Same Mistake escrita por Tahii


Capítulo 1
Give me reason, but don't give me choice


Notas iniciais do capítulo

Mais um milagre, mais uma one, mais marauder's era ♥ Estava ouvindo essa música e não consegui pensar em um personagem melhor do que o Sirius Black para essa história, e junto com ele veio o Remus e a Marlene. Espero que gostem e que sintam a aflição do Sirius de estar nessa corda bamba, cometendo o mesmo erro constantemente.

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759970/chapter/1

Sirius tragou um dos cigarros daquela noite de uma forma bem lenta, fechando os olhos antes de soltar a fumaça pela boca e vidrar seus olhos azuis através da janela que estava bem em sua frente. Ele estava sentado em um banquinho alto na lavanderia de um apartamento que pertencia à garota que dormia tranquilamente em seu quarto, de onde Sirius havia saído há certo tempo em direção ao seu mais eficaz refúgio. Gostava de fumar olhando para o céu estrelado, procurando algumas constelações, admirando a lua, algum tipo de paz e sossego que desconhecia o preenchia da cabeça aos pés e as coisas se colocavam em seus devidos lugares sem muito esforço fazendo-o ter certeza de que era ali que ele pertencia, àquela garota que insistia dia após dia mais em seus defeitos do que em suas qualidades, àquela cama que já tinha seu cheiro, ao guarda-roupa que abrigava algumas mudas de roupas, àquele céu que o mantinha no caminho certo.

Mas aquela noite não estava sendo como as outras, definitivamente não. Era noite de lua minguante, as estrelas estavam quase todas opacas e um vento frio que entrava pela fresta aberta do vidro o fazia arrepiar. Algo o fez estremecer quando percebeu que apagava o terceiro cigarro e aquela sensação estranha em seu peito não havia passado ainda. Seu coração batia forte, causando um leve desconforto que ele já conhecia bem o remédio.

Suspirou passando a mão pelos cabelos encaracolados. Pegou o celular em cima da máquina de lavar roupa e desbloqueou a tela: meia noite e dez, nenhuma notificação. Engoliu a seco, deixando o aparelho no mesmo lugar para pegar o próximo cigarro. Foi quando seus olhos arderam com a luz da cozinha se acendendo.

— Sirius? — Marlene apareceu coçando os olhos com os dedos em nó. Estava com uma blusa perigosamente curta e ele duvidava se tinha algo por debaixo dela. Toda descabelada, com a cara amassada e olhos cansados. — Ainda está aí? — ele não respondeu nada, era óbvio que estava. Óbvio até para ela. — Não consegue dormir?

— Não. — murmurou apoiando o cotovelo no joelho para, enfim, repousar seu queixo. Deixou o cigarro de lado, sabia da preferência dela por um gosto não tão forte de nicotina. Ela andou até ele, passando a mão em seus cabelos. — E você?

— Sei lá. — riu entrando em seu campo de visão frente à janela, e entre as suas pernas desnudas. Deu-lhe um beijo na bochecha e descansou sua cabeça no ombro do rapaz, aproveitando para dar um cheiro em seu pescoço. — Vamos para a cama, posso tentar te fazer dormir. — Sirius não aguentou segurar a risada mediante a expressão divertida da garota. — É sério.

— Me surpreendo pelo tanto de vezes que você acorda à noite para transar, Marlene, sério.

— Não acordo para simplesmente transar. — ela pôs as mãos no rosto do rapaz e acariciou sua barba a fazer antes de deixar seus lábios encostados nos dele. — Acordo porque sinto sua falta.

Sirius soltou um misto de ar dos pulmões e risada antes de segurar a cintura de Marlene e beijá-la. Seus lábios estavam úmidos, sua língua doce, e seu beijo aliviado por tê-lo encontrado ali, sentado, sozinho. Ele abriu os olhos para admirar a garota em sua frente, que era tão linda e estava sendo tão compreensiva com ele. Não o forçava a fazer nada, a sentir nada, não lhe cobrava coisas que sabia que talvez ele não fosse o cara certo para lhe oferecer. Sirius podia lhe proporcionar uma transa espetacular de formas que nem a própria Marlene poderia saber que gostava, Sirius podia ser sua companhia em noites sem nada para fazer, podia servir de amigo, de conselheiro, de amante, mas não de amor. Sirius não conseguia levar adiante nenhum sentimento desse tipo, embora gostasse demais da garota. Porque ele sabia que Marlene Mckinnon era sua, completa e essencialmente sua.

