Eu Acho Que Não Consigo Viver Sem Você escrita por Socko


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Foi uma verdadeira luta escrever este capitulo, estava meio que desacostumado por causa do tempo que fiquei sem escrever, mas estou de volta.

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759213/chapter/4

Capítulo 3

2000

Duas crianças corriam pela casa pulando de sofá em sofá. O terceiro, o mais velho, já tinha noção que algumas brincadeiras eram perigosas e chamava a atenção da irmã do meio e do caçula.

— Vocês sabem que mamãe e papai não gostam que brinquem desse jeito.

— Quem disse isso? – Questionou a garotinha. – Nunca ouvi nenhum dos dois falando isso.

O caçula ria, enquanto não parava de pular.

— Pula mais alto Alex! – Gritou o mais novo.

— Ok, quem está falando isto sou eu Alex. Para de pular nesse instante. – Nesse ponto da vida da família Russo existia certo convívio entre os irmãos, o que facilitava a vida de todos na casa.

Ela parou, mas fez linguinha para ele antes de se sentar.

— Já sei! – Disse o caçula animado. – Vamos brincar de casinha.

— Ótima ideia Max. – Disse puxando Max pelo braço. – Você vai ser o filhinho, eu a mamãe. – E quem vai ser o papai? – Ambos os mais novos olharam para o mais velho com olhares cumplices.

— Eu não, arrumem outro, sou muito velho para brincar de casinha. – Disse o mais velho cruzando os braços.

— É, uns oitenta anos parece. – Disse Alex rindo e causando Max de cair na gargalhada. – Por favor Justin? Brinca com a gente? – Ali foi uma das primeiras vezes que Justin viu o beicinho de cachorro que caiu da mudança e logo não negou.

— Ai! Tá bom! – Alex e Max correram para o mais velho e o abraçaram o fazendo cair com eles no sofá rindo. Justin então deu um beijo no cabelo dos dois. – Ok família, vamos lá.

—+_

— Eu sei querida, mas o dia foi cansado... – Disse Justin com uma barba falsa desenhada no rosto e uma gravata falsa que foi pega do cesto de roupa suja que pertencia ao seu pai. Tentava imitar o jeito que via seu pai fazer com sua mãe, pois era o referencial que tinha de um pai de família.

— Mas meu amor, Max tem de fazer o dever e eu sua comidinha. Não posso deixar meu marido passar fome. – Comentou Alex levando a sério a brincadeira enquanto balançava uma de suas colherinhas de brinquedo, na sua cozinha de brinquedo, na sua panela rosa de brinquedo, em seu fogão de brinquedo. Ela vestia até um de seus vestidos mais coloridos que falava que detestava usar, pois via sua as meninas populares na escola usando.

— Ok, iriei ajuda-lo. – E começou a ajudar Max, ou melhor fingir que ajudava Max que fazia desenhos no papel a sua frente.

— O jantar está pronto querido, filhinho. – Ela então serviu a “comida” que consistia em um ovo e um bife de borracha para cada.

Logo após o “jantar” realmente colocaram Max para dormir, já que Justin sabia que realmente era sua hora de dormir e ambos os mais velhos foram assistir tv.

Enquanto assistiam acabaram vendo uma comédia familiar e em algum momento do filme o homem da casa se declara para sua esposa e a beija, deixando Justin com vergonha e Alex fascinada.

— Deveríamos fazer isto também não acha? – Comentou Alex o olhando. Justin virou para ver a irmã e corando, embora receoso concordou.

— Casais também falam que amam uns aos outros.

— Você quer dizer como a mamãe e o papai falam? – Ele concordou com a cabeça.

— Como Richard e Sue fazem no filme. – Neste momento o casal do filme se separou do beijo e comentavam como amavam um ao outro.

Ambos se viraram um para o outro ajoelhados no sofá de maneira que seus joelhos se tocavam. Alex foi quem tomou a inciativa colocando os braços ao redor do mais velho e disse sorrindo:

— Eu te amo Justin... – Em sua cabeça de menina de oito prestes a fazer nove, isso não era mentira.

— Eu também te amo Alex... – E ali nasceu o primeiro selinho de Justin e Alex.

