Pandora escrita por majestyas


Capítulo 4
Capítulo IV. A escola é o inferno.


Notas iniciais do capítulo

Oi, galeraaa. Fui dar uma conferida e vi que a fic tem centenas de acessos! Fico feliz com isso, mas cadê os comentários? Vamos lá, eu sou bem legal, até. E as que estão comentando: obrigada, gracinhas ♥
Nesse capitulo vamos introduzir uma personagem nova e ao mesmo tempo bem conhecida por todos aqui, para esquentar as coisas. Depois me digam o que acharam haha.
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759645/chapter/4

 

— Primeiro dia de escola! — Alice nos acorda pulando em minha cama e gritando. Tem certeza que é uma vampira centenária? Quis perguntar.

— Eu não vejo você animada assim há décadas — comenta Jasper, que está na porta, observando.

— É o primeiro dia da Dora na escola! Isso vai ser memorável! — ela pula graciosamente para o chão e vai até meu closet.

— Se prepara, Esme está até planejando tirar fotos — conta o loiro.

— Jasper Hale Cullen! — Esme diz, aparecendo ao seu lado — seu grandíssimo fofoqueiro!

— Desculpe, mãe — ele sorri e some.

Esme não consegue ficar brava, mãe é a palavra chave para derrete-la. Ela tira uma foto minha na cama, com certeza eu estou com uma cara horrível. A vampira só sorri satisfeita e cantarola para fora do quarto.

— Bom dia — Edward me da um beijo na bochecha — vou me arrumar.

Assinto e me levanto, indo tomar um banho. Depois de devidamente limpa e faminta, vou até meu closet, onde a minha irmã louquinha está encarando seriamente os sapatos.

— Alice, é só pra escolher uma roupa, não desarmar uma bomba — falo, sentando-me no sofá que há aqui.

— Não é tão simples — ela revira os olhos — mas tudo bem, já escolhi.

Olho para a combinação em suas mãos. Uma camiseta preta de mangas compridas e decotada, um jeans também preto justo, botas de cano curto e salto baixo e um casaco cinza clarinho, que parece bem quentinho.

Visto tudo enquanto ela pega os acessórios. Ela me fez colocar uma touca cinza da mesma cor que o casaco e luvas pretas. Segunda ela, está frio.

— Como você sabe? — pergunto, enquanto descemos as escadas.

— Noticiário, dãr — revira os olhos.

— Quero você bem quentinha hoje, mocinha. Ouvi dizer que a temperatura vai cair bastante — Esme diz. Ela está sentada ao lado de Rosalie no sofá.

— Que bom que temos termostato, caso contrário teríamos picolé de Pandora — Emmett sempre brincalhão. Mostro a língua para ele e vou tomar café.

— Hora do pesadelo — Edward revira os olhos quando entramos no seu carro. Alice e Jasper irá conosco e Rosalie irá em sua BMW (querendo chamar atenção? Claro que não!) com Emmett.

— Não deve ser tão mal assim — falo, olhando a destreza que ele tem dirigindo.

— É pior — rebate.

— Passamos por isso milhões de vezes, Dora. É entediante — Alice fala.

— Torturador — murmura Jasper. Isso me lembra de abaixar o vidro, para dar uma circulada no ar — obrigado.

— Sem problemas, Jazz — sorrio.

— É realmente difícil ficar em um ambiente cercado por humanos — comenta Edward, voltando ao assunto principal — mas confesso que talvez seja mais fácil para mim, porque posso me distrair com pensamentos alheios.

— Que feio — faço uma cara reprovadora e ele sorri travesso.

— É um inferno sentir todas aquelas emoções — Jasper faz uma careta — adolescentes!

— Eu aproveito para desenhar. Pensar em compras. Festas. No futuro — comenta Alice.

— E estudar que é bom nada.. — digo, gerando risadas.

— Já sabemos tudo — Edward diz — só vamos para manter as aparências. Ser humano é legal, apesar de tudo.

— Aqueles malditos sortudos — suspira Alice, desejosa.

