Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Sei que demorei um pouco pra postar, mas...

Aqui vai o oitavo capítulo =D



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Capítulo 8.

 

Fomos a pé até o shopping. Não era nada longe.

 

Chegando lá, fomos até o cinema e entramos na fila pra comprar os ingressos.

 

_Que filme a gente vai ver, Felippe?

 

_Que tal me chamar só de Lippe?

 

_Ok... Então, que filme vamos ver, Lippe?

 

_Sabe que eu não pensei nisso?

 

_Sério? Legal... meu namorado me traz no cinema sem saber que filme vamos ver... tsc tsc.

 

_Gostei da parte do meu namorado...

 

_Pois é... e conseguiu me deixar com vergonha.

 

_Por quê?

 

Simples, porque sua voz tá rouca... tipo,  MUITO SEXY, sacou?

 

Óbvio que eu não disse isso né...

 

_Sei lá... eu sou muito envergonhada...

 

_Mesmo?

 

Me arrepiei toda com a distância entre a boca dele e minha orelha.

 

_Aham...

 

Eu já não conseguia nem pensar... estava quase fechando os olhos...

 

_Próximo!

 

Gritou aquela atendente feiosa, que olhou pro meu Lippe como se ele fosse comestível e muito apetitoso. Tá certo que ele é gostoso... mas é MEU.

 

Ele me puxou pela cintura e fomos comprar os ingressos. Ela me olhou de cara feia. E só olhou uma vez. Não tirava os olhos do Felippe. E aquilo já tava me irritando.

 

_Que filmes têm?_ Perguntei com a voz mais seca possível.

 

_Esses aqui, ó._ Ela me estendeu uma espécie de cardápio, sem tirar aqueles olhos enormes do meu namorado.

 

_Lippe... qual você quer ver?

 

_O que você quiser, flor.

 

Sorri. Não só pela forma fofa que ele se dirigiu a mim, e nem pelo fato de ele estar ignorando a atendente tanto quanto ela me ignorava. Mas pela careta que ela fez quando notou essas duas coisinhas.

 

_Hum... Que tal Alice In Wonderland?

 

_Legal! Adoraria...

 

_Ótimo.

 

_Dois ingressos pro Alice..._ ele pediu.

 

_Ok..._ disse a nojenta.

 

Pegamos os ingressos e ele olhou no relógio.

 

_Temos 10 minutos... Quer pipoca, chocolate, refri...?

 

_Não...

 

_Por que não? Não curte pipoca?

 

_Curto sim... mas aí você vai ter que pagar... e eu não quero que você pague. Então eu decidi que não aceito mais!

 

_Para com isso, meu amor. Não me importo em te pagar essas coisas... Deixa eu te dar pelo menos uma pipoca... Pelo nosso primeiro dia de namoro.

 

Depois do ‘meu amor’ e do primeiro dia de namoro, eu aceitava qualquer coisa dele...

 

_Ai, tá bom. Mas só porque você insistiu...

 

_Mesmo? Que mara! Doce ou salgada?

 

_Tanto faz...

 

_Qual você prefere?

 

_Hmm... doce.

 

_Ok, eu compro as duas.

 

_Não!!

 

_E eu?

 

_Ah, tá...

 

A fila da pipoca estava tão grande que quando entramos na sala de cinema, os trailers já haviam começado. Corremos até nosso lugar e sentamos. Não pude deixar de notar que a maioria das pessoas ali eram mães e pais com suas filhas de 4, 5 anos. Mas, e quem se importa? Eu estava com o garoto dos meus sonhos, em todos os sentidos, e nós estávamos namorando.

 

O filme começou e eu tentei me concentrar. Juro que tentei... mas a mão do Lippe brincando com meu cabelo e a boca dele a centímetros da minha orelha dizendo que eu era mais bonita que a Alice estavam me deixando maluca.

 

_Lippe... olha o filme... você não vai entender...

 

_Quem disse que eu quero entender?

 

_Não é pra isso que se vem ao cinema?

 

_É... mas eu não vou conseguir prestar atenção naquela garota tendo você aqui do meu lado...