Ouve outros nos próximos dois anos, até que Thereza descobriu e brigou com eles. Alex se trancou no quarto por dias somente indo para a escola e voltando e Justin como o bom filho que era obedeceu a mãe, embora queria voltar a ter aquela intimidade.

No instante do beijo na escola de feitiçaria Feitiço Tech, na sala do professor e diretor Migalhas, um enorme poder era sentido quando os irmãos se beijavam. Migalhas não sabia a origem do tamanho poder que sentia, mas sabia que era perigoso da mesma forma que era poderoso.

Dias atuais...

Depois de alguns anos sem nenhum sinal daquele poder se manifestar em seu escritório o mesmo foi sentido novamente.

Naquele exato momento, sabia que uma família de feiticeiros estava no Caribe de férias e sabia também que estavam de alguma forma com problemas, pois Migalhas sentiu um poderoso feitiço de realidade ter sido lançado naquele lugar.

Soube então que o poder estava interligado com a família Russo, a família que estava de viagem. Com os filhos provavelmente, mas quem e por que não sabia. Mas isso o preocupava grandemente.

Não fez nada de começo, mas ao sentir este poder mais vezes do que gostaria se sentiu alarmado e teve que tomar atitudes.

Na casa dos Russo...

Thereza já começava a fazer o café naquela sexta da outra semana esperando que seus filhos acordassem em alguns minutos, Jerry descia as escadas e ia ao seu encontro dando um beijo na bochecha antes de servir café sentando-se à mesa.

Thereza pensava que graças a Deus os filhos finalmente, depois de anos brigando, estavam se dando bem. Depois de certa fase na infância dos dois ambos não paravam de discutir e brigar um com o outro. Culpa disso ela sabia que era por causa de Alex.

Em determinado momento Alex queria crescer da sombra do seu irmão e ser mais ela mesma, Justin era muito certinho e muito bem aplicado, ela então foi exatamente para o outro lado do espectro.

Sabia que houve ali, então, também um distanciamento dos irmãos e desta vez por causas das amizades de Alex. As amigas, tirando Harper claro, pois esta tinha uma queda por Justin, costumavam tirar sarro de Justin.

O garoto sempre fora excêntrico, sempre foi o nerd, o mais inteligente, com gostos diferentes e peculiaridades. Alex então para se encaixar, mudou sua atitude para com o irmão, Justin agora era alguém a ser hostilizado a qualquer custo. Mas isso estava mudando, notava.

Houve um momento onde eles se evitavam, ela notou, mas durou pouco. Nunca estiveram tão unidos, Alex agora o pedia ajuda com o dever, assistiam filmes juntos, se abraçavam mais. Estavam como os irmãos que deveriam ser.

Estava tudo tão perfeito. Exceto pelo fato de que Justin logo faria dezoito anos.

— Que foi Tete? – Perguntou Jerry. – Você ficou quieta de repente. Aconteceu alguma coisa?

Ela olhou para a panela na qual fazia as panquecas e notou que quase as estava queimando.

— Não é nada Jer, eu que me perdi no pensamento, só isso...

Jerry a olhou não acreditando muito, mas deu de ombros e voltou a ler o jornal.

— Na verdade... Tem uma coisa sim. – Thereza começou a servir os pratos e Jerry a olhou por cima do jornal. – Você sabe o que é... Ele vai fazer dezoito anos... – Jerry arregalou os olhos e abaixou o jornal no exato momento.

— Não, Thereza. Não. – Thereza o olhou incrédula.

— Nos juramos Jerry, ele...

— Tete, pra que? Está tudo tão bem!

— Ele precisa saber! E se depois de anos ele descobrir? O quanto antes ele souber...

Mas fora interrompida quando um memorando apareceu na frente de Jerry magicamente com um selo que este reconhecia muito bem.

— O que é isso Jerry? – Perguntou Thereza preocupada.

— É do Professor Migalhas, ele quer que nos, ou melhor eu, sendo ex-feitiçeiro, compareça neste sábado a tarde para nos conversarmos. Diz aqui que é de extrema importância...

— O que é importante? – Comentou Alex, que curiosamente estava fazendo de Justin seu cavalinho descendo nas costas do mais velho. Não parecia ter forçado o irmão que não parecia irritado de carrega-la.