— E vocês devem ser os populares, certo? Rosalie a líder de torcida, Alice do comitê de eventos, Emmett nos esportes, Edward na banda e Jasper mestre nos debates — falo, especulando com base em todo o conteúdo adolescente que já assisti. Vamos lá, cada Cullen parece ser o perfeito clichê.

Eles começam a rir bastante, me deixando confusa.

— Seria legal — sorri Alice — mas não. Temos que ser discretos, então somos antissociais.

— Educados, mas reservados — resume Jasper.

— Mas se o objetivo é não se destacar, por que não se tornando um deles? — opino.

— Seríamos excepcionais, iriamos chamar atenção — Edward explica — vivemos com eles, mas não nos misturamos. Quanto menos contato, menos risco.

— Mas... Eu acho que talvez você possa ser um pouco mais... Um pouco menos... Cullen. — troco olhares com Alice — afinal, é humana.

— Mas acima de tudo sou uma Cullen. E se somos educados, mas reservados, que assim seja — sorrio. Ela sorri de volta.

Não demora muito para chegarmos a escola. O estacionamento está cheio de adolescentes barulhentos e o resto da família já espera em uma vaga. Edward estaciona ao lado deles.

Saímos do carro ao mesmo tempo que os outros. Parece que gradativamente o estacionamento vai ficando mais silencioso.

— Por que o silêncio mórbido? — pergunto, me aproximando de Edward.

— Porque somos os Cullen — ele dá de ombros e segura minha mão, assim como Alice e Jasper e Emmett e Rosalie. Até parecemos um casal. Coro imediatamente por esse pensamento.

— Causamos impacto — Alice sorriu.

— Precisamos ir até a secretária, não é? — falo, Rosalie assente. Sua cara não poderia ser pior. Viro-me para um garoto que está perto — ei, pode me dizer onde é a secretária?

— Chad-d-d — ele diz. Parece admirado — quer dizer, meu nome é Chad. Não que você tenha perguntado.

— Meu nome é Pandora — sorrio simpaticamente. Isso distrai novamente o tal Chad, que sorri abobalhado e fica me encarando — e então?

— Ah, ah sim. Ali. É só ir por ali — aponta.

— Obrigada, Chad — sorrio novamente e viro-me, ainda sentindo seu olhar sobre mim.

— Olha a PanPan, arrasando corações nos primeiros minutos na escola — Emmett zoa.

— Por favor, tenha mais bom gosto — Rosalie bufa.

Seguimos em frente na direção indicada.

— Pelo o que eu vi e ouvi, é melhor dizermos que somos todos casais — Edward comenta. Logo todos estão rindo, eu só lanço um sorriso para ele.

— Então somos um casal? Legal! — ele me rodopia rindo — Quando vou ganhar um anel de diamantes?

— Essa é minha irmã — Rosalie passa o braço por meus ombros.

— Ih, desse jeito Carlisle vai falir — Emmett comenta — com três gastadeiras na família, não há fortuna que aguente.

— Gastadeiras? Essa palavra existe? — Rosalie revira os olhos, me soltando e sendo abraçada pelo grandão.

— Já dizia Beyoncé, se você gosta "put a ring on it" — cita Alice.

— Sem problemas, providenciarei isso. — Edward da seu sorriso torto, super charmoso, que me faz dar um beijo em sua bochecha.

— Já começou as intimidades — comenta Emmett — aposto que até o fim do ano escolar eles estão namorando de verdade.

— Aposto que não — Jasper nos analisa criticamente.

— Isso não vai acontecer — Edward olha para ele e praticamente rosna. Seja lá o que Jasper pensou, não era algo bom.

— Você não sabe — o loiro retrucou tranquilamente.

— Bom, eu aposto que estaremos juntos — Edward sorri forçadamente e apertou um pouco minha mão. Acho que ele nem ao menos percebeu.

Arqueio as sobrancelhas para ele. Que tipo de jogo é esse?

— Não se preocupe — Alice sorri para mim — é só uma aposta boba deles. É sempre assim.

Reviramos os olhos em sincronia. Depois de passar pela secretaria, um garoto apareceu para nos conduzir em um tour pela escola e nos explicar como as coisas funcionam. Praticamente só eu falo, meus irmãos ficam no máximo do reservado. Eric, o nome do guia. Somos salvos pelo sinal, avisando que está na hora do real "tormento".