 

Então ele me abraçou e acariciou meu braço ao mesmo tempo em que dava leve mordidas na minha bochecha.

 

_Lippe, assim eu vou ser obrigada a te beijar...

 

_Vai, é?

 

_Uhuum...

 

E ele não parou. Continuou mordendo e beijando minha bochecha pra que eu perdesse o controle. E foi o que aconteceu. Fiquei meio de lado na cadeira e joguei meus braços ao redor de seu pescoço. Mas, ao invés de me beijar, ele me abraçou. Em seguida beijou me pescoço, subindo meio de lado até o queixo, me deixando cada vez mais arrepiada e com ainda mais vontade de beijá-lo. Como se lesse meus pensamentos, ele fez com que sua boca encontrasse a minha.

 

Passamos o filme inteiro provocando um ao outro e nos beijando. As vezes até ouvíamos alguém resmungar algo como ‘que pouca vergonha’ ou ‘esses adolescentes...’.

 

Mas e quem disse que nós ligamos pra isso?

 

O filme acabou e nós nem vimos. Continuamos nos beijando até que alguém nos chamou.

 

_Eer... Com licença... Desculpe interromper, mas o filme já acabou e nós temos que deixar a sala limpa pra próxima sessão.

 

Aah, como eu queria ser um avestruz naquela hora... Assim eu enterraria minha cabeça no chão sem mais nem menos e ninguém precisaria ver meu pescoço levemente roxo.

Quer dizer... eu não sabia bem se estava roxo... não vi, apenas senti... é.

Vi Felippe sorrir sem graça para a tia da limpeza. Em seguida ele pegou minha mão e saímos.

 

_Lippe, meu pescoço...

 

_É muito cheiroso...

 

_Tá, não é isso!

 

_Que é?

 

_Tá roxo?

 

_Vermelho... ou rosa, sei lá.

 

_Huum, menos mal...

 

Como ainda era cedo, 16:15, resolvemos dar uma volta pelo shopping. Andamos o tempo todo de mãos dadas e parecia que todos nos olhavam. De repente, um par de olhos em especial chamou minha atenção.

 

_Diego!!

 

Gritei, soltei a mão de Felippe e saí correndo na direção do meu melhor amigo, que eu não via há duas semanas.

 

_Babi!!

 

_Saudade!

 

Ele me abraçou apertado, me tirou do chão e me girou. Dei um beijo estalado em seu rosto.

 

_Eu também... eu te liguei aquele dia e você tava meio mal-humorada né!

 

_Aaah eu tava com sono, releva.

 

_Já relevei...

 

_A propósito... tenho que te contar umas coisas... a primeira é...

 

_Oi.

 

Felippe apareceu e sua expressão era um misto de ciúmes e confusão.

 

_Oi... Prazer, sou Diego...

 

_Felippe.

 

_Então, Di... como eu ia te falar... Eu to namorando.

 

_Sério? Que legal! Desde quando?

 

_Hoje a tarde...

 

_Com você, Felippe?

 

_É... comigo mesmo.

 

_Legal! Você tem sorte, cara. A Babi é uma garota incrível. Claro que se eu digo isso na frente da Marcela, minha namorada, ela morre de ciúme, mas... Você não precisa ter ciúme da gente, somos irmãos de pais diferentes...

 

Vi as feições de Felippe passarem de raiva pra alívio assim que Diego falou as palavras ‘Marcela, minha namorada’ e ‘irmãos’.

 

_Então, Diego, né?

 

_Aham...

 

_Diego é o nome do meu irmão... enfim. Você ta indo pra algum lugar em especial??

 

_Não... eu tava era procurando um presente pra Marcela... é aniversário dela na quinta... Mas eu não consigo achar nada!

 

É, pelo visto eles podiam ser bons amigos... Pelo menos estavam tentando.

 

Seguimos caminhando pelo shopping. Eu no meio, Lippe segurando minha mão esquerda e Di com o braço esquerdo dele pendurado no meu direito. Era uma cena bizarra. Eu e Diego conversávamos animadamente sobre tudo e todos. Ríamos das pessoas estranhas que passavam por nós... Mas Lippe nem parecia estar ali. As vezes eu até desconfiava dessa possibilidade, mas sua mão ainda estava ali. Será que ele estava se sentindo excluido?

