Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Volteeei!


Espero que tenham gostado do capítulo 1... Aí vai mais um!

Boa leitura, espero que gostem.



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Capítulo 2.

 

Meu professor de Química – sim, Química. O horário de segunda havia sido alterado e agora, após o primeiro de Literatura, eu tinha dois de Química. Os dois últimos eram matemática e Filosofia -  entrou gritando e falando quem havia ficado em recuperação. Por que tanto drama? Por que eu não estudei por...caria nenhuma pra aquela prova. E tava difícil pra caramba!

 

_Artur, Bárbara, Julia e Marcela.

 

_Legal me f...errei, querido professor._ Quando notei que meus pensamentos mais uma vez estavam voando, quis abrir um buraco no chão e me enfiar dentro. O professor Lúcio me olhou torto, mas seguiu falando.

 

_Vocês farão a prova na quinta, nossa próxima aula.... eu acho. A menos que...._ a partir daí ele começou a falar baixo de mais para que estivesse falando conosco. Ou seja, ele falava sozinho.

 

_Vocês farão segunda-feira que vem. Quinta teremos alguém de algum colégio, cujos eu não lembro o nome, nos observando. Faz parte de um trabalho escolar dessa pessoa, que eu não sei nem se é menino ou menina. Resumindo: fica feio um aluno de outro colégio ver vocês fazendo prova de recuperação da matéria preferida dele... ou dela...

 

Parei de prestar atenção no momento em que ele passou a mergulhar em pensamentos. De repente, dei um pulo da cadeira.

 

_CAAAAAAAAAAAAAAAAAALEM A BOOOOOOCAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!

 

TODOS ficaram em silêncio. De repente, eu estava interessadíssima no que Lúcio tinha a dizer.

 

_Bem, han. Me desculpem pelo berro. Eu não aguentava mais meus pensamentos... hihi. Podem voltar as ativida... Eer, eu vou passar atividades, e quero que vocês façam quietinhos, tudo bem?

 

_Eeer, sim... eu acho._ respondi, receosa. Meus colegas assentiram, igualmente com medo. A aula adquiriu um silêncio tumular... é... tumular, po. Aquele dos cemitérios... Tá, parei.

 

Depois de mais dois períodos, voltei pra casa. Na verdade, as vezes eu desconfiava de que não estava no caminho certo... mas ignorei. Havia pegado o mesmo ônibus de sempre, então... Só para me certificar, abri os olhos. Yeah! Estava no caminho certo... Enfim. Voltei a fechar os olhos e me perdi em pensamentos. Eles se dividiam entre o tal aluno - ou a tal aluna, tanto faz – que iria nos observar e o garoto dos meus sonhos. Sem piadinhas com isso, ok? Ninguém controla os próprios sonhos. Não tenho culpa de sonhar com o sonho de consumo de milhares de meninas. Tá, não é pra tanto. Eu não sabia de sua personalidade. Apenas tinha visto seu rosto, seus cabelos, seu corpo... o que era suficiente pra saber que qualquer uma babaria por ele...

 

 

Abri os olhos ao sentir o solavanco do ônibus. Só aí percebi que havia cochilado. Olhei em volta, atordoada. Ninguém mais estava no ônibus, a não ser um garoto, para o qual eu nem dei bola, que estava sentado atrás de mim. Confusa, olhei pela janela. Depois de olhar atentamente para a rua conhecida, constatei que estava justamente na minha parada. Levantei correndo, mas só para cair sentada ao lado do tal garoto. Ele se assustou e me olhou como quem olha para uma placa qualquer de um carro. Achei seu rosto estranhamente familiar, e fiquei intrigada. Encarei-o e descobri de onde vinha a estranha familiaridade. Arregalei os olhos ao notar que seus olhos tinham o mesmo tom verde-azulado dos olhos do ‘garoto dos meus sonhos’. Meu espanto passou quando o ele virou a cara e seu capuz caiu, revelando um cabelo de uma cor próxima a dourado. Ele era bonito, sem dúvida. Mas, por algum motivo, eu preferia os morenos... Esse longo pensamento não durou nem 5 segundos... porém, esse tempo foi suficiente para que eu me afastasse um pouco mais da minha parada. Dei o sinal e, logo, logo, cheguei na parada seguinte. Caminhei uns 5 quarteirões até a parada onde devia ter descido e mais 2 até em casa.

 

Cheguei em casa morrendo de cansaço. O que foi? 7 quarteirões não são moleza! Ainda mais pra alguém que dorme mais do que qualquer outra coisa que faça. Descansei e depois... adivinha? Não, eu não fui dormir. Fui comer. Depois de comer, tomei banho e, aí sim, fui dormir. Capotar seria uma palavra mais exata.

