DeH; A Maldição do Castelo Funok escrita por P B Souza


Capítulo 12
V




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O castelo se tornou o que Queloyn mais temia.

O rei de Lorval, apesar de seus esforços, não conseguiu reverter a crescente reputação do castelo que agora se alastrara para o vilarejo de forma definitiva. O que antes fora um levante em busca de vingança por dedos decepados e um lorde cruel, tornara-se uma novela de desgraças passando de família em família, lorde em lorde, senhor em senhor, deixando para trás uma pilha de corpos inocentes.

A ainda jovem Jeniz Turenc aparentava estar com mais de setenta ciclos, desgastada pelo castelo, sua aparência era de exaustão a todo tempo e sua conversa tinha um único estado; o de melancolia.

Após a morte da mãe Tenissa, Jeniz herdou o castelo mesmo que contra sua vontade. Logo que vestiu o colar de sua falecida mãe, Jeniz foi abraçada pelos fantasmas que ali habitavam. Tentou, no começo, ignorar. Tentou então conversar, tentou até mesmo mata-los novamente. Mas nada funcionava.

O castelo era como uma prisão para almas atormentadas.

O desgraçado que ali morresse, ali vagava!

Justamente por isso Jeniz nunca mais havia pisado no fundo de sua casa, aonde o corpo da mãe estava enterrado, aonde a via toda vez que olhava pelas janelas para o cemitério familiar. Mas Funok não tinha nada de familiar.

Passado de nome em nome, nunca realmente nutriu uma família por muito tempo, e nunca realmente teve amor dentro de suas paredes. A história do castelo era opulenta, vil, cheia de vingança e dor.

Jeniz tinha, diariamente, que ver e ignorar na melhor de suas capacidades a presença de todos aqueles espíritos, e quando não o fazia era taxada como louca. Vez ou outra explodia em cólera, xingando a todos os mortos, desejando-lhes sofrimento eterno pela loucura que a infligiam.

Quando se olhava no espelho, Jeniz via o reflexo destorcido de sua imagem. Eu sou jovem e horrível Era como encarar uma anciã. Estava desgastada e exausta, consumida pelos espíritos do castelo, que ela, depois de alguns ciclos, acabara adotando como seus.

Conhecia alguns por nome, outros havia apelidado como “corta-buchos” ou “engasgado”, pelas formas que morreram ou mataram durante o combate que ela nunca presenciou pessoalmente, mas que podia reviver diariamente graças aquela maldição. Alguns falavam de forma tosca, outros pareciam formar frases completas, outros murmuravam. O único que falava no começo era Pilos, ele falava, ele a perseguia, ele a atormentava, mas no fundo Jeniz o via atormentado pelos próprios pecados. Depois foi Orel, mas este deu trabalho.

Orel não era do tipo que falava, nunca. Mas estava sempre ali.

Jeniz passou vinte e quatro ciclos em Funok depois da morte de sua mãe. E não muito depois da morte de Tenissa, Betenion começou a crescer, e a necessidade de uma educação que Magmun e Funok não podiam prover fez com que Jeniz planejasse sua partida dali. O rei não aceitou.

Jeniz estava presa à Funok junto dos espíritos, mas Betenion não. Ela enviou seu filho para o lar dos Turenc em Lorval, para receber educação apropriada, aprender a ler e com o tempo lutar. Betenion vinha vez ou outra visitar, mas as visitas se tornavam, assim como tudo ali, escassas. Com o tempo Jeniz tinha apenas ao esposo Ecoh no reino dos vivos. E ainda assim, três ciclos antes de sua própria morte, Ecoh faleceu deixando-a sozinha no castelo.

Em seu tempo de penitência, como deixou anotado nos diários, pois tal como Tenissa, Jeniz dedicou-se a relatar tudo o que ali vivia, ela recusou-se a apenas ser atormentada. Tomou para si as notas de sua mãe, e mesmo com pouca ajuda, buscou informações aonde pode para criar teorias o suficientes para que fundamentassem suas ideias. Tenissa nunca fora tão longe, limitando-se a relatar os vultos que via os fantasmas que ouvia.

