The Best Man escrita por AliceFelton


Capítulo 19
Capítulo 19




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No carro, indo para o apartamento de James, nós não dissemos nada.

A gente não precisava dizer nada.

Minha mão estava apoiada na perna de James, enquanto ele dirigia prestando atenção na rua. Os pingos de chuva no parabrisa refletiam as cores do trânsito em James.

Ainda me parecia extremamente injusto que uma pessoa sozinha fosse dona de toda aquela beleza. Aposto que ele ficaria lindo mesmo usando Crocs.

James estacionou na frente do seu prédio e deu a volta no carro rapidamente, para abrir a porta para mim.

— Você está com fome? - ele perguntou, me dando um beijo na têmpora.

Neguei.

— Eu dei um grande prejuízo para a sua empresa comendo na festa.

James riu.

— Tomara que a gente não vá à falência por sua causa. - ele disse

Dei de ombros.

— Vocês não deveriam ter me deixado entrar. - sorri

James franziu as sobrancelhas.

— Você entrou de penetra! - ele riu

Dei uma risada.

— Por um bom motivo… - murmurei

Ele sorriu e me deu um beijo, segurando minha mão e me puxando para dentro do prédio.

— Por que você está me encarando tanto? - ele sorriu, enquanto estávamos no elevador do seu prédio.

Dei uma risada e o elevador abriu as portas no sétimo andar, o do apartamento de James.

— Eu te acho lindo. - respondi, dando de ombros.

Ele deu uma gargalhada e me puxou para si.

— Sirius estava certo. Parece mesmo uma pegadinha. - ele disse, com os lábios nos meus.

Sorri e o beijei.

Com a sua mão que não estava em volta da minha cintura, James abriu a porta do apartamento e me conduziu para dentro. Afrouxei sua gravata e puxei sua camisa para fora da calça, quando senti uma coisa peluda roçar na minha perna.

Arfei e me virei para ver o que era, me deparando um um gatinho laranja.

— Ops, Lils. Esqueci de te avisar. - James riu, pegando o gatinho no colo - Esse é o Rúbio.

Sorri e acariciei a cabeça dele.

— Oi Rúbio. - sorri - É um prazer te conhecer.

James sorriu.

— Eu gostei da sua sugestão de adotar um animalzinho. - ele disse - Alice me foi comigo no centro de adoção.

Rúbio ficou inquieto no colo de James, que o colocou de volta no chão. O gatinho saiu correndo e pulou no sofá, nos encarando irritado.

Demos uma risada. Rúbio não parecia nada feliz em ter uma visita em casa.

Voltei a encarar James, que se adiantou, pressionando nossos corpos contra a sua mesa. O puxei para um beijo e ele logo me levantou, me colocando sobre a mesa.

O enrolei com as minhas pernas e desabotoei sua camisa. No entanto, quando James começou a beijar o meu pescoço, uma coisa me chamou atenção na mesa de centro de James.

— A Pasquim! - exclamei

O empurrei e desci da mesa, indo até a revista.

James grunhiu, mas me seguiu até o meio da sala.

Eu ainda não tinha visto a revista. Eu havia estocado a minha casa com comida antes que ela chegasse às bancas, e, como não tinha ido trabalhar desde então, não havia visto o resultado do meu trabalho árduo daquele mês.

— Essa edição ficou linda. - James sorriu

Dei um beijo rápido nele e voltei minha atenção para a Pasquim.

Passei pelas paginas, com certa rapidez, as fotos estavam ainda mais bonitas na revista. As modelos eram tao lindas. Cada uma com sua cor e corpo.

Então, eu cheguei na página do meu artigo. Eu havia esquecido o que era ver um texto meu publicado. Talvez aquele, especificamente, tenha sido um ato impulsivo.

— Esse foi um dos melhores textos que eu já li. - disse James, suavemente. - Ele é mágico como ler um conto de fadas.

