sabe o que poderia ter acontecido.

Por que sempre que estou junto com o Scott parece que esses pensamentos voltam? Perto do Miguel ou da Carrie eu consigo levar tudo numa boa.

— Alice para o planeta Terra. – Scott falou, acenando com a mão na frente do rosto da garota, que piscou e olhou confusa ao redor. – Tá tudo bem?

— Minha cabeça só resolveu viajar um pouco. – Alice falou, com uma cara debochada e depois comeu um pedaço do algodão-doce, ainda envolta em seus pensamentos.

XXX

Clayton desviava das crianças correndo com sacos de pipoca, prontas para entrar na roda-gigante. Ainda procurava Eric, que dizia já ter chegado, mas sumira do radar pouco depois.

Onde será que ele se meteu?

Ao virar em uma barraquinha de brindes deu de cara com uma pessoa muito familiar para o jovem, mas que infelizmente não era Eric.

— Filho? – O xerife Larry falou.

— Oi pai. – Clayton falou, meio desconfortável.

— Eu não sabia que você estaria aqui, desculpa a surpresa. – O xerife se desculpou. – Sabe filho, eu sinto sua falta. As vezes, lá em casa, é como se você não estivesse mais lá, somente seu corpo...

 

— Ah, pai. A situação tá meio complicada, você sabe. Principalmente com o que vem acontecendo. – Clayton respondeu o pai.

Foi aí que o xerife colocou a mão sobre o ombro do filho que olhou um pouco surpreso, até finalmente falar:

— Eu sei que eu não sou o melhor pai que você pode ter, Clayton. Mas eu te amo muito, você é meu filho acima de qualquer coisa e eu vou fazer tudo pra te proteger enquanto estiver aqui. – Larry fez uma pequena pausa antes de continuar: – Quando você quiser falar ou se abrir comigo, não tenha medo. Tudo bem?

Ainda surpreso, Clayton respondeu:

— Tudo bem, pai. Pode deixar. – Ele sorriu, abraçando o xerife. – Eu também te amo.

Aose separarem do abraço, Larry perguntou:

— Onde você estava indo agora?

Droga! Pensa rápido, Clayton!

— Procurando a Alice na verdade. Ela foi comprar alguma coisa por aí e eu tô aqui meio perdido agora. – Ele sorriu.

— Beleza. Eu vou indo. – Larry falou, batendo no ombro do filho. – Se cuida viu?

— Eu vou, pode ficar tranquilo. – O jovem sorriu, enquanto olhava Larry se afastar á distância. Continuou a andar, enquanto tentava absorver tudo o que Larry havia lhe dito.

A relação entre os dois realmente andava meio estremecida nos últimos tempos, mas independente de tudo Clay ainda amava o pai mais que tudo nesse mundo. Como tinha pais separados, muito devia de sua criação a sua figura paterna, que nunca deixou nada faltar em casa. As vezes Larry era rígido com o filho, mas sempre deu amor em dobro para com ele. É como ele mesmo dizia: ser filho do xerife da cidade não era exatamente fácil, mas ele gostava.

Porém aquela frase final decerto deixou Clayton intrigado. Ele se lembrou de dois dias atrás, quando Eric chorava no seu colo por conta do falecimento de Mary e seu pai passou diante da cena. As peças não eram tão difíceis de serem encaixadas, principalmente pelo fato de Larry não saber a orientação sexual do filho, e Clayton agora achava que ele suspeitava de algo. O medo era o que não deixava ele se abrir com Larry, já que as vezes o pai parecia ser meio imprevisível. E ele não estava disposto a perder sua figura paterna.

Mas até quando seria assim?

XXX

No alto da roda-gigante, Carrie conseguia ver o parque onde acontecia a festa por completo. Aproveitou que o brinquedo havia parado, e sacou sua câmera fotográfica, tirando uma foto rapidamente do espetáculo que se desenvolvia diante de seus pés. Seguindo com sua visão, podia ouvir a cidade de Mt. Rosemary se erguer diante dos seus olhos, banhada pelo rio Strode, rapidamente identificando a Mt. Rosemary High School no meio dos edifícios.