— A primeira aula teremos juntos — Edward sorri para mim. Será biologia — podemos ser parceiros.

— Isso seria muito bom, já que não curto muito a matéria — sorri, abraçando-o de lado.

— Posso te garantir um A+ — diz. Pisco para ele e entramos na sala. Quase não há alunos ainda, mas o professor já está. Entregamos a folha, ele assinou e nos indicou dois lugares vagos no fundo.

— Perfeito — murmurou meu irmão, satisfeito.

De repente a feição dele muda completamente. Ele parece perturbado.

— Edward? O que foi? — pergunto, preocupada.

— O cheiro. O cheiro dela — ele diz, apontando para uma garota que tinha acabado de chegar e sentou-se na frente.

— Olhe para mim — seguro sua mão firmemente, olhando nos seus olhos, que aliás, estão um pouco escuros — você não vai fazer nada com ela, porque eu não vou permitir. Vou protegê-lo de si mesmo. Prometo.

Com certo esforço faço com que o ventilador quebre, fazendo com que o professor pedisse para que as janelas fossem abertas, então me concentro em manter o vento na direção contrária, mantendo o cheiro dela longe.

— Obrigado — Edward sussurra. Sorrio para ele, tentando tranquiliza-lo. Beijo sua bochecha e encosto minha cabeça em seu ombro.

— Concentre-se em minha respiração — sussurrei.

As aulas parecem se arrastar e minha tensão aumenta. Edward está inquieto. Quando finalmente o intervalo vem, Edward vai direto para uma mesa vazia e meio isolada, enquanto eu vou pegar algo para comer.

— Oi, você é a aluna nova, certo? — uma garota sorridente me chama.

— Sim. Pandora Cullen, é um prazer — estendendo a mão. Ela aperta rapidamente.

— Sou Jessica, mas pode me chamar de Jess — diz. Há uma menina ao seu lado, reparo. É a garota que infernizou Edward. Torço o nariz para ela automaticamente, mesmo que não tenha feito nada proposital.

— Legal — digo apenas, pegando minha comida e saindo dali, indo direto para minha mesa. Sento ao lado do Eddie e coloco minha bandeja entre os dois, como se fôssemos dividir. Ele coloca a mão sobre minha perna, por debaixo da mesa, chamando minha atenção.

— Obrigado. Por tudo — ele diz baixinho.

— Sempre que precisar — sussurro de volta.

— Beijem logo — Emmett chega.

— Talvez mais tarde — como um pedaço do meu sanduíche — agora temos problemas sérios.

— O que houve? — todos já estão na mesa.

— Edward pirou com uma garota — resumo.

— Eu vou chutar sua bunda — Alice parece seriamente ofendida.

— Tinha que ser o Edward — Rosalie cruza os braços.

— Não assim — reprimo uma risada — foi o cheiro do sangue dela. Foi loucura total.

— Ela é minha La tua cantante — solta Edward.

— Desculpe, eu fugi da aula de italiano — penso um pouco — a sua can...?

— Significa a sua cantora, quer dizer que o sangue dela canta para mim. Me atrai, me encanta — ele explica.

— Ainda bem que não me deu o anel ainda, porque olha... — mordo o lábio, mexendo distraidamente no suco — como fazemos pra reverter isso?

— Não dá — ele encolhe os ombros e olha para ela e eu acompanho seu olhar. Ela está nos encarando.

— Ah, não — reclama Rosalie, chutando Edward por de baixo da mesa — não se atreva a fazer nenhuma besteira.

— Ela não para de encarar — comenta Emmett.

Uma tensão se forma na mesa. A cara de Jasper diz tudo.

— Temos mais com o que nos preocupar do que com suas encaradas — digo, me levantando — vamos para casa resolver isso.

Todos se levantam e saímos, indo em direção a secretária. Formamos uma mentira sobre uma emergência familiar em casa e logo nos liberaram.

O silêncio até em casa é desconfortável, eu mal respiro.

— Temos más notícias — Rosalie já chega jogando a bomba para Esme.