 

Claro, sua burra. Você encontrou seu melhor amigo e deixou seu namorado de lado! Ele só pode estar se sentindo excluido.

 

Andamos por mais uns 5 minutos até que Diego encontrou uma loja que agradasse sua namorada.

 

_Bom, eu vou ver se aqui tem alguma coisa do estilo dela... Vocês vêm?

 

Felippe apenas deu de ombros. Eu dei uma piscadinha com o olho direito e fiz que não com a cabeça. Diego assentiu e entrou na loja.

 

_Heei, ciumentinho.

 

_Haan? Aah. Eu não sou ciumento!

 

Ele franziu as sobrancelhas e eu me controlei muito pra não rir.

 

_Não? Então porque não abriu a boca nem pra bocejar enquanto a gente vinha pra cá?

 

_Porque eu não to com sono.

 

_Ha-ha, você entendeu.

 

_Ok... É que eu não tenho tanto assunto com ele como você tem...

 

_Então tá né..._ e eu que pensei que eu que ia ficar sobrando..._Agora eu quero um beijo...

 

_Seu desejo é uma ordem...

 

_Que frase clichê!

 

_Mas é a verdade...

 

_Então para de enrolar...

 

Ele pousou, delicadamente, as mãos na minha cintura. Me abraçou, beijou meu pescoço e, assim como tinha feito no cinema, subiu pelo queixo... Quando estava chegando em minha boca, eis que surge Diego, O Estraga Prazeres 2.

 

_Olha só o que eu comprei, Babi!

 

Ele disse, todo empolgado, mostrando uma blusa vermelha  sem decote na frente, com um lindo atrás. Não sei descrever bem como ela era, mas era o tipo da Marcela.

 

_É linda, Di.

 

_Aah, me desculpem... Eu não reparei que...

 

_Tudo bem, cara. Esquece. Só presta mais atenção da próxima vez.

 

Disse o meu namorado em um tom que pareceu intimidar o meu amigo.

Saímos da frente da loja e contimuamos andando. Ninguém ousou puxar nenhum assunto. Quer dizer, ninguém tinha ousado. Mas aí eu tinha que dar o ar da graça...

 

_Caras, vocês tão me deixando tonta.

 

_Tonta, Babi? Por quê?

 

_É, amor, por quê?

 

_Porque vocês estão CALADOS!!! Diego, você não costuma ficar tanto tempo assim sem falar da Marcela! Felippe, você é um tagarela nato. Não pode ficar tanto tempo sem falar se não eu vou achar que tá com sérios problemas!!

 

Pensei que eles iam me dar uma puta bronca, já que se olharam tão sérios. Mas aí, contrariando minhas expectativas, mais uma vez, eles olharam para mim e começaram a rir incontrolavelmente.

 

_O que eu disse de tão engraçado?

 

_Nada... não... Olha Felippe, é melhor a gente parar de rir... porque... ai eu não aguento.

 

Então eles riram mais ainda.

 

_Da pra parar? Tá me irritando...

 

_Tudo bem, desculpa.

 

Lippe disse com uma seriedade repentina e assustadora.

 

_É, desculpa.

 

Diego disse ainda tentando controlar o riso.

 

_Tá, tá. Tudo bem. Agora vamos. E ve se vocês não ficam quiteos o tempo todo.

 

_Babi, já são 18:35... Você não tinha que tá em casa as 19:00?

 

Tive que me controlar muito pra não sorrir quando Felippe me chamou de Babi. Tá certo que ele já tinha me chamado de ‘meu amor’, ‘flor’... mas né.

 

Andamos juntos até a saída, os três tagarelando, mas Felippe não tanto quanto eu e Diego.

 

Fora do shopping, Di se despediu:

 

_Bem, gente, eu vou pro outro lado...

 

_Mas você não disse que morava perto da Babi?

 

_É, mas eu não to indo pra casa...