Jeniz não. Ela relatou isso, mas buscou entender porque aqueles fantasmas ali estavam, o que os faziam ali estar, e como faria para deles se livrar. Embora esta última pergunta ela nunca tenha obtido resposta.

Nas suas memórias escritas, tudo começava pelo colar e como a pedra ali presa lhe servia de proteção, mas também de maldição. O colar era, nas palavras escritas na lateral de um livro antigo, provavelmente uma anotação de alguém impetuoso demais para ler sem comentar, um chamariz de mortos. Aquele que usasse o colar enfeitiçado atrairia para si todos os espíritos frustrados ao redor, protegendo assim todos os inocentes de sangue pulsante do tormento dos mortos. Por aquela razão, como detalhado em seus jornais, apenas ela podia ver os espíritos, embora Ecoh nunca a tivesse desacreditado.

Os espíritos presos naquele plano, porém, tendiam ao caos. Por quaisquer que fossem seus motivos para ali estarem aprisionados era sempre provável que espíritos ancorados se tornassem cruéis com os vivos ao redor, daí o medo crescente no vilarejo e, no geral, das pessoas em relação ao paranormal. Porém o colar a livrava de qualquer influência física direta. Indiretamente ainda sofria o dano psicológico que precisava suportar com sua própria vontade de viver para não acabar enlouquecendo, e, por consequência, o desgaste psicológico lhe trazia os malefícios do envelhecimento precoce.

Quando entendeu que todos os espíritos ali mortos lhe atormentavam, Jeniz se prontificou a entender contra o quê estava lutando. Contra quem! Então começou uma extensiva pesquisa sobre todos que ali haviam sido assassinados ou não, mas que morreram em Funok ou nas dependências próximas.

Nas lendas que ouvira, e da boca do próprio Pilos, no dia de sua execução, um dos guardas de Funok teria deixado os desordeiros entrar.

— Fui traído e amaldiçoado! — Pilos repetia quando decidia lhe seguir pelos corredores do castelo. — Eu não aguento mais. Fui traído e amaldiçoado!

Porém, dos guardas que traíram Pilos, três se mantiveram leais e isso Jeniz tinha certeza. Assistira o combate várias vezes naqueles ciclos gastos em Funok. Três dos guardas de Pilos lutaram contra cinco dos arruaceiros, ceifando a vida dos cinco, indo do Hall à escada. Mas na escada os três foram mortos, um com flechada, outro com espada na mão e o terceiro; rendido pedindo por misericórdia.

— Vergonha! — Pilos dissera nos primeiros ciclos.

Conforme o tempo passara, sua represália tornou-se mais branda até a completa mudança;

— Sensatez. — O fantasma de Pilos dizia ao ver o seu guarda se rendendo, e, seguidamente, ser executado com um punhal no peito.

Deixado para sangrar até a morte nos degraus da escada. Jeniz podia ouvir o coração do homem parar de bater repetidas vezes ao longo do dia, quase sempre que descia a escada, descia com medo de escorregar no sangue que lava o chão dali, embora nunca houvesse sangue de verdade.

Desses oito, apenas mais uma morte; o próprio Pilos, preso no mastro quebrado de sua torre, balançando para o chão até morrer seco aonde estava amarrado, e depois de podre o corpo se soltar e colidir contra o chão, separando-se em pedaços.

O próximo azarado fora Geodenes, executado nos estábulos por ordem de Orel, coisa que ninguém sabia, mas nem Orel nem Geodenes faziam menção de negar. Um se orgulhava do que havia feito e o outro se odiava por ter caído na artimanha que lhe custara a vida.

O que Orel não explicava, e jamais Jeniz viu como ocorreu, foi o corpo ir parar no porão da casa. A décima primeira vitima fora Orel Haradram, e, pelas circunstâncias de sua morte, os Turenc assumiram o trono.