 

Acordei apenas quando minha mãe gritou, pela 7ª vez, que a janta estava pronta. Relutante, levantei. Ajeitei os cabelos e sentei-me... no sofá? Espera, o que eu faço aqui? Ah, sim. Vou jantar. Sentei-me, dessa vez no lugar certo, e comi. Extremamente devagar, mas comi. Levantei da cadeira tropeçando, vesti meu pijama e capotei mais uma vez. Pensa que, pelo cansaço, eu deixei de sonhar com o meu lindin... oops! Com o garoto misterioso? Está... redondamente??... é, redondamente enganado. Mais uma vez, ele estava lá. Lindo como sempre, devo ressaltar.

 

O sonho seguiu normalmente até a parte do sorriso. Mas algo novo aconteceu. Ele, o garoto, chegou muito, mas muito perto de mim, e me deu um beijo... no rosto. Sentou-se ao meu lado e, quando eu finalmente iria ouvir sua voz... não. O meu celular não tocou. Verdade! Eu o programei para despertar mais tarde. Esperta, não? Bem, continuando...

 

Quando ele começou a falar, sua voz não saiu. Não como se ele fosse mudo ou algo do tipo.Era como se, em uma TV, alguém tivesse apertado a tecla ‘mute’. Sua boca se mexia, mas nenhum som saía. Aliás, não se ouvia som nenhum. De repente, ouvi um barulho. Uma música. Estranhei pois, como disse, não ouvia nenhum barulho. Nem mesmo o barulho de alguns carros que passavam de vez em quando em frente a casa. A música continuou, até que me enfureci e toquei longe o meu celular. É, dessa vez era ele. Um dia eu ainda tiro a bateria desse negócio e durmo a tarde toda. Só pra saber como acaba esse bendito sonho.

 

Levantei, peguei meu uniforme, tomei banho e almocei. Quando estava arrumando minhas coisas, reparei no aviso mega colorido que tinha no meu mural. Ah. Nada de mais. Só que hoje não tem aula.

 

COMO ASSIM NÃO TEM AULA? FUI TIRADA DO MEU PRECIOSO SONHO, PRATICAMENTE ENGOLI A COMIDA, pra depois descobrir que não tem aula por causa de uma reunião de professores? Oh, como sou azarada. Se bem que... seu eu dormisse de novo... poderia dormir por tempo indeterminado e... Coloquei novamente meu pijama e disparei pra debaixo das cobertas.

 

Infelizmente, eu não consegui dormir logo. Fiquei pelo que pareceu uma eternidade me virando na cama. Contei 2 mil carneirinhos; constatei que podia contar 2 milhões, que não dormiria e... sono. Fechei os olhos e, quando estava quase inconsciente, o telefone tocou. Legal, né?

 

_Alô...

 

_Nossa, que voz é essa? Não vai me dizer que você tava dormindo...

 

_Então não digo.

 

_Uau, que humor.

 

_Fala logo, Di.

 

_Ah, nada demais. Só queria saber o que você tava fazendo... hehe.

 

_O QUÊ? Você me tirou do meu precioso sono só pra me perguntar o que eu tava fazendo, Diego?

 

_Desculpa, Babi. Eu não sabia que...

 

_Não. Me. Chama. De. BABI!!!

 

_Xiii... já vi que é melhor eu desligar, hein! Tchau, Bab... digo, Bárbara.

 

_Idiota. Você só não pode me chamar de Babi quando eu estiver te xingando, você sabe disso e... Alô? Di?_ é, ele desligou na minha cara _ Seu desgraçado, filho da mãe. Você me paga e... espera. Por que eu to discutindo com o VÁCUO?

 

Desliguei o telefone e voltei pra cama. Estava prestes a deitar, quando uma ideia maligna passou pela minha mente. Eu não queria levantar, mas era tentador o que eu havia pensado em fazer... Levantei, fui até o telefone. Descobri onde ele estava ligado e... pronto! Esse não me incomoda mais... pelo menos não por hoje. O que eu fiz? Desconectei. Agora você pensa: o que há de maligno nisso? Pois eu digo. Nisso, não há nada de maligno... mas há um pouco na minha primeira ideia, que era cortar o fio e depois quebrar o telefone. Contudo, pensei melhor... se eu o fizesse, minha mãe não compraria um novo tão cedo. E eu não vivo sem telefone. Então resolvi apenas desconectar.

 

Voltei pra cama e, mais uma vez, sonhei com ele. Quando estava na parte em que conversávamos, estranhamente, quis que algo interrompesse meu sonho. Mas não foi o que aconteceu. Seguimos conversando por mais algum tempo, até que ele se despediu e saiu. Fiquei alguns segundos suspirando, vendo ele ir embora. Quando ele foi, entrei correndo na casa. Subi as escadas e entrei em um quarto estranhamente familiar, naquela casa nada familiar. Deitei na cama e... chorei? Sim! Eu chorei. Não sabia porque me via chorando daquele jeito... O que aquele garoto havia me dito?


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Notas finais do capítulo

E então? o que o garoto disse?
E o garoto do ônibus? Estranho ele, né?

Eu sei que devem ter pensado que o menino dos sonhos ia aparecer, e ele até ia, mas... resolvi mudar radicalmente! aisdioasjdiasjoidjs

Beeijo, até o próximo, deixem reviews!!



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