Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Voltei rápido, não?

Esse capítulo ta curto, mas até o fim, todos serão assim. Vocês entenderão porque... ;)

Avisos no final. Gostaria que lessem e tals...



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Capítulo 32.

Uma semana tinha se passado desde a última vez que falara com Lippe. Ele quase não tinha entrado no MSN. E quando entrava, ficava pouco. Eu me sentia... estranha. Sei lá, parecia que tinha algo... errado. O único dia em que ele ficara um tempo considerável, fora no dia em que Ana, aparentemente sem querer, me mandara um trecho de conversa entre ela e Lippe.

*olha o que o seu irmão me disse hoje:

     *eu cansei de correr atrás, sabe? cansei de me humilhar... simplesmente cansei. o difícil vai ser ver ela e não sentir, não pensar nada.

     *acho que entendo... deve ta sendo difícil :/

     *é, ta sendo... mas passa. Acho que vou passar um tempo “afastado”...

*Ops, desculpa, Babi. Era pro Diego e tal... o nome dele fica acima do seu, cliquei errado. Desculpa mesmo...

*Tudo bem, Ana.

Em vez de apertar esc e tirar aquilo da minha frente, continuei encarando as palavras. Como assim “afastado”? Isso significava me evitar e fingir que nada aconteceu ou...? O que ele ia fazer?

Se bem que... dane-se. Faz o que quiser. Eu quis conversar e impedir o fim, mas ele não quis. Simplesmente virou as costas dentro do ônibus naquele dia e desceu. Me evitou por um longo tempo e depois... Depois bagunçou minha cabeça. E eu duvido que ela volte a ser como era antes dele. Na verdade, não só minha cabeça, mas tudo em mim. Eu mudara completamente. Tanto fisica quanto psicologicamente. Ele me fez dependente da sua presença durante um bom tempo. Depois acabou comigo, me quebrou em pedacinhos. Reapareceu e foi como se uma criança tivesse tentado me remontar. E agora quem estava me quebrando era eu mesma.

Saí do MSN e fui dormir. Antes de pegar no sono, resolvi que tentaria esclarecer as coisas entre nós. Eu não correria atrás, apenas me tornaria mais... visível.

O outro dia, graças a Deus, era sábado. Não tinha aula. Até isso eu deixara meio que de lado por sua causa... Minhas notas caíram um pouco e de aluna excelente eu passara para aluna na média. Os amigos do colégio mal me cumprimentavam e eu quase sempre esquecia de fazer trabalhos e deveres de casa. Apesar de boa parte da culpa ser dele, também era minha. Além do mais, ele também deixara um pouco estudos e trabalho de lado. Na verdade, os estudos ele já tinha acabado. Era, na verdade, pra ele estar concluindo no ano passado, mas como estava um ano atrasado e queria começar logo a trabalhar, resolveu fazer segundo e terceiro ano juntos, terminando um ano antes do que terminaria, realmente.

Acordei um pouco indisposta mas mesmo assim saí. Eram mais ou menos 14:00. Destino? Casa do meu pai. Eu daria um jeito de ver o Felippe. Só não iria falar com ele. Não era orgulho... Era só... sei lá. Mas não era orgulho. Eu ia esperar que ele viesse falar comigo. Não são os homens que tem que tomar uma atitude? Então. Ele que fosse homem e corresse atrás, ao menos mais uma vez.

Pra variar, meu pai não estava em casa. Fiquei sentada em sua varanda que, apesar de ter um banco, era mais aconchegante nos degraus da frente. Lippe apareceu com seu violão e, como a bela covarde que sou, subi correndo os degraus e me sentei no banco, praticamente me escondendo. Não sei se ele me viu, mas se viu, não fez questão alguma de demonstrar.

Meu pai chegou e passei o restante do dia dentro de casa com ele. Fui embora já era um pouco tarde. Meu pai me acompanhou, lógico.

No outro dia, domingo, lá estava eu indo DE NOVO na casa do meu pai. E na segunda, depois da aula, de novo. Assim foi até o sábado seguinte. Meu pai estava achando estranho, mas não reclamava, pois era raro eu visitá-lo tantas vezes. Minha mãe achava que eu queria algum presente do meu pai. Ainda bem que não suspeitava do real motivo pra tantas visitas.

Até que no segundo domingo, estava esperando meu pai, que tinha ido comprar algo pra comermos, e não tive tempo de ‘fugir’ quando Lippe apareceu. Ele deu meia volta, largou o violão dentro de casa e veio me encontrar.

Meu pai apareceu na esquina bem na hora em que ele chegava perto. Achei que Felippe desistiria, mas não. Esperou o ex-sogro entrar e parou bem na minha frente. Encarei seus olhos verdes e, como sempre que o fazia, fiquei sem reação.

_O-oi..._Gaguejei.

_Então é isso mesmo?

_I-isso o que?

_Você sabe do que eu to falando. Não se faça de burra.

Ele não falara brincando. Na verdade, eu nunca o vira falando tão sério desde que o conhecera.

_É isso, sim.

_Acabou de verdade? Não tem mais volta?

_Já acabou faz tempo, Lippe. Nunca voltamos.

_Então nossos últimos... momentos não foram nada?

_Foram: recaídas. Isso que foram.

_Ok, então. Não vou mais correr atrás.

