The Juvia's Secret escrita por Yume


Capítulo 4
Capítulo III - Nada é Por Acaso


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Continuando com a fic.
Lembrando que postei uma ONE esses dias, Gruvia, enredo depois do fim do mangá. Deem uma passada no meu perfil e confiram!
Também atualizei Red Line (eu ouvi um ALELUIA?), se acompanha, confere lá, se não acompanha... Bem...
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759973/chapter/4

 

Yuki estava confuso e ansioso, mais cedo Lucy o buscara na escola, ela estava agitada e com lágrimas nos olhos, porém, não falou nada durante todo o trajeto, apenas repetiu uma ou duas vezes que agora tudo ficaria bem novamente.

Ficou surpreso ao ver que pararam em frente ao hospital, um sentimento de medo o fez pensar que talvez seu pai talvez estivesse doente, ou que alguma coisa de ruim acontecera com ele. Podia não ter um relacionamento bom com o pai, mas não queria perde-lo também.

Lucy foi ansiosa pelos corredores do hospital, ao chegarem no último andar, Gajeel, Levy, Erza e Jellal estavam ali, todos com sorrisos idiotas no rosto e conversavam agitados. Não viu seu pai.

— Yuki! – Erza o abraçou com força, quando o encarou, ele pode ver a marca de lágrimas no rosto e os olhos brilhando por mais – Temos uma surpresa atrás daquela porta, preciso que respire fundo e entre – Yuki acenou no automático, não estava entendendo nada.

Respirou fundo como Erza pediu e então abriu a porta. A primeira coisa que focou fora a cabeleira azul atrás de seu pai. Gray estava próximo a alguém na cama, mas Yuki não enxergava o rosto da pessoa. Apenas o cabelo. Piscou algumas vezes, talvez fosse apenas sua mente lhe pregando mais uma peça.

Gray virou-se e ele estava com o rosto molhado por lágrimas, sorria como a anos o garoto não o via sorrir. Só então pode encarar a pessoa deitada na cama e sentiu suas pernas fraquejarem, teve vontade de chorar como um menininho.

Era sua mãe que estava ali!

A pessoa que ele mais sentia falta em todos esses anos, estava ali, o encarando com o mesmo sorriso que ele lembrava, o mesmo olhar.

Juvia abriu os braços assim que viu o filho parado na porta e o garoto foi até ela. O abraço foi o estopim para que Yuki desabasse chorando. Gray se surpreendeu com o choro alto, desde pequeno o menino nunca fora de chorar, mas agora, mal conseguia respirar enquanto estava abraçado com força na mãe.

O abraço continuava o mesmo, Yuki conseguia escutar sua mãe sussurrando que estava tudo bem e ele não conseguia responder, apenas queria abraça-la e ter certeza de que nunca mais iria sair dali. Ainda duvidava ser verdade.

— Meu garotinho – Juvia afastou-se um pouco do filho e o encarou. Os olhos tão negros quanto os do pai – Como você está grande, está tão bonito quanto seu pai – Ela sorriu e passou a mão no rosto do garoto, Yuki colocou sua mão sobre a dela.

— Mãe... – Falar essa palavra depois de cinco anos era quase como jogar longe um peso que o sufocara por esse tempo todo – É você mesmo?

— Sim, é a mamãe – Beijou sua testa – Não precisa mais chorar meu querido, estou aqui – Juvia não conseguia parar de sorrir e encarar o filho. Ele estava tão crescido!

— Promete que não vai me deixar de novo? – Yuki sussurrou e a abraçou com força novamente.

Juvia o acalmou com um carinho nas costas – Prometo... Não vou mais deixar você e nem seu pai sozinhos novamente – Encarou Gray por cima do ombro do filho, o homem sorriu ainda em choque.

{...}

O restante do dia foi corrido, médicos fazendo avaliações, um entra e sai de policiais e até mesmo alguns repórteres autorizados por Gray. Erza estava cuidando para que nada saísse do controle, apesar de a entrada do hospital já estar lotada de curiosos que ficaram sabendo que Juvia Fullbuster havia “ressuscitado”.

Gray ainda não havia tido tempo de parar e pensar em tudo, não queria sair de perto da esposa. Na verdade, ninguém queria sair de perto de Juvia, todos ainda estavam ali, apenas Natsu que deu uma passada rápida e foi obrigado a voltar para o restaurante.

Mais cedo Gray ficara sabendo como Juvia foi parar ali. Um policial a trouxe desacordada, afirmando tê-la encontrado desmaiada duas quadras atrás da delegacia. O moreno sentiu um arrepio ao escutar isso, não conseguia nem mesmo imaginar o que a esposa havia passado nesses cinco anos. Tinha medo de perguntar, mas havia escutado Erza falar com ela algumas vezes e aparentemente Juvia não lembrava de nada, apesar de Gray ter achado estranho as respostas bastante evasivas. Não queria pensar sobre isso agora, seu foco estava em tê-la novamente.

Sua Juvia.