Uma das presidentes do grêmio estudantil, Carrie Wang era conhecida pela escola inteira mas não exatamente adorada. Extremamente dedicada e focada ao que fazia, muitas vezes acabava passando se por falsa para outras pessoas. Mas Carrie tinha seu jeito de lidar com as coisas, e seu lema era nunca desistir e fazer de tudo para conseguir o que a escola precisava. Como uma das comandantes do grêmio estudantil, às vezes chegava a bater de frente com professores, às vezes puxava o saco deles. Idem com os alunos. Era o método que Carrie achara para sobreviver em um ambiente tão tóxico como o colegial de Mt. Rosemary.

Ainda havia o fato de Carrie ser irmã de Scott Wang. Quando a garota entrou no colegial, Scott já era a figura mais conhecida do ensino médio inteiro, então lidar como a fama de ser a “irmã de Scott Wang” não era exatamente fácil. Carrie amava o irmão de todo o seu coração, mas confessava que não era fácil. A cada dez assuntos que vinham falar com ela, onze eram sobre Scott. Ela parecia virar uma ponte de contato entre os reles mortais estudantes e o todo-poderoso Scott Wang.

Sinceramente, essa cadeia alimentar do ensino médio é patética.

Carrie Wang só conseguiu começar a virar o jogo quando correu atrás para entrar no grêmio estudantil, e foi aprovada para trabalhar com a comissão de organização de eventos. Sua lábia e contatos ajudaram a galgar posições, tentando ao máximo se desvencilhar da imagem da irmã de Scott Wang. Mas ela sabia até hoje que no fundo, algumas pessoas do seu ano ainda a enxergavam ela como somente isso.

Imersa em seus devaneios, percebeu que a roda-gigante já descia, enquanto ela olhava para a câmera em suas mãos. Chegou a pensar na época em entrar para o jornal da escola e tentar ser fotógrafa ali, mas logo desistiu da ideia. Não tinha vocação para jornalismo, então preferir continuar somente sendo fotógrafa amadora, aquela que era sua maior paixão. Eternizar momentos que seriam guardados para sempre.

Seu único temor, diante dos atuais ataques, é que ela também fosse eternizada em uma fotografia.

XXX

Tema da cena: Every Breath You Take - The Police

Clayton continuava a procurar Eric, enquanto podia ouvir Every Breath You Take tocando nos alto-falantes ao fundo. Foi quando repentinamente, sentiu uma mão o puxando para trás de um pequeno celeiro construído para a festa.

A primeira reação de Clayton foi de tentar se soltar até ver quem era.

— Eric? – Clayton perguntou ao ver o rapaz mais velho, que estava escondido atrás do celeiro.

— Finalmente consegui te achar, nossa senhora. Também não foi fácil despistar os seguranças.

— Que seguranças, Eric? Você tá maluco?

— Proteção a testemunha, Clayton. – Eric falou, olhando diretamente para a íris castanha de Clay. – Seu pai me colocou porque até o momento eu sou o único sobrevivente de bem… Você-Sabe-Quem.

— Ah sim, o nosso Jason. – Clayton respondeu. – Você tá melhor? Não te vi no memorial mais cedo.

Eric suspirou de forma pesada antes de falar:

— Bem é uma palavra muito forte. Estou sobrevivendo. Eu ainda não acredito, sabe… Eu era muito próximo da Mary, era quase como alguém em que eu podia confiar. Principalmente naquele grupo nosso. O Nicky é meu amigo, mas ele já pisou muito na bola, a Beth nem é tão próxima de mim assim, a Kaitlin… Era o que era. Mas com a Mary era diferente, entende?

Clayton concordou com a cabeça, entendendo o que ele falava.

— Eu não tive coragem de ir no funeral dela, muito menos no memorial. Eu quero conservar a memória dela como aquela garota feliz, vivaz, de bem com todos. Como era Mary Jane Butler.