— O que houve? — ela pega minha mochila e me olha de cima a baixo, conferindo se estou bem.

— Edward está atraído pelo sangue de uma garota da escola. E ela é logo do ano dele — explica a loira.

— Atraído? — Esme parece confusa.

Suspiro e subo para o meu quarto, sentindo minha cabeça doer um pouco.

— Droga de sangue... — resmungo, vasculhando minhas coisas em busca de um remédio. Finalmente acho e pego logo dois comprimidos, enfiando tudo na boca. Viro-me para ir até o banheiro, mas tomo um susto com Alice. Ela está bem perto. Engasgo e pego rapidamente o copo cheio de água da sua mão.

— Não ia engolir a seco, não é? — ela dá um risinho e senta na minha cama. Suspiro e sento-me ao lado dela.

— Está tudo bem lá em baixo? — pergunto.

— Edward está cogitando ir para o Alasca — conta.

— O quê? — choco-me. Ele iria para o Alasca? Por causa de uma garota?

— Ele acha melhor se afastar, nem que seja por um tempo... — ela não conclue, dando de ombros.

Assinto, deitando-me e sendo coberta por Alice.

— Não se preocupe, Dora. Logo tudo voltará ao normal — ela dá um beijo em minha testa e sai.

Mesmo com a cabeça cheia, consigo pegar no sono. Sou acordada por um beijo frio na testa. Assusto-me, recuando.

— Desculpe, não queria te acordar — Edward murmura.

— Geralmente as pessoas beijam as outras quando estão acordadas — comento. Bocejo e sento-me — e beijar alguém dormindo não é algo exatamente legal.

— Eu sei, me perdoe — ele realmente parece arrependido. Só preferia que ele tivesse me beijado acordada e... Talvez mais um pouco pra baixo... Céus, o que estou pensando?

— Deite-se comigo. Ainda estou com sono — sorrio um pouco.

— Eu estou indo embora — anuncia. Fico séria.

— Só por causa daquela garota? — minha voz falha.

— Você não entende. Não é ela, é seu sangue. O sangue dela é como uma droga, entende? E eu nem experimentei e já estou... Louco por ele — diz como uma confissão.

Desvio o olhar. Deixar Edward partir seria difícil, mas se é para o bem dele, como eu poderia negar? Me arrependo de ter me apegado a ele tão fácil. Por que eu tenho que ser uma idiota sentimental?

— Se tem que ir, tudo bem. Vou te apoiar na decisão que tomar, irmão — fecho os olhos e viro-me.

— Sinto muito — e então ele vai embora. E eu volto a dormir com a estranha sensação de que tem algo faltando.

 

·.༄࿔


O resto da semana passou confusamente para mim. Fiquei sem parceiro em biologia, então me senti um pouco perdida, mas com ajuda de Alice consegui acompanhar.
Algumas garotas decidiram que eu era uma esnobe e então me odeiam. Na aula de educação física eu fui o grande alvo na queimada feminina, no qual eu saí toda machucada. Carlisle gentilmente me deu uma atestado de dispensa permanente das aulas de educação física e minhas queridas irmãs indiretamente infernizaram as garotas. Ninguém se aproxima de mim agora.

A Swan, garota dos pesadelos Cullen, parece obcecada conosco. Pergunta para os amigos sobre nós, fica nos olhando toda hora... Eu tento reprimir os sentimentos ruins que tenho em relação a ela, não gostar não me dá passe livre para ser malvada. Então quando alguém fala algo dela eu faço o que Alice me ensinou: traduzir o hino nacional para outras línguas. Funciona bem.

As noites sem Edward são estranhas, mas logo me acostumo novamente a ficar sem ele. Começo a usar pijamas leves e só um fino cobertor, já que a fria temperatura corporal de Edward não é mais constante.
Porém ao acordar na sexta-feira, me deparo com o dito cujo perto da minha janela, olhando para fora distraidamente.

— Oi, sumido — digo, me espreguiçando.

— Oi. Como está? — ele se aproxima lentamente.

— Um pouco dolorida, mas bem.

— Alice me contou das garotas — ele faz uma cara de repulsa — eu sinto muito, queria estar aqui para...

— Você não poderia fazer nada — corto, levantando-me.

— Você não sabe — retruca.

— Nem você — devolvo. Porque não estava aqui para tentar, completo em pensamento e é quase como se ele pudesse ouvir.

Há uma certa tensão no ar. O fato dele ter saído de casa por quase uma semana por causa de uma humana me deixou um pouco enciumada. E principalmente triste por não ter mais ele ao meu lado.

— Vai para aula hoje? — pergunto, quebrando o silêncio.

— Ainda precisa de um parceiro de biologia? — ele perguntou, mas sabia que havia algo mais ali. Uma oferta de paz.

— Claro — tudo que consigo lhe dar é um fraco sorriso, mas tem que ser o suficiente.

 

·.༄࿔


Era como se tudo não tivesse passado de um pesadelo, Edward está ao meu lado de mãos dadas indo para aula de biologia. Algumas meninas que fazem parte do clube "odiadoras de Pandora Cullen" me olham com certo medo. Trabalho de Rosalie, com certeza. Ela é o Diabo de saia quando quer.

Quando entramos na sala, Swan já está lá, nos olhando com aqueles olhos chocolate arregalados. Ela cora quando olho para ela e abaixa a cabeça. Edward aperta minha mão quando passamos ao seu lado, mas não reclamo. Deve ser difícil para ele.

E o intervalo é uma afronta. Ela não para de olhar, tanto que até mesmo outras pessoas estão comentando. Começo a traduzir o hino para francês pela terceira vez essa semana.

— Que perseguidora — comenta Emmett, rindo.

— Ridícula — não me seguro. Eu estou com a cara emburrada, revoltada com a patética Isabella e sua obsessão.

O pessoal riu, até mesmo Edward.

— Você fica linda com ciúmes — ele comenta.

— Eu? Ciúmes? Jamais! — cruzo os braços, parando de comer. Esse assunto me deixou sem fome.

— Se casem — Alice suspira, olhando para nós carinhosamente — e me deixem organizar tudo.

— Se eu casar, com certeza você quem irá organizar. E Rose tocará piano, já que é a melhor da família — divago, sorrindo um pouco e pegando uma batata frita.

A duas dão sorrisos satisfeitos, seus olhos brilhando imaginando a cena.

— Segunda melhor — resmunga Edward. Dou um tapinha em sua mão. Implicante.

— Eu com certeza daria o melhor presente de todos. Só não sei qual ainda — Jasper também entra na brincadeira.

— E Emmett será o padrinho que vai começar os discursos, claro — Edward completa.

— Até porque eu sou o mais legal daqui — se gaba o grandão. Rimos e logo atraímos atenção do refeitório. Posso sentir um olhar em especial queimar.

— Mal posso esperar — sussurra Edward, me dando um selinho rápido. Fico surpresa com a demonstração de carinho, mas sorrio também. É estranho, mas gosto. Sinto um frio na barriga que nunca senti antes.

— Edward e Pandora, atrás da árvore, se beijando... — Emmett começa, mas eu taco minha batata nele, que revida com uma maçã, que Alice pega antes de chegar ao meu rosto. Arfo, indo para trás um pouquinho atrasada. Edward rosna baixinho e joga um sanduíche em Emmett, que acaba batendo nele e por incrível que pareça, caindo em Rosalie. A loira dá uma olhada mortal para eles e sai, indo se limpar com Lice a acompanhando. Troco um olhar com os garotos.

— Podemos fazer isso em casa — sorrio travessa.

— Mamãe ficaria louca! — Emmett comenta, sorrindo mais abertamente que eu.

Rimos e planejamos uma guerra de comida para qualquer dia desses.

Finalmente chegamos em casa. Jogo a mochila de lado e me deito no sofá, tirando os tênis e procurando um bom canal.

— Aquela Isabella Swan parece estar planejando o casamento de vocês enquanto o olhava — ouço Rosalie dizer. Eles estão no corredor, se não me engano.

— Bella — corrige Edward.

— O quê?

— Ela prefere Bella — aposto que ele está encolhendo os ombros e desviando o olhar.

— Não gosto disso — ouço Rosalie bater ritmadamente suas unhas em algo — eu vi, Edward! Vi vocês conversando no corredor e depois, na aula de educação física.

— Não é o que está pensando — nega o topetudo.

— Está na cara, Edward. Mas não vá fazer nenhuma besteira. Pode acabar sem nenhum pássaro na mão — Rosalie passa por mim.

— Ou pior. Sem Pandora — Emmett completa em um tom solene, seguindo a namorada para o andar de cima.

Franzi as sobrancelhas, confusa. Não entendo onde eles querem chegar. E Edward está ficando amiguinho da stalker? Então é isso? Depois de toda aquela confusão por causa dela, ele simplesmente ignora sua dor — a dor que causou em todos — e se aproxima dela?

— Escutando conversar alheia? — Alice me assusta, sentando-se na minha barriga. Ela é tão leve que eu mal sinto.

Sinto meu rosto esquentar, mas não me dou por vencida.

— O que disse, linda? — me faço de sonsa.

Ela ri e revira os olhos.

— Não vou nem dizer nada — diz e pega o controle da minha mão, colocando em um really show — sabe, estava pensando em como vai ser sua festa de aniversário.

Dou uma risadinha, já que meu aniversário já passou.

— Meu aniversário já passou, Lice. Lembra? No dia em que fui adotada.

— Eu sei, eu sei. É claro que sei — diz convencida — mas nós não comemoramos do jeito Cullen. Você ainda não era da família. Agora é. E eu quero uma festa!

— Tudo bem — dou de ombros. Ela me olha atentamente, desconfiada — o quê?

— Sério? Tudo bem? Só isso? Sem resistência? Drama? Desculpas esfarrapadas? Desânimo?

— Festas são legais — dou de ombros de novo.

Ela sai de cima de mim em um pulo, dando gritinhos animados. Esme, que tinha acabado de chegar em casa com algumas escolas na mão, sorri com a cena.

— O que foi, queridas? — pergunta.

— Dora aceitou ter uma festa de aniversário! De primeira! — conta a baixinha.

— Que bom, fico feliz — ela vai até a cozinha e volta — estou louca para organizar as guloseimas, me sinto uma chef de cozinha ultimamente!

— Você com certeza é — sopro um beijo para ela.

— Vou poder aperfeiçoar com outros humanos aqui — faço uma careta com a hipótese de convidar alguém do colégio.

— Não só humanos — Alice faz uma careta prevendo o que aconteceria. Com certeza os quileutes seriam convidados.

— Se os lobos vão vir, acho melhor ser lá fora — reflete Esme — aqui dentro vai ficar muito forte os cheiros.

— Não quero cheiro de cachorro na minha casa! — Rosalie grita do andar de cima.

Rimos da sua reação. Edward vem para sala, sentando-se em uma das poltronas. Desvio o olhar do dele, tentando deixar de lado o assunto bellward. Céus, isso soa horrível. Dá onde eu tirei isso?

— Qual será o tema? — pergunta.

— Pode ser a fantasia — sugere Esme.

— Parece legal — comento.

— Já sei nossas fantasias! — Alice grita, parecendo um furacão pela casa. Ela usa sua super velocidade para pegar seu tablet — seremos deuses gregos.

Sorri imaginando eles como deuses. Combina perfeitamente.

— Precisamos fazer os convites — Esme também surge com um tablet. Rosalie desce as escadas com um notebook em mãos.

— Podemos convidar os Denali — diz, sentando-se ao meu lado.

— Quem são eles? — pergunto, observando ela pesquisar luzes de festa.

— São como primos para nós — explicar Esme — Um clã que segue a mesma dieta que a nossa.

— Ah — assinto.

— Os Vulturi — Alice diz, olhando para o nada. Logo ela volta ao normal — vão se sentir ofendidos se não forem convidados. E então?

— Não vejo mal convidar — pondera Esme — Não é como se fossem vir.

— Podem mandar alguém da guarda. Ou só presentes — reflete Alice.

— Provavelmente — concorda Edward.

— Preciso fazer meu dever de química. Com licença — saio da sala, indo pro meu quarto.

Tenho uma boa sensação sobre essa festa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pandora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.