Para Jeniz documentar os eventos seguintes foi necessário valentia descabida. Os eventos eram cruéis de se presenciar, ainda mais de se repetir. Já evitava o jardim, agora nada mais que um quintal malcuidado, a todo custo, porém para ter precisão em sua teoria Jeniz se submeteu àquele cenário de guerra mesmo que a contragosto e com a dor lancinante de cada morte, ela anotou um por um em seu caderno, local, forma, e algoz dos quarenta e cinco guardas de Tenissa, dos quatro escravos leais a Tenissa e dos vinte e outro guardas de Anelamo, além de três funcionários pegos de surpresa também massacrados. E, por fim, a Bruxa!

Eram noventa e dois espíritos ali em Funok, todos aprisionados, uns mais que outros, com suas vontades reduzidas a pó, a maioria dos espíritos eram ancorados em seus respectivos locais de morte, incapazes de escapar do loop em que reviviam infinitas vezes como morreram. Uma punição para a vida que escolheram.

E não tardou para a última vítima entrar em sua contagem; Tenissa.

Noventa e três mortos em Funok, o lugar mais assombrado de toda a ilha, aonde ninguém jamais planeja visitar. Jeniz esboçou seu descontentamento com a situação, pois o castelo embora amaldiçoado era inofensivo para todos exceto a portadora do colar.

Quanto mais lia a respeito, mais aprendia sobre a maldição e via que, se não morressem ali, não havia do que se temer. Enquanto eu usar o colar, todos estão seguros. E foi quando, atingida por tal ideia, Jeniz mandou que buscassem seu já crescido filho que se negou a retornar para Funok. O atrito em sua vida pessoal surgiu daí.

E daí surgiu a mais impossível das relações; Pilos Haradram, o corta-dedos, mostrou-se um ouvinte extremamente sábio.

Ela aprendeu depressa que apenas aqueles com as maiores vontades ou desavenças, os espíritos mais poderosos, por assim dizer, podiam deixar seus locais de morte. Eram como ancoras, puxando-os para o lugar aonde caíram, e aqueles fortes o bastante conseguiam, invariavelmente, caminhar para longe do lugar de suas mortes, mas no fim sempre tinham que retornar, pois mesmo os espíritos tinham suas forças exauridas quando ousavam demais. Assim, quando Jeniz não queria mais ouvir ou ver Pilos, tudo que precisava fazer era se distanciar de Funok um pouco, e o fantasma do ex-lorde se desmaterializava de sua frente.

Foi só mais pra frente em sua idade avançada que encontrou um livro sobre “O Véu”. Ouvira sua mãe falar várias vezes o nome, mas nunca correlacionou uma coisa a outra até ler aquelas páginas amarelas.

“O véu é a fonte, do que vem e do que vai. É o caminho, o principio e o final. É a salvação para os bons e a danação para os maus. É o véu a quem tudo devemos, e o véu é aquele que tudo toma”. Dizia ainda na capa.

A leitura fora fascinante, e lhe encheu de respostas aonde antes só havia perguntas. Então mergulhou em pesquisas sobre bruxaria nos volumes que contrabandeava de Garfh de tempo em tempos, tudo sobre o puritanismo e como a magia existia e funcionava naquele mundo. Era como se Arcaia já tivesse respondido todas as suas perguntas, ela só precisava procurar pelas respostas naquelas páginas.

Para sua surpresa todo aquele tormento era algo simplório. Pensava, antes, que os fantasmas eram intrinsecamente ruins, almas destinadas a atormentar, mas aprendera com os próprios fantasmas que estes podiam se redimir, e sofriam tanto quanto faziam sofrer. Porém isso não explicava porque eles existiam quando outros encontravam descanso.

Ai entrou os livros de Garfh, que a Fé de Árion fazia questão de censurar.