Um momento de pesado silêncio se fez entre os dois, enquanto ambos absorviam o que tinha sido deixado no ar logo depois.

— Obrigado por me escutar. De verdade. – Eric falou, abrindo um sorriso que derretia Clayton por inteiro. Depois levou a sua mão e começou a passar pelo rosto do jovem. – Você é maravilhoso, sabia disso?

Clayton segurou a mão de Eric no rosto enquanto falou:

— É uma honra ouvir isso de uma pessoa como você. E eu sempre vou estar aqui pra te ouvir, tá? Sempre.

— Vou dizer uma coisa agora: Eu só acho que a gente deveria se beijar antes do refrão.

— Eu ia falar a mesma coisa. – Clayton disse, se aproximando de Eric prensando ele contra a parede do celeiro e finalmente dando um beijo que acabou sincronizado com o grande refrão explosivo da música.

XXX

A luminária sobre a mesa de Jake piscou uma vez sobre os roteiros de Slasher Movie, completamente espalhados pela mesa branca. Jake estava sentado em sua cadeira giratória, de costas para a escrivaninha enquanto observava Deborah sobre sua cama, folheando alguns papéis.

— Você sabe que isso não vai parar, não é?

Deborah concordou com a cabeça, aflita.

— O assassino vai voltar, isso está claro. A pergunta é quando. E também quem será o próximo.

— Tenho suposições, seguindo o roteiro original de A Slasher Movie. – Ele comentou, gesticulando e se aproximando da garota. – Vou precisar reunir todos os envolvidos, Deborah. O assassino é inteligente, ele segue uma ordem pré-determinada. Não sai matando por aí.

— Então você sabe qual é o modus operandi? – Deborah perguntou, intrigada. – Por que não falou antes?

— Porque eu não tinha sacado antes, Deb. Ok, imagine que é um filme de terror, certo? Ele está matando as pessoas segundo a ordem desses filmes. A morte inicial, Kaitlin. O adulto mais velho, Mr. Earl.

— E a Mary?

— A morte do negro, que sempre vem logo no começo. Geralmente os filmes de terror não gostam muito de representação.

— Pior que esse pensamento faz muito sentido, Jake. Só que agora precisamos descobrir quem é o próximo a morrer. – Deborah falou, determinada. – Você se lembra da ordem das mortes no filme?

— Não acho que elas irão ajudar tanto, Deb. – Jake comentou, cabisbaixo. – Temos poucos personagens lá.

Mas naquele momento, Deborah parecia não escutar o que Jake tinha para dizer, já que ela olhava incrédula para uma das folhas, segurando a mesma na mão.

— Eu acho que sei uma pessoa que pode nos ajudar, Jake.

— Como assim?

— Você imprimiu essas reportagens sobre essa chacina de vinte anos atrás, mas esqueceu de algo fundamental. – Deborah comentou. – Eu sei quem é que publicou elas, podemos tentar procurá-lo.

— Deb, essas reportagens do Mt. Rosemary Post são de mais de vinte anos…

— Não essas, Jake. Essa! – Deborah falou, mostrando uma das reportagens para Jake.

Jake pegou a cópia e então identificou do que Deborah estava falando. Era uma cópia de uma notícia que havia sido veiculada na internet recentemente a respeito da chacina de 20 anos atrás.

— Agora olha quem escreveu, eu sei quem é esse cara! Ele deve saber algo, com toda a certeza.

A CHACINA DO LAGO HARDY: A MALDIÇÃO QUE AINDA RONDA MT. ROSEMARY. 

por William Johnson

XXX

Alice segurava o urso azul na mão que havia ganhado em uma das barraquinhas. Ou melhor, Scott havia ganhado e dado para ela. No momento, eles estavam sentados em um banco um pouco distante da festa, enquanto comiam um pouco de pipoca, vendo toda a movimentação da festa.

