À Espreita escrita por EsterNW, Entusiasta


Capítulo 6
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Ester:
Hallo hallo, meu povo! Pronto pra mais um cap dessa história que te faz criar uma nova teoria a cada capítulo? Então pode se preparar pra mais teoria com mais um cap da nossa... À Espreita.
Boa leitura ;)



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Encerrei mais um programa e o expediente, afrouxando aquela gravata sufocante e pronto para me encontrar com os seguranças no estacionamento e ir embora da emissora. Mais uma vez, falavam pelas minhas costas sobre ataques de estrelismo da minha pessoa. Mais uma vez, mentiras.

— Heitor! Heitor, meu caro! Está no mundo da lua? — Senti uma mão sobre meu ombro e virei, deparando-me com Tárcio e seu sorriso pacífico.

— Desculpe. Apenas estou um pouco estressado — disse com um sorriso amarelo. A expressão alegre de Tárcio murchou um pouco.

— Está preocupado com sua namorada novamente, garoto? — meu amigo perguntou e eu assenti. Retirou a mão do meu ombro e começamos a caminhar pelos corredores do estúdio. — Ela parecia bem da última vez que eu a vi, na noite da festa.

— Ela estava, mas… Não sei, ela parece mais fechada e distante do que o normal.

Chegamos no estacionamento da emissora e Tárcio pareceu considerar algo por alguns instantes.

— Por que não propõe fazerem algo diferente? Talvez um passeio, uma atividade de casal. Imagino que ela também esteja muito estressada com… — Não terminou sua frase, apenas apontando com a cabeça para os seguranças no carro.

Respirei fundo, olhando rapidamente para eles e me voltando para meu amigo em seguida.

— Não sei, depois do…

— Apenas passem um tempo juntos, garoto. Dê espaço a ela, mas também não recue demais — Tárcio orientou, cruzando os braços atrás das costas. — Bem, fico por aqui. Não quero te segurar por muito mais tempo. — Colocou novamente a mão sobre o meu ombro. — Qualquer problema, fique à vontade para falar comigo. Estou preocupado com você, garoto. — Seu semblante se tornou sério, como eu via apenas quando ele dava notícias tensas no telejornal.

— Não precisa se preocupar comigo, estou bem. — E sorri, tentando também convencer a mim mesmo.

Estacionei o carro em uma vaga que achei com um pouco de trabalho e sai, junto de Hernandes e Garcia, tendo certeza que o alarme estava ligado. Dispensei os dois, que disseram que iriam almoçar em um boteco ali por perto. Em qualquer caso, estariam às ordens. Entretanto os dispensei, pois os outros guarda-costas não estavam longe.

Comecei a caminhada em direção à praça onde Camila estava vendendo seus quadros como ponto fixo. Queria fazer uma visita a ela, ao menos para ter certeza que estava tudo bem. Ela parecia estranha quando falou comigo da última vez. Mais estranha do que estava recentemente.

Alguns dos vendedores ambulantes me cumprimentaram, tendo me reconhecido da TV. Acenei de volta, sorrindo com simpatia. Tentava trazer esse sentimento bom para dentro de mim também, porque me sentia alerta. Como se estivesse sendo vigiado. Provavelmente era apenas paranoia da minha cabeça.

Avistei Camila de longe, sentada no seu lugar de sempre, com o rosto virado para frente, talvez vendo as pessoas passarem. Procurei com os olhos pelos seguranças, porém não os encontrei.

Pela minha experiência com eles, temia que não fosse porque estavam muito bem camuflados.

Comecei a olhar ao redor, até ver o carro que os seguranças usavam, estacionado no meio fio. Aproximei-me, visualizando os vidros do automóvel parcialmente abertos.

— Olá, chefe. Hernandes não avisou que o senhor viria até aqui. Aconteceu algo? — Mercedes, integrante da dupla de guarda-costas contratada para Camila, questionou-me. A segurança morena estava com o braço apoiado sobre a lateral do carro, olhando para fora.

— Os dispensei agora pouco. Não aconteceu nada, fique tranquila. Apenas resolvi ver a Camila — assegurei-a, olhando para dentro do carro.