A Casa de Haradram havia causado aquela desgraça inicial, decepado dedos, explorado a miséria para opulência pessoal de um único homem; Pilos!

Quando o levante ocorreu e vidas se perderam alguém amaldiçoou Pilos, ou o castelo, ou aquela terra em si. E a maldição ressoou ciclo por ciclo. Assim, aqueles que tinham algum rancor pelos Haradram, quando morriam, tornavam-se vagantes naquela terra, presos eternamente com o objetivo de atormentar a existência do próprio Pilos. E uma corrente unia-os, os que odiavam, e o que causou o ódio. Uma forma única de impedir que qualquer pecador ascendesse ao descanso eterno nos salões da cidade flutuante de Árion. Ou assim pensavam.

Os livros de Arcaia eram incisivos. Não existiam salões de Árion, ou cidade flutuante. As essências formadas em pessoas, quando mortas, retornavam ao véu, para retornar como outras pessoas, em um ciclo de reencarnação sem fim, apenas se tornando mais e mais boas, ou mais e mais ruins, conforme agiam em vida. Então aquelas almas ali aprisionadas eram resultado de pessoas ruins, fosse por consequência de Pilos e sua crueldade ou fossem apenas ruins pois era como eram. Presos aqui, impedimos que renasçam para causar mais mal.

Porém presos ali, não davam paz para ninguém, nem para a própria terra infértil como consequência. Para Jeniz, os Haradram eram os causadores daquele evento, mas logo notou que não eram mais os únicos culpados. Depois de tantas mortes haviam espíritos aprisionados que odiavam Pilos, que odiavam bruxas, que odiavam Árion, que odiavam a si mesmos... Com o tempo eles mudavam, tendo a eternidade para refletirem sobre suas escolhas, revivendo suas próprias mortes, presos em um círculo sem fim de sofrimento, alguns tornavam-se ainda mais cruéis. Outros se arrependiam de coração.

Graças à maldição, porém, todos estavam presos ali, mesmo os arrependidos. E para impedir que eles causassem mal para inocentes, o colar existia. Concentrando a atenção do Véu naquele que usasse o colar, os espíritos – forças de pura energia do próprio véu – eram convertidos para Jeniz, como tinham sido para Tenissa.

Jeniz nunca mais fora ao jardim, odiava ver todos eles, já sabia a história de todos, e nem todos se arrependiam, então sempre que precisava sair da casa, contornava pelos fundos. Mas quando a idade era tanta, nem mesmo saia da casa. Foi apenas uma vez, perto de seu fim, que decidiu atravessar aquele jardim.

Sua cama estava no salão de entrada, pois já não aguentava subir as escadas e estava sozinha, acompanhada apenas pelo fantasma de Pilos, que lhe fazia companhia.

— Ele chegou. — Pilos disse para Jeniz, envolto nas suas sombras, como um vulto surgindo pela névoa, desaparecendo pelo ar.

— É um homem já. — Jeniz sussurrou se levantando e pegando sua bengala. Olhou para as prateleiras que pediu para os escravos fugidos, que vez ou outra vinham lhe ajudar, colocarem ali. Seus jornais, diários, livros, estavam todos ali. Centenas de páginas relatando tudo que aprendera. — Será que vou reconhecê-lo?

— Continua com essa ideia?

— É a única solução! — Jeniz olhou para as sombras sem forma, a silhueta do homem. — Isso precisa acabar!

Em uma mão ela segurava a bengala, bamboleando para a porta, tirou o colar de seu pescoço, mas segurou-o na outra mão, com força.

Ela havia chamado Betenion, seu filho que não via há muito tempo. Na verdade, já sequer sabia quanto tempo fazia. Jeniz chegou na porta abaixo da torre e olhou para trás.