— Eu confesso que estava sentindo falta disso. Eu realmente estava com saudade de Mt. Rosemary.  – Scott concluiu, comendo um pouco da pipoca.

— Não sei como consegue ter saudade de uma cidade como essa, Scott. – Alice comentou. – Às vezes tudo que o eu quero é sair daqui. Agora, mais do que nunca.

— É, eu entendo seu lado. – Scott falou, cabisbaixo. – Inclusive, como está indo com a psicóloga da escola? Esqueci de perguntar.

— Ah, tudo bem, na medida do possível. Eu pedi pra ela não contar nada sobre o que aconteceu para os meus pais. Ela relutou, mas consegui convencê-la.

Scott então segurou a mão de Alice que olhou diretamente para ele.

— Eu sei que não deveríamos falar sobre aquele dia, mas desculpa… Eu fui muito covarde, se o Miguel não tivesse interferido…

— Nem você, nem a Carrie tem culpa nessa história. – Alice falou. – Fica calmo, só aconteceu.

— Você acha que é ele que está atrás dessas mortes? Mas isso não seria possível. – Scott falou, de uma vez. – Digo, me desculpa falar… Mas se ele está nos ameaçando, por que está matando outras pessoas?

Alice levou a mão para a cabeça, passando a mão nos seus longos fios castanhos.

— Só sabemos que ele sabe do nosso segredo. – Alice falou, desconfortável. – O resto é uma charada sem fim. Talvez estejam matando outras pessoas para nos assustar, entende?

— Eu fico realmente preocupado é com quem fica aqui. – Scott comentou. – Minha irmã, o Miguel, você. Alice, vocês estão correndo muito perigo.

— Eu sei, Scott. Mas o que posso fazer? – Alice perguntou, dando de ombros. – É esperar pra descobrir quem está por trás da máscara. Infelizmente a vida tem que continuar.

— Alice, você acha que é ele mesmo? O andarilho? – Scott perguntou, olhando diretamente nos olhos castanhos da garota.

— Scott, eu não sei. Mas acho que não, alguém quer nada mais que vingança. Só se aquele andarilho não era tão andarilho assim…

Um silêncio se fez no local, em que nenhum dos dois ousava dizer uma palavra. Este só foi quebrado pelos fogos que estouravam à distância, fazendo os dois observarem os feixes coloridos atingirem o céu, iluminando o mesmo.

— Quem diria que uma sexta-feira 13 pudesse ser tão divertida. – Alice comentou, provocando um leve riso de Scott.

— Estão empenhados em tentar mostrar que a cidade não vai cair. – Scott comentou.

— Como a diretora Thereza disse hoje no discurso dela. Não cairemos.

— Em plena sexta-feira 13, com um assassino solto por aí, pessoas se reúnem para comemorar despreocupadas, enquanto uma Alice se torna a final girl de uma história. – Scott comentou. – Nós realmente estamos num filme.

— Como assim Alice? Final girl?

— A final girl de Sexta-Feira 13 chama-se Alice. – Scott falou. – O Jake não falou isso com você quando te escolheu pro papel principal?

— Não. – Alice falou, um pouco indignada. – Quer dizer que eu mesmo sou uma homenagem que o Jake resolver fazer?

— É uma possibilidade. – Scott ponderou com a cabeça. – A Carrie me disse que o Jake pensou em praticamente tudo. Era o projeto da vida dele.

— Projeto de vida arruinado por ataques reais… A vida imita a arte, afinal.

Alice olhou para os fogos estourando no céu limpo, com Scott ao seu lado. Instintivamente, soltou a mão do lado do seu corpo, e sentiu, algum tempo depois a mão do oriental segurando na dela, sendo que Alice não ofereceu qualquer resistência.

XXX

O luar iluminava o quarto imerso em silêncio, atingido por uma leve brisa e que balançava lentamente a cortina branca fazendo o brilho da lua adentrar o recinto mais profundamente.