Eles compartilhavam da mesma personalidade aventureira, da mesma intensidade, do mesmo tipo de fantasias. Sirius se lembrava bem de como começaram a se envolver, se lembrava muito bem. Marlene era a melhor amiga de Lily na época e fez das tripas ao coração para ajudá-la com James Potter, que por um acaso era o melhor amigo de Sirius com quem ele dividia o apartamento. Sirius nem sabia da existência da Evans, tampouco da de Marlene, só ficou sabendo quando ela lhe implorou para que não pisasse em casa naquele dia, nem à noite. A condição do Black foi uma só, reta e direta:

— Se você me der uma cama para dormir, talvez eu fique fora até às sete da manhã.

Só que ele não esperava verdadeiramente que Marlene fosse arrumar uma cama para ele, tampouco a sua. E ele se lembrava como foi divertido passar o dia com ela, bebendo, assistindo filmes de serial killers, transando. Ela era incrível, conseguia incendiá-lo por inteiro a ponto de fazê-lo questionar-se sobre si mesmo. Esse dia foi marcante, pois dormiu na cama dela pela primeira vez. Claro que essa situação se repetiu, óbvio! Fazia exatamente dois anos que bastava um emoji nas mensagens para aparecerem onde o outro estava para, simplesmente, ficarem juntos.

Eles nunca quiseram exclusividade, mas era horrível transar com outras pessoas que não tinham o mínimo de senso — foi como Marlene definiu algumas aventuras sem noção que teve com alguns rapazes. Eles não a conheciam, não sabia que gostava de transar em pé, escorada em alguma parede, que gostava de ouvir atrocidades, de ter o cabelo puxado, de… Eles não sabiam de nada. Sirius não, Sirius era criativo para esse tipo de coisa, sabia surpreender, sabia fazer Marlene gritar de prazer, deixar seu corpo inteiro mole, fazê-la implorar por mais — normalmente ela fazia isso de joelhos. Ele conhecia cada pedaço daquele corpo escultural dela, sabia o gostinho de cada pedacinho de pele, sabia de suas preferências, de suas loucuras. O mesmo poderia ser dito de Marlene, ela conhecia muito bem aquele rapaz desde a primeira vez que pôde jogar sua jaqueta de couro em qualquer canto sem ouvir reclamações. Ela sabia como deixá-lo animado em cinco segundos, sabia de sua tara por adrenalina, sabia que tinha uma fixação por transar embaixo do chuveiro, que gostava de ser arranhado, mordido, chupado, dominado. Marlene ainda dava risada quando lembrava de uma vez que debatiam novos métodos.

— Aqui não tem nenhum lugar aqui que dê para amarrar um cinto ou uma algema, né? — e ele olhava para os lados, procurando o local exato para realizar sua fantasia. Marlene estava deitada no sofá do apartamento que ele dividia com James, e vestia uma camiseta preta do Guns n’ Roses, que ele havia lhe emprestado.

— A não ser que você queira me amarrar na janela, não. — respondeu enquanto deslizava o feed do instagram. Sirius a encarou pelo canto do olho com um sorriso muito travesso. Ela arqueou a sobrancelhas ao perceber. — O quê?

Alguns minutos depois, a porta de seu quarto estava fechada com uma folha sulfite escrita na porta “Não empate a minha foda, Prongs” e, bom, Sirius Black estava de algum jeito que Marlene não sabia explicar muito bem como conseguiu deixá-lo ali, com as mãos presas na grade da janela e uma venda nos olhos. E ela teve que admitir alguns dias mais tarde que aquela havia sido uma das melhores transas de sua vida.

James e Lily viviam falando — parecia que eles se alimentavam exclusivamente desses comentários — que eles haviam sido feitos um para o outro. Quando que Sirius iria encontrar alguém tão doido como ele de novo? Nunca. E das vezes em que o Black se propôs a pensar, essa era a sua única certeza: de uma forma completamente inusitada ele e Marlene tinham muita coisa em comum, se pareciam muito, e de alguma forma se pertenciam. Só que isso nunca significou que ele deixou de sair com alguém que pensou ser interessante, ou a proibiu de se aventurar por aí, não. O que eles tinham ultrapassava qualquer barreira, qualquer problema, qualquer complexo. Exceto o que estavam vivendo naquele momento.

— Vamos pra cama, Sirius. — pediu sonolenta, repousando a cabeça nos ombros do rapaz. Sirius sorriu e acariciou seus cabelos antes de dar um impulso para levantar do banquinho. Ela não desgrudou dele.