 

_É, Lippe, ele vai pra Marcela...

 

_Aah!

 

_Então tchau, Di... Até mais.

 

_Até, Babi!

 

Ele me deu um abraço apertado e um beijo em cada bochecha, deixando Lippe muito tenso e bravo ao meu lado.

 

_Tchau, Felippe! Legal te conhecer!

 

_Tchau, Di._ ironia pesada, adoro_ Legal te conhecer, também._aham, e eu sou Avril Lavigne.

 

Depois que meu melhor amigo se afastou, não aguentei e saí cantarolando.

 

_Lippe tá com ciúme, Lippe tá com ciúme, Lippe ta com ciúme...

 

_Ei, ei, ei! Não to com ciúme!

 

_Não mesmo?

 

_Tá, um pouco mas...

 

_Haha, eu sabia!

 

_Ei, para com isso, Babi!

 

Fiquei séria e o encarei.

 

_Porque você ta com ciúme?

 

_Ora, porque! É natural oras... Sei lá... eu disse que gosto de você... Ver ele te abraçando e te beijando daquela forma não foi lá muito agradável... né.

 

_Owwn! Lippe, não precisa ficar com ciúme! Ele é meu amigo! Meu irmão mais velho.

 

_Tá, tudo bem. Eu tento me controlar. Mas...

 

_Ah, sempre tem um ‘mas’...

 

_Dá pra deixar eu falar?

 

_Ok, ok!

 

_Mas, você tem que me dar um beijo. Aqui e agora.

 

_Aah... isso não precisa nem pedir...

 

Então ele parou no meio da calçada, que estava movimentadíssima, me abraçou e me beijou. Não foi só um beijinho comum... Foi um beijo digno de filmes. Daqueles que você suspira até mesmo de imaginar. Pra completar a cena, começou a chover. Em seguida ele me levantou e me girou. Tudo isso em meio as pessoas que fugiam da chuva cada vez mais forte. O beijo terminou e nos encaramos profundamente. De repente, uma gota de água caiu no meu olho. Eu tentei me manter séria, pra não quebrar o clima pós-beijo, mas não consegui. Pensei que ele se irritaria, mas ele riu igualmente.

 

Rimos por um bom tempo, até nos darmos conta de que a chuva estava virando temporal.

 

_Eu sabia que deia ter trazido um guarda-chuva..._ Resmunguei enquanto Felippe me arrastava pelo meio das pessoas. Eita ruazinha movimentada essa!

 

Quando paramos de correr foi que eu me dei conta de que não estava na minha rua, e sim na dele. E parados na frente da casa dele.

 

_Lippe, eu tenho que ir pra casa. Eu sei, mas minha rua tava mais próxima. Se a gente caminhasse até lá ia se molhar mais ainda. Entra comigo. Você liga pra sua mãe, se seca e mais tarde, quando a chuva passar ou pelo menos diminuir, eu te levo.

 

_Então tá.

 

Entramos e eu fui fazendo as coisas exatamente como Lippe tinha dito. Sequei primeiro meu corpo. Nossa, eu estava encharcada. Passei a toalha pelos cabelos e fui até o espelho ver como ele estava.

 

_Oh meu Deus! Estou horrível!

 

_Impossível...

 

Me arrepiei toda quando senti sua boca próxima a minha orelha, falando aquilo com uma voz extremaente rouca. O que posso dizer disso? UAU, COMO MEU NAMORADO É SEXY. Pois é.

 

_Pode me emprestar uma escova de cabelo?

 

_Claro que sim!

 

Menos de um minuto depois ele trazia consigo uma escova.

 

_Aqui.

 

_Obrigada.

 

Comecei a pentear mas desisti. Estava muito embaraçado.

 

_DE-SIS-TO.

 

_Por quê?

 

_Pffffff. Isso aqui só com creme.

 

_Espera um segundo...

 

Então ele voltou com um creme pra pentear...

 

_Não me diga que você usa isso?

 

_Não... mas minha mãe sim.

 

_Aah bom.

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Comenteeem!!

Beeijos e até o próximo!

Gabi



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