Na  cama daquele quarto, Beth piscou os olhos, ainda meio grogue por ter sido arrancada de seu sono por conta do celular que tremia e tocava sobre o criado-mudo em alto e bom som, estava recebendo uma ligação.

— Mas o que…? – Ela falou, coçando os olhos espantada. Logo depois se desvencilhou dos braços de Nicky, que dormia abraçado com ela.

— Desliga isso aí… – Ele falou, como que ainda estivesse imerso no mundo dos sonhos. Depois que saíram do memorial, Nicky levou Beth para a casa da loira, e acabou ficando lá mesmo por um pedido da garota. Beth não estava passando bem, e sentia que precisava de alguma companhia.

Como ela estava com um pouco de febre e dor de cabeça, decidiu que dormiria mais cedo naquela noite, assim já estava na cama desde nove horas da noite. Nicky até convenceu ela a assistir um filme antes de dormir, mas Beth acabou dormindo na metade do filme, e só acordou agora.

— Calma amor, eu já vou. – Ela disse, sentando na beira da cama e pegando o celular. Era uma ligação de Eric. – Amor, você sabe por que o Eric me ligaria?

Mas quando ela se virou, se surpreendeu. Nicky caído no sono novamente. Beth abriu um sorriso enquanto passava a mão no cabelo castanho do rapaz, depois descendo a mão para as costas nuas de Nicky, que dormia sem camiseta.

— Dorminhoco. – Ela disse, com um sorriso no rosto. Apesar da personalidade de Nicky e de sua fama na escola de pegador, Beth se sentia protegida com ele ao seu lado, amando o rapaz de forma intensa. Entretanto, diversas vezes pensamentos passavam pela sua mente sobre Nicky amá-la da mesma maneira, ou se ele realmente gostava da garota.

Quando percebeu o celular novamente tocava em suas mãos, sendo que a ligação vinha de Eric. A garota deslizou o dedo pelo botão que atendia o telefone e levou o mesmo ao ouvido.

— Eric?

Oi. Beth, você está aí? — Eric perguntou, quase gritando no telefone.

A loira se levantou e saiu do quarto para não atrapalhar o sono de Nicky enquanto falava:

— Claro que sou eu, Eric. Onde você está? – Ela perguntou, percebendo que Eric deveria estar em algum lugar barulhento, já que ela podia ouvir gritos ao fundo.

Desculpa o barulho, eu tô na festa de aniversário da cidade, já indo embora. Mas enfim, eu preciso falar com você em particular. Não pode ser por mensagem…

— O que foi, Eric? Deixa de ser misterioso, homem.

Tudo bem. É que eu estou preocupado porque você pode estar dormindo com… O assassino da Mary.

— O QUE? VOCÊ FICOU DOIDO ERIC? – Beth gritou ao telefone, extremamente nervosa. – Primeiro que o Nicky não é nenhum assassino, você mesmo deveria saber! E que audácia falar isso pouco tempo depois…

Eu não sei, Beth. Mas eu sei de algo. A Mary me mandou um áudio no dia do aniversário dela que eu ouvi novamente e…

Silêncio do outro lado da linha.

Eric encarou o celular nas mãos, incrédulo pelo que tinha acontecido. A Beth desligou na minha cara...

Ele sabia que seria difícil falar com a loira sobre o que ele suspeitava, mas não imaginava que levaria uma desligada assim repentina. Por que você foi ligar pra ela, Eric? Você é uma anta! Podia ter falado pessoalmente…

Eric estava genuinamente preocupado. Apesar de Nicky ser seu amigo, o áudio que recebera de Mary durante a festa era incriminador de qualquer modo. Nicky havia tentado dar em cima da garota várias vezes e ela ameaçava destruir o relacionamento entre Beth e Nicky, revelando que ele traiu a garota.

Eraum simples áudio de WhatsApp, mas nele Mary explicava o que estava acontecendo e o que estava prestes a fazer. Não foi difícil para Eric unir as peças em sua mente para suspeitar de Nicky.

Mas ainda havia algo mais.

XXX

Dois dias atrás. Festa na casa de Mary.