— Não acredito que vou ter que levar esse chumbo no colo. — Marlene sorriu divertidamente com os olhos fechados enquanto sentia os braços firmes dele por baixo de suas pernas e em suas costas. — Não sou pago para isso.

— Eu sou o seu pagamento, Black.

Sirius beijou sua testa enquanto andava até o quarto dela. Sua jaqueta estava no chão da sala, seus tênis no corredor, sua calça à beirada da escrivaninha do quarto, sua camisa talvez havia desaparecido. Repousou o corpo de Marlene em seu lugar na cama, e passou por cima dela para deitar. Ela virou em direção à janela e encolheu-se, tendo em seguida o corpo de Black lhe encaixando perfeitamente. Ele beijou seu ombro e pôs sua cabeça no travesseiro dela para, enfim, tentar dormir.

Mas fazia tempo que não conseguia dormir, só dormir, ao lado dela.

Sirius sabia que há exatos dez minutos dali, em um flat, alguém estava deitado na cama de barriga para cima, com as mãos ao lado do corpo e a cabeça levemente virada para o lado esquerdo. Até para dormir ele era metódico. As coisas deveriam estar todas em seus respectivos lugares, a louça lavada, o guarda-roupa organizado e provavelmente um lanchinho pronto para o café da manhã na geladeira. Incomodava-o pensar que esse alguém estava com outro alguém, talvez com uma garota, dormindo como ele e Marlene. Seu coração batia mais forte ao pensar que queria estar lá, ao seu lado, com a simples desculpa de que Lily e James estavam usando o apartamento e ele não tinha onde dormir, mesmo sabendo que era uma grande mentira o segundo argumento.

Xingou-se mentalmente por ter deixado o celular na lavanderia, pois poderia mandar uma mensagem perguntando se ele estava acordado ou algo do tipo, comentar sobre a sua insônia, sobre James, sobre a noite sem lua, sobre qualquer coisa.

Sirius virou para o lado contrário de Marlene e decidiu que esperaria alguns instantes para ir embora, porque ele precisava ir. Sentia-se um pouco culpado por sentir o que sentia, por fazer o que estava prestes a fazer, por não conseguir resistir ao vício que lhe consumia por dentro. Sua mente estava confusa, e seu coração pesado.

Quando passou o tempo necessário para não ser notado pela garota, levantou-se da cama e vestiu todas as suas roupas que estavam jogadas pelo chão. Aproximou-se de Marlene e depositou um beijo em seus cabelos antes de ir embora.

Cuidadosamente fechou a porta de entrada, chamou o elevador e só pode respirar fundo quando sentiu o vento gelado que estava na rua. Subiu na sua moto, enfiou a chave, sacou o celular para ver se havia alguma notificação, nada. Deu partida na moto e quase voou em direção ao lugar onde poderia ter oxigênio para respirar, calor para lhe aquecer e calmaria para desacelerar os seus batimentos cardíacos. Já estava tão acostumado a ir para o apartamento de Remus durante as madrugadas que acabou por ganhar uma chave para que não dependesse exclusivamente dele para se aproveitar da televisão, das coisas da geladeira, enfim.

As coisas entre Remus e Sirius nunca haviam sido claras o suficiente. Eles sempre foram próximos, sempre se abraçaram, sempre ficaram perto demais um do outro, mas isso nunca foi visto de uma forma diferente. Era normal Remus mexer no cabelo de Sirius, fazer as gororobas que o Black gostava de comer, convencer James a não ficar tão bravo com o Black. E em relação a Sirius, o fato dele deitar no colo de Remus, abraçá-lo por trás e as vezes beijá-lo na bochecha era completamente comum. James e Peter às vezes tiravam um sarro por não receberem tal afeto, e Sirius respondia na lata que era devido ao fato deles serem nojentos. Remus não era verdadeiramente convicto de suas inclinações, diferentemente de Sirius, que já havia ficado com alguns garotos, mas nada que o fizesse sair das garras de alguma mulher poderosa, de alguma mulher como Marlene. Talvez se a tivesse conhecido antes de Remus… As coisas seriam diferentes. Talvez ele não sentiria uma necessidade de ir até onde Remus estava, nem de abraçá-lo, nem de sentir seu cheiro, seu carinho.

As coisas haviam mudado um pouco entre eles desde a última vez que Sirius havia aparecido em seu apartamento durante a madrugada.

