Circus escrita por MaryDiAngelo, Semideusadorock


Capítulo 2
Ato I - Desconhecidos


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas e cerejinhas ♥

Se estamos apaixonadas com esse feedback? Sim ou é óbvio que sim?! ♥
Aliás, no capítulo anterior foi colocado o elenco nos respectivos nomes dos personagens, se quiserem ir lá para dar uma olhadinha...

Good Reading ^-^



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 — A gente está sendo seguido.

Nico constatou, olhando de soslaio para Bianca que assentiu em resposta. Eles haviam um plano caso isso acontecesse. Então, a garota foi para o lado oposto que ele, quem não fosse seguido iria atrás de Hades, logo foi isso que a mais velha fez, e o outro, que, no caso, era o que estava sendo seguido, cuidava de agir normalmente.

Então, seguindo o plano, o di Angelo caminhou com as mãos nos bolsos da calça jeans até a primeira barraca de jogos que encontrou vazia, colocando seus braços na tábua de madeira que era para se apoiar e sorrindo minimamente para o vendedor.

— Como vai a sua noite, meu jovem? Gostaria de levar um ursinho para alguém especial? É só acertar três argolas em um dos ferros. Se conseguir, tem direito a qualquer prêmio daquela banca — disse o vendedor, alegremente.

— Eu quero tentar sim — Nico deixou cinco dólares em cima do balcão improvisado, pegando as argolas e acertando as três de primeira.

O vendedor aplaudiu, parabenizando-o.

— Bela pontaria. — A voz era feminina veio das sombras amontoadas ao lado da barraca, chamando atenção do di Angelo, que sentiu uma pontada em seu estômago quando, aos poucos, o rosto de Thalia se tornava visível as luzes da barraca.

Agora, ela usava um simples conjunto negro, calça jeans, botas de cano médio e uma regata.

— Eu gosto desse tipo de coisa — Nico confidenciou, sorrindo levemente mesmo que ainda estivesse pasmo com a “sorte” que tinha.

— Então é isso que você faz no seu tempo livre? Procura parques de diversão e acerta argolas em varetas? — repeliu, com um tom brincalhão na voz, aproximando-se mais e torcendo para que o garoto a reconhecesse também.

O di Angelo riu, mordendo o lábio inferior levemente e balançando a cabeça, negativamente.

— Desculpa... Eu te conheço?

O semblante de Thalia pareceu se esvair aos poucos, dando lugar para uma expressão surpresa e meio pesarosa. Entretanto ela apenas sorriu sem mostrar os dentes.

— Ah... Não. Me desculpe incomodar.

Dito isso, deu as costas para o garoto, determinada a sair. E, junto com seu corpo, seu coração teve um sobressalto quando sentiu a mão dele envolver seu pulso, a fazendo voltar para frente. Seu braço voltado com a palma para cima. Ali estava ela. A mesma cicatriz que Nico tinha.

O polegar dele passou por cima em um afago leve que a fez comprimir os lábios, voltando seus olhos para cima e encarando-o.

— Thalia. — Ele a chamou pelo nome.

Ela permitiu que alguns segundos abafassem o clima, deixando-o mais pesado antes de responder:

— Nico.

O di Angelo sorriu de canto quando viu, mesmo com pouca luz, o rosto da garota se tornando avermelhado.

— Quem diria, não? — Thalia voltou a indagar, sorrindo minimamente. — Nós dois... No mesmo lugar de quando éramos pequenos... Quando eu...

Deixou que a frase morresse em seus lábios, fitando-o nos olhos e sentindo a mão dele deslizar para a sua antes de se afastar por completo.

— Quando você sumiu sem dar explicações. — Nico completou, levando as mãos para o jeans.

Thalia riu internamente, cruzando os braços.

— Podemos dizer que sim..., mas, em minha defesa, eu tinha apenas dez anos: não tinha opção de escolha.

Ele apenas assentiu, voltando-se para o vendedor da barraca que parecia meio indeciso no modo de agir em tal situação.

— Me vê aquele... Urso polar?! — seus olhos negros voltaram-se para Thalia, que subiu as sobrancelhas, surpresa. — Urso polar!

O vendedor sorriu e foi atrás do pequeno ursinho, estendendo para Nico, que sorriu agradecido e entregou para a Grace, que enrubesceu, mas aceitou o presente.

Ao longe, o nome de Thalia foi chamado, que se sobressaltou ao reconhecer a voz de seu irmão, Jason Grace. Ok, talvez eu tenha me fudido? Mas tudo bem, valeu a pena. Pensou consigo mesma, antes de abraçar o ursinho e voltar-se para o di Angelo.

— Eu preciso ir, meu irmão está me chamando. — Ela disse apressada, vendo-o subir as sobrancelhas surpreso, mas preferiu não questionar, apenas assentindo. — Então... Nos vemos outro dia. Eu to aqui todos os dias no próximo mês.