Dentro do quarto da anfitriã da casa, existiam duas pessoas sentadas na beirada da cama dela. As luzes que vinham do andar inferior piscavam e refletiam na parede escura do quarto, que estava com as luzes completamente apagadas.

— Mary, você realmente vai fazer isso?

— Eu odeio ter que destruir a felicidade da Beth, mas ela está sendo completamente trouxa, Eric! – A negra falou, gesticulando. – Assim que essa festa passar eu vou contar tudo pra ela, tudo o que eu sei.

— E você acha que ela vai acreditar? – Eric perguntou, levantando as sobrancelhas e segurando na mão da negra sobre a cama.

— Tomara. A minha palavra ainda vale mais que a daquele babaca. Com o perdão da palavra, Eric.

— Tudo bem. – Ele falou, passando a mão na têmpora. – O Nicky é com certeza um dos meus amigos, mas ele sempre tá pisando feio na bola. Eu já falei isso pra ele, mas o Nicky é orgulhoso demais…

— Inclusive, deixa eu te pedir uma coisa? – Mary perguntou, atraindo a atenção de Eric para ela. – Eu estou preocupada comigo mesma por causa dessa ameaça. Acho que o Nicky vai tentar algum tipo de represália pro meu lado, eu não sei. Eu tenho medo dele ser o assassino.

— O Nicky? O assassino? Não acho que seja, Mary. – Eric comentou.

— Mesmo assim, eu estou com medo… Olha, me promete que se acontecer alguma coisa comigo você vai contar a verdade pra Beth? Por mim, Eric. – Ela disse, segurando na mão do mais velho.

Eric pareceu titubear por um momento, até que finalmente falou:

— Por você, eu prometo. – Eric falou. – Mas nada vai acontecer com você, tudo bem?

Mary abriu um sorriso fraco antes de falar um “obrigado” baixo, fazendo Eric também abrir um sorriso fraco.

— Você é minha amiga mais antiga, Mary. É claro que vou fazer o que você pedir. – Ele falou. – Mas isso vai mexer com as escola inteira…

— Desde que a Beth veja quem é o Nicky de verdade… Obrigada mesmo, Eric. – Ela disse, apertando a mão do rapaz.

XXX

Eric entrou no carro do xerife que se oferecera para dar uma carona em segurança junto com outro policial que serviam de segurança para o rapaz. Os dois iam no banco da frente, enquanto o banco de trás Eric fazia companhia a Clayton.

E o xerife nem imaginava que justamente seu filho estava ficando com o garoto pra quem dava carona. Suspeitava sim, mas achava que não era verdade.

— Você está bem, Eric? – O xerife Larry perguntou, observando que o rapaz tinha uma cara preocupada.

— Eu tô sim. Só um pouco cansado da festa… – Ele comentou, enquanto olhava algumas mensagens no celular.

Entrouno contato “Beth” e percebeu que a garota já não possuía mais foto de perfil e nem recebia suas mensagens. Ela deve ter me bloqueado… Compreensível.

Mas aí percebeu que antes do bloqueio, havia conseguido enviar uma mensagem para ela, antes mesmo de ter ligado para a garota.

O rapaz suspirou fundo, antes de desligar a tela do celular e tombar a cabeça para trás, ao mesmo tempo que o xerife dava a partida no carro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ❤

Boas notícias: capítulo 7 já está sendo escrito, e eu não sou de soltar spoiler mas ele é praticamente um capítulo midseason (a previsão pra história é de 13 capítulos então...), e como todo episódio de midseason que se preze, vem com MUITA coisa pela frente! Espero que gostem do que tenho preparado pela frente :)

AAAAA eu também devo criar em breve uma playlist no Spotify e no Deezer com as músicas que tocaram na história até agora, e mais algumas que costumo ouvir durante a produção do capítulo pra vocês ficarem ouvindo durante a leitura se quiserem

Acho que é isso! Obrigado pela leitura, espero vocês nos comentários!



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