Remus estava assistindo televisão sozinho na sala, estava de pijama — porque ele usava pijamas como se ainda tivesse sete anos — e levou um susto quando viu o Black na porta. Sirius estava pálido, seus lábios inchados, seu cabelo bagunçado, e a sua aura denunciava o que estava fazendo em algum lugar. Seu olhar o denunciava.

— Deixe-me adivinhar. — pediu Remus assim que Sirius fechou a porta. — Você estava com a Marlene e, de repente, ao olhar para o céu sem lua sentiu que deveria vir para cá depois de transar a noite inteira. — sua expressão era péssima, era de alguém que estava realmente irritado com a situação, e Sirius não soube o que fazer senão abaixar o olhar. — Acertei, não é? — deu uma risada sarcástica. Sarcasmo e Remus Lupin definitivamente não combinavam. — Se quiser dormir aqui, que durma no sofá porque eu não preciso dos seus restos do meu lado.

— Moony, eu-

— Aliás, se você passa tanto tempo assim com a Marlene, fodendo e não sei mais o quê, por que não aprende a dormir lá?

— Mas, eu-

— Você não pode ficar nessa história de vir atrás de mim quando não consegue dormir, Sirius, você tem que escolher o que quer fazer da sua vida.

— Remus...

— Sofá. — decretou desligando a televisão e indo em direção ao seu quarto. — E se for embora, não faça barulho.

Sirius apenas observou a merda que estava acontecendo.

Simplesmente não dava para ele chegar para Remus e falar que gostava dele, ou qualquer outra coisa que guardava dentro de si. Porque Remus Lupin não queria aceitar uma de suas próprias faces, não queria aceitar que gostava de Sirius Black mais do que como um amigo. E não seria Sirius quem chegaria jogando verdades na cara dele, não, ele preferia ter paciência e até mesmo se passar como um babaca que não tinha coragem de fazer uma escolha. Mas… Porra, não era questão nem de escolher, porque ele escolheria Remus mil vezes se fosse preciso, apenas tinha medo de ser rejeitado justamente pelo fato de Remus rejeitar a si mesmo.

Naquela noite ele dormiu no sofá, prometeu a si mesmo que não se sujeitaria mais àquela situação e no dia seguinte teve que encarar mais um interrogatório de Marlene perguntando o motivo de ele nunca amanhecer ao seu lado. Ela não estava tentando forçar ele nem nada, era apenas uma dúvida. Sirius respondeu que era porque o bafo dela de manhã era terrível e tudo acabou em pizza, beijos e sexo no chuveiro. Foi então que percebeu que estava enganado na noite anterior. Estava com medo de ser rejeitado no final das contas, sem englobar os conflitos do Lupin com ele mesmo, e acabar sozinho… Sem Remus, sem Marlene.

Sempre que estava sozinho lembrava-se da primeira vez em que beijou Remus Lupin. Foi um beijo curto, quase que simbólico e apenas porque todos estavam muito bêbados para lembrarem daquilo. James decidiu fazer uma festa para comemorar seu aniversário, e decidiu que queria jogar verdade ou desafio. A verdade Sirius não queria falar, era algo relacionado a um segredo dele e de Lily em relação ao Potter, então preferiu tentar Peter ao desafio.

— Então você vai ter que beijar o Moony.

O sorriso foi cruel e Remus ficou mais vermelho do que os cabelos da Evans, mas Sirius não hesitou em segurar seu rosto e beijá-lo. Foi o suficiente para ouvir os comentários indecorosos de Peter por semanas, e o suficiente para sonhar com o Lupin por meses. E, céus, só de pensar o seu corpo inteiro fervia, fator que o motivou a achar oportunidades para beijar Remus mais vezes e até ficar com Remus de verdade.

As coisas na cabeça de Sirius eram organizadas a partir de categorias, o que só servia para deixá-lo mais confuso. Com a Mckinnon ele transava, fodia, gozava, com Remus ele ficava. Esse era o código para o Black. Ficar. Ele ficava com Remus casualmente.

— Remus, você sabe que eu… — seu olhar era significativo. Os dois estavam no sofá, sem camisa, com a calça aberta, e Sirius estava por cima do rapaz. — Eu não me prendo a ninguém e eu não posso te garantir que-

— Eu sei.

E Remus realmente sabia. Sabia que Sirius nunca iria se prender a ninguém, que gostava de se divertir, de sentir a emoção do momento, esse tipo de coisa. Só que isso nunca quis dizer que Sirius não poderia se prender à ele, nem que Remus compreenderia, ou que não questionaria o fato de Sirius ter um pseudo relacionamento com Marlene. Do mesmo jeito, Marlene se perguntava por que Sirius quase nunca dormia com ela. Era uma confusão e Sirius apenas estava no meio tentando levar as coisas de uma forma mais light, embora seu sentimento por Remus não fosse light, e sim bem denso e sólido.