Suspirei.

— Você me ajudou a escrevê-lo. - eu admiti

James sorriu e me puxou para um abraço.

— Eu tenho um beijo delicioso e sou incrível na cama. - ele disse, com um sorriso presunçoso.

Franzi as sobrancelhas.

— Com licença? - murmurei

— Mas quem escreveu esse texto foi só você. - ele me ignorou - Com seu talento, seu cérebro e com suas mãozinhas.

Ele segurou minhas mãos e depositou beijos nelas, lentamente.

Seria extremamente difícil sobreviver a James Potter, para ser honesta.

James sorriu e sinalizou o corredor com a cabeça.

— Vamos para o meu quarto. Eu preciso me livrar desse smoking. - ele disse - Pode levar a revista.

Assenti e ele me puxou pelo corredor com os quadros. No entanto, eu percebi que ele havia substituído algumas por fotos do casamento.

— Eu não sabia que as fotos ficaram prontas. - eu disse, sorrindo.

— Ficaram semana passada. - disse James - Remus não te mostrou?

Neguei.

Ao lado do diploma da faculdade de James, estava uma foto nossa. Minha e dele. Dançando no casamento. Eu havia percebido que o fotógrafo a havia tirado, mas eu e James estávamos tão concentrados em nos encararmos que eu nem havia prestado atenção.

James limpou a garganta.

— Você acha que é muito estranho eu ter um foto nossa com cara de apaixonados na parede? - ele perguntou

Dei uma risada.

— Eu acabei de aparecer de pijama na festa da sua empresa e fazer um discurso de amor. - eu disse - Você tem crédito.

James riu.

— Foi um ótimo discurso.

O fuzilei com os olhos.

— Eu estou falando sério! - ele riu - A referência a Friends foi muito espertinha.

Nós dois demos uma risada, e James me puxou para o quarto.

Sentei na cama e continuei folheando a Pasquim, enquanto James trocava a roupa social por uma calça de pijama.

Quando ele deitou na cama ao meu lado, fechei a revista e deitei também, o encarando. James passou a mão pelo meu cabelo, delicadamente,

Dei um suspiro e me aproximei dele, beijando a ponta do seu nariz.

— Eu preciso me desculpar com você. - ele sussurrou

O encarei.

— Eu fui horrível com você, aquele dia no supermercado. - ele continuou - Eu não deveria ter te tratado daquela forma.

Assenti.

— Eu não conseguia parar de pensar em você, na Alemanha. Então, eu trabalhei dia e noite sem parar e consegui voltar para Londres antes. - ele disse - Eu cheguei na quinta, de manhã, e foi direto para o seu apartamento. Eu estava ridículo, com buque de flores e tudo. Pronto para declarar o que eu estava sentindo.

Passei a minha mão pelo seu cabelo, começando a entender o que tinha acontecido.

— Severus abriu a porta. - eu disse

Ele assentiu.

— Abriu. Ele estava com a comida dos seus peixes na mão e disse que você estava no banho, porque tinha dormido muito tarde e perdido a hora.

Suspirei.

— Lils, eu sinto muito. Eu fiquei com ciúmes. - ele disse - E a gente tinha combinado que não iria ficar com outras pessoas, então eu me senti traído.

Não consegui segurar a risada, fazendo James franzir as sobrancelhas.

— Você realmente acha que eu fiquei com Severus? - perguntei

— Não? - ele perguntou

Neguei com a cabeça.

— Eu me atrasei porque havia dormido fechando os arquivos da revista. - eu disse - Eu tinha uma hora para entregar tudo para Minerva, eu pedi para Severus me ajudar para que desse tempo.

James suspirou.

— Eu estou me sentindo muito idiota.

Sorri e beijei a sua boca.

— Foi bem idiota mesmo.

James riu.

— O que você estava sentindo? - perguntei

— O que?

