Pandora escrita por majestyas


Capítulo 19
100K COMEMORAÇÃO | Capítulo XX. Three is my lucky number.


Notas iniciais do capítulo

oi, meus amores! vocês pediram MUITO esse final. muito mesmo. então, quando batemos 100k no Wattpad, vi isso como uma oportunidade de dar a vocês o que tanto querem! toma, sweetheart! aproveitem esse poliamor lindíssimo! fora dos padrões, mas tão válido quanto.

como esse capitulo está sendo postado DEPOIS de eu finalizar história, tive que fazer alguns ajustes, então ele está ocupando o lugar de outro capítulo. vamos fingir que não rs...



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NA BATALHA...

— Então você tem um animalzinho de estimação? — Romani ri — vamos ver como você vai ficar quando tiver que enterrar o Tobby aqui.

Antes que ela pudesse fazer algo, lancei um vento tão forte que fez ela cair do outro lado do campo.

— Cai fora, otário! — falo para o meu padrasto, colocando fogo em seu corpo. É engraçado ver ele correndo, até que Greta e Esme partem para cima dele. Desfaço o fogo e elas desmembram ele. E então eu coloco fogo novamente, seus membros formando uma pequena fogueira. Viro-me para Jacob e Romani novamente. Edward se junta a nós, cercando Victoria que tentava escapar e prendendo seus braços. Jacob avança nela e a ruiva mal pôde reagir: sua cabeça foi arrancada e foi fazer companhia aos mortos.

Enquanto me distraio com a cena, Romani me puxa para trás com força. Consigo me virar para ficar frente a frente com ela.

— Logo você também estará lá, bonitinha. — Romani aperta meu pescoço, mas seguro suas mãos, sentindo meu poder mata-la. Ela aperta mais e sinto minha visão embaçar, mas não deixo de apertar suas mãos. Respiro fundo quando o aperto dela afrouxa. Sinto ela cair atrás de mim e me afasto um pouco, virando-me e encarando ela.

— Jay? — chamo. Ele vem e eu aponto para Romani caída — você pode... Você sabe. Só para ter certeza.

Ele assente, avança sobre ela. Me viro e vou até Esme, ajudando ela com os outros.

Quando finalmente tudo acabou, apenas restando uma pilha de membros pegando fogo, desabo no chão, exausta. As lágrimas caem como um rio, jorrando para fora toda a minha dor, confusão, fúria...

Edward e Jacob se aproximam de mim, mas não consigo prestar atenção neles. Estou devastada. Alec então surge, se abaixando a minha frente

— Vou fazer a dor passar, ok? — ele diz suavemente.

Fecho os olhos, esperando. Sou tomada pelo nada: sem sentido nenhum. O vazio não tem gosto, som ou cor. É tudo angustiante, mas pelo menos não há dor. E, por enquanto, isso basta.

DIAS DEPOIS...

Estamos eu, Jacob, Alec e Edward na floresta perto de casa. Longe o suficiente para os ouvidos curiosos não captarem nada. Os três estão de frente para mim, enquanto eu ando nervosamente de um lado para o outro. Eles me pressionaram para tomar uma decisão. Então aqui está.

— Há um tempo atrás, eu li um livro sobre um homem que amava muito uma mulher e, felizmente, ela o amava de volta. Mas, havia outra que conquistou seu coração. E também, um amor de infância. Duas delas eram inimigas. Cada uma representava um tipo de amor diferente para ele, mas que ele não poderia viver sem. Então, em vez de fazer a escolha que dilaceraria os quatro, ele não aguentou e se matou, deixando assim três corações partidos para trás e o seu morto — respiro fundo, sem conseguir dizer ainda palavras exatas, mas sendo o mais clara possível — eu não quero um final triste para minha história. Um final complicado eu aceito, mas não um final infeliz. Eu não posso quebrar o coração de vocês, mas de qualquer jeito isso vai ser feito se eu escolher um ou nenhum. Então... talvez a solução seja... ampliar nossas opções.

— Eu não entendi — Jacob diz, parecendo confuso.

— Oh, eu entendi — Alec dá um sorriso malicioso, cruzando os braços e relaxando a postura. Ele se encosta em uma árvore, observando a face dos outros dois. Sondando.

Edward começa a rir, claramente de nervoso. Cruzo os braços também, olhando séria para os três.

— Pensem bem. Não encarem isso como algo totalmente pervertido ou vergonhoso. Eu amo os três de maneiras diferentes e os três me completam de maneiras diferentes, então por que diabos eu não posso tê-los? Não é como se você não fosse aproveitar a companhia de Edward e Jacob, Alec. E você me ama acima de tudo, não é, Jay? Se sou eu que te prendo a Terra, por que não tentar, somente tentar, algo diferente? Isso me faria tão feliz. E você, Edward? Você disse que nunca iria desistir de mim. Agora, estou pedindo para lutar contra tudo que te impede de entrar nessa relação.

— Isso é loucura — o transformo sussurra, parecendo completamente em choque. Até eu estou um pouco. Que tipo de ideia é essa?