— Hun, nada... – Respondeu Jerry desconversando, entregando o memorando para Thereza guarda-lo. – Estava somente lendo uma carta que chegou, mas... O que você está fazendo nas costas do seu irmão?

Ela então desceu e beijou a bochecha do mais velho, depois foi na cadeira do pai e beijou a careca deste.

— Hun... – Começou meio corada. – Nada, ele vinha descendo as escadas e eu pulei para ele me carregar.

— Engraçadinha... – Disse Justin com um pedaço de panqueca na boca. – Bom dia pra vocês.

— Bom dia filho/filhão. – Responderam seus pais.

— Que foi? Eu estava com preguiça oras... – Respondeu Alex à Justin servindo café para ambos e sentando-se ao lado de seu irmão.

E ali começou-se o dia. Thereza continuava feliz com a situação toda, seus filhos estavam unidos, incluso Max que descia as escadas correndo e vestindo novamente a cueca por cima da calça, Maximan havia voltado.

Fato que ela não percebia as mãos de Justin e Alex interligadas abaixo da mesa, talvez seus filhos mais velhos estavam se unindo demais.

Mais tarde...

Tudo ocorreu na mais perfeita paz durante a aula, dessa vez os irmãos russo não causaram problemas, houve uma certa piada ali e outra aqui. Mas de certo que Harper notava algo de diferente no relacionamento de Alex e Justin.

Até agora para ela, eles eram os típicos irmãos que brigam metade do tempo e na outra metade ou se evitam, ou vivem pedindo desculpas. Mas não. Estavam convivendo bem.

Pensou em suborno por parte de Alex, pensou que Alex havia usado alguma magia para alterar a mente do irmão. Mas estava natural, não parecia conversas ou contatos fabricados. Durante certo momento do intervalo, Harper puxou Max para um canto para questiona-lo.

— Opa Harper. – Disse Max tentando dar uma de galanteador. – Sou muito novo pra você, embora nunca tinha parado para pensar em namorar uma moça mais velha.

Harper cerrou os olhos para ele incrédula e suspirando disse:

— Max, me responde algo? – Ele concordou com a cabeça e ela continuou: - Você tem notado algo de estranho com seus irmãos... Sei lá... A recente aproximação deles, eles estarem passando muito tempo juntos... A intimidade.

Max a olhou por alguns segundos e deu de ombros rapidamente começando a andar parar ir embora, mas Harper o parou antes que continuasse.

— Como assim? – Disse Harper o imitando dando de ombros.

— Quer dizer isso. – Novamente ele fez a mesma coisa. Harper começou a bater o pé irritada sem as respostas que queria. Ele suspirou e continuou: - Olha Harper, se está acontecendo algo, o que não estou falando que está, cabe a eles lhe dizer.

— Mas aí que ta, Alex tem passado metade do tempo com ele.

— Harper eles sempre foram assim, talvez estejam mais próximo um do outro, mas vai por mim sempre foram assim. De certa forma eu sempre me sentia excluído da bolha na qual os dois vivem, eles são igual gato e sapato ou macarrão e mostarda. – Enquanto falava isso Max fazia movimentos com a mão como se colocasse mostarda sobre um prato.

— Sei que eles têm essa coisa que os une. Vai por mim convivo com vocês para notar isso bem, mas está totalmente estranho agora. Alex quer realmente passar um tempo com Justin, quando até antes da viagem ao Caribe ela o evitava como uma praga.

— Como eu lhe disse. – Disse novamente dando de ombros. – Pode ser que esteja acontecendo algo, mas eu não sei. – E dessa vez Harper não o segurou quando ele foi embora.

Harper ficou então mais curiosa do que estava antes, algo estava acontecendo e Max se soubesse, não contaria. Ela teria que vasculhar por conta própria.

Mais tarde Max acabou indo para casa de um amigo fazer trabalho. Isto deixou com que Alex e Justin voltassem sozinhos para casa.

— Toma cuidado ta bom Maxy? A mamãe nos mataria se acontecesse algo a você. – Disse Alex despedindo do irmão que entrava no carro do pai de seu amigo. – Minha mãe falou que as oito horas era para ele voltar, tudo bem senhor Stevenson? – Alex usou seu tom mais meigo para fingir simpatia com o senhor que dirigia o carro.

