Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oiie! Hoje estou feliz e resolvi postar, ó que legal!

Reta final agora... espero que gostem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/75910/chapter/33

Capítulo 33.

Durante os próximos dias, continuei indo na casa do meu pai. Com menos frequência, mas continuava indo. Eu queria saber se estava tudo bem com ele. Porém, eu não o via. Ele não parecia estar em casa... E se estivesse, estava se escondendo muito bem. Nem no MSN ele entrava mais. Antes ele entrava pouco... Mas agora não entrava mais. Ou ele tinha me bloqueado, ou não entrava mais mesmo. E se ele tinha me bloqueado, é porque a coisa estava MESMO séria. Eu sei do que falo.

Por falar em MSN... É claro que minha ex-‘amiga’, irmã do meu melhor amigo, tinha que se meter na situação.

*Babi!

*Ana.

*E aí, como ta?

*Bem. E você?

*Ó-ti-ma!

*Hum, que bom.

*Você sabe, eu e o Diego estamos nos dando super bem.

Cara... que vadia. Tive, mais uma vez, vontade de atravessar a tela e bater na pessoa do outro lado.

*É? Eu não sabia, mas beleza.

*É sim! E ele parece feliz... é. Mas eu não posso dizer o mesmo do Lippe, tadinho. Você fez muito muito mal a ele. =/

Ah, ta bom. Comprar um cogumelo do sol, não quer né?

*Posso ver que você anda SUPER bem informada... Mas isso não vem ao caso, não te devo satisfação. Só vou te pedir, numa boa, não se mete na minha vida.

*Mas não é a sua vida. É a do Lippe também. Eu me preocupo com ele, ok?

É Cláudia demais pra cadeira de menos. Eu ia é mandar essa garota comprar um cogumelo do sol e enfiar onde o sol não bate. Ah, eu ia.

*Percebo isso. Mas que seja. Envolve a minha vida também. E eu não preciso que você cuide dela. Eu sei fazer isso. Grata.

*Mas que ele ficou mal, ele ficou. E eu não gosto de vê-lo assim. E a culpa é sua. Você devia pensar mais antes de falar... Agora por sua causa eu não vou mais vê-lo.

*Como é? Repete essa história aí, porque eu não entendi direito.

*A culpa é sua.

*Não, besta. Essa parte eu entendi. Explica a parte de você não poder mais vê-lo.

*Eu queria continuar vendo ele, oras. Eu me preocupo com ele.

*Ai, Deus. Mas PORQUE você não vai poder mais vê-lo, criatura?

*Porque ele foi embora, oras.

Pera aí, pera aí, pera aí. Como assim foi embora? Ok, mau sinal. E não é um daqueles. Não é um que resulta em um super beijo. É um verdadeiro mau sinal.

(Música pro momento: http://letras.terra.com.br/pink/453762/traducao.html

http://www.youtube.com/watch?v=Wi6qEnG7Qug)

*Embora? Quando? Porque?

*Quer dizer, porque eu sei. Mas PRA ONDE?

*Ai, esse assunto ta me cansando. E o Dieguinho pediu pra eu não contar pra ninguém pra onde o Lippe foi. Principalmente pra você.

*Ahhh, sem esse papinho de “não posso contar”...

*Olha só, agora tenho que ir, pensa mais antes de fazer as coisas... Bjbj.

*Argh. Vaca.

Aí ela saiu e eu fiquei, literalmente, roendo as unhas, querendo saber onde ele estava. Pensei até quase cansar, aí resolvi ligar pro Dieguinho. Nota mental: zoar ele até a morte por esse apelido.

Alô?

_Oi, Dieguinho...

Ana?

_Não, dã. A Babi.

Eu não acredito que ela falou sobre esse apelido escroto pra você.

_É, e eu vou te zuar muito por isso, mas não importa agora. Tem outra coisa que ela me contou.

Ai. O que?

_Pra onde foi o Lippe?

Olha, Babi... Não me leva a mal, mas acho que você não merece saber isso. Ele me pediu e por incrível que pareça, eu concordei.

_Qual o problema de vocês? Porque não pode me falar? Acham o que? Que eu vou sair correndo atrás dele e implorar de joelhos pra ele voltar?

Sinceramente?

_Ok, não termine.

Era só isso? Porque se for... Acho que perdeu seu tempo. Eu não vou dizer. Até algum dia, se cuide.

Da pra acreditar que ele desligou na minha cara? Qual é? Idiotice é genética? Disquei seu número de novo. Eu não ia deixar assim.

O que foi?

_Credo, grosso. Você é um idiota. E não desliga mais na minha cara!

Você me ligou...

E aí desliguei. Rá, sou muito má.