Sirius pensava sobre o que Remus queria que ele fizesse, sendo que das vezes que supôs a possibilidade de se verem com mais frequência ele sempre arrumava uma desculpa, quando as coisas esquentavam ele arrumava uma super desculpa, mas do nada parecia se importar, parecia querê-lo mais perto, e de vez em quando até o agarrava. A verdade era que Remus tinha ciúme do tanto que Sirius ficava com Marlene, mas não queria admitir que o queria por perto, porque não queria aceitar seus sentimentos. E se ele não admitia, não verbalizava o que realmente queria, como que Sirius assumiria uma postura?

As coisas haviam mudado, eles estavam mais afastados, só que Sirius realmente estava precisando ver Remus. Sentir seu cheiro, ter suas mãos nos seus cabelos, ser aquecido pelo seu calor. Não precisava de beijos, não precisava de sexo, só precisava de Remus Lupin.

Estacionou sua moto na frente do prédio e subiu até o quarto andar. Sem fazer barulho, abriu a porta e a fechou. Deu uma olhada no lugar, tudo permanecia intactamente em ordem. Um sorriso permeou os seus lábios ao pensar que deveria checar se havia um lanchinho na geladeira para o café da manhã, e lá estava ele. Tirou seu tênis, deixou na ponta do sofá junto com a jaqueta e andou de meia até o quarto de Remus.

Ele estava dormindo, do jeitinho que Sirius o tinha em sua cabeça, com os braços ao lado do corpo, a cabeça virada de lado e uma respiração constante. Na verdade, as duas coisas que Sirius havia imaginado se juntaram em sua cabeça. A serenidade de Remus e uma garota ao seu lado. Uma garota magra, loira, que vestia apenas uma calcinha e estava enrolada nos lençóis. Sirius abaixou a cabeça e pensou estar sentindo o que Remus estava sentindo há um tempo. Eles não eram nada mais do que amigo, às vezes trocavam algo, mas não eram nada. Só que o fato de saber que havia outra pessoa em um lugar que era exclusivo deles incomodaria qualquer um. Remus ter deixado essa garota dormir com ele era um aviso para Sirius, talvez, um aviso de que era para ele ver como era boa a sensação de ver a pessoa que você realmente gosta com outra.

Sirius deu alguns passos em direção à escrivaninha do garoto pegou um lápis, escreveu um bilhete em um pedaço de papel para deixar embaixo do seu lanche para o café da manhã dentro da geladeira antes de pôr seu tênis de volta, pegar sua chave e ir em direção à sua verdadeira cama, que ficava no quarto ao lado do de James Potter.

 

“Então enquanto eu me reviro em meus lençóis e mais uma vez, não consigo dormir, saio pela porta e subo a rua. Olho as estrelas debaixo dos meus pés, lembro de coisas certas que fiz erradas. Não há nenhum lugar para que eu possa ir. Minha mente está confusa e meu coração está pesado.

Dá pra perceber?

Não estou pedindo uma segunda chance, eu estou gritando: Me dê razão, mas não me dê escolha, Remus, porque... Eu cometerei o mesmo erro outra vez: voltarei para você todas as madrugadas, e irei embora por dias. E talvez um dia nós nos encontremos e iremos conversar e não apenas falar do que vem acontecendo. Não acredite nas minhas promessas, porque eu não as cumpro, mas acredite no meu coração, porque ele sente.  

S.B.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aiai ~~suspiros~~, complicado esse lance dos dois. Eu, particularmente, adorei escrever essa one porque curto muito esse lance de indecisão, corda bamba, escolhas a serem feitas e tal, então curti muito. Foi uma boa experiência fora da minha zona de conforto (e bota fora nisso HAHAHAHAH)

Mas, e vocês? O que acharam? Não deixem de mandar um comentário dando a opinião de vocês sobre esses dois. Sirius deveria meter o loco e fazer o lance deles funcionar ou o Remus que deveria colaborar? Quem é o certo? Quem é o errado? E a Marlene no meio disso tudo? Ah, e afinal, essa one é blackinnon ou wolfstar? KKKKKKKKKKKK

Qualquer coisa, estou lá no twitter (@itstahii)

Obrigada por lerem! Bjs ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Same Mistake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.