— Tudo bem Alexandra, mande um abraço para seus pais. E você está linda hoje viu? – Ela acenou com a cabeça enquanto o carro arrancava com um sorriso no rosto. Justin ao ver a cena estando ao lado começou a sorrir debochadamente. Logo o sorriso falso de Alex caiu e ela emburrou a cara. – Velho tarado. – Justin ainda continuava rindo. – O que foi?

— Nada... – Ela então começou a andar por que tinha quem pegar o ônibus ainda. – “Alexandra”. – Justin falou imitando o senhor com uma voz mais assanhada e grossa.

— Sei, vai brincando. – Claro que ela não iria deixar barato. – Sabe?

— O que?

— Estava pensando, se o senhor Stevenson dando em cima de mim você rir, o que você diria se eu te contasse que aquele jogador do time de basquete deu em cima de mim, sabe? O Rick? Será que iria rir também? – E ela conseguiu o que queria por que Justin parou de andar no mesmo instante. Ela parou também de andar e olhou para trás colocando a mão nas costas. – Ou você ficaria com ciúmes?

— E... Eu c-com ciúmes? – Justin voltou a andar fingindo não ter sido afetado. Ela então passou seu braço livre ao redor do braço livre de Justin.

— Sim você mesmo irmãosão.

— Não, não estou, quem disse? Além do mais, você nem conversa com este tipo de cara. – Tentou desconversar.

— É verdade, mas talvez deveria começar. – Justin ainda andando a olhou de canto de olho meio irritado e vermelho e ela sorriu. – Ok, só estou brincando. Não quero ninguém agora.

Isso aliviava Justin um pouco e detestava admitir isso. Seria impensável além de ter estes sentimentos conflituosos ter que ver Alex com outra pessoa.

— Por enquanto tenho você. – Continuou Alex, dizendo isso docemente e corando de leve ao chegar no ponto do ônibus.

Justin também corou, mas não quis falar nada. As coisas já estavam estranhas demais como já estavam, não queria piorar ainda mais.

Ficaram em silêncio esperando o ônibus e ao chegar eles entraram e sentaram como haviam acostumado, Justin na janela e ela ao seu lado se aconchegando em seu ombro. Alex então interrompeu o silêncio.

— Você teve mais pesadelos? – Justin ficou surpreso por ouvir a voz de Alex o que esta perguntou, mas logo respondeu.

— Até que sim, um pouco aqui e ali, mas nada parecido com o de semana passada. Por que?

— Hun, por nada, só estava preocupada. – Justin concordou de leve com a cabeça e voltaram a ficar em silêncio.

Justin estava olhando o lado de fora do ônibus quando sentiu Alex levantar o rosto de seu ombro e com sua delicada mão tocar no seu rosto o trazendo para mais perto para olha-lo em seus olhos, castanhos olhando para cinza.

— Realmente estava preocupada, eu também tenho alguns sonhos ruins. Sinceramente minha vontade é de pegar meu travesseiro e ir para o seu quarto... – Ela fazia pequenos círculos com o dedão na bochecha do mais velho. – Desde o Caribe somente tenho sentido segura com você por perto a noite.  – Justin não sabia o que responder, mas depositou um beijo na testa de sua irmã.

— Sinceramente se quiser você até pode ir dormir no meu quarto... – Disse Justin enquanto voltava a posição anterior. – Com cuidado para ninguém acordar, mas pode. – Ela consentiu de leve. Mas não antes de averiguar se não tinha ninguém no ônibus que os conhecia e dar um selinho em Justin, o que deixou o moreno surpreso, mas que não ligou tanto assim.

Ao descer do ônibus foram para casa e entraram pela porta lateral à lanchonete que levava direto para a cozinha. Estavam um pouco molhados, por que na volta do ponto de ônibus começara a chover.

— Ainda bem que só começou a chover quando estávamos chegando, embora tenhamos nos molhado um pouco. – Comentou Justin deixando sua bolsa no sofá e tirando seu casaco para colocá-lo para secar. Alex fez o mesmo e tirou até as meias, pois havia entrado água em seu tênis. Ambos faziam isso à porta da lavanderia e Alex ao tirar uma de suas meias se apoiou em Justin colocando a mão em um de seus ombros.