Sem ter mais o que fazer, comecei a chorar. Deitei na minha cama e comecei a pensar... Pensar em tudo. Vi que em certos momentos tinha mesmo sido idiota. Cara... ele realmente correu atrás. Porque eu não dei valor? Levei um grande susto quando o telefone tocou. Qual é, mano, nem chorar eu posso mais?

_Alô?

Eaí, Babi!

_Oi, Di.

Ta tudo bem?

_Ta...

Cara, quando eu ia aprender a mentir? Assim que disse que estava bem, comecei a soluçar alto, chorando ainda mais que antes.

To indo pra aí.

Essa gente tirou o dia pra desligar na minha cara, foi?

Em pouco mais de dez minutos, Diego chegou na minha casa. Eu estava horrível, pela sua cara ao me ver. Não precisamos de palavras. Ele me abraçou e eu chorei. Chorei feito uma criança querendo a mãe no primeiro dia de aula. A pequena diferença, é que eu não queria minha mãe... queria o Felippe. Queria meu amor.

Quanto mais eu chorava, mais forte ele me abraçava. E quanto mais forte ele me abraçava, mais sufocada eu ficava. Apesar disso, me sentia mais protegida. Mas também sentia mais falta do Lippe. Cara... era uma confusão. Depois que consegui me acalmar o suficiente pra controlar os soluços, ele me afastou um pouco, me olhando nos olhos.

_Ei, fica tranquila... Vai passar.

_Não, Di. Não vai passar. Eu... eu joguei tudo fora! Ele fez de tudo por nós, mas eu desperdicei. Ele foi embora! Você sabia disso? Ele foi embora, Di! E foi... foi por minha causa.

_Bom... eu não sou o maior fã do Felippe e sei que ele me odeia, mas... Eu tenho que admitir... Ele te ama, Babi! É inegável. Não sei nem se eu seria capaz de fazer pela Marcela tudo que ele fez por você. E, sinceramente, não sei se a aguentaria se ela fosse tão bipolar quanto você. E tem mais: a culpa realmente é sua.

_Poxa, Di! Achei que você fosse meu amigo e que eu pudesse contar com você nessas horas.

_Justamente por ser seu amigo que eu to te falando isso. E se você não pudesse contar comigo, eu não perderia meu tempo te consolando e falando o que eu penso.

_Eu sou perda de tempo pra você?

_Lá vem você de novo! Você sabe que não foi isso que eu disse. Porque dificulta tanto?

_Sinceramente? Não sei. E o Lippe já disse a mesma coisa! Você acha que eu dificulto mesmo?

_Sim.

_Tanto assim?

_Aham.

_Ah, Di, me ajuda! Eu não sei mais o que fazer! Tudo que eu consigo é deitar e chorar, esperando que alguma coisa aconteça!

_E ta adiantando?

_Não!

_Espera, vou atender o celular.

Ele falou rápido no telefone. Não fiz questão de prestar atenção na conversa, eu nem mesmo ouvi o telefone tocar, mas pelo pouco que entendi, era a Marcela.

_Olha, Babi, eu preciso ir porque tava indo encontrar a Marcela na hora que você me ligou... To atrasado por estar aqui. Ela já chegou e ta me esperando.

_Tudo bem... Obrigada por vir.

_É meu dever como melhor amigo. Fica bem, ok? E pensa bem em tudo que... pensa bem em tudo.

Assenti e desci com ele pra abrir a porta.

_Obrigada mesmo. E desculpa por ter feito você se atrasar.

_Tudo bem, ela vai entender. Me promete uma coisa?

_O que?

_Promete?

_Depende... O que?

_Você precisa prometer antes!

_Ok... Eu prometo. O que é?

_Não esquece que a vida é feita de escolhas e que só chorar não adianta nada. Que não podemos sentar e chorar vendo a nossa vida passar. A gente também precisa agir... Dar o braço a torcer, arriscar... Promete se lembrar de tudo isso?

_Aí já não é comigo... É com minha memória. Se entenda com ela se eu esquecer!

_Eu não to brincando, Babi. Porque você não tenta compreender as palavras ao invés de só ouvi-las?

_Eu...

_Tudo bem, deixa. Eu tenho que ir. Se cuida, ok? Qualquer coisa, me liga. Eu te amo.

_Obrigada, mais uma vez. E me desculpe. Por tudo. Manda um beijo pra Marcela e pede desculpas a ela por mim. Também te amo.

Voltei pra dentro e adivinha? Rá, claro que eu fui deitar. E chorar um pouco mais, como não? Depois de me acalmar, outra vez, — mano, isso ta ficando chato — comecei a pensar nas palavras do meu amigo e no quão certas elas eram. Eu não podia simplesmente deixar o Lippe ir... Eu precisava dele comigo. Eu tinha que lutar. Tinha que aprender a deixar de ser fraca.