Encarou Yuki que estava deitado e ressonava na cama ao lado dela, Juvia passava as mãos nos cabelos escuros e parecia perdida enquanto olhava o rosto suave do filho, apenas um sorriso de canto pendia na boca, Gray ficou concentrado ali, desde que a viu, não teve a oportunidade de beijá-la e isso o estava deixando louco. Queria beijá-la, toca-la e acaricia-la. Foram cinco longos anos.

— Está me olhando engraçado, querido – A voz doce e baixa o fez sair de seus devaneios e encará-la. Juvia sorria com aquele olhar matreiro que sempre fizera seu coração bater mais forte.

— Apenas pensando no quanto senti sua falta.

— Já falou isso hoje – Soltou um riso baixo – Algumas vezes, aliás.

Gray levantou do sofá que estava e aproximou-se da cama, tomou cuidado para não acordar Yuki e sentou na outra ponta – E vou falar até que essa saudade suma por completa – Pegou a mão da esposa e lhe deu um beijo longo no dorso.

Juvia acariciou o rosto do marido, havia um pouco de barba ali, ela sempre amara vê-lo de barba, sorriu – Quero ir para casa o mais rápido possível.

— O médico falou que você está bem, apenas com um pouco de anemia e uma leve deficiência de cálcio, terá alguns remédios e uma dieta balanceada, mas nada sério, então, poderá ir para casa amanhã, provavelmente à tarde.

— Espero que sim – Suspirou e voltou a acariciar os cabelos do filho – Como ele está crescido – Falou admirada, Yuki mal cabia na cama com ela, muito provavelmente estava mais alto que ela.

— Praticamente um homem.

— Queria ter visto essa fase toda que ele passou – Juvia falou com pesar e Gray viu seus olhos ficarem vazios mais uma vez. Ela tocou em uma cicatriz que o garoto tinha no braço direito.

— Dois anos atrás ele foi atropelado por um carro quando estava saindo da escola – Gray suspirou, isso foi um pouco antes do incêndio da empresa e algo nele dizia que isso não era uma coincidência.

Juvia o encarou, não parecia surpresa, mas os olhos continuavam vazios e lágrimas transbordavam pelos cantos – Me desculpe... – Sussurrou o surpreendendo.

— Não foi sua culpa – Soltou um riso nervoso e passou a mão nos cabelos – Foi apenas um acidente e ele só quebrou o braço, não foi nada sério, um susto, só isso.

Juvia não falou nada e voltou sua atenção para o filho. Ela sabia que a história não era bem essa.

{...}

No outro dia, tudo estava pronto para que Juvia retornasse para casa. Gray buscou uma muda de roupas em casa, não havia tido coragem de se desfazer de nada. Gray suspirou ao vê-la vestida com a calça jeans e uma blusa de mangas, estava mais magra do que a cinco anos, o que deixou as roupas um tanto largas, exceto a calça que se moldou com perfeição nas pernas que estavam torneadas.

Os amigos do casal não estavam no hospital quando ela saiu, mas assim que chegaram em casa, todos estavam ali, com uma enorme faixa de boas-vindas na sala principal da mansão.

— Não sabe como sentimos sua falta – Lucy falou e a envolveu em um abraço apertado – Achar que nunca mais fosse ver você deixou todos desolados, nunca mais quero sentir isso – Sussurrou com a cabeça afundada nos cabelos azuis.

— E não vai – Juvia acariciou as costas da amiga e então se afastou – Onde estão Nashi e Luke? Devem estar enormes!

— E estão! – Os olhos de Lucy brilharam, olhou para trás e chamou os filhos – Digam olá para a tia Juvia crianças, ainda se lembra dela Luke?

O mais novo sorriu e concordou – Tia Juvia sempre me dava doces quando eu vinha aqui – Sorriu maroto e Lucy meneou a cabeça. Luke a abraçou pela cintura – Senti sua falta.

— Eu também garoto – Acariciou os cabelos loiros – Está quase um homenzinho.

— Já sou um homem! – Estufou o peito e endireitou a postura, Juvia riu.

— É claro que é – Voltou sua atenção para Nashi que estava com os olhos cheios de lágrimas – Venha aqui e me dê um abraço minha florzinha rosa – Abriu os braços e quase perdeu o equilíbrio com a força que a garota se jogou.

Nashi chorava baixinho – Senti tanto a sua falta tia – Juvia passou a mão pelos cabelos macios a acalmando.

— Me desculpe – Falou com certo pesar – Mas está tudo bem agora, não vou a lugar nenhum – A encarou e deu uma piscadela, Nashi sorriu.

Gray se aproximou e pousou a mão sobre a cintura da esposa e esse contato o encheu de conforto, qualquer toque em Juvia era motivo de um sentimento de alivio novo. Notou que ela realmente estava mais magra, a cintura era mais delgada do que se lembrava e ela tinha os músculos bem definidos sobre as costelas.

— Pare de me apalpar em público, Gray – Sussurrou em seu ouvido e virou seu rosto lhe dando um selinho e então uma piscadela – Teremos tempo para isso – Afastou-se sem falar mais nada e foi falar com Erza e Jellal.

Todos estavam muito felizes e tudo parecia perfeito. Juvia estava de volta, Gray e Yuki voltaram a sorrir, a casa tinha vida novamente. Porém, isso estava com dias contados novamente. A volta de Juvia não fora mero acaso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!