— Você disse que foi até o meu apartamento, com buquê e tudo, para me dizer o que estava sentindo.

James sorriu.

— Eu estava me sentindo completamente apaixonado por você. - ele disse - Eu estava sentindo que você é a mulher mais incrível, inteligente, divertida e sexy que eu já conheci. E estava sentindo que você é o amor da minha vida.

Sorri e passei o meu nariz pelo nariz dele.

— São bons sentimentos. - eu sussurrei

— São ótimos. - ele sorriu

Ri.

Eu estava morrendo por dentro. No bom sentido.

James estava, afinal, apaixonado por mim! Ele disse!

Aquele homem lindo estava ali, na minha frente, e eu queria ficar com ele para o resto da minha vida.

— Eu preciso te contar uma coisa também. - eu murmurei, mudando de assunto antes de infartar. - Eu fiz uma coisa bem idiota.

James me encarou.

— Não tão ruim quanto achar que eu transei com Severus. - eu continuei

Ele deu uma gargalhada.

— Fala logo. - ele disse

— Sério. - o ignorei - Pegou pesado.

Ele segurou minha bochecha.

— O que você fez? - ele perguntou

— Eu achei que Marlene fosse Emmeline.

James explodiu em risadas.

— O que?! - ele exclamou

— Isso é tudo culpa sua. - bufei - O que te custava me apresentar a ela como “Lils, essa é Line. Minha prima”.

Ele continuava rindo.

— Eu achei que tivesse te falado que minha prima viria! - James disse - Eu não sabia como falar Marlene quando era pequeno, então dei o apelido de Line. Ela não gosta de Marlene.

Dei uma risada.

— Mas é quase igual a Emmeline! - protestei - E aquele dia no supermercado ela ainda disse que não havia voltado de York por causa do amor!

James me encarou, em choque.

— Eu acho que sei uma coisa que você não sabe. - ele murmurou

O encarei.

— O que? - perguntei

— Eu não sei se posso contar. - ele deu uma risada nervosa.

— Você precisa me contar! - exclamei

— Não é o meu segredo! - ele retrucou, encarando o teto.

Engatinhei até ele, coloquei uma perna de cada lado do seu corpo, o prendendo contra a cama, e cheguei com o meu rosto bem próximo ao seu.

— James Potter, se você não me falar agora… - eu disse - Eu vou embora.

James deu uma risada travessa.

— É sério! - exclamei - Eu vou embora daqui direto pra casa do Snape.

James deu uma gargalhada.

— Que tipo de chantagem é essa? - ele perguntou

Ele começou a beijar meu pescoço.

— James! - protestei

James rosnou.

— Ta bom, ta bom! - ele riu - Marlene não voltou para York porque ela está namorando Dorcas.

A minha boca se abriu, em choque, e eu me sentei nas pernas de James.

Ele se levantou e me ajeitou no seu colo, rindo do meu espanto.

— Você não percebeu que as duas sumiram logo após a nossa apresentação, no casamento?

Neguei com a cabeça.

Eu sabia que Dorcas era bissexual, mas nós duas estávamos encalhadas ha tanto tempo que eu não parava pra pensar que ela poderia estar namorando alguém. Muito menos naquele momento específico em que eu havia ficado semanas sem sair de casa.

James continuou beijando o meu pescoço.

— Se você prestasse atenção nas coisas, Evans, não teria achado que eu estava namorando a minha prima lésbica. - ele disse, entre cada beijo.

Dei uma risada e envolvei seu pescoço com os meus braços, o encarando no fundo dos olhos.

— Nós podemos fazer um combinado? - perguntei - Nós nunca mais vamos fazer uma confusão dessa?

James sorriu.

— Por mim, tudo bem.

— Nós vamos sempre conversar e explicar as coisas, um para o outro?

Ele assentiu.

— E confiar no outro, também.

Concordei.

— Promete? - perguntei

— Eu prometo. - James respondeu.


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