Ele virou as costas e esperou os carros passarem pra poder atravessar. Eu não podia deixá-lo ir... Não assim. Nós precisávamos conversar. Ele tinha que saber que o amava, mesmo não querendo ficar com ele. Sei que é difícil entender... Mas eu entendia. Ou pelo menos achava que sim. Levantei correndo e agarrei seu braço, o fazendo ficar de frente pra mim.

(Música pro capítulo... Tem a ver com o que o Lippe quis dizer: http://letras.terra.com.br/adele/1813240/traducao.html

http://www.youtube.com/watch?v=DtufTKtRQXs)

_Lippe, espera. A gente precisa conversar, esclarecer as...

_Não, Babi. A gente já conversou demais. E as coisas nunca estiveram tão esclarecidas antes. Você não me quer. Ok. Tudo bem. Eu vou me conformar. Mesmo te amando, eu vou te superar.

_Lippe, foi você que quis terminar!

_Eu me arrependi, ta legal?_Ok, disso eu não sabia._E eu tentei voltar...

_Porque nunca disse que tinha se arrependido?

_Tudo que eu fiz não bastou?

_Eu... não sei.

_Ótimo. Então agora é definitivo. Me esquece.

_Como se fosse fácil com você sempre tão perto, tão presente! E como se fosse fácil esquecer um sentimento...

_Será mesmo que esse sentimento existe? Porque... eu sinceramente não compreendo. Você diz que me ama tanto... Mas nunca foi capaz de lutar por nós, de correr atrás... Sempre EU estive atrás de você, tentando fazer você entender o que EU sentia, o que eu sinto, na verdade, mostrando o quanto eu queria ter você por perto... Você sempre dificultou tudo. Dizia me amar, mas não queria ficar comigo. Que tipo de amor é esse? Isso pra mim é se torturar. Amar alguém, saber que essa pessoa te ama e não QUERER ficar com ela... Se você consegue viver assim, ótimo. Mas eu não consigo.

Ele virou as costas de novo e eu tentei, de novo, fazê-lo voltar, segurando seu braço. Sentia que se o perdesse agora, o perderia para sempre... E eu era egoísta demais pra deixar isso acontecer. As lágrimas, óbvio, já caíam sem parar.

_Lippe, não...

Ele nem se virou pra responder.

_Chega, Bárbara. Não aguento mais. Machuca, sabia? Acabou, deu. Me esquece. Cansei.

Aí ele sacudiu o braço, me fazendo soltá-lo, e atravessou a rua. Entrei correndo na casa do meu pai e fui para o ‘meu quarto’. Era lindo. Como sempre sonhei. Aliás... Ah, claro. Quando eu ia parar de me surpreender que meus sonhos acontecessem? Eu já tinha visto essa cena antes. Lippe me dizia algo e eu entrava chorando numa casa desconhecida, em um quarto perfeito que eu queria que fosse igual ao meu. A diferença é que, quando vi essa cena, estava dormindo tranquila, com minha mãe no outro quarto e não com meu pai na sala, no andar de baixo. Quando vi essa cena, eu não conhecia Felippe e nem sonhava... quer dizer, sonhar eu sonhava, mas não imaginava que fosse conhecê-lo um dia.

Lembro que quando sonhei, quis muito saber o que o garoto dos meus sonhos de quase toda noite tinha me dito pra chorar tanto. Engraçado... agora que sabia, desejava nunca ter sonhado com isso. Por falar em sonhos... Depois de muito chorar, consegui finalmente dormir. Foi um sono... tenso. Acordei com meu pai me chamando, perguntando o que tinha acontecido e perguntando se eu queria ir pra casa. Respondi que ali também era minha casa e pedi pra passar a noite. Ele ficou feliz, apesar do meu estado lamentável, e me deixou passar a noite ali.

Logo que ele deixou meu quarto, outra onda de choro me dominou. Mais uma vez chorei até dormir. Dessa vez o sono não só foi tenso, como me trouxe um sonho... desconfortável. Eu via um garoto, segurando um bebê. Eu não sabia dizer quem era, pois o lugar estava apenas parcialmente iluminado e seu rosto ficava na sombra. Logo pude ver outro garoto, com outro bebê. Também não via seu rosto. Em seguida vi uma garota. Ela parecia feliz, mas não foi na direção de nenhum dos dois garotos. Ela estava de costas, com os dois parados a sua frente. Acordei um pouco assustada, pensando o que poderia significar esse novo sonho. Será que tinha a ver com o Felippe? E com sua mais recente decisão? Aquela garota... seria mãe das crianças? Ou ao menos de uma delas? Quem era aquela garota?


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Notas finais do capítulo

É, pessoas... Os sonhos dela estão voltando. Quem é a garota? Seria a Ana? Ou a própria Babi? O que ele significa? Alguma aposta?


Agora é meio que oficial. Mais 2 capítulos, ao que parece, e fim. Vou tentar fazer mais 3, porque aí acaba no 35. Não sou muito fã de números quebrados 'IAJSODIJSIOADJSA

Até loguinho! E acreditem, o próximo capítulo ficou surpreendente até pra mim, haha.

Reviews seriam ótimos *o*

Ignorem a babaquice. Tenho visto muitos romances e tals... Ok, chega, aposto que ninguém vai ler até aqui, é.

Beijinhos :*



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