Sendo assim, ela deu-lhe as costas e saiu correndo em direção a Jason sem perceber que Nico iria abraça-la, contudo, como foi deixado no vácuo lindamente, resolveu levar uma das mãos ao cabelo, tentando disfarçar o ato e falhando de modo miserável, pois foi possível ouvir o barulho estranho vindo do vendedor que havia tentado prender o riso da cena.

— Primeiramente: eu estou puto com você! Você sabe que não pode seguir as pessoas, muito menos sair daquela merda daquela tenda depois do que acontece. Segundo: foi muito bom, ele ia te abraçar! — o semblante de Jason se tornou algo divertido e risonho ao ver Thalia empalidecer, arregalando os olhos. — É, ele ia, maninha. Você deu vácuo nele. Eu deveria ter filmado.

— Que? — sua voz saiu mais esganiçada do que ela queria. Mas ela não se deixou abalar, olhando por cima do ombro e fitando Nico se afastar, parque afora. — Por que ninguém me avisou?!

— Ursinho?! — de trás de Jason, Leo disse. Seus olhos se arregalaram e Thalia viu a hora que o garoto iria virar lobo ali no meio mesmo. — Ursinho! Ursinho! Não, quer dizer... É, ursinho!

— Não pode! Esse é meu! — Thalia se agarrou mais ao ursinho de pelúcia, fazendo um bico quando teve o braço puxado por Jason, que a empurrou de volta para a tenda.

— Me dá! — Leo tentou agarrar o bichinho quando ela estava ao seu lado, levando um tapa na cabeça. — Aí! Agora sim que eu pego esse urso. Me dá! Me dá!

Eles começaram a se empurrar até que estivessem dentro da tenda, protegido dos olhos humanos, onde, sem hesitar, o Valdez assumiu a forma lupina e saltou sobre Thalia, que foi pega desprevenida e caiu no chão enlameado, gemendo em desaprovação, mas não largando seu presente.

— Leo! Para! Para! — Thalia riu alto quando ele começou a lamber sua face, virando seu rosto para tentar evitar as lambidas em lugares estratégicos. — Leo! Por isso que a gente terminou! Olha o que você faz!

O lobo rosnou, deixando seu focinho perto do rosto dela, que subiu as sobrancelhas, pasma.

— Você tá rosnando pra mim?! Leonidas!

Leo bufou no rosto dela, a fazendo fechar os olhos, incrédula e um coro de “uh...” surgir dos demais que assistiam a cena, divertindo-se.

— Aí que horror — Jason torceu o nariz em uma careta, negando em reprovação e passando do lado dos dois.

Contudo, o lobo não se deixou para trás, então esticou suas patas traseiras, de modo que a cobrisse por inteiro, deitando sua cabeça no chão e deixando apenas uma pequena fresta para que ela conseguisse respirar e não sufocasse.

— Ah... Alguém viu a Thalia? — Zeus Grace, a voz que conduzia o show, saiu detrás das cortinas e franziu o cenho ao ver o lobisomem o fitar de modo suspeito. — Leo... Você está deitado em cima da minha filha, não está?

O Valdez baixou as orelhas, arregalando os olhos e deixando claro que era culpado, contudo, apenas fitou Zeus, deixando ciente que, sim, ele estava.

— Leo... sai.

Leo choramingou baixinho, deitando a cabeça no chão novamente e começando a se esfregar em Thalia, que atolou mais na lama e soltou um grito alto, seguido de vários até que o lobo desistisse, saindo de cima dela e recuando sobre as patas dianteiras. E quando ela ainda estava sentando, ele colocou a língua para fora e roubou seu ursinho, começando a correr desesperadamente para o lado contrário, encolhendo seu traseiro peludo e colocando o rabo entre as pernas, nem um pouco arrependido de ter roubado.

Mas é óbvio que a garota não iria deixar assim, então se concentrou em fazer o Valdez ver seu pior pesadelo, subindo as sobrancelhas quando ele começou a ganir, pulando loucamente entorno de si mesmo, parecendo mais um cavalo assustado.

Zeus, notando a coloração azul fluorescente dominando a imensidão branca dos olhos da filha e os tribais negros espalhados por todo o corpo, tratou de repreende-la:

— Thalia! Basta!

A garota revirou os olhos, negando em reprovação e desviando seu foco de Leo, fazendo-o cair durinho no chão com as patas para cima, voltando aos poucos a forma humana, ofegante e enraivado.

— Sua desgraçada! — Leo gritou, erguendo seu corpo e balançando o ursinho na mão em forma indignada, já que não tinha o largado durante a crise.

— Sério, Leo? Baratas? — Thalia negou em reprovação, levantando seu corpo e sentindo enjoo ao ouvir o “slapt” grudento da lama em seu corpo, assim como os restos de lixo das sessões. — É, a gente realmente precisa limpar isso aqui.

— Vai tomar banho e me encontra na sala pra nós discutirmos sobre a ilusão que estou querendo melhorar pra amanhã — Zeus pontuou, fazendo-a assentir por, pelo menos, ter um tempinho para tomar um banho e deixar de ser um monstro enlameado.


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que querem que aconteça? Alguma teoria? Nós gostamos de ouvir teorias!

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Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥



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