Ela se abaixou para colocar as meias no tênis e ao levantar ficou cara a cara com Justin. E ai ambos notaram a situação que estavam: a blusa de ambos estava quase colada ao corpo o que definia a curva de ambos, a diferença para Alex era que estava usando um sutiã preto por baixo de uma blusa branca enquanto Justin usava uma blusa totalmente preta.

Estavam a centímetros um do outro pela cintura e seus rostos somente distantes pela disparidade da altura de Justin para Alex. Alex olhou-o de cima abaixo e ao voltar a olha-lo o viu checando seu busto e mordeu seu lábio inferior, coisa que distraiu Justin que a olhou nos olhos e corou.

— Desculpe-me eu... – E foi-se para a escada para ir ao segundo andar. Com certeza iria ficar com vergonha e iria ignora-la novamente, mas não dessa vez. Alex fora atrás dele. Subiu as escadas de dois em dois degraus até conseguir alcança-lo na porta do banheiro.

— Justin espera!

— Desculpa Alex, eu não devia ter olhado, eu...

Ele estava olhando para o chão no meio do corredor se sentindo muito culpado e ela se aproximou fazendo ele andar um pouco para trás. Alex então deu mais um passo e o abraçou.

— Tudo bem eu entendo... – Ele instantaneamente relaxou em seus braços e devolveu o abraço. – Eu entendo... Não precisa ficar assim.

Ela ficou nas pontas dos pés e deu-lhe outro selinho e ao separar fez um carinho em seu rosto sorrindo.

— Eu não ligo de você olhar... – E beijou-lhe novamente.

— A gente devia parar com isto... – Outro.

— Está bem. Eu sei. – Suspirou abaixando a cabeça e dando um passo para trás voltou a olhar para Justin sapecamente. Começou a tirar a camisa molhada ficando somente de sutiã na frente de Justin que corou ao extremo. – Mas você ainda pode olhar...

E começou a entrar no banheiro rebolando de leve o corpo e antes de fechar a porta ainda de costas soltou as presilhas de seu sutiã pelas costas e os tirou. Deixou Justin a ver por alguns segundos com suas costas expostas antes de jogar o sutiã para trás e ele conseguiu pegar ainda desconcertado, mas extremamente excitado.

Ela tampou seus seios com um dos braços e meio de costas o olhou nos olhos antes de fechar a porta. Justin ainda corando e estático levantou o sutiã em suas mãos e pensou em cheira-lo, mas balançou a cabeça e pendurou a peça na porta do banheiro.

De Noite...

Justin e Alex não se falaram depois dos eventos de mais cedo, pois o movimento na lanchonete estava muito grande o que não deu para eles pararem para conversar. Vez ou outra um sorria para o outro, ou se pegavam olhando um para o outro e coravam desviando o olhar. Estavam a beira de algo, sabiam disso, sabiam que tudo se resolveria brevemente, mas não sabiam como.

Mais tarde fechando a loja, se encontravam os irmãos realizando os últimos trabalhos do dia. Já eram nove e quarenta e cinco e Alex estava lavando as louças enquanto Justin limpava as mesas.

Então Justin começou a pensar no quão próximo estava de Alex e o quão idiota ele era por estar gostando disso. Tinha a necessidade de abraça-la, apertar sua mão, beijar seus cabelos e as vezes beija-la. Não algo digno de um irmão, ele pensava.

Estes impulsos que começaram, acreditava ele, depois do Caribe só aumentavam.

Os pensamentos de Alex eram similares, mas ao contrario de Justin que negava, ela se entregava aos novos sentimentos. Alex era mestre em relacionamentos, sabia que algo estava rolando entre ela e, isto ela detestava falar agora, seu irmão. Tinha algo de errado para ela nessa sentença. “Ela e seu irmão”, não estava sentindo-o como isto mais, pelo menos não somente isso.

Justin limpou a ultima mesa e fora trancar a lanchonete para ambos poderem subir, chegou na porta da cozinha e parou para observar sua irmã trabalhar. Alex, alheia a isso, estava finalizando a louça e seus pensamentos foram interrompidos quando dois braços fortes a abraçaram pelas costas. Sabia que era o moreno dos olhos cinzentos que tanto atormentava seus pensamentos recentemente.