 

“And I will always love you

I will always love you

My darling you

Bittersweet memories

That is all I'm taking with me

So good-bye

Please don't cry”

 

— Cara, eu amo demais essa música. Me emociono demais nessa cena do filme, aquele O Guarda-Costas — Rocha, o outro guarda-costas contratado para Camila, comentou, parecendo tocado com a música.

— Já é terceira vez que você dá replay nessa música, Rocha! Fique atento ao trabalho! — Mercedes ralhou com ele e o homem apenas limpou uma lágrima do canto dos olhos.

Observei a cena de braços cruzados. Essa dupla era uma figura! Com certeza não poderia ter contratado gente melhor para fazer companhia à Camila.

— Deixe-o, Mercedes. Está tudo bem ele se emocionar com a música. Apenas peço que fiquem atentos — orientei e os dois assentiram. — Não se preocupem comigo. Apenas vim fazer uma visita para…

Não completei minha sentença, que fazia enquanto me virava de volta para a praça. Para minha surpresa e completo terror, Camila discutia fervorosamente com ele, o nosso famoso fã perseguidor. O responsável por toda essa paranoia.

— Camila! — gritei seu nome, fazendo com que os dois parassem e me encarassem ao mesmo tempo.

O perseguidor segurava o braço de minha namorada e olhou-me rapidamente.

Bastava!

— Solte ela agora! — exclamei enquanto corria atrás do sujeito, que largou-a e começou a fugir em disparada.

Duas sombras passaram por mim e deixei que os guarda-costas fossem atrás dele.

Respirava pesadamente entredentes e parei, vendo que Camila permanecia estática no mesmo lugar. Sua face se transformou de fúria para uma mistura de raiva e medo. Ela deu um grito furioso e voltou-se para seus quadros, começando a recolhê-los de qualquer jeito.

— Camila, por favor, ele te… — Coloquei a mão sobre seu ombro, na tentativa de que ela me ouvisse, porém, se afastou do meu toque.

— Fique longe de mim! — Camila gritou, parecendo transtornada. Recuei alguns passos e ela voltou a pegar suas obras de arte ainda mais rápido.

Olhei para o lado, vendo que Mercedes e Rocha retornavam.

— Não conseguimos pegá-lo, senhor — afirmou Rocha, enquanto Mercedes ia até o carro, talvez chamar os outros guarda-costas. — Ele deve conhecer a área, pois se escondeu pelos becos para fugir.

Fechei os punhos, apertando meus dedos contra as palmas, quase ao ponto de machucá-las. Era melhor manter-me calmo, Camila precisava de mim…

— Eu ajudo — Rocha se ofereceu para ajudar minha namorada, que puxou os quadros da mão do segurança, fazendo com que alguns caíssem no chão.

— Será que vocês não podem me deixar sozinha? — Camila gritou para nós, enfiando as unhas nas telas que tinha nas mãos, quase rasgando o tecido. — Por quê? — perguntou em voz baixa, antes de começar um choro convulso e desesperado.

Fui até ela, tomando os quadros de suas mãos e entregando-os para Rocha.

— Querida, está tudo bem. Ele fugiu. — Abracei-a e Camila pareceu tentar recuar. Afrouxei meus braços ao seu redor e ela parou.

— Ele vai voltar. — Ao menos foi isso que consegui entender entre seus soluços.

Abracei-a mais, com Camila em mais um ataque de pânico.

— E nós vamos proteger você. — Olhei para trás, dando um sinal com a cabeça para os seguranças. — Vem, vamos embora daqui.

E entramos os quatro no carro, nos fechando de qualquer figura misteriosa, que continuava ali fora, em algum lugar.


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Notas finais do capítulo

Ester:
Mercedes e Rocha = melhores seguranças -q E quem não se emociona com o Guarda Costas, não é mesmo? -n
Inclusive, a música que aparece entre aspas é I Will Always Love You, da trilha sonora do filme: https://youtu.be/3JWTaaS7LdU
Agora esse carinha pegou pesado :v Será que a Camila está bem? ~apreensiva.
Por hoje é só, povo! Até a próxima o/
Entusiasta:
Tárcio é meu personagem favorito, bjs



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