Estava cansada de fazer as burradas e depois lamentar por ter feito. Eu precisava fazer mais do que isso... Precisava tentar consertar. E depois, aprenderia a não estragar mais. Só tinha um problema... Como eu ia fazer tudo isso, se não sabia onde estava o Felippe? Foi com esses pensamentos que dormi.

É claro que meu sono não seria tranquilo e, muito menos, sem sonhos. Dessa vez o sonho foi um pouco mais... reconfortante. Motivador, até. Acordei disposta a descobrir onde Felippe estava e ir atrás dele. Oh, sim. Eu engoliria meu orgulho e... pediria perdão. Por tê-lo feito sofrer e por ter sido burra o bastante pra deixá-lo partir. O que uma boa conversa com seu melhor amigo e uma noite de sono, mesmo conturbado, não fazem conosco, não é mesmo?

Eu só tinha medo de duas coisas: de não conseguir achar o Lippe... e, caso eu o achasse, de que ele não me perdoasse e não quisesse voltar pra cá. Mesmo que ele não quisesse voltar comigo, eu queria apenas que ele me desculpasse por ter sido tão... infantil. Por não ter decidido o que eu o queria enquanto ainda o tinha ao meu lado. Realmente, só damos valor ao que temos depois de perder.

A diferença é que a maioria das pessoas, mesmo depois de perder, continuam com seu orgulho e não vão atrás de quem amam. Por isso que eu seguiria o conselho do meu amigo. Não ficaria sentada chorando e esperando que as coisas se ajeitassem. Não seria mais uma pra maioria. Tentaria fazer a diferença na minha vida.

Não é como se eu fosse morrer, literalmente, de tristeza ou fosse tentar me matar por não ter Lippe comigo. Eu só não conseguiria me perdoar se soubesse que ele deixou sua família e seus amigos por minha causa e se não pudesse dizer a ele o que eu penso e sinto verdadeiramente.

Levantei da cama um pouco mais animada do que fora deitar. Eu estava determinada, isso era um bom sinal. Era raro eu tomar uma decisão e estar tão certa sobre ela. E quando isso acontecia, as coisas saíam quase como o esperado. Era só desse quase que eu tinha medo.

Me vesti com calma. Tomei um pouco de suco pra me acalmar. O que foi? Eu estava nervosa! Se eu descobrisse hoje onde Lippe estava e se fosse perto, iria falar com ele. Eu não podia deixar passar muito mais tempo.

Respirei fundo e saí. Destino? Casa do Felippe. Ou pelo menos onde ele deveria morar... Enfim. Deu pra entender.

Cheguei e... cara, cadê todo mundo? O carro do Felippe eu imaginei que não estivesse na garagem... Mas e o do seu pai? As cortinas estavam fechadas e não havia sinal algum de que alguém estivesse em casa. Engoli em seco, com medo de que todos tivessem se mudado por minha culpa. Toquei a campainha e esperei. Nada. Toquei de novo. Nada outra vez. Saí correndo dali, não querendo acreditar no quanto eu era idiota.

Cheguei em casa e fiz a primeira coisa que me passou na cabeça: liguei pro celular do Felippe. Claro que eu ocultei o ID de chamada, se não ele não me atenderia, mas isso são detalhes.

Um bolo se formava na minha garganta enquanto chamava e eu não sabia se seria capaz de falar. Eu precisava saber como ele estava... Ouvir sua voz e saber através dela se ele estava como eu ou se estava bem. Meu estômago dava voltas e mais voltas e eu estava pensando seriamente em desligar quando ele atendeu.

Alô?

Ele parecia triste e cansado. Sua voz rouca e sem ânimo denunciava isso.

_A-alô...

Pensei que tivesse sido claro quando pedi que me esquecesse... Já não foi difícil o bastante? Porque você tem que piorar tudo?

_Lippe, me escuta! Eu preciso saber onde você ta... Eu...

Não adianta mais. Esquece, ok? Fica bem. Agora, eu vou desligar.

_Tchau..._Respondi, mas ele já tinha desligado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Talvez vocês queiram me matar pelo capítulo... Não sei se ele ta grande ou curto, mas acabou de uma forma que EU mataria quem escrevesse!

Quais suas apostas pros próximos 2 capítulos, que serão os últimos? Aliás, eles estão prontos... Só esperando alguns reviews pra serem postados... que tal?

Até loguinho *0*

PS: tava pensando agora... Seria mais educado da minha parte se eu agradecesse às pessoas que deixam reviews e tals... Eu não sei o nome de cada um, e confesso que to com preguiça de procurar, mas obrigada por terem paciência de ler e comentar (:

Beijinhos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Garoto dos Meus Sonhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.