Ela ainda com as mãos ainda úmidas colocou-as sobre os braços de Justin e deitou-se sua cabeça no peito do mais velho. Sentindo o calor do corpo que estava as suas costas se sentia segura, na rádio que estava sobre uma bancada começou a tocar uma música um tanto climática para o momento, começava com um solo de guitarra e logo ela sabia qual musica se tratava, era Hotel Califórnia, da banda Eagles.

— Vamos subir? – Disse ele aproximando sua boca perto demais da orelha da morena o que lhe causava arrepios, mas claro não era intencional da parte de Justin, mas ela gostava.

— Espera... – Disse suspirando. – Vamos ficar assim mais um pouco. – Ela então começou a balançar o corpo com o ritmo da música e ele repetia os movimentos lentos da esquerda para a direita.

Alex, deitando sua cabeça para trás, estava literalmente inebriada naquele momento, estava nos braços fortes de Justin, envolta do seu cheiro e hálito. Sentia-o apertar-se mais perto de si. E naquele momento sentia uma pressão na bainha de sua calça. Sabia então que Justin estava tão excitado quanto ela e inconscientemente fazia movimentos com seu traseiro sobre o relevo nas calças de Justin. Eram movimentos lentos de sobe e desce. Movimentos que faziam ter seu efeito, pois Justin começou a arfar em sua orelha até começar a mordisca-la de leve. Alex mordeu o lábio inferior na hora ficando corada.

O que diabos estavam fazendo? Pensava, mas estava gostando tanto daquilo. Sentiu então uma das mãos de Justin que estava na sua cintura subir de leve para seu peito sobre a blusa e ali ele somente deixou apoiado. Mas logo apertou de leve. Ali ela gemeu baixinho.

— Juuustin... – Ela não se aguentou e virou-se na hora, fazendo o braço de seu irmão descer para suas costas. Ela colocou uma de suas mãos no peito do mais velho e com o outro passou sobre seu pescoço e não conseguia o olhar de tamanha vergonha.

Desça vez quem tomou a atitude fora Justin que soltando sua cintura, embora com a outra mão aproximou seus corpos novamente mais perto um do outro, fazendo-a sentir novamente seu volume, mas agora na parte da frente de seu quadril, pegou o rosto de Alex e hesitando somente por um segundo ao olhar para os olhos excitados e de certa forma assustados tanto quanto os dele a beijou.

Novamente um selinho, somente isso, mas que fez ambos suspirarem na boca um do outro pressionando por algo mais. Como se naquele beijo descarregassem tudo que estavam sentindo um pelo outro.

— ALEX, JUSTIN! Vocês ainda estão ai? – Gritou Max, lá de cima, fazendo os irmãos assustados se separarem. Justin apoiou de costas sobre uma bancada e Alex contra a parede limpando a boca e se ajeitando. Demorou uns segundos, mas logo Justin respondeu sem tirar os olhos de Alex como um predador olha para sua presa.

— Estamos Max... – Gritou de volta Justin ainda olhando para a morena.

— A pizza já está chegando, vem logo, senão eu como a parte de vocês. – Respondeu Max, sua voz diminuindo o som quanto mais se distanciava.

Alex olhava para o chão desconcertada. Algo ainda os atraia para o outro, apesar de estarem a alguns metros de distância um com o outro. Ela levantou seu olhar corada e ambos se encontraram.

Dessa vez nenhum dos dois falou algo. O olhar um do outro já dizia tudo. Estavam prestes a quebrar uma barreira, uma barreira que durou anos sem ser tocada. O que começou inocente já não o era mais.

— Pode subir primeiro... Eu termino de fechar tudo. – Disse por fim Justin fechando os olhos e suspirando.

Alex parou um segundo para analisar o que ele tinha acabado de falar e assentiu com a cabeça. Antes de sair da cozinha ela se aproximou de Justin e colocou uma de suas mãos na bochecha do mais velho e iria beija-lo novamente.

— Agora não Alex... – Disse Justin antes de Alex tocar os lábios aos seus. Ela arregalou os olhos um pouco assustada. – Melhor não... Enfim, agora não.

Ela assentiu de leve e saiu da cozinha.

Ela não viu a solitária lagrima que desci na bochecha de Justin. E ele não viu as várias que saiam dos olhos de Alex.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Acho Que Não Consigo Viver Sem Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.