— Eu sei que parece. E sei que não vai ser fácil. Mas, por mais egoísta que seja, eu não posso — fecho os olhos, minha voz falhando — magoar dois de vocês escolhendo um, ou ficar sem todos. Eu não posso. É egoísta, maldoso, eu sei que sou uma péssima parceira e vocês podem me culpar por isso. Mas eu amo tanto vocês — abro os olhos, sentindo as lágrimas escorrerem — tanto! Partir o coração de vocês me destruiria. E ficar sem vocês... Eu não poderia. Eu morreria antes — os três fazem barulhos descontentes — então peço para que vocês pensem bem... em todas as vantagens de algo assim. Podemos nos adaptar juntos. E o quão doloroso seria separados? Pelo o quê? Um padrão datado de uma sociedade completamente hipócrita? Vampiros praticam o poliamor desde o início dos tempos. Não é novidade.

Um silêncio se faz, quando Alec suspira.

— Já vivi loucuras maiores — diz — eu topo. Não sou do tipo ciumento mesmo.

Sorrio para ele. Um já foi.

Mais uma vez, Edward ri nervosamente. Respiro fundo, ansiosa. Meu coração parece querer sair para fora.

— O que você fez comigo? — ele murmura, parecendo desacreditado — de fato, em cem anos, acho que já fiz coisas piores que isso. O que um relacionamento com acréscimos é comparado ao meu passado sombrio? Disso sim eu devo me envergonhar.

Sorrio para ele também.

— Os outros vão me massacrar — Jay passa a mão nervosamente por seu cabelo — mas que se dane, não é? Imprinting acima de tudo.

Sei que com ele terei mais dificuldade, mas com o tempo ele estará não só de quatro por mim, mas por Edward e Alec também. Olha só aquele sorriso safado do ex Volturi, como resistir?!

— Então está decidido — bato palmas, animada — um novo relacionamento começa entre nós!

— Espera... antes, é melhor estabelecermos umas regras — Jacob diz, cortando meu barato.

Ah, lá vamos nós...

ANOS DEPOIS...

— Alguém viu Edward e Jacob? — pergunto, observando todos conversando animados, enquanto meus dois parceiros estão desaparecidos.

Vampiros, transformos e agregados, juntos em uma das praias de La Push. Finalmente. Levou anos, mas unimos as três espécies (vampiros, humanos e transformos) de tal modo que já não é possível separar sem causar um grande dano. Agora, os quileutes nos enxergam como aliados e, alguns de nós, família. Eles conseguiram fechar uma praia somente para nós comemorarmos. Nenhum humano leigo a vista.

Uma grande fogueira sendo cercada por figuras distintas. Todos animados e tranquilos. Depois daquela batalha horrenda anos atrás, paz é tudo que conhecemos desde então. E amor. Muito amor. Alguns tiverem filhos, outros casaram. Uns se uniram a clãs, outros criaram os seus próprios.

— Eu vi eles indo para casa dos Black... — comenta Emmet, com um sorriso malicioso. Ele, Rosalie, Makenna, Irina, Garrett, Jared e Quil conversam sobre algo perto de mim.

— Eu nunca vou me acostumar com isso — comenta Rosalie, fazendo uma careta. É claro que ela está acostumada, mas implicar com Jacob é tradição.

— Lembra quando Jacob queria ditar regras? Velhos tempos — Alec surge ao meu lado, beijando minha bochecha. Meu corpo automaticamente fica alerta. Ele está perto demais.

— Regras — bufo — e agora ele as quebra como um bom trapaceiro que é.

— Acho que esse título continua sendo meu — Alec diz — afinal, eu tenho um ótimo currículo.

Reviro os olhos, mas não seguro o sorriso. Lembro-me de nossos primeiros contatos, em que ele foi mandado pelos Volturi para me seduzir. Isso parece uma vida trás.

Ele tenta segurar-me pela cintura, mas eu recuo. Não tenho coragem de encara-lo. Sei que está confuso e magoado, mas é por um bom motivo.

— Eu deveria fugir logo com circo, por que palhaça eu já sou, não é Benjamin? — Leah reclama, sua barriga enorme pela gestação já avançada.

Ela está há poucos metros, alguém colocou um grande apoio de madeira, no qual mesas e cadeiras foram colocadas. Ela está em uma das mesas com Ben. Ando até ela com rapidez.

— Oi, Leah! — me jogo em cima dela, cumprimentando alegremente.

— Não me amassa, pirralha! — ela reclama, me empurrando de leve. A cena de anos atrás acaba de se repetir, a do casamento de Emilly e Sam. Como tudo e nada mudou!

— Como está meu sobrinho? — beijo sua barriga rapidamente, antes que ela dê um tapa na minha cabeça.

— Um chato como você — ela diz, mas sua expressão é suave — está todo alegre, se mexendo a beça.

— Esse é meu garoto — Ben diz orgulhoso, sua mão pousada carinhosamente sob a barriga de Leah.

— E onde está o outro filhote? — diz Alec (é claro que ele me seguiu), se referindo a Noah, o filho mais velho de Leah e Benjamin. Ele é uma peculiar mistura de vampiro, transformo e humano.