O salão do castelo, que antes era um lugar para festas, tornara-se toda a casa. Ela não usava nada além dos corredores para sair pelos fundos e um dos banheiros. Fazia quase dois ciclos que não subia na torre de seu quarto, e quase um ciclo que não chegava perto daquela porta. Colocou os dedos na madeira e tirou o trinco ,deixando-o cair no chão. Já não importava.

Então empurrou a porta abrindo-a e deixando a claridade entrar.

O jardim estava morto, não havia uma única folha verdade no quintal. O caminho cimentado na frente dela era como uma passarela de ossos. Você descansa ai. Todos vocês.

Deu um passo olhando para o portão.

Betenion sorriu ao ver sua mãe. E ela sentiu-se amada uma última vez. Ele era lindo, mesmo com todos aqueles espíritos lhe atrapalhando de enxergar seu filho uma última vez. Todos eles esperavam.

Jeniz abriu os dedos, toda sua coragem era aquele momento. O colar caiu de sua mão e ela caiu no chão. De joelhos, sentiu os ossos trincar.

Betenion berrou, saiu correndo.

Jeniz rastejou alguns passos, a mão na garganta, segurando o ar como se não pudesse, e não podia, respirar.

Betenion agarrou a mãe, segurando-a no colo, gritou para que ela respirasse enquanto o rosto tornava-se roxo, os olhos arregalados. Se levantou com ela no colo e foi para o portão, mas antes de chegar na metade do caminho, Jeniz cedeu.

Uma lágrima cortou a têmpora da mulher enrugada, seus olhos arregalados olhavam para Betenion com um sentimento que ninguém naquele lugar conhecia; amor.

Ele se abaixou colocando o corpo de sua mãe no chão, não chorou uma única lágrima. Ao invés disso apenas marchou até a soleira, teve um vislumbre do salão entulhado de moveis, de livros.

Pegou sua adaga da cintura e se abaixando olhou o colar no chão.

Pilos olhou para os demais espíritos, festejando em cima do corpo de Jeniz, alguns apreensivos olhavam para Betenion esperando sua ação.

E então o pomo da adaga acertou o cristal no colar, que se partiu ao meio, pequenos estilhaços ao redor.

— Não! — Pilos berrou para os espíritos quando estes tentaram atacar Betenion. Com seu braço erguidos ele os encarou, o dedo em riste. — Deixem ele ir!

— Sua insensatez lhe custará caro primo. — Orel, ao lado de Pilos, disse. — Não lhe pouparemos!

Os espíritos tinham fome pelo caos, e por ciclos o colar em Tenissa e em Jeniz os impediram de festejar sob a carne dos vivos. Então agora, quando tiveram a oportunidade, Pilos os privou, pois era Pilos o mais poderoso ali.

— Esse dia faz parte da minha punição. — Pilos viu os fantasmas lhe encarando, se levantando convergindo em sua direção, enquanto, do corpo de Jeniz, sua essência se erguia. — E eu aceito de bom grado!

Betenion deixou a propriedade sob o olhar de Jeniz, esperando o dia que estaria livre daquela maldição. Passara mais de vinte ciclos vendo, agora fazia parte. Sofria com eles... Os gritos de Pilos foram estridentes. Ela nunca o ouviu gritar com tanta intensidade, nem mesmo quando estava pendurado no mastro quebrado.

Todos os espíritos, exceto por Orel e ela, atacavam o lorde corta-dedos.

— Você sabe o que fez? — Orel perguntou para Jeniz, que anuiu para ele.

— Pilos é a raiz da maldição. Sem seu arrependimento não haverá paz. Vocês... Até mesmo eu, somos peças sem importância agora. Meu filho fará o que for preciso. E Pilos também!

— Mulher tola. — Orel bradou, se virando, seu espírito se desfazendo no ar, voltando ao seu local de morte.

Jeniz observou o açoite de Pilos se repetir sem fim, aquele grito nunca silenciou. Era a última oportunidade de Pilos para se arrepender, ou funcionava, ou sua alma retornaria mais negra do que se podia imaginar, e então todos estariam perdidos.


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