A proximidade de Alec me faz ajeitar meu vestido, que é propositalmente estufado para esconder minha barriga. Mesmo assim, eu sempre fico paranóica que está na cara minha gestação.

— Perto da comida? — Leah chuta — da última vez que eu vi, ele estava dando em cima de Maggie pela milésima vez.

— Eu me admiro cada dia mais com esse garoto — Alec diz. Ele está certo. Seja por sua personalidade ou condições incomuns, Noah Cullen é surpreendente.

— Ele já é um homem — Ben comenta — ela percebe isso. Ele está ganhando terreno rápido.

— Inesperado, mas adorável — busco eles com o olhar, achando o moreno dizendo algo e a loira rindo abertamente. É uma cena bonita.

Finalmente Jacob e Edward aparecem, os sorrisos em suas faces não negam o que estavam fazendo.

— Bonito, não é? — finjo estar brava, colocando as mãos na cintura — eu procurando vocês e os rapazes na saliência!

— Não é nossa culpa que... — Jacob começa, mas é interrompido por Edward.

— Depois conversamos — ele diz, sério. Jacob assente e Alec também. Eu apenas dou de ombros.

Suspiro, prevendo discussão pela frente. Terei que contar tudo logo.

— Hora da foto! — Seth anuncia, trazendo com ele sua câmera e tripé. Ele consegue equilibrar tudo e nos orienta. Acabo na frente e no meio, entre Edward e Jacob. Alec fica a minha frente, abaixado. Coloco minhas mãos em seus ombros e sorrio.

— Digam... Paz! — Seth grita, correndo para sair na foto. Um coro de "paz" é feito, isso gera algumas risadas. Alguns segundos depois todos relaxam, enquanto Seth confere a obra prima.

Me afasto dos outros e fico a frente, sorrindo ansiosa.

— Pessoal! Pessoal, eu tenho algo a dizer! — grito, chamando a atenção de todos. Eles param e me encaram. Sinto meu rosto esquentar com os olhares curiosos.

— Fala logo que eu preciso ir ao banheiro! — reclama Leah, me fazendo revirar os olhos.

— Eu não planejei exatamente um jeito de dizer isso... eu não sei se tem um jeito certo. Acho que não. Bom, o que eu quero dizer é: eu estou grávida. São três. E, com a ajuda da minha querida irmã Ohana e seus misteriosos meios — aponto para a morena, que sorri e acena — descobrimos que cada bebê é de um. Uma menina do Edward, um menino do Jacob e uma menina do Alec — sinto meus olhos arderem, as lágrimas ameaçando escapar — é isso, eu sou a mulher mais feliz do mundo! — rio, levantando meus braços em comemoração.

Uma explosão acontece, com risos, gritos, elogios e congratulações. Me sinto no Paraíso. Todos vão se aproximando, mas param ao ver as reações dos papais. Jacob, que estava bebendo algo, se engasga e chega a ficar roxo. Carlisle vai depressa até ele, batendo em suas costas enquanto Esme levanta seus braços. Isso causa tantos risos que eu quase me sinto zangada pela atenção estar sendo direcionada a algo tão ridículo.

— Tudo bem, querido? — mamãe pergunta, mas Jay não responde. Ele parece estar tendo dificuldades em assimilar qualquer coisa.

— Ai meu Deus, cara! — grita Emmett, se jogando em Edward, animado. Mas Edward não responde. Ele está no mais completo choque, me encarando. Ele nem ao menos pisca!

— Bebê? Pai...? — Alec murmura palavras desconexas, olhando para a areia com confusão e choque.

— Se nenhum dos pais vir me abraçar em cinco segundos, eu mato os três — digo seriamente — um, dois...

Quase sou derrubada por eles. Alec é o primeiro, mas Edward só perdeu por segundos. Jacob é o último, mas chora tanto que compensa. Eles me abraçam com cuidado, mas demoram a me soltar. Presto atenção nos comentários atrás deles.

— Isso, se matarem ela primeiro, ela não mata vocês — zomba Alis. Logo depois ele resmunga uma reclamação, então chuto que Greta bateu nele.

— Eu vou ser o tio mais legal do mundo! — Emmett grita empolgado.

— Não se eu puder superar — Henry rebate.

— Amadores — Jasper comenta. Ele é o preferido de Noah e todos sabem disso. Os dois vivem falando sobre história, aliás, Noah quer fazer faculdade sobre isso graças ao loiro.

— Ótimo, mais catarrentos — Leah diz, mas percebo que ela está chorando, feliz.

— Eu vou agora ir fazer a lista de compras... — Alice comenta animada — finalmente! Finalmente livre para aproveitar!

Nego com a cabeça. Ela escondeu o segredo, mas a que custo? Essas crianças serão vestidas até a morte pela tia.

Com todo esse movimento ao meu redor, sinto os bebês se mexerem dentro de mim. Choro mais ainda, emocionada.

— Estamos bem — sussurro, colocando as mãos na minha barriga — eu consegui meu final feliz